Anna Kariênina

Anna Kariênina Leon Tolstói




Resenhas - Anna Karenina


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spoiler visualizar
Cristian 25/11/2019minha estante
Esse livro é genial! Você tem sorte mesmo de não ter sido pega pelo spoiler do final. É difícil quando se trata de clássicos.


Ari Phanie 25/11/2019minha estante
Cristian, tive sorte sim. E agora finalmente vou poder ver o filme inglês de 2012. *-*


Thaís Damasceno 25/11/2019minha estante
Teve sorte mesmo de não ter pegado spoiler pq parece que outros autores adoram o fato Hahahah... Em um livro da Elena Ferrante ela dá spoiler sobre o final (ainda bem que eu já tinha lido Anna K) e pelo que sei tem spoiler no A insustentável leveza do ser também.


Nath 25/11/2019minha estante
CHOCADA, Ari! Como assim vc nunca ouviu falar da história da Anna antes do livro? Eu lembro q eu era adolescente no fim dos anos 90 e eu já ouvia falar muito q a Anna "era uma mulher adúltera q no final do livro...." E olha q nos anos 90 nem existia internet, era tudo mato.. kkkkkk E ao contrário de vc, eu nunca gostei da Anna. Nenhum pouco. E eu tb não acho q ela tenha sido uma mulher corajosa não.. Ela foi no mínimo inconsequente e extremamente egocêntrica por ter jogado tudo pro alto por causo de um "chernoboy", rs, como o Vronsky. Só acho. Mas excelente resenha viu! Parabéns! :)


Nath 25/11/2019minha estante
CHOCADA, Ari! Como assim vc nunca ouviu falar da história da Anna antes do livro? Eu lembro q eu era adolescente no fim dos anos 90 e eu já ouvia falar muito q a Anna "era uma mulher adúltera q no final do livro...." E olha q nos anos 90 nem existia internet, era tudo mato.. kkkkkk E ao contrário de vc, eu nunca gostei da Anna. Nenhum pouco. E eu tb não acho q ela tenha sido uma mulher corajosa não.. Ela foi no mínimo inconsequente e extremamente egocêntrica por ter jogado tudo pro alto por causa de um "chernoboy", rs, como o Vronsky. Só acho. Mas excelente resenha viu! Parabéns! :)


Thaís Damasceno 25/11/2019minha estante
Quando eu estava lendo o livro eu também tinha pegado ranço da Anna, principalmente depois do trecho do filho e tals. Mas isso depois meio que passou quando comecei a ver que ela casou muito jovem e sem amor. Acho que quando ela conheceu o Chernoboy ela se apaixou de uma forma tão intensa que ficou pirada e depois veio o ciúmes e etc...Eu acho que ela foi corajosa e inconsequente ao mesmo tempo Hahaha...Tem que ter coragem pra trocar uma estabilidade social que ela tinha naquela época por amor, mas ao mesmo tempo ela faz a gente passar raiva e não querer defender.


Thaís Damasceno 25/11/2019minha estante
Eu também tinha pegado ranço da Anna no início e demorou um pouco pra passar, só aos poucos eu fui compreendendo a atitude dela. Ela casou muito jovem e sem amor, quando conheceu o Chernoboy acho que foi tão intenso que ela não calculava as consequências dos seus atos. Eu acho que de certa forma ela foi corajosa em largar tudo pra viver isso, mesmo sabendo que ela tinha um estilo de vida bem confortável. Mas pro outro acho que ela também foi inconsequente e egoísta. Eu não gostava da Anna mas eu acabei criando uma empatia Hahaha É isso


Nath 26/11/2019minha estante
Ahh! Nisso eu concordo em partes com vc tb Thaís! E o legal é essa troca de opiniões né! :) Para mim a Anna claramente ficou insatisfeita e entediada com o casamento sem amor dela sim. E eu acho q ela podia fazer o q ela quisesse com o Chernoboy dela, até o momento q as atitudes inconsequentes dela começou a machucar as outras pessoas q não mereciam; como foi o caso do próprio filho dela q ela abandonou sem pestanejar. E depois ela própria foi culpar o marido por não dar o divorcio a ela. E olha, para mim, da mesma forma que é deplorável um pai abandonar um filho, tb é deplorável uma mãe abandonar um filho. E a Anna abandonou o filho sim, sem medo de ser feliz. Não a toa no final ela sucumbiu de culpa e o Tolstoi fez com ela o q fez.. Na verdade o Tolstoi puniu a Anna pelas atitudes dela. E quanto a essa punição da forma como aconteceu, eu não concordei não. Acho q o Tolstoi pesou a mão nisso aí. Mas a Anna também colheu o q ela própria plantou saca.. Enfim. Um livro incrível! Personagens humanos! E eu favoritei na minha leitura. :)


Thaís Damasceno 26/11/2019minha estante
Eu também fiquei puta com relação ao abandono do filho, a parte no livro que mostra como a criança se sentia era de cortar o coração...Enfim, é um livraço mesmo e um dos meus favoritos...acho que livro bom é que levanta debates assim mesmo...Por exemplo, não gostamos de uma das personagens principais e adoramos o livro, acho isso fantástico.


Nath 26/11/2019minha estante
Sim! Exatamente, Thaís. Vc falou tudo agora! :) Mesmo não gostando nenhum pouco da Anna como ser humano, eu achei o livro fantástico e favoritei. E para mim, o Lievin foi o personagem principal desse livro. Aliás, o título desse livro na época da primeira publicão, o Tolstói queria intitular "Duas Famílias" (o q faz muito mais sentido né!) Mas o editor dele não quis, se não me engano, ele achou o nome Anna Karienina muito mais rendável e o Tolstói acabou cedendo contra a vontade. Eu mesma enquanto lia Anna K fiquei pensando "Gente, mas pq esse título? 70% da história é sobre o Lievin e o resto é a Anna" Mas daí eu comprei a bio do Tolstói e tem lá o motivo para quem não sabe.


