Aline.Goettems 22/10/2018O melhor livroFinalmente a resenha tão esperada. O melhor livro que já li na vida, o livro que me salvou, o livro que eu amo mais que Harry Potter, o livro que faz o autor continuar no topo de autores favoritos: Hoje a resenha é sobre O Telefonema que não fiz;
Júlia têm 26 anos mas é totalmente irresponsável, é orgulhosa e dona de uma personalidade forte. Trabalha em um hospital na área de ligações internas. Namora com Erik, um cirurgião pediatra, e completamente o oposto de Júlia; tanto no pessoal quanto no profissional, Erik é responsável, amável e com o olhar no futuro.
Júlia sempre chega atrasada em seu trabalho, e sua chefe como 'punição' pede para ela ligar para cinco fichas após o expediente. Júlia revoltada faz o trabalho solicitado, mas quando está indo para a última ficha Erik aparece e eles discutem, colocando um fim no relacionamento. Júlia perde o chão e saí do trabalho sem terminar com o que lhe foi destinado. Ela curte o final de semana com sua prima, bebidas e festas. Porém esquece totalmente daquela ficha. Depois de alguns dias, ela recorda, mas pode ser tarde demais. Quem era a pessoa que estava esperando a ligação de Júlia? O quão irresponsável Júlia foi a ponto de deixar alguém correr risco de vida? Um telefonema não feito e tudo muda, Um Telefonema e Júlia se condenará pelo resto de sua vida, Um Telefonema e você descobrirá o que acontece a seguir.
Sei que muitas pessoas ao lerem vão odiar a Júlia, mas isso não aconteceu comigo. Ela é uma personagem real, quem nunca errou? Por raiva, medo, felicidade. Todos cometemos erros, o dela foi grave, mas eu vi a evolução dela, a forma como foi atrás de uma resposta, de como tentou mudar e mudou. A Júlia das primeiras páginas evolui até o último ponto final; Uma personagem forte, que me fez enxergar a vida de forma diferente, me ensinou, e acima de tudo compartilhou comigo sua história. Eu me sinto amiga dos personagens falando deles, sinto que conheço cada um como a palma da minha mão. Sinto que sou parte da história ou eles são partes da vida real.
Erik é o sonho de qualquer mulher, lindo, atencioso, e está com a Júlia o tempo todo, mas será que isso basta quando duas personalidades tão distintas se juntam? Duas pessoas com ideais e sonhos diferentes?
Winike, minha maior paixão nesse livro, assim como aprendi com a Júlia, eu aprendi com ele. Um personagem ímpar para a história que fez toda a diferença para mim. Seus ensinamentos, suas atitudes e o poder do perdão que ele carrega vão me acompanhar por toda a vida.
Queria falar de todo mundo, Rafael, Walkiria, o cara misterioso, mas vou deixar vocês descobrirem o brilho de cada um dos personagens, suas angustias, e suas felicidades. Seus poderes de salvar as pessoas assim como me salvaram nessa história.
O autor mistura terror psicológico (voltado para Júlia), com drama. Ao decorrer do livro acompanhamos o desespero a ponto da protagonista não aguentar mais a culpa. Mas ao mesmo tempo passamos por mensagens importantes em cada página. Preste atenção nas entrelinhas, e você vai encontrar ajuda, motivação e um ombro amigo. Não, não é um livro de auto-ajuda, quero deixar isso bem claro. Mas é tão bem escrito que me ajudou de uma forma surreal. O Telefonema que não fiz me ensinou sobre amizades verdadeiras, sobre o poder da família e das pessoas que amamos, sobre como é bom ter essas pessoas por perto. Sobre carinho, admiração, amor ao próximo, humanidade e sobre doação de órgãos. Não canso de elogiar esse livro, não canso de falar que esse livro me tirou da depressão, e não canso de recomendar ele para todas as pessoas possíveis.
Além da história, quero falar sobre a capa (linda e maravilhosa), e sobre a escrita do Jonas que evoluiu muito desde o último livro que li dele. Os capítulos são curtos então a leitura fluí e nem preciso falar que prende né?
Pra finalizar quero dizer que, como se tudo isso não bastasse, o livro conta com uma playlist fantástica.
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