Contos clássicos de terror

Contos clássicos de terror Machado de Assis...




Resenhas - Contos clássicos de terror


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vasilisamorozko 31/10/2020

Shirley Jackson Você Me Deve Uma Explicação
“Suportei da melhor forma que pude as muitas injúrias de Fortunato, mas quando ele se atreveu a insultar-me, jurei vingança. Os senhores, que conhecem tão bem a natureza de minha alma, não hão de supor que eu tenha pronunciado qualquer ameaça.”

*

“Um insulto permanece sem troco quando os efeitos da vingança atingem o próprio vingador, ou quando este falha em tornar-se conhecido como tal daquele que o insulto.”

*

“Nemo me impune lacessit.”



#255 - Ai meu deus eu queria ler esse livro a tanto tempo e fiquei muito feliz por ter três dos meus contos favoritos (se reli a selvagem pela décima vez? Talvez) e sem falar que agora eu tenho novos favoritos.
Os melhores sem dúvida são o ladrão de corpos (R. L. Stevenson nunca me decepciona), a mão do macaco (ainda estou um pouco apavorada sobre ele), o Tarn e a loteria (não incluir os três que já eram meus favoritos).
Mas a vovó e venha ver o pôr do sol também são bons só não me deixaram tão impactada como os já mencionados.
E tenho que falar um pouco sobre a loteria, esse conto me deixou de queixo caído, quando peguei ele pra ler eu tinha decidido que ele seria o último da noite depois eu iria dormir, comecei a ler e fui apenas seguindo sem me preocupar muito com que ia acontecer até chegar exatamente na metade (digo isso com precisão) onde eu parei pra pensar sobre o que eu tinha lido até aquele momento e me fiz a pergunta "rapaz e um livro sobre contos de terror né, alguma coisa vai dar muito errado aqui." e a partir daí eu só queria saber o final... e que final, tirou totalmente o meu sono, eu ainda estou "O que? Porque??? O que aconteceu aqui meu Deus?!"


Muito bom recomendo!
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Lucas.Batista 24/10/2020

Uma das melhores coletâneas de terror.
O que não falta no mercado editorial brasileiro são coletâneas de contos de terror/horror/mistério. Desde coletâneas de algum determinado autor, até coletâneas jovem adulto...enfim, mais e mais são sempre lançadas todo ano.
Eu, como grande admirador desse gênero, li muitas delas e posso afirmar com certeza que a maioria é parecida e, o que é pior, repetida. Não é o caso desse excelente livro da Cia das Letras. Os contos aqui contidos podem, é claro, ser encontrados facilmente em outras obras, mas isso não é demérito, uma vez que a maioria deles não é tããão conhecido. Há tbm que se louvar o fato de que o curador desse livro foi muito feliz ao pegar muitos autores nacionais para ajudar a compor a coletânea.
Em acabamento capa dura e excelente papel pólen, essa é uma das melhores coletâneas do gênero para se adquirir.
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Deni 18/10/2020

Eu esperava mais, por reunir vários autores do terror, não me surpreendeu muito não.
Juh 19/10/2020minha estante
To lendo e achando exatamente a mesma coisa


Deni 20/10/2020minha estante
Ainda bem que não é só eu kkk, véi fiquei bem triste, pensa vc tá com uma espectativa alta aí o livro não é o que é ??




Ludmila177 02/06/2020

Conheci muitos autores e li muita coisa nova. A maioria dos contos não me agradou, não senti medo e achei que foram estórias fracas, mas, em contrapartida, até me senti mal após ler alguns contos (como com Pollock e o homem de Porroh).
A edição é lindíssima e me introduziu a autores e estórias fantásticas. Recomendo a leitura e o charme do livro na estante, rs.
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Luciana 17/04/2020

Seleção ótima dos autores
A minha vontade de ler esta coletânea de contos foi pela seleção dos autores uma vez que vai desde Edgar Allan Poe até Stephen King passando por Bram Stoker e os nossos brasileiros Machado de Assis (amo) e Lygia Fagundes Telles, apenas para citar alguns. A escrita de todos sempre bem peculiar e própria, nos faz identificar épocas, sotaques e imaginário popular. Quanto as histórias propriamente ditas, devo confessar que conto não é meu gênero preferido, assim, em alguns o enredo não me atraiu. Mas é inegável o talento dos autores, daí o título da minha resenha.
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Estefani.Paula 26/02/2020

Não há muito o que dizer desse livro além de ''expectativas altas demais que não foram alcançadas''. Achei que a maioria dos contos simplesmente não chegava a ser terror/horror propriamente ditos (mas, é claro, essa é uma opinião pessoal minha), com alguns poucos que se salvavam.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 15/10/2019

Dois Contos Inéditos E Outras. Surpresas
Publicado pela Companhia das Letras, ?Contos do Terror? reúne dezenove clássicos que, se nem sempre provocam um frio na espinha, primam pela excentricidade e o grotesco.