Ari Phanie 26/11/2019minha estante
Por isso, não favoritei o livro. A escrita e a construção do cara é perfeita, mas ele tentou me vender um personagem chato como o "homem correto", aquele a qual deveria admirar. Prefiro a Anna, com todas as falhas dela pq ela era tão mais viva e colorida. E manas, há mulheres que simplesmente não nasceram pra ser mães. Ela amava o Serioja, mas não pensou duas vezes em abandonar ele, apesar de se arrepender. Mas ela não amava a filha com Vrónski. Ela simplesmente não sabia ser mãe. Naquela época, você era obrigada a ser mãe, era sua principal função como mulher. Hoje a gente tem uma escolha parcial, mesmo sendo julgada. Eu tento enxergar a Anna como a época pede: mulher jovem sem escolhas que finalmente resolve escolher.


Thaís Damasceno 26/11/2019minha estante
Sim, Ari....Por isso mesmo não gostando da pessoa Anna eu conseguia ter empatia por ela e a achava corajosa justamente por conseguir enfrentar os padrões daquela época.


Nath 26/11/2019minha estante
Por isso a literatura é tão maravilhosa né, meninas! Cada uma de nós com nossas próprias opiniões sobre essa história incrível e por isso mesmo o debate fica muito mais rico. Uma pena não participarmos do mesmo club de leitura, por exemplo. Adoraria debater livros favoritos com todas vcs. ^^


Thaís Damasceno 26/11/2019minha estante
S2


Nath 26/11/2019minha estante
S2 :3


Ari Phanie 26/11/2019minha estante
É massa mesmo! Eu tbm ia gostar, manas. :*




Regis 04/08/2022

Real...
O livro gira em torno do caso extra-conjugal da Anna Kariênina, uma aristocrata da Rússia Czarista que, a despeito de parecer ter tudo (beleza, riqueza, popularidade e um filho amado), sente-se vazia até encontrar o impetuoso oficial Conde Vronsky, com quem inicia um caso amoroso.

No princípio do livro a falta de responsabilidade emocional de Vronski com Kitty, já era um grande indício do seu caráter.
O achei fraco, vaidoso, dependente da aceitação da sociedade e incapaz de compreender a enormidade do sacrifício de Anna.
Anna Kariênina me fez questionar a mesma coisa vezes sem fim: Será que vale a pena o rastro de devastação deixado para trás, apenas para perseguir um desejo ardente, que pode vir a destruir não apenas você, mas pessoas queridas e alguns inocentes pelo caminho?
Anna se ressente de uma humilhação ainda não sofrida, e sofre por um amor que ainda não perdeu.  
?As palavras mais cruéis que um homem rude poderia dizer ele lhe dissera em sua imaginação, e ela não o perdoava, como se ele de fato as tivesse dito?
As partes que tratam dos diálogos internos dela são riquíssimas, e mostra a inconformidade dela para com um destino onde continuará a não ser dona de si mesma.

Em meio a trajetória desses personagens, vemos traições, equívocos e má sorte.
As partes de Konstantin Levine são lentas (apesar de suas conversas com seu irmão, Sérgio Ivanovitch, serem meus diálogos favoritos do livro).
Kitty é fútil e vazia no começo do livro, demorando para entender sua primeira decepção amorosa.
Alexey Karenin, me pareceu um homem indeciso diante do que deve ser feito. Seu conflito entre o que sentia e o que precisava fazer de acordo com o código de conduta moral da sociedade é muito interessante.

No fim se trata de um tácito retrato social da classe alta de seu tempo e mistura a trama com discussões ideológicas, filosóficas e morais.

É um romance muito interessante e rico.
Gostei muito da história, a grandeza dos diálogos (quase sempre internos) e seus questionamentos, me fizeram continuar a leitura apesar de não conseguir amar nenhum personagem em especial.

Pretendo ler outros livros do autor, seus questionamentos e retrato de mundo social e político é maravilhoso e só isso já transforma todas essas páginas em ouro.
Recomendo esse clássico.
Alex 04/08/2022minha estante
Dele li apenas crime e castigo, e é realmente de uma de uma riqueza sem tamanho.


Núbia Cortinhas 04/08/2022minha estante
Adorei a resenha! ?


Dhewyd 07/08/2022minha estante
Terminei de ler recentemente... que livro maravilhoso.


Regis 09/08/2022minha estante
Ana Karenina é de Tolstói e Crime e Castigo é de Dostoievski Alex.


Regis 09/08/2022minha estante
Obrigada Núbia. ?


Alex 09/08/2022minha estante
Kkkkk verdade. Por um lapso coloquei tudo no mesmo balaio. Efetivamente de Tolstoy nunca li nada. Ato falho.


Regis 09/08/2022minha estante
Confesso Alex, que gostei mais da escrita de Dostoievski. ?


Alex 09/08/2022minha estante
Todo mundo fala em Guerra e Paz. Nunca tive coragem, nem mesmo de comprar, pois nunca achei uma edição boa e com bom preço. Talvez seja um sinal rssss


Regis 09/08/2022minha estante
Lerei Guerra e Paz Alex, e espero apreciar mais os personagens. Rsrsrs


Alex 09/08/2022minha estante
Eu seguirei na busca por uma boa edição. De preferência comentada, pq é uma cultura muito distante da minha. Se souber de alguma me indique por favor.


Josy 14/08/2022minha estante
O tamanho do livro foi um incomodo?


Regis 15/08/2022minha estante
Sei sim Alex, a da Companhia das Letras é comentada e possui uma tradução muito boa, e tem alguns textos extras para te contextualizar sobre alguns assuntos da história e da cultura russa no período.
A da Editora 34 também tem, e a diagramação é ótima e o tamanho da letra é perfeito. Eu indico uma dessas duas. Mas prefiro a Editora 34, pois a capa mais molinha é melhor para ler esse calhamaço.


Regis 15/08/2022minha estante
Li no físico Josy, e é muito pesado, mas fora isso os capítulos são bem fáceis de ler e a história é muito boa e envolvente, meio que compensa o peso. E foi mais rápido de ler do que eu imaginei que seria. ?


