Adamastor Portucaldo 12/07/2023
Livro Póstumo
Um livro póstumo sempre pode ser uma jogada comercial de um editor pró-ativo junto com algum parente carente, ambos com bem fundadas iniciativas, aproveitando descartes do falecido. Ou algo que estava em gestação, mas nem sempre pronto... Não sei o que foi neste caso. Mas isso me lembrou um pedaço de tecido, um guardando de papel e um alfinete juntados por Picasso, provavelmente numa pilhéria e depois acabou sendo rotulado ou chamado de obra de arte. Obra, com certeza. De arte, não sei. No entanto, fiquei curioso ao final da leitura e fui ver uma biografia do neruda na Wikipedia e ... me horrorizou o comportamento dele com a filha que teve na Espanha. Não passava de um canalha, se há verdade no relato. Não consigo separar nem relevar o que ele fez com a criança! Que o papai do céu me perdoe por julgá-lo e a ele pela desumanidade. Quanto ao pendor político, será que teria sido uma premonição perguntar "e quando se fundou a luz isto sucedeu na Venezuela?"
Mal chegam a 700 linhas de preguntas em 74 coleções meio aleatórias, com quatro ou cinco estrofesinhas com quase duas linhas pra cada perguntinha. Texto bilíngue - espanhol e português. E com tão pouca escritura ainda se encontra uma dezena de erros. Pequenos, mas bem errados, mormente na (falta de ou coerência da) tradução. Tão perdoável quanto seria o erro do piloto ao pousar um avião?