Entre os histórias mais conhecidos, destacam-se A Pata do Macaco? (W.W. Jacobs) e ?Ladrão de Corpos? (R.L. Stevenson) que curiosamente exibem o mesmo tema: o retorno dos mortos para o mundo dos vivos. Contudo, também são presenças assíduas nas antologias do gênero o dramalhão ?Barbara, de Grebe? (Thomas Hardy), o angustiante trecho da novela ?Esperidião? (George Sand) e ?O Brarril do Amontillado? (Edgar Allan Poe), que versa sobre a vingança.

Por sinal, uma lista marcada pela presença de autores consagrados, que se você ainda não leu, certamente já ouviu falar, como Bram Stocker e H.G. Wells. Os contos escolhidos são respectivamente o sangrento ?A Selvagem? e ?Pollock e o Homem do Porroh?, que frustrou minhas expectativas por demasiadamente fantasioso. Em contrapartida, recomendo a surpreendente conduta de um professor em ?Morte na Sala de Aula? (Walt Whitman) e o inédito ?Na Cripta? (H.P. Lovecraft), cujo protagonista, um relapso coveiro, vive uma estranha aventura numa sexta-feira santa.

Este último faz parte de um nicho formado por narrativas escritas no século XX e o resultado é muito auspicioso, ouso afirmar o ?crème de la crème? da seleção. Dele, fazem parte mais uma novidade, ?A Loteria? (Shirley Jackson), o magistral ?Vovó? (Stephen King) e ?Venha Ver o Pôr do Sol? (Lygia Fagundes Telles), que revela um crepúsculo um tanto quanto sombrio.

Aproveitando a citação de uma autora brasileira, há mais quatro contos que comprovam a boa qualidade de nossa literatura de terror. São eles: o doloroso ?A Causa Secreta? (Machado de Assis), o gótico ?A Tapera? (Coelho Neto), ?Emoções? (João do Rio) e ?Os Olhos que Comem Carne? (Humberto de Campos), sobre uma inovadora cirurgia para a época, capaz de restaurar a visão.

Restam ainda ?A Fera? (Joseph Conrad), que remete a um navio amaldiçoado, e dois autores pouco conhecidos por aqui, mas que prenderam meu interesse com suas histórias. Trata-se de Hugh Walpole (?O Tarn?) e Villiers de L?Isle-Adam (?A Tortura Pela Esperança?), cuja narrativa recebeu elogios de Jorge Luis Borges e Ítalo Calvino.

Quanto a organização e apresentação dos contos, a responsabilidade coube a Julio Cesar Jeha, professor e doutor em Estudos Literários pela UFMG. Apresentando boas traduções, senti a ausência de quaisquer informações sobre os autores, afinal, sempre é bem-vinda ao menos uma breve biografia.

Finalmente, comprei o livro que possui uma capa dura elegantemente funérea em preto e roxo, boa diagramação e impressão em papel pólen soft branco. Na ocasião, senti falta do e-book que atualmente já está disponível.
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Bruno Garcia 16/09/2019

A literatura Assombrada pelo Medo
O medo pode ser representado de diversas formas e a literatura sempre explorou o âmago dos tormentos humanos, criando clássicos de horror que através de narrativas cativas expandiram o gênero.

Partindo das páginas para as telas, grandes autores foram adaptados as mídias audiovisuais com variado resultado de crítica e público. O terror forjado por cineastas criativos ao traduzir histórias angustiantes em imagens perturbadoras. Porém, acredito que é no nosso psicológico e traumas que reside o pavor.

A leitura de O Cemitério de Stephen King me ajudou a entender a perspectiva sobre a morte. Um estudo psicológico sobre a perda de um ente querido que utiliza o sobrenatural como pano de fundo da trama.

Por mais que uma adaptação cinematográfica seja bem sucedida, e estou na expectativa pelo novo Cemitério Maldito, a literatura assombrada pelo medo acessa lugares desconhecidos da nossa existência.

Para revisitar histórias de medo, a Companhia das Letras compilou dezenove contos clássicos em uma coletânea que reúne Allan Poe; Machado de Assis; Shirley Jackson; João do Rio; HG Wells e outros.

Uma gata negra; a perda da visão; uma esposa dedicada; uma brincadeira de amantes; um navio; a inveja entre autores; cuidar da vovó sozinho. Qualquer coisa pode ser gatilho para a manifestação do mal.

Dentre excelentes tramas, destaco: "Os olhos que comiam carne" por Humberto de Campos onde a sanidade de um homem é posta a prova ao perder o sentido da visão; e "O Tarn" de Hugh Walpole que numa metalinguagem revela o monstro interno que pode existir na arte de escrever e não obter fama.

As narrativas selecionadas de Lovecraft, Bram Stroker e King ("santíssima trindade do terror?") são aperitivos dos mestres em descrever feitiços maléficos, criaturas intrigantes e vinganças demoníacas.

Fechando a coletânea, o "rei do terror" detalha deliciosamente as agruras e delírios de um netinho, sozinho em casa, encarregado para cuidar da vovó, com fama de bruxa, a beira da morte.

Contos breves para leitura rápida antes de dormir, lhe fazendo refletir sobre a natureza humana, seus dilemas morais e reações ao inesperado. Depois, um sono profundo... até acordar no meio da noite!?