Maria, lua do Lucy 06/10/2022minha estante
Nunca tinha ouvido falar desse livro. Com essa resenha cheia de detalhes, me passou essa vontade.


Regis 06/10/2022minha estante
Leia ele Maria, acho que vai gostar. ?




Thamiris.Treigher 24/07/2023

Definição de PERFEIÇÃO
Anna Karênina simplesmente roubou meu coração pra sempre! Nesse clássico primoroso, temos uma grande e maravilhosa fofoca russa. ?

Apesar do nome do livro, outro grande personagem divide a importância da história: Konstantin Lióvin que, inclusive, é o alter ego do autor. Ele prefere a vida rural e está sempre em busca de respostas para as suas indagações existenciais.

O livro traz diversos personagens com aqueles nomes que, no começo, parecem um trava-línguas ?, mas que a gente vai se acostumando. Além disso, Dolly e Kitty se juntam à Anna para fazer parte do entrelaçar das histórias pessoais de três mulheres russas do século XIX, montando assim um verdadeiro espelho em que se refletia a Rússia inteira.

Dolly, casada com Stiva, é o retrato da mulher que é uma exemplar dona de casa, mãe dedicada, que sempre perdoa os erros do marido, mesmo que o casamento esteja em ruínas. Kitty é aquela moça jovem, inocente, que sonha com o príncipe encantado, mas que teve o coração partido.

Aparentemente uma história cotidiana dos personagens, a narrativa vai além do óbvio, em que Tolstói é ousado para os padrões recatados do século XIX, trazendo a história de Anna, uma mulher casada que se apaixona perdidamente pelo Conde Vrônski, e abre mão de tudo para viver e gritar para o mundo o seu amor. Ela é uma mulher que ama, e que sofre uma cruel punição pelo seu amor.

O leitor pode aprovar ou não a conduta de Anna, mas é impossível tratá-la com indiferença. Essa mulher desafia as convenções da época. Ela poderia viver seu amor proibido em silêncio, se assim quisesse, mas decide mostrar a todos seu amor, mesmo em meio a uma sociedade conservadora e machista.

Para além da história de Anna em si, a narrativa expõe as restrições e opressões que impactavam apenas a mulher, mas que não mudavam em absolutamente nada a reputação do homem (podemos ver alguma semelhança com a atualidade? ?); o aprisionamento em relações sem amor e sem felicidade; o que se perde quando se opta pela liberdade individual e por seguir os próprios sentimentos; a ausência de direitos das mulheres e o abismo que as separa dos homens.

Não por acaso, a publicação de Anna Karênina provocou reações negativas. Afinal, Tolstói não disfarçou o indisfarçável, mas trouxe um panorama nu e cru da época e, "nenhuma sociedade humana, por menos retrógrada que se pretenda, gosta de ver seus defeitos de perto, sobretudo se não for possível corrigi-los de imediato".

Enalteço, mais uma vez, a escrita e a maestria de Tolstói. Apesar de ser um calhamaço de mais de 800 páginas, a leitura não foi nada cansativa, pelo contrário. A forma como ele conduz a história, intercalando com discussões sobre assuntos pertinentes da época e do país, como o desenvolvimento capitalista da Rússia; a gradual substituição da antiga classe de fazendeiros pelos novos proprietários rurais; conflitos espirituais entre o pensamento conservador e as ideias progressistas, entre outros, faz com que narrativa ganhe um fôlego e nos deixe ainda mais curiosos pelos próximos acontecimentos.

É impossível transmitir aqui toda a dimensão e impacto dessa obra, que virou uma das minhas favoritas da vida. Nunca vou esquecer dessa história. Trágico, magnífico, inteligente, genial e arrebatador! ??
dosesdeliteratura_ 24/07/2023minha estante
amei sua resenha!!


Thamiris.Treigher 24/07/2023minha estante
Muito obrigada, Laura. Fico feliz ???


Brasil 24/07/2023minha estante
No imaginário ler Tolstoi parece algo complicado. Nem sabemos de onde vem esse imaginário,mas é justamente ao contrário. A leitura é muito fluida e de fácil compreensão. Uma novela agradável demais de ler. Ótima leitura Thamiris ?


Thamiris.Treigher 24/07/2023minha estante
Exatamente, Elton. A escrita é maravilhosa, fluida, acessível! Um livro realmente brilhante ??


Michele Boroh 24/07/2023minha estante
Que maravilha! É um dos meus preferidos da vida também. E parabéns pela resenha que ajuda a destravar esse mito horroroso de que a literatura russa é para escolhidos. Necessária!


Fabricio268 25/07/2023minha estante
Uma resenha de peso.


Thamiris.Treigher 26/07/2023minha estante
Ai, Michele. Muito obrigada! ?? Realmente é um mito horroroso e totalmente sem fundamento!


Thamiris.Treigher 26/07/2023minha estante
Muito obrigada, Fabrício ?


Carolina.Gomes 28/07/2023minha estante
Anna tem meu ??


Thamiris.Treigher 30/07/2023minha estante
O meu também, Carol ???




Cris Lasaitis 28/12/2010

http://cristinalasaitis.wordpress.com/2009/04/29/leituras-abril2009/

Conhece a biografia do Tolstói? Não? Eu tenho a impressão que depois de passar uns minutinhos consultando a wikipedia você vai sentir um influxo de respeito cada vez que se deparar com a música deste nome: Tols..tói.

Deixando de lado as ideias revolucionárias, as atitudes inusitadas e o romantismo quixotesco que cerca a sua morte quase heróica, para entender por que Tolstói é considerado um dos grandes escritores da literatura mundial, só lendo.

O exemplar que li (velhinho e ao mesmo tempo virgem) comprei a 15 mangos num sebo. É uma tradução portuguesa da tradução francesa do original russo, ou seja, tem muito pouco de Tolstói de facto. E apesar do telégrafo sem fio passando por terras francesas e lusitanas, o romance me soou perfeitamente belo e brutal. Imagino como deve estar boa essa edição nova da editora Cosac Naify (capa acima), traduzida para o português brasileiro diretamente do russo.

