Resenhas - Anna Karenina

Cakichi 09/04/2024

Kitty e anna ouçam meu conselho kitty e anna KITTY E ANNA OUÇAM MEU CONSELHO FIQUEM LONGE DO VRONSKI

esdras sá 06/04/2024

Transformador!
O maior experimento literário sobre o amor da história!!

Tolstói, aqui, eleva em todos os níveis as etapas e construção do amor. Amor como um fenômeno do ser. Amor real, cru, que afeta, que transforma.

Não é um romance, não é ficção, é humanidade.

Paz e conflito, amor e ódio, luz e sombra, vida e morte. A contradição que está no existir descrito com uma profundeza surreal.

O sentido da vida que nunca existiu, nunca foi dado, muito menos posto, mas que, pelo contrário, se constrói exatamente nessa busca por um propósito.

Hilton 05/04/2024

O que mais me impressiona no Tolstoy é a sua capacidade surreal de escrever tantos personagens muito bem desenvolvidos em diversas situações, todas aprofundadas, intercalando-as e conectando-as de forma brilhante. A impressão que dá é a de que os personagens são pessoas reais e o autor só escreve o que tá acontecendo ali, juntos de seus sentimentos e pensamentos.
Outro grande destaque do autor é sua habilidade surreal de fazer monólogos enormes que nunca me cansam, muito pelo contrário, só me instigam a ler cada palavra das trocentas linhas de pensamento do personagem.
Além disso, eu gostei muito da forma que ele cria a tensão na leitura, particularmente na cena de parto (que eu me esperneei enquanto lia) e na cena em que o personagem presencia a morte de seu irmão por tuberculose, causando, posteriormente, uma mudança radical na sua percepção da morte e do mundo.
Por essas e outras razões, não é à toa que esse é considerado um dos melhores livros já feitos.

Lice 03/04/2024

...
Acho que a experiência só não foi tudo isso pq eu comprei a versão adaptada, mas não irei cometer esse erro com Guerra e Paz. Futuramente pretendo ler a versão de 800 páginas.

Tatá 01/04/2024

Excelente
Uma ótima experiência! A leitura desse clássico é indispensável para o leitor, um calhamaço de respeito. Ana Kariênina é um romance familiar, que contém política, religião, intrigas, adultério e entre outros assuntos e nesse contexto o escritor traz o cômico, tornando a leitura mais fluída. Tolstói tem um escrita incrível, faz com que o leitor possa imaginar que a história é real, ele domina o jogo das palavras. Ainda impactada com o plot twist.

LairJr 01/04/2024

Demorei um pouco para concluir, degustei cada página lentamente. A riqueza de cada personagem revela desde já a genialidade do autor. Uma obra gigante em todos os sentidos.

Fernando.Dias 01/04/2024

Personagens marcantes e texto impecável
Já se tornou um clichê classificar as obras de Tolstói como clássicos. Ana Karienina certamente é um deles.
O livro é bastante longo, em alguns trechos se torna um pouco maçante devido às extensas reflexões do autor sobre a economia, a política e os costumes da sociedade russa da época.
Entretanto, a construção do texto e dos personagens parece ser o grande talento de Tolstoi. Ao longo da leitura fui me identificando cada vez mais com as emoções dos diversos personagens. Me alegrei com suas alegrias, me entristeci com suas tristezas, senti angústia, empolgação, decepção, raiva, de acordo com o que sentiam os protagonistas. Nesses momentos a leitura fluiu rapidamente, avancei páginas e mais páginas sem perceber.
São poucos os escritores que conseguem criar esse tipo de conexão com o leitor, transmitindo fortes emoções apenas por meio de palavras.
Ansioso para ler outras obras de Tolstói, especialmente suas novelas.

Mai.lendo 30/03/2024

Trágico e real
Gostei, e na mesma medida achei maçante.
Os personagens são muito bons, todos eles, consegui ter raiva e empatia por todos, uma vez que são muito reais, pessoas reais, com sentimentos reais, que erram e que buscam sua felicidade.
Anna foi muito julgada (inclusive por mim, principalmente por abandonar o filho), mas no fim das contas, tudo que fez foi em busca do amor, da felicidade, da parceria que não encontrava em casa, com a frieza e hostilidade do marido.
Da mesma forma Stiva, que mesmo com seu jeito fanfarrão e desrespeitoso com a mulher e os filhos, acabava sendo uma presença querida e desejada pelos amigos.
Kitty e Lievin que se acertaram no fim das contas e formaram um casal maravilhoso, mesmo com a chatice dos dois kkkk. Inclusive Kitty foi uma personagem que cresceu e amadureceu bastante.
E o conde Vronski, que se apaixonou por Anna, e que foi sua perdição. Ao mesmo tempo que vivia o seu amor por ela, a deixava em maus lençóis.
Enfim, história boa, personagens bons. Porém demorei muito para conseguir finalizar pq em diversos momentos a história não se desenvolvia, passava dezenas e dezenas de páginas em temas cansativos e enfadonhos, que acrescentavam aos personagens (personalidade, pensamentos, devaneios?), mas pouco acrescentavam a obra em si.

Andressa 28/03/2024

Tolstoi nos leva a conhecer os detalhes de toda a sociedade russa, desde a aristocracia até a vida simples dos mujiques no campo.
O romance é completo, cheio de reflexões e busca por sentido, para alguns personagens.
Recomendo muito muito a leitura do livro Confissões, também de Tolstoi, você verá muitas semelhanças entre Liévin e o próprio autor.