"A literatura que se convencionou chamar de terror nos permite viver, por procuração, situações angustiantes paralelas às de nossa experiência. Ou ainda situações que desejaríamos nunca experimentar. Entre a sedução e o medo, porém, criamos estratégias, muitas vezes catárticas, de elaborar a morte."

site: http://iradex.net/17703/contos-classicos-terror-resenha/
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DaniBooks 07/06/2019

Contos Clássicos de Terror
Esse livro reúne 19 contos de diversos autores, inclusive brasileiros. Temos de Stephen King a Lygia Fagundes Telles, de H. P. Lovecraft a Machado de Assis, de Bram Stoker a João do Rio, de Edgar Allan Poe a Humberto de Campos. Como em todo livro de contos, há os bons e os ruins. O conto mais fraco para mim é o de Joseph Conrad, A Fera. Entre os melhores de autores não brasileiros estão: A Vovó, de Stephen King; A Selvagem, de Bram Stoker; Pollock e o Homem de Porroh, de H. G. Wells e Na Cripta, de H. P. Lovecraft. Entre os brasileiros, o melhor foi A Tapera, de Henrique Coelho Neto. Porém, todos os contos nacionais são excelentes. O balanço é positivo; a escolha dos textos foi bastante feliz.
Experienciamos o terror em vários níveis: uma vovó medonha, um cemitério abandonado, uma gata preta vingativa, a maldade travestida de bondade, o sertão nordestino e suas tragédias amorosas, dissecação de cadáveres, uma tribo feiticeira de Serra Leoa e muito mais. O leitor às vezes se assusta, às vezes se surpreende, às vezes sente um certo desconforto e às vezes vem o puro medo. No final, a experiência é bastante válida para os amantes desse gênero de arrepiar os pelos da nuca.
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Alcione13 25/05/2019

Muito preservados pelo tempo
Taí uma seleção de contos bacana.E como terror é relativo,eu diria que esses são mais pra horror, entretanto dá pra pensar.
Vai um pequeno resumo dos melhores:

ESPERIDIÃO

Como eu acredito,nossas crenças dizem muito sobre nós e pode nos limitar ao extremo.

O LADRÃO DE CORPOS

O lado obscuro do que você faz pode e volta sempre.

LOTERIA

Louco!! Esse foi pavoroso.

MORTE NA SALA DE AULA

Outro que foi mais pra tragédia que outra coisa.

A FERA

Essa gata me causou arrepios mas nossos atos impensados sempre têm consequências.

A MÃO DO MACACO

Cuidado!Seus desejos podem ser realizados.

Quanto a A TAPERA e POLLOCK E O HOMEM DO PORROH me fizeram gargalhar!!
Ah,aquela cabeça e aquela árvore???

OS OLHOS QUE COMIAM CARNE

Assombroso e tenso

NA CRIPTA

Aqui se faz, aqui se paga.
Adorei.

VOVÓ

Essa velha seria o pesadelo de qualquer ser humano.
Essa foi asquerosa.
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Coisas de Mineira 25/03/2019

No ano de 2018 a Companhia das Letras nos trouxe uma preciosidade. Quando falo “nos trouxe”, estou falando daqueles apaixonados por literatura que trata do mais puro terror, do horror e gótico. Seu nome: Contos Clássicos de Terror; e essa edição está impecável! No formato em capa dura, que nós leitores sempre babamos um pouquinho mais, essa obra conta com 408 páginas, e com 19 histórias de medo em forma de contos. Esses, assinados por verdadeiras divindades do estilo, contamos com as macabras linhas de Machado de Assis, Bram Stoker, Stephen King, Edgar Allan Poe, Lygia Fagundes Telles, H. G. Wells, e W. W. Jacob entre muitos outros nomes conhecidos.

A coletânea foi feita com muito esmero, uma vez que não é uma fácil decisão escolher entre tantos contos de Poe, King e Lovecraft, por exemplo, autores que sou fã declarada (também sou uma consumidora descontrolada de contos em geral). Imagino o trabalho e dedicação por parte dos organizadores. Só podemos agradecer por ter um livro desses às mãos, e pela dedicação, seleção e introdução de Julio Jeha. Ah, uma observação válida: o conto de H. P. Lovecraft é a tradução de uma história inédita no Brasil!

“Tanto nas empreitadas físicas quando nas intelectuais o mal absoluto e definitivo é a morte, já que ela encerra nossa existência”.

Como sempre, existe uma grande dificuldade em trazer uma resenha se o livro é de contos. Tenho certeza que minha escrita ficaria cansativa demais se eu falasse uma linha sequer sobre todos os 19 tesouros que li, e que gostaria muito de contagiar a cada um de vocês a sentir vontade e prazer em ler. Dessa forma, decidi falar um pouco sobre os 2 que mais eu gostei. E como sou fã assumida de Stephen King desde pequenininha, vou deixar o conto “Vovó” de fora dos meus prediletos nesta edição, assim como “O Barril de Amontillado” (Poe), pois vocês devem estar cansados de saber o tamanho da minha devoção por esses dois norte americanos. Entendam-me, por favor!

“Como as histórias a seguir nos mostram, a literatura do medo é, sobretudo, múltipla e não se deixa capturar em um só desenho. A retórica do indizível, marcada pela presença do monstro, torna a própria literatura monstruosa: recusando-se a ser circunscrito por uma definição, o mal causa um curto-circuito na significação ao se conectar com uma rede de metáforas sem limites”.