Fui ler Anna Karenina de tanto que foi recomendada por um professor meu. Fisgou minha atenção o fato da obra ser praticamente um tratado sobre o amor em todas as suas formas, cores e fases, abordado com uma delicadeza que me deixou boquiaberta. As cenas em que o amor acomete os personagens são mágicas, há desde o encantamento da paixão à primeira vista, o amor-babão, o amor-devoção, o ciúme, o amor autodestrutivo

O romance é praticamente uma novela, no sentido telenovelesco do termo (mas sem a ingenuidade implícita). Existem vários núcleos dramáticos entrelaçados. Anna Karenina não é exatamente uma protagonista, ela divide a cena com uma dúzia de personagens principais, e a cada momento da narrativa um deles é colocado sob o holofote para que seu drama seja dissecado até a última frestinha da alma. Impressionante é a habilidade com a qual autor comunica a tensão de cada cena. A descrição da agonia de um homem morrendo de tuberculose, por exemplo, me deixou paralisada no meio do metrô de São Paulo, idem para a narração de um parto que só faltou me fazer gemer. É bem o tipo de narrativa que transporta o leitor para outro mundo.

Liev Tolstói transportou a si mesmo para o romance na forma de um personagem (não vou dizer qual é, mas quem ler vai identificar fácil), que dá vazão às suas ideias pessoais (e incomuns para a época) em relação a política, religião, convívio em sociedade, entre outras coisas. Ele consegue pintar um quadro perfeito da vida burguesa na Rússia czarista, criticando-a não com palavras diretas, mas com a retratação desconcertante de uma alta sociedade frívola, ociosa, entediada, artificial e profundamente blasé.

E tem mais: nunca vi outro escritor do sexo masculino com uma sensibilidade tão aflorada, afiada e potente quanto a de Tolstói. Me deixou sem palavras! Para ele rasgo todas as sedas, os veludos, as rendas, e também as musselinas e os brocados
Sabrina 19/07/2011minha estante
Excelente texto! Muito bem escrito, tive que parar a leitura no meio por problemas operacionais, mas voltei logo, pois de fato me prendeu. Comecei a ler a sua resenha pra ver se valia a pena o livro. Apenas pelo resumo tinha ficado em dúvida, apesar de ser um clássico. Mas você me convenceu. Parece, de fato, ser emocionante.


Ricardo Rocha 19/08/2014minha estante
Que bonito...


carol 21/09/2014minha estante
alguém poderia me ajudar a encontrar esse livro em português? pois só encontro em inglês em todas as livrarias que procuro..


Thiago 05/01/2015minha estante
Assisti o filme e foi depois que soube que era um livro, gente, a fotografia do filme e tudo ficou bem artístico, quase poético aos olhos, me encantei e quis adquirir o livro. Deve chegar logo logo.


Nat @nat.amora 21/10/2020minha estante
Belíssima resenha!


Bruna.Medeiros 05/11/2020minha estante
Adorei seu texto! Sei de que personagem você está falando é também me identifiquei com ele, principalmente em suas reflexões sobre a vida, nosso papel nesse mundo, Deus... Livro maravilhoso!


Carme 01/08/2021minha estante
Que resenha sensacional! Escrita linda, chega a ser poética.


Francisco633 26/02/2024minha estante
Mt bom


Ana Mend 24/04/2024minha estante
Esse livro já estava na minha lista e lendo sua resenha, me animei mais ainda. Só preciso achar a versão em português ??




Guinho 11/08/2022

Não cometa o mesmo erro que eu ao ler esse livro.
Sobre Anna Kariênina: No início do ano esse livro teve um hype absurdo por conta das leituras coletivas e da quantidade pessoas lendo simultaneamente. Eu só via elogios por todo canto.

Me lembro que vi tantas pessoas famosas falando que leram, Tolstoi sendo citado como um dos melhores autores do mundo...Comparado a Shakespeare.

William Faulkner chegou a falar que Anna Kariênina era o melhor romance de todos os tempos.

Eu me animei na hora, e queria muito ler ele, principalmente pela boa fama que ele carregava.

No fim das contas eu fui tão guiado pela percepção alheia, que iniciei um livro de 840 páginas sem sequer saber do que se tratava a história.

Acabou que eu estava lendo a história por ser um clássico, etc. Mas talvez se não fosse por isso, eu não teria nem me interessado.

Eu não me arrependo de ler, é realmente muito bem escrito e eu pude compreender um pouco do Tolstoi através do Lievin.

Mas foi uma leitura que eu li de forma meio dispersa.

Ele aborda muitas questões da época. Eu senti que o autor foi pegando tudo aquilo que causava discussão e incluiu no livro.

E funcionou, mas por serem questões muito distintas das que vivemos nos dias atuais, ler sobre a abolição da servidão ou sobre as políticas da época acabou tornando a leitura massante em alguns momentos.

Eu gostei do enredo da Anna. Me diverti com os Oblonksi. Mas eu acho que diferente de alguns outros clássicos, esse se torna interessante de fato para aqueles que tem interesse no contexto, no autor, nas questões do século 19...já que isso é abordado em grande parte do livro.

Eu sou o leitor que se esbalda mais nas questões atemporais. Então por mais que eu tenha gostado de muitas nuances do livro, ainda tive que ler as mais de 400 páginas que abordam coisas que não são do meu interesse.

Por fim, é conhecimento, e não faz mal. Eu pude refletir sobre muitas coisas, e aprendi muitas coisas.

Mas dá próxima vez que eu for pegar algum livro grande, vou buscar pesquisar mais e não ir tanto por hype.

Eu sei que é uma coisa meio imatura, mas é normal.

Sempre busquem saber um pouco sobre o livro antes de iniciar uma leitura mais densa.