Cintia295 28/03/2024

Como esse livro cresceu nessa releitura, não tinha percebido algumas nuances, passagens, paisagens, outros personagens, estava tão focada da primeira vez em saber o que e como ia acontecer o spoiler que devorei o livro e perdi várias outras camadas que nessa leitura pude aproveitar.
Tolstoi é meu autor russo favorito, escreve lindamente, sem excessos, sem firulas, consigo me conectar com vários personagens, entender outros, acho todos muito humanos.
É simplesmente meu livro favorito está no top 10, pq top 5 é difícil definir ??.

Marydalle 24/03/2024

A Liberdade da Epifania
Anna queria liberdade, mas no caso dela a liberdade cobrava um preço muito alto, ela deixou até o filho que até então era o amor da sua vida, por uma paixão arrebatadora, mas nada consistente. As consequências dos seus atos foram elevados ao cubo, principalmente por ser mulher, porque o seu amante foi glorificado pela sociedade e ela levada até a sarjeta da humilhação.
Seu fim trágico já estava refletido desde o início desse baita novelão, no final, Anna quis ir, mas não totalmente, fiquei pensando se ela se arrependeu, porém, já era tarde demais.
Ela ficou muito tempo sem objetivos e perspectivas, vivia em função do Vrónski, quarto, sala até o quintal, o surto não tardou a chegar e ela se viu sozinha.

Liévin foi uma grata surpresa, me senti no campo respirando o ar fresco de sua morada. O amor pelo seu irmão Nikolai foi lindo de ler e até sentir, ficou junto dele até o seu último suspiro, com a sua amada Kitty, que foi “porreta” o acompanhando e deixando tudo o mais digno possível.

Gostei muito da Dolly, e senti muito por ela estar fadada a um matrimônio fracassado, seu marido é o típico bobo da corte, só serve para festas e amantes, mas como esposo e pai, é péssimo, inexistente.

Escrita excelente, a estória é muito bem “amarrada”, vale e muito várias releituras ❤️.

Fabi 22/03/2024

Tolstói sendo Tolstói
Por que eu demorei tanto para ler Anna Kariênina, hein? Não sei. Mas sei que vou reler. Talvez várias vezes. Não só porque ele é fantástico como um todo, mas porque os personagens são tão ricos e complexos que tenho certeza que a cada leitura eu irei conhecê-los melhor. Eu quero ter essa experiência de saber se meu entendimento de Anna, Vrónski, Aleksei, Dolly, Kitty e principalmente Liévin será alterado. Tenho quase certeza que sim. A famosa frase de abertura "Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira" é corroborada durante o todo o livro e somos apresentados a diversos dramas que nos fazem sentir raiva, decepção, empatia, ansiedade, compreensão, pena, alívio, felicidade e muitas outras sensações. A leitura não perde o ritmo e ao final fiquei com muita saudade de todos. Não queria que tivesse acabado. Tolstói sendo Tolstói, maravilhoso.

Flavio56 22/03/2024

Livro magnífico, traz a velha e boa reflexão relativa a existência humana, as dúvidas e as incertezas do porque vivermos e para que fim existirmos. É sem dúvida alguma um clássico, um livro para a eternidade.

Souza.Barbosa 19/03/2024

Vida Fake
Essa novela e maravilhosa!!!
Tive vários sentimentos confusos e além disso senti vontade de abandonar.
E a outra vida tão desejada que aconteceu.
Tudo é uma mentira né
Escolhas erradas, com tristes frutos alguns para sempre.

GG 19/03/2024

Muitas vezes posterguei a leitura desse livro. Seja por suas quase 850 páginas, seja por não estar sentido a vibe de ler um clássico dessa magnitude, seja por medo de achar chato ou sei lá o que. Porém, que odiooo de ter demorado tanto!!!!!!!

Quando se vê por aí que é, sim, um dos maiores clássicos da humanidade, a magnum opus de Tolstói, bicho, não é brincadeira, não é hype sem fundamento, não é uma hipérbole: o livro é excepcionalmente bom!!!!

O cara foi genial. Ele tratou da complexidade humana, de moral, religião, suscitou críticas à distribuição da riqueza, falou sobre maternidade/paternidade, sobre amor, sedução, fez críticas duríssimas à sociedade e tudo de uma forma extremamente palatável.

É tocante, visceral, divertido como todo bom novelão deve ser. Tolstói entregou TUDO!

Através de uma trama que entrelaça a vida de vários personagens, sendo os principais Anna Karienina e Liovin, o autor conseguiu não ir dar tudo o que eu falei e mais.

Liovin funciona como alter ego do próprio Tolstói e faz críticas contundentes sobre riqueza, trabalho, distribuição de terra, ao mesmo tempo que questiona a existência do Homem e de Deus, questiona a própria noção de fé. Pra quem leu Padre Sérgio, vê aqui o embrião do dilema religioso que ele discutiu neste último. Liovin vê mérito na simplicidade, no trabalho braçal, em colocar a mão na massa, em contraponto à sociedade que se orgulha das mãos macias e unhas compridas, que denotam a ausência de trabalho físico. Muitas vezes austero e um tanto abrasivo, é impossível não se encantar por ele e simpatizar com seu modo de ver a sociedade e o trabalho.

Anna Karienina é uma criatura que me trouxe sentimentos ambivalentes. Ela luta por sua felicidade e abre mão de um casamento sem amor, deixa o filho para trás em busca da sua felicidade, a gata vive uma deterioração do seu psicológico e as decisões que toma têm um resultado chocante para aqueles que não conhecem o desfecho e/ou nunca viram o filme. Eu amo e odeio o comportamento da Anna. Odiei o que ela passou diante de uma sociedade moralista e machista (ok, beleza, é um livro de 1880, aproximadamente), mas me indignei, ta?!

Simplesmente toda e qualquer pessoa deveria ler isso aqui, é maravilhoso.