Em “A Causa Secreta” (Machado de Assis), o autor que sempre teve uma maestria em mexer com o psicológico de suas personagens, e principalmente com o nosso, me fez sentir em meio a uma história muito forte, muito invasiva, que incomodou de verdade.

Ficamos conhecendo um sádico que quando lhe dá vontade, pratica o bem. No caso, essa sua ‘boa ação’ se dá conforme lhe conceda o poder de exercitar seu prazer. Ele brinca com as pessoas, com seus sentimentos, e se o resultado disso for devastador para o outro, tanto melhor!

Em certo momento da história Machado de Assis descreve uma cena de tortura a um simples rato, que olha, é de tirar o sono de qualquer um. Com certeza tal descrição deve figurar entre umas das mais terríveis dentro da literatura brasileira. Fiquei com muito asco de imaginar que realmente existem pessoas capazes de cometer tais atos e sentirem imenso prazer em fazê-lo. Essa cena foi a mais real e crua em todo o conto (no meu ponto de vista)!

Esse conto veio como uma tentativa bastante sagaz e eficaz do autor em expor e explicar sem nenhum floreio o que significa o termo sadismo. Existe uma grande chance de você ficar impressionado após ler essas linhas.

“Apenas quando a literatura reconhece sua cumplicidade com o mal é que ela cumpre sua natureza, que é comunicar o essencial”.

Agora, em “A Mão do Macaco”, que é uma grande obra prima da literatura, já bem conhecida pelos leitores do gênero, aparece com certeza como um dos meus preferidos aqui contidos. Em um conto curto, somos informados que uma pata de macaco há muito já mumificada é um amuleto muito poderoso.

Quem possuir esse amuleto em mãos tem a ‘sorte’ de poder lhe fazer os tão famosos ‘3 desejos’. Como sempre, os desejos que preenchem o coração do homem acabam por interferir na ordem normal das coisas, atrapalhando o desenvolvimento natural dos acontecimentos.

Já podemos deduzir que o preço a ser pago por esses 3 pedidos passa longe de ser leve. As consequências são terríveis, e constitui uma formação moral em mim que já conquistei há algum tempo: NADA vem de graça. O que é fácil demais, ou irá da mesma forma que veio, ou exigirá demais de você (pense sempre nas consequências)!

‘A literatura não é inocente’, diz Bataille, ‘ela é culpada e deveria reconhecer-se como tal’”.
Ambos os contos que escolhi para recomendar Contos Clássicos de Terror inteirinho de capa a capa a vocês, eu avalio com nota 10! São perfeitos no que pretenderam passar. E são histórias que não são tão somente escritas para assustar, para meter medo. Esses contos acabam por nos deixar com o ‘olho aberto’ aos reveses da vida, às situações que nos surpreendem, até às pessoas que não conhecemos direito. Acaba que a gente fica com aquele ‘pé atrás’ bem justificado. Obrigada, autores dos contos de terror, horror e gótico!

A diagramação da edição ficou bem simples, em folha amarelada, e uma gramatura muito confortável ao leitor. A gente vai passando as páginas, vai devorando o que os escritores estão nos contando, e nem percebe o tempo passar. Repito que a edição em capa dura ficou maravilhosa, e o estilo de fonte gótica deu todo uma característica especial, assim como a escolha de cores. Ou seja, livro bom e bonito, por dentro e por fora. Já virou aquele xodó da estante. Fica também a dica de que você poderá ler contos de medo de alguns autores que você nunca imaginaria terem textos que mexem com esse tipo de imaginário! Se jogue. Não irão se arrepender.

Por: Carol Nery
Site: www.coisasdemineira.com/2019/03/ResenhaContosClassicosDeTerror.html
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Paulo 10/03/2019

Impressões gerais da coletânea:

O nível das histórias presentes aqui é muito elevado. Temos autores como Stevenson, Walt Whitman, Machado de Assis, Lygia Fagundes Telles, Shirley Jackson e até um conto de Stephen King. Todas traduzidas por especialistas garantindo a qualidade do material apresentado. Nenhum problema com a tradução, sendo as dificuldades muito mais relacionadas à leitura e a compreensão de todos os detalhes do conto do que no entendimento do que está escrito. A edição também está muito boa com capa dura, folhas em papel pólen e um prefácio escrito pelo organizador. Só achei um erro mortal na coletânea: a ausência de uma biografia dos autores no começo ou no final da narrativa. Em coletâneas com muitos autores, a bio é praticamente obrigatória porque permite ao leitor conhecer um pouco do autor ao mesmo tempo em que relaciona a outros de seus trabalhos. Entendo que alguns autores são conhecidos, mas isso é praticamente uma obrigatoriedade em materiais desse estilo. Infelizmente preciso pontuar isso porque achei uma falha crassa.

Separei aqui apenas alguns contos para resenhar.