No fim, aprendi bastante e tive contato com o famoso Tolstoi. Mas não gostei tanto quanto esperava. Dou 3 estrelas. Talvez a minha nota aumente em uma releitura.
Paloma 12/08/2022minha estante
Parabéns Guinho ? Resenha Mostra o quanto é maduro para avaliar a experiência da leitura em relação a você não e não somente sobre o livro em si. É por esse motivos que sempre falo o quando leitura é relativa. O Momento de ler, os gêneros, a visão de mundo etc. Tudo isso influencia na nossa experiência e é necessário ter isso em mente para não ter uma experiência frustrada, por mais que não seja fácil de evitar.
E é por isso que eu prefiro saber do que se trata antes de me aventurar e dedicar tempo à uma leitura.


Guinho 12/08/2022minha estante
Obrigado, Paloma! ??
Você falou tudo. Vi alguns comentários seus enquanto eu assistia às lives do Christian Assunção.


CPF1964 24/08/2022minha estante
O livro foi escrito 200 anos atrás.......


Mayara Beatriz 04/11/2022minha estante
Guinho, você disse tudo! Acho que caí na mesma armadilha. Quando tiver um hype desse tipo novamente vou esperar uma semana ponderando para saber se é isso mesmo que quero no momento. Parabéns pela análise!


CPF1964 04/11/2022minha estante
Realmente este livro é péssimo.... Ótimo deve ser A Hipótese do Amor.


Guinho 04/11/2022minha estante
Gente eu editei um erro numa resenha de dois meses atrás e tá aparecendo como recente? ?


Mayara Beatriz 04/11/2022minha estante
Cassius, leia novamente a resenha. Não é sobre ser ruim ?


Mayara Beatriz 04/11/2022minha estante
Sim, Guinho. Está como recente ?


CPF1964 04/11/2022minha estante
Eu entendi perfeitamente a resenha, Mayara.




Gilberto Alves 19/02/2021

Anna Kariênina ou Konstantin Liévin?
Talvez este livro não merecesse 5 estrelas. Há momentos que realmente cansam, maçantes, capítulos desnecessários, há personagens inacabados, há personagens em excesso, mas sinceramente, eu não me importo. Nomes, sobrenomes, apelidos, apelidos dos sobrenomes (e tudo isso em russo ainda!), é claro que não ajuda.
Mas, dei 5 estrelas, e tentarei explicar o porquê.

Anna Karenina é uma grande novela, tipo aquelas que passam na TV mesmo. Têm intrigas, paixões, traições, reviravoltas, nobres e plebeus, pensadores e idiotas, enfim, todos os elementos da vida como ela é, não?
Nesta grande novela somos transportados para a Rússia do século 19, onde literalmente vivemos a vida de uma dúzia de personagens, que de alguma forma têm a vida entrelaçada entre si.

Este é um livro com duas facetas. Dois lados. Duas histórias. Enquanto temos em Anna a representação do amor, dos dramas do coração, da feminilidade, dos nuances que só uma alma feminina consegue exprimir; temos do outro lado Konstantin Liévin (Liévin para os intimos), nosso querido personagem cabeça dura que nos conduz a críticas a sociedade da época, dramas internos de uma mente inquieta, questionamentos sobre fé, deus, amor, etc..

Apesar de dar nome ao livro, Anna Kariênina não é a única nem a principal personagem. Na verdade, acho que pôr o nome desta senhorita na capa, não passou apenas de uma jogada de marketing.
Há quem diga que Liévin é a própria representação de Tolstóy em vários momentos de sua vida. Para mim, Liévin é de longe o principal personagem deste livro (e na minha opinião, o melhor).

Dei 5 estrelas para este livro, pois de certa forma me abriu os olhos a um receio que eu tinha, (ou quem sabe até preconceito mesmo) que ler esses russos de séculos passados é algo enfadonho, difícil, chato, ou algo ultrapassado. E é claro que não é nada disso. Também fiquei impressionado com a profundidade dos personagens. O jeito que Tolstoy nos transporta para o interior da mente destes personagens é algo que me deixou embasbacado.
Se você ler com carinho; sem pressa; degustando de fato este livro; vai perceber que a construção dos personagens é real a ponto de ter momentos que parece que eu conseguiria toca-los. Parece que conheço Liévin de verdade, tanto que gostaria muito mesmo de um dia encontra-lo para entabular alguma discussão sobre todos aqueles questionamentos dele sobre a alma, a sociedade, os mujiques, a fé, o amor, a necessidade das escolas, dos hospitais, do orgulho dele, enfim, da vida em si.

Espero um dia poder ler tudo que eu quero ler, para então voltar e reler essa obra grandiosa. Já parto com saudades e vontade de visitar novamente Moscou, Petersburgo, ir até a casa de Liévin para falar da colheita, visitar a encantadora Anna para um chá, encontrar Stepan e dar-lhe uns tapas na cara e ensinar-lhe como se trata uma esposa, ou então até quem sabe compartilhar as amarguras de Alexei Alexandrovich.
Para mim, foi um livro incrível, apesar de Anna beirar a loucura, chegando a ser irritante em alguns casos. Liévin por vezes é mais teimoso que uma mula. Vronsky não passa de um playboy meio sem sal na maioria das vezes. Mas é isso tudo que tornou a experiência que esse livro deu, muito mais completa e real para mim.

Muito bom! Recomendo muito!
Seza 19/02/2021minha estante
?Parece que conheço Liévin de verdade, tanto que gostaria muito mesmo de um dia encontra-lo para entabular alguma discussão sobre todos aqueles questionamentos dele sobre a alma, a sociedade, os mujiques, a fé, o amor, a necessidade das escolas, dos hospitais, do orgulho dele, enfim, da vida em si. ?
Gostei dessa parte da crítica. Mostra o quão bem-sucedido o livro é. Se você quer conhecer os personagens depois que o livro terminou, isso mostra o quanto eles significaram para você, o quanto eles realmente tocaram você.
Esta é a prova de que ele lhe proporcionou uma experiência real e enriquecedora para a alma. Apesar de algumas conversas chatas e desnecessárias no livro, tornar capaz a reflexão com precisão sobre a sociedade e os personagens é uma grande conquista para o escritor. E Tolstoy foi capaz de fazer isso.
Infelizmente, muitos autores se perdem em seus objetivos usando uma linguagem incorreta ou exagerada ao tentar refletir sobre a vida. Enquanto tentam representar a vida, mais parece que nos mostram um teatro com muitos personagens secundários. Mas não neste livro. Aqui o leitor pode lembrar dos personagens mesmo após o término do livro. Pode sentir-se como se uma nova pessoa entrou em sua vida.
Mesmo eu estando ainda na metade, posso dizer que também gostei. Embora os discursos em alguns capítulos possam ter sido um pouco enfadonhos no início, vou terminar este livro porque ele reflete a vida. Mais um livro para nossa biblioteca que enriquece nossa alma e coração... A propósito, muito obrigado por me recomendar este livro, meu querido ;)


Seza 19/02/2021minha estante
?Parece que conheço Liévin de verdade, tanto que gostaria muito mesmo de um dia encontra-lo para entabular alguma discussão sobre todos aqueles questionamentos dele sobre a alma, a sociedade, os mujiques, a fé, o amor, a necessidade das escolas, dos hospitais, do orgulho dele, enfim, da vida em si.?

Gostei dessa parte da crítica. Mostra o quão bem-sucedido o livro é. Se você quer conhecer os personagens depois que o livro terminou, isso mostra o quanto eles significaram para você, o quanto eles realmente tocaram você.
Esta é a prova de que ele lhe proporcionou uma experiência real e enriquecedora para a alma. Apesar de algumas conversas chatas e desnecessárias no livro, tornar capaz a reflexão com precisão sobre a sociedade e os personagens é uma grande conquista para o escritor. E Tolstoy foi capaz de fazer isso.

Infelizmente, muitos autores se perdem em seus objetivos usando uma linguagem incorreta ou exagerada ao tentar refletir sobre a vida. Enquanto tentam representar a vida, mais parece que nos mostram um teatro com muitos personagens secundários. Mas não neste livro. Aqui o leitor pode lembrar dos personagens mesmo após o término do livro. Pode sentir-se como se uma nova pessoa entrou em sua vida.

Mesmo eu estando ainda na metade, posso dizer que também gostei. Embora os discursos em alguns capítulos possam ter sido um pouco enfadonhos no início, vou terminar este livro porque ele reflete a vida. Mais um livro para nossa biblioteca que enriquece nossa alma e coração...

A propósito, muito obrigado por me recomendar este livro, meu querido ;)


Débora 19/02/2021minha estante
Adorei sua resenha, Gilberto!!!


Leandro M. 19/02/2021minha estante
Essa é uma ótima resenha para quem ainda está em dúvidas se ler ou não esta grande obra da literatura mundial. Eu já o li e amei a história do início ao fim. Agora eu estou planejando relê-la em breve, pois essa merece ser lida por mais de uma vez nessa nossa vida que é tão breve.


Gilberto Alves 19/02/2021minha estante
Oi Seza :)
É exatamente isso que vc falou. Parece que de fato alguém entrou em minha vida (personagens), após terminar esse livro. Foi mais do que apenas páginas e palavras. Foi uma experiência que gostei muito de ter vivido. Tolstoy é incrível nesse quesito.
Espero de coração que vc goste nem que seja pelo menos 50% do que eu gostei ;)


Gilberto Alves 19/02/2021minha estante
Muito obrigado, Débora! :)


Gilberto Alves 19/02/2021minha estante
Muito obrigado Leandro!
Isso mesmo, este é um livro que merece ser relido, revisitado. Me identifiquei muito com muitos personagens, e acho que em apenas uma leitura, não aproveitei tudo que poderia.




Ju 30/05/2013

Anna Kariênina
Anna Kariênina foi escrito no final do século XIX. Nele, vemos a sociedade russa, com seus costumes e peculiaridades. Talvez por isso, eu tenha tido uma relação diferente com o livro. Não entrei na história, me coloquei no papel de observadora.

Gente, achei tão engraçado cada pessoa reservar um horário em que vai receber convidados, e essas pessoas começarem a chegar sem aviso. Explico melhor: alguém divulga que "recebe" toda quarta das 18 às 22 horas. Durante esse tempo, chegam visitas e começam a interagir com os donos da casa e com os outros que decidiram aparecer por lá também.

Não é de bom tom chegar para a visita a pé, então mesmo que seja uma caminhada de dez minutos, é necessário providenciar cavalos para a utilização de algum meio de transporte que dependa deles. Também é necessário falar francês em algumas situações, para se mostrar chique, mesmo que a língua oficial seja o russo. Enfim, muitas coisas que remetem a um mundo e a uma época bem diferentes.

É um clássico que eu queria ler já há bastante tempo. São muitas personagens, e dá pra se confundir um pouco com os nomes delas... porque não é sempre que as pessoas são tratadas pelo mesmo nome. E como eu não entendo nada da língua ou dos costumes russos, sou incapaz de decifrar porque os nomes têm derivações tão curiosas. Realmente não tenho a menor ideia de porque uma pessoa às vezes é chamada de três formas diferentes, e bem diferentes, por sinal. Mas a gente se acostuma a isso, a história é bem longa e permite que conheçamos as personagens profundamente. Elas dividem seus pensamentos conosco, mesmo que os escondam das outras personagens.

Personagens que, aliás, seguem caminhos inversos: algumas estão com a vida totalmente estruturada no início; por mais que não se sintam as pessoas mais felizes de todo o mundo, têm suas pequenas felicidades para confortá-las. Algumas destas se perdem no decorrer da história, chegando a um total desequilíbrio. Outras, que começam sem saber bem o que desejam da vida, acabam alcançando uma vida plena e feliz. Tudo causado pelas escolhas de cada uma delas, obviamente. O autor nos mostra que reconhecer os erros e ter a capacidade de perdoar são coisas muito importantes para alcançar o equilíbrio e a tão almejada felicidade.