1 - O Barril do Amontillado, de Edgar Allan Poe (5 estrelas):

Ao lado de O Gato Preto, A Queda da Casa de Usher e alguns outros contos, O Barril do Amontillado está entre os meus contos favoritos do autor. Com uma pegada sensacional para o timing do terror, Poe nos entrega uma história de vingança. E uma vingança que lembra bastante as vendettas italianas onde um único desaforo é responsável por décadas e décadas de violência entre famílias. Aqui temos Poe no seu melhor, apresentando uma história memorável.

O Barril do Amontillado tem uma história bem simples. Nosso narrador tem uma vingança a ser feita contra o antagonista, alguém que o humilhou e o difamou (não sabemos como e nem de que forma) e ele arma um plano mortal para ele. Durante as festividades do carnaval italiano, ele alega ao seu "amigo" que recebeu um barril de um suposto vinho Amontillado, mas que ele suspeita ser falso. Nosso protagonista apela para a vaidade de seu rival dizendo que ele seria o único capaz de lhe sanar as dúvidas quanto à qualidade do mesmo. Durante a jornada pelo porão se passará sua cruel vingança.

Uma coisa que Poe sabe fazer muito bem é criar expectativa no leitor. Uma boa história de terror deve levar o leitor através de salões escuros e aos poucos ir entregando o fato de que algo não dará certo ali. Não sairemos ilesos daquela situação. Ao seguir os dois personagens pelas catacumbas, sabemos que alguma coisa acontecerá que irá levar à maldição de algum dos envolvidos. Esse crescendo é que é o grande diferencial das obras do autor e provavelmente esse foi o seu grande legado. Não é o terror chocante, aquele que aparece na sua cara com gosma saindo dos olhos ou cabelos na forma de tentáculos; é o medo pela sobrevivência, do desconhecido que irá atacá-lo de alguma parte que não está visível ao leitor.

Ou seja, sabemos o que o protagonista deseja fazer, só não sabemos o como. Fora que aqueles momentos finais demonstrando todo o desespero do antagonista enquanto o personagem curte aqueles instantes é algo que somente Poe seria capaz de fazer. Seus personagens são torpes e deturpados. O Barril do Amontillado é uma leitura obrigatória para quem curte terror. Sem duvida alguma.

2 - O Ladrão de Corpos, de R.L. Stevenson (4 estrelas):

Aqui estamos diante do famoso autor de O Médico e O Monstro e ele mais uma vez nos apresenta uma história com conotações médicas. Aqui ele nos coloca diante de três personagens que encontram um médico chamado McFarlane e um dos três personagens começa a contar a história do envolvimento de Fetter com este médico. Uma história com requintes mórbidos e apresentando um lado obscuro da medicina do século XIX. Quando os médicos eram mais curiosos e menos éticos. O diferente é fazer uma associação entre o que Walt Whitman disse sobre os professores (e ele refere a Lugare ser apenas um homem mesquinho e não representar a classe) e como Stevenson não mencionada nada a respeito. Pode ser uma associação tola, mas pode ser bastante representativo sobre a sociedade da época.

A escrita de Stevenson é muito tensa. Em O Médico e O Monstro a gente vê todo o aspecto lúgubre da Londres do período. Aqui está mais para sombrio. Aos poucos vamos entrando no clima da narrativa acompanhando o dia-a-dia de um ajudante de uma turma de medicina. Os alunos estudam anatomia humana e animal e, para que tal ocorra, é preciso ter espécimes para realizar as dissecações. Começam a aparecer na turma estranhos corpos muito bem conservados e quase frescos. Isso desperta a suspeita de Fetter que quando descobre do que se trata acaba envolvido em uma trama absolutamente pesada.

Temos aqui uma narrativa que parece ser em primeira pessoa. Uma das três pessoas (um deles é Fetter) é o nosso narrador, mas ele não interage diretamente na história. O que começa apresentando os personagens acaba reduzindo o ritmo na metade da história para falar do envolvimento entre Fetter e McFarlane. O final é surpreendente. Aquilo eu realmente não esperava e dá aquele susto no leitor. Stevenson sabe como fazer esse tipo de narrativa voltada para a exploração de situações inusitadas e estranhas. Dá até para dizer que ele é o precursor dos pulps. Stevenson sempre é recomendado.

3 - A Tapera, de Henrique Coelho Neto (4 estrelas):

Este é mais um autor que eu desconhecia dentro do cenário nacional. Um clássico após algumas pesquisas que eu fiz. De qualquer forma, ele nos apresenta como o Brasil sempre teve escritores muito talentosos e o quanto nós os desconhecemos. Henrique Coelho Neto escreveu para folhetins da época e publicou uma série de romances, mas A Tapera tem uma marca clara dos escritos góticos do período.

A escrita de Coelho Neto é bem diferente, e apesar de representar um período de ascensão do gótico com autores se espelhando em Bram Stoker ou em Mary Shelley, Coelho Neto embarca para um estilo meio barroco. Ele situa sua história em um engenho de açúcar onde um homem vive uma situação horrível graças a uma esposa infiel. Tudo cercado por aquele clima de escravidão onde os negros eram subservientes a seus senhores e onde a sinhá podia fazer tudo o que desejasse. A situação toma um rumo exponencial a partir de uma vingança realizada por um escravo.