"É absurdo não aceitarmos a vida como ela é, deixarmo-nos dominar pelo passado. Há que lutar para viver melhor, muito melhor."

Anna Kariênina fala de muitos assuntos relevantes, como vocês podem ver na sinopse. Como não tenho conhecimento sobre eles, não vejo sentido em tentar esclarecê-los. Mas é uma aula sobre tudo o que a sociedade russa vivia, uma leitura bem densa. Apesar disso, não tive dificuldades com o livro. Me apeguei à história, deixei que os acontecimentos me guiassem pelo universo de Tolstói. Com certeza não me decepcionei.

"- Sempre gostei de ti, e quando se gosta de uma pessoa, gosta-se dela tal como é e não como nós quereríamos que fosse.
(...)
- Apenas pretendo viver, sem prejudicar ninguém, exceto a mim própria."

Postada originalmente em: http://entrepalcoselivros.blogspot.com.br/2013/05/resenha-anna-karienina.html
Lua 30/05/2013minha estante
Sinopse gigante, né?! rs a maior que já li. Nunca tinha ouvido falar desse livro, e me parece ser um clássico que merece ser lido. Adoro como é diferente a escrita desse tipo de literatura, conhecer os costumes de regiões e épocas diferentes da nossa é o que mais me agrada. A capa já tem aquele quê de antigo, muito aconchegante e simples. =D

ótima resenha!


Adriane Rod 30/05/2013minha estante
Que sinopse comprida, né?

Eu sou louca para ler esse clássico, mas não consegui compra-lo ainda. Sou louca por Tolstói.

Sabe que essa história de marcar horário para receber visitas é bem legal!! Eu gostei. Assim nunca pegaria desprevenida.

Eu também não gosto muito dessa história de chamar uma mesma pessoas de várias formas, ainda mais quando o livro tem muitos personagens. É tão confuso.

Eu achei um pouco completo todos esse assuntos tratados, mas como eu não conheço nada sobre os costumes russos, vai ser bem interessante.

Eu quero ler logo, para poder assistir ao filme.

;)


Thaís 30/05/2013minha estante
Nossa quando eu vi que você tava lendo esse livro achei interessante, cheguei a procurar no skoob, as deu uma preguicinha de ler a sinopse gigaaaante haha
Adoro clássicos! Mas nunca havia ouvido falar dele e eu acho histórias antigas tããão interessantes, sei la coisas antigas me atraem, mas essa história parece um pouco complicadinha.
Nomes de personagens confundidos, formalidades demais durante a história e muitos costumes russos (muita coisa pra minha cabeça, porque eu também não entendo nada sobre isso)
Enfim, achei o livro muito interessante! Tenho certeza que nos ensina muitas coisas e isso é realmente bom! Eu leria, só para assistir o filme depois haha!


Juh 01/06/2013minha estante
Nossa nunca tinha ouvido falar sobre esse livro e que sinopse grande heein??!! Mas gostei da capa, da sinopse e da resenha, é um clássico literário muito rico, pois representa a sociedade russa do século XIX, acredito que seja um livro bem crítico quanto aos costumes da época. Quero ler!!


Tawany 07/06/2013minha estante
Se o filme é ótimo, imagina o livro. Quero ler! :)


Victoria (Vic) 07/06/2013minha estante
Sou louca pra ler esse livro *O*


Ana Lopes 21/06/2013minha estante
Amei sua resenha , por acaso é o livro do filme ?! Porque se for eu gostaria de ler , achei o filme tão superficial , tudo acontece tão rápido que não dá tempo nem de entender direito
acho que o livro seria mais explicativo :)




keyla 13/02/2022

Anna Karienina, em um simples resumo, trata-se de análises críticas às traições, as relações sociais da burguesia russa e as dualidades da vida em geral. Tolstoi, partindo das reflexões individuais dos personagens tais como as razões de ser, a insegurança e as diferenças entre as classes sociais (o que é justo e o que é injusto) expande a proposição a ser discutida a modo universal.
É um romance russo com mais de 800 páginas, então é de se esperar que seja lento, rico em detalhes. Todas as complexidades dos assuntos tratados e dos próprios personagens nos proporciona esse imenso livro que pode ser chamado de genialidade.
E que complexidade tem Anna Karienina? é alguém inesquecível, assumo, e faz parte de duas cenas emocionantes do livro as quais nunca esquecerei. É uma pena que ela tenha se envolvido com o mesquinho do Vronski, o motivo da sua chegada ao precipício.
Não tem como não comentar sobre Liovin, um cara tão gente fina que estranhamente tem várias semelhanças com o autor? e que final nos proporciona Liovin!
Michela Wakami 14/02/2022minha estante
Fico feliz que tenha gostado, Tolstói arrasa, ele arrasa tanto, que eu fiquei tão irritada com alguns personagens, de tão realista que é, que quase coloquei fogo no livro kkkkkk.


keyla 14/02/2022minha estante
kkkkkkkk concordo com você, tive que parar a leitura diversas vezes por motivo de raiva. Algumas pessoas reclamam que Anna aparece pouco e que deveria aparecer mais, mas se isso acontecesse eu não terminaria o livro?.


Michela Wakami 14/02/2022minha estante
Se ela tivesse aparecido mais, eu com certeza teria praticando um vandalismo.?????


keyla 14/02/2022minha estante
kkkkkkkkkk Tolstoi teria que ficar de joelhos para pedir meu perdão


Michela Wakami 14/02/2022minha estante
??????


CPF1964 16/02/2022minha estante
Gostei da resenha. Ficou ótima.


keyla 16/02/2022minha estante
obrigada, Francisco!!