O romance tem um tom até inocente se analisarmos direito. O amor do protagonista pela sua esposa chega a ser ingênuo e ele acaba sofrendo com o que se sucede com ele. Ele fica dividido entre o amor por sua ama-de-leite e pela sua esposa. A escrita de Coelho Neto tem muito daqueles exageros do romantismo em que o amor do protagonista é sempre extremo. Seu sofrimento toma sempre proporções colossais a ponto de sua alma chegar a sangrar. Esse nível elevado de exagero nos sentimentos acaba por obscurecer os elementos de terror da narrativa. Quando o elemento do estranho é inserido na história, estamos tão entregues ao sentimentalismo que transborda pelos poros que o susto acaba não acontecendo. Ou seja, eu gostei da história, mas tenho dificuldade em colocá-la como um terror per se.

Por outro lado, o autor tem uma enorme habilidade nas descrições. Elas são grandes sim, mas elas conseguem passar muito bem aquilo que está acontecendo ou transmitir as emoções do narrador. A propósito a história é contada por aquele que a viveu. Porém, é uma narrativa em terceira pessoa com um dos personagens contando a outro o que aconteceu a ele. Ao final temos um momento de estranhamento que fecha bem a narrativa. Gostaria sim de recomendar A Tapera para que os leitores possam conhecer este escritor.

4 - A Mão do Macaco, de W.W. Jacobs (5 estrelas):

Este é um clássico do terror do início do século XX. Para mim, uma história completamente atemporal mostrando o quanto nossas ambições e nossa falta de crença pode nos levar a fazer. Jacobs escreve uma narrativa repleta de humor negro. Aquele tipo de história que você aplaude e diz querer mais dela. De uma forma super simples, o autor conseguiu criar algo nefasto e assombroso.

Aqui somos apresentados a um pai, uma mãe e seu filho que conversam com um soldado que retornou do continente africano após uma viagem de exploração. Lá ele encontrou uma pequena pata de macaco que teria a capacidade de dar três desejos àqueles que o possuírem. Mas, segundo o soldado, o artefato é maligno e tem o hábito de deturpar os pedidos. A família acha que tudo é bobagem e decide brincar com a ideia de fazer desejos à mão do macaco. Bem, o resto acho melhor vocês lerem para ficar sabendo.

Um dos pontos altos da narrativa é a mescla de humor negro com suspense. Ele mantém esse ritmo o tempo todo. Em alguns momentos estamos rindo de alguma tirada do filho ou da esposa. O marido serve como alívio cômico por conta de sua aparente credulidade. Mas, da metade para a frente, o conto ganha contornos bizarros por causa da forma como o artefato passa a agir sobre a família. E o final é arrebatador. O melhor de tudo é que Jacobs não te entrega o que acontece de verdade, mas deixa você imaginar a cena. No gênero do terror, o mais assustador não é o choque causado por imagem aterradora, mas insinuar algo ao leitor e deixar para ele formar a sua própria imagem do terror.

O autor trabalhou muito bem a relação da família. Ele conseguiu em dez páginas fazer com que eu me empatizasse com aqueles três. Quando as situações estranhas começam a acontecer, a gente sente o impacto das desgraças sobre a família. No final, a tristeza de um dos personagens é completamente perceptível e compreensível. A Mão do Macaco está entre os melhores contos desta coletânea. Recomendadíssimo.

5 - A Loteria, de Shirley Jackson (4 estrelas):

Uma das maiores virtudes de Shirley Jackson é a capacidade de manter o suspense do leitor. A incrível capacidade de não entregar de imediato o que ela quer dizer com a história. Aos poucos ela vai nos enredando, construindo uma naturalidade no estranho para que ao final ela possa nos derrubar de uma só vez. A Loteria é, de fato, um conto memorável da autora. Algo que figura entre os clássicos do terror no século XX.

Somos transportados para uma pequena aldeia onde em um determinado dia acontece uma loteria. Todos estão animados para este dia e se reúnem na praça central. Famílias se cumprimentam, brincadeiras entre companheiros são feitas. Tem todo um clima festivo rolando no ar. A velha caixa da loteria está gasta e precisa ser trocada por uma nova. Cada família escolhe o seu representante para tirar um pequeno papel. Tudo é cercado de um sentimento de companheirismo e solidariedade, dando um ar leve à trama. Porém, uma pergunta paira no ar: o que está sendo sorteado nesta loteria?

O que eu mais gostei em A Loteria é o suspense. Shirley não entrega nada antes do final. Absolutamente nada. Você apenas está ali curtindo um dia a mais nas pessoas daquela pequena comunidade. Detalhes mundanos são compartilhados entre os convivas de uma aparente festa. O clima do conto é tão leve que quando chega a página final você toma um susto. A gente começa a ver que algo está errado quando termina a primeira etapa do sorteio. Aí é que a coisa toda degringola. Méritos totais para a mestra do suspense em conseguir imprimir um ritmo tão estranho a uma narrativa violenta como essa. Uma boa escrita e com diálogos tão comuns que você acreditaria se o seu vizinho estivesse os fazendo. Essa naturalidade, algo já visto em Assombração na Casa da Colina, é uma marca registrada dela. E mais: como ela não dá informações antes do final, ela deixa o leitor tentando descobrir o que diabos está acontecendo. Eu imaginei que seria algo terrível, mas nada me preparou para aquilo.