Rosangela Max 20/01/2022

Maravilhoso, conforme esperado de um Tolstói.
Anna é uma mulher egocêntrica, manipuladora e perturbada. Usa sua beleza e encantos para conseguir o quer, mas isso não a impediu de ser infeliz.
Entendi que ela é considerada a personagem principal porque toda a história é desenvolvida a partir de uma atitude dela. Mas, pra mim, ela está longe de ser a principal. Ela divide o palco com outros personagens incríveis, cujo meu preferido é o Liévin.
Como típico da literatura russa, na história se fala muito sobre política, sociedade e religião. Nessa, especificamente, os temas sobre a vida no campo e as questões existenciais estão fortemente presentes.
Sobre a escrita do Tolstói, não tem nem o que falar. Ele é o meu autor russo favorito!
Super recomendo a leitura.
Victor.Oliveira 20/01/2022minha estante
Nossa, parece ser muito bom. Obrigado pela resenha


Gio 20/01/2022minha estante
Estou com este para ler, me deixou mais ansioso agora rs


Rosangela Max 20/01/2022minha estante
Acredito que vcs irão gostar. ??


Alan kleber 20/01/2022minha estante
Anna Kariênina ou Madame Bovary?


Rosangela Max 20/01/2022minha estante
Eu ainda não li Madame Bovary, mas dizem que é bom também. . Está na minha interminável lista de espera.


Souza.Barbosa 08/07/2023minha estante
Eu sempre tento acompanhar você e não me decepciono, gostaria de ler algo da minha área (educação) mas estou desanimada com ela.




spoiler visualizar
Pedro Moreira 01/07/2021minha estante
Excelente resenha, Eric! Até me deu vontade de pegar o livro e começar a ler haha. Em breve estou me aventurando nesse universo.


Eric Vinicius 01/07/2021minha estante
Obrigado pelo generoso comentário, Pedro! Foi uma experiência incrível, recomendo bastante! Parece que há uma série da Netflix que sairá em breve, sobre o livro, e seria legal já conhecer a história para acompanhá-la. Grande abraço, boas leituras!


Pedro Moreira 01/07/2021minha estante
Não sabia sobre a série, muito bom saber. Vou apenas encarar Guerra e Paz antes e começo essa leitura. Obrigado pela boa notícia e pela resenha!


Eric Vinicius 01/07/2021minha estante
A literatura russa me parece, mesmo, fabulosa! Também pretendo, daqui a um tempo, ler Guerra e Paz. Mas primeiro preciso me recuperar da ressaca literária... rs (pra isso, já encomendei meu próximo Saramago)


Pedro Moreira 01/07/2021minha estante
Ah, me lembrou de outro livro da minha lista que quero ler também kkk




Bunig 28/10/2021

Dualidades
Primeiramente, gostaria de esclarecer que dei 4 estrelas porque, apesar de ser um clássico muito bem escrito, eu não curti muito a leitura. Então menos 1 estrela pela experiência de leitura que, para o meu gosto pessoal, não foi tão legal assim. Dito isso, vamos às minhas impressões do livro.

Durante a narrativa acompanhamos principalmente Anna K. e Liévin. Duas pessoas distintas, que participam de círculos sociais convergentes. Ao longo do enredo vamos nos deparando com situações que nos fazem refletir sobre dualidades, sendo que as principais são: morte e vida; o papel da mulher e do homem na sociedade; a diferença entre a vida no campo e a vida na cidade, em meio a sociedade; diferença entre quem vê o campo como principal fonte de renda, depende da terra, e quem só tem contato com o campo para fins de descanso. Várias outras discussões são apresentadas, mas essas são as que mais chamam a atenção.

Sobre os personagens, eu não consegui gostar do Liévin de jeito nenhum. Ele é raso, julga todo mundo sem nem conversar com as pessoas antes, está nem aí para o bem comum e ainda é bem escroto com relação à Kitty. Essas são características de uma pessoa até que bem normal, afinal, quem nunca julgou os outros que atire a primeira pedra, mas acompanhar os pensamentos dele me deixaram bem nervosa. Só que a escrita do Tolstói é tão boa, que mesmo detestando o personagem, era interessante acompanhar as reflexões que ele levantava. Os capítulos dele eram sempre os que mais me deixavam pensativa.

Quanto a Anna, eu gostei do arco dela, é um arco de desespero. Foi interessante ver o que ela enfrentou na sociedade por causa de sua escolha. É compreensível o desfecho dela, como ela se perde de si mesma, mas ainda assim fiquei com pena da situação. Além disso, gostaria de ter visto mais sobre como seus atos finais afetaram as pessoas próximas a ela. Entretanto, o autor resolveu finalizar o livro com outras discussões.

Eu queria mais da Dolly. Foi a personagem que mais gostei. Concordei muito com vários pontos de vista dela e eu gostava muito do seu modo de pensar. O arco dela também é muito bom. No começo a vemos como uma mulher passiva, mas ela vai percebendo várias coisas e mesmo que seu desfecho seja contado em não mais que 6 linhas, fiquei muito feliz pelo que aconteceu e pela tomada de atitude.

No geral é um livro impecável, muito bem construído, mas que pra mim não foi uma leitura "gostosa". Do início até a parte 4 é muito envolvente, mas depois começa a ficar difícil manter o mesmo nível de interesse do começo. Queria ter curtido mais. Contudo, não deixa de ser uma boa experiência, ainda mais que foi meu primeiro contato com uma obra do Tolstói.
Alê | @alexandrejjr 28/10/2021minha estante
Perfeita a tua argumentação, Bruna! Conseguiu passar pra outros usuários aqui do Skoob como foi a tua experiência e por que não foi uma leitura inesquecível. Dá pra entender perfeitamente as quatro estrelas finais. Baita texto!


Cristhian.Gomes 29/10/2021minha estante
Eu nem li o livro e adorei a resenha


Cristhian.Gomes 03/11/2021minha estante
Ela é perfeccionista ela. Errada não tá


Cristhian.Gomes 03/11/2021minha estante
A escrita desse moço é mt difícil?


Bunig 04/11/2021minha estante
Eu não achei difícil não viu. Considerei bem fluida, o que pega é só algumas coisas do contexto que tu pode não estar muito familiarizado, mas mesmo assim dá pra entender tudo muito bem.




Gustavo 24/03/2020

Você está satisfeito com a sua vida?
Anna Kariênina é o meu segundo contato com a obra de Liév Tolstói