Aqui também tem uma discussão sobre velhos e novos hábitos. Alguns dos membros da comunidade estão criticando vilas próximas que passaram a não mais adotar a loteria. Claro que até aquele momento apenas desconfiamos do que se trata todo aquele ritual. Não dá para saber exatamente o motivo pelo qual ele acontece, mas só podemos desconfiar: controle populacional, manutenção da ética, sentimento de solidariedade, libertação de uma violência contida. Dá para arriscar muita coisa.

6 - Venha Ver o Pôr do Sol, de Lygia Fagundes Telles (4 estrelas):

Se podemos dizer que A Loteria tem um ritmo natural imposto pela autora, este conto segue pelo mesmo caminho. O que sentimos pelos nossos amores passados? Inveja? Raiva? Remorso? Lygia Fagundes Telles vai procurar explorar um pouco dessa relação em sua narrativa. O que vai se suceder no final te deixará boquiaberto com o cinismo do ser humano.

Raquel e Ricardo marcam um encontro após muitos anos sem se ver. Um amor passado que aparentemente fez com que cada um tomasse seu próprio rumo na vida. Mas, este encontro vai nos mostrar uma conversa franca entre o antigo casal que se lembrarão dos momentos felizes enquanto discutem um pouco dos seus sentimentos. Ricardo conta a Raquel que conhece um bom lugar para ver o pôr do sol. Quando eles chegam até o local, Raquel estranha o fato de o lugar escolhido ser um cemitério. Ela logo pensa se tratar do lado brincalhão de seu antigo amor. Porém, histórias que se passam em cemitérios nunca dão certo.

Será que nos conformamos mesmo com o fim de um amor? Esta é uma pergunta mágica que sempre volta à nossa mente uma vez ou outra. O que faltou? O que falhou? As pessoas quase sempre são regidas por aquele mosquitinho que diz "e se...". Mesmo as pessoas mais seguras se perguntam vez ou outra sobre amores passados. Lygia nos coloca diante de um casal normal que parece ter seguido em frente. Ele com seus negócios e seus investimentos enquanto ela se casara e até tem medo de seu marido ficar com ciúmes diante deste encontro. O que leva alguém a cometer um ato de violência contra outro? A autora vai trabalhando com os sentimentos de ambos e o leitor é capaz de intuir que alguma coisa está errada com um deles. Essa desconfiança vem de pequenos detalhes ou olhares estranhos dados durante a conversa. Esse é um daqueles contos que o leitor vai precisar ser atento e pescar pequenas pistas que a autora vai deixando ao longo da narrativa. Isso porque o ato final é tão súbito que pega o leitor de surpresa se ele não tiver percebido as migalhas de pão deixadas no caminho.

É um conto surpreendente que, assim como o anterior, é tratado com uma naturalidade assustadora e aos poucos vai se revelando obscuro. Se eu gostei da escrita da Shirley, o que dizer da brasileiríssima Lygia Fagundes Telles? Só tenho a recomendar.

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Clã 04/03/2019

Contos Clássicos de Terror - Clã dos Livros
O título é muito esclarecedor: o livro reúne contos clássicos, que tem como gênero predominante, o terror. Digo predominante porque alguns contos são de horror e existem até mesmo os góticos.

Em comum, todos os contidos na obra são de grandes autores de diversas nacionalidades; todos são grandes clássicos da literatura mundial; e todos tratam, direta ou indiretamente, da morte.

Julio Jeha, organizador e responsável pela seleção dos contos do livro em questão, aponta em sua apresentação justamente a morte como protagonista. Afinal, ela é quem remete terror. Não importa como é sua abordagem, todos nós temos medo ou qualquer outro sentimento parecido, da morte.

E assim, temos um total de dezenove contos, cada um a sua essência. Contos onde o medo dependerá da sua imaginação, outros com descrições mais precisas de acontecimentos medonhos, outros nem tão assustadores assim... O fato é que, o livro como um todo, se torna indispensável para quem aprecia o gênero e, sendo completamente ousada em minha afirmação, aprecia a literatura clássica.

Também pudera. Nessa seleção honrosa, temos nomes já reconhecidos do gênero, como Stephen King, Shirley Jackson, Edgar Allan Poe; e outros nem tão reconhecidos no terror, como o majestoso Machado de Assis.

É por isso que afirmo e repito que é uma obra indispensável para quem ama literatura clássica.

Os contos como um todo tem uma linguagem formal, com conteúdos muito ricos no que diz respeito a linguagem e enredo. Assim, todos os contos, sem exceção, garantem uma leitura gostosa.

Medo não pode ser medido, isso é óbvio, mas nesse livro o "provocar medo" é realizado de forma discreta, por vezes dependendo exclusivamente da interpretação do leitor. Algo muito comum no terror clássico.

"(...) nada é terrível demais para uma mente curiosa."

Eu estava muito curiosa para conhecer a escrita de H. P. Lovecraft. E assim, por meio do conto A Cripta, finalmente o fiz. Foi uma introdução completamente prazerosa e que com certeza, abriu portas para que outros venham.

Stephen King mostra todo seu estilo notório com o assombroso conto Vovó. Para os que ainda não conhecem a escrita do autor, é uma ótima pedida.

Machado de Assis surpreende por estar nesta coletânea, mas acontece que o autor, grande fã de Edgar Allan Poe, se aventurou na escrita de alguns contos macabros; dentre eles, A Causa Secreta, que assusta por mostrar o lado sádico do ser humano.

Dentre tantos contos incríveis, o meu favorito sem sombra de dúvidas foi A Mão do Macaco de W W Jacobs. Conto muito famoso, porém eu ainda não havia lido. Macabro, envolvente e inesquecível. Você pensará duas vezes antes de fazer algum pedido...

Diante de tantas maravilhas reunidas num só lugar, a edição não poderia deixar a desejar. Temos capa dura, fonte confortável para leitura e uma revisão impecável.

É um livro para se manter para todo o sempre em sua estante.

Recomendo!

site: https://www.cladoslivros.com.br/2019/02/resenha-contos-classicos-de-terror.html
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Aione 19/02/2019

Contos Clássicos de Terror é a antologia publicada pela Companhia das Letras que reúne 19 contos de autores diversos dos séculos XIX e XX. Entre os textos presentes, encontram-se uma nova tradução de “A Loteria”, de Shirley Jackson; um conto inédito no Brasil de H.P. Lovecraft; e a apresentação de Julio Jeha, responsável por também selecionar os títulos que compõem a coletânea.

Por se tratar de uma obra mista e diversificada, não é possível falar das histórias de forma separada. No entanto, reconhece-se nelas um elemento comum: o medo. Mesmo que trabalhado de formas distintas, o horror está presente em cada título, seja no que as personagens experimentam, seja naquilo que os autores procuram despertar no leitor.

Alguns contos trabalham o terror em sua forma mais tradicional, por meio de situações que beiram o sobrenatural, além das que provocam pavor e repulsa. Outros, por sua vez, trazem à tona um terror mais psicológico e voltado à exploração do que há de mais vil na alma humana. Esses, devo dizer, foram os que mais me agradaram, sendo meus favoritos os contos de Machado de Assis, Thomas Hardy, Lygia Fagundes Telles e Stephen King.

Interessante destacar que não apenas a seleção de autores e suas respectivas épocas de produção são variadas como também as traduções de cada conto. Aqueles escritos em línguas que não o português foram transpostos para o nosso idioma por tradutores diferentes, o que torna ainda mais plural a composição de Contos Clássicos de Terror.

Minha decisão de ler Contos Clássicos de Terror se deu especialmente por minha pouca familiaridade com o gênero, uma vez que li pouquíssimas obras de terror até então. Por conta disso, tive dificuldade em me ater na maioria das leituras, mesmo naquelas mais curtas, demonstrando como esse é um estilo que pouco conversa comigo.

De qualquer maneira, adorei a experiência por poder sair de minha zona de conforto e de uma forma tão célebre, considerando-se os nomes de peso que compõem a antologia. Fica o destaque, também, para o belíssimo texto de apresentação de Julio Jeha, cujas palavras foram lidas com prazer e me prepararam para o que eu desbravaria nas páginas seguintes.

site: https://www.minhavidaliteraria.com.br/2019/02/19/resenha-contos-classicos-de-terror/
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Karini.Couto 11/01/2019

Hoje eu trouxe impressões de um tipo de livro que eu amo.. Contos de Terror. E essa edição além de maravilhosa, conta com o nome de grandes autores, como Lovecraft, Machado de Assis, Edgard Allan Poe, Bram Stoker, o meu querido Stephen King e outros...

Os contos escolhidos para essa obra, com certeza me agradaram muito. Ainda que alguns eu já tivesse lido, em uma edição como essa não poderia faltar. Os contos que vocês irão encontrar são: Espiredião, Morte na sala de aula, O barril de Amontilhado, O ladrão de corpos, A causa secreta, A tortura pela esperança, Bárbara, da Casa de Grebe, A selvagem, Pollock e o homem do Porroh, A tapera, A mão do macaco, A Fera, Emoções, O tarn, Na cripta, Os olhos que comiam carne, A loteria, Venha ver o pôr do sol e Vovó.

Os contos são variados e com certeza terá algum que será o seu querido ou que dará aquela velha sensação de agonia e desespero no decorrer da leitura. Para quem ainda não conhece alguns ou nenhum desses autores que mencionei e tantos outros, eu aconselho dar uma chance aos Contos Clássicos de Terror, pois é uma forma de conhecer a escrita de autores consagrados e quem sabe não se apaixonar e desbravar tantos outros clássicos da literatura.

Eu simplesmente amei os contos e não tenho o que por defeito.. Esse livro maravilhoso vai para minha estante de coleções! O que eu mais amo nesses contos é o quanto ao mesmo tempo em que são insanos e bizarros, também podem se aproximar de situações reais do dia a dia.

Os contos que mais me chamaram atenção foi o do Lovecraft, do King, de Bram Stoker e o do Machado de Assis, pois esse eu não conhecia.

Beijos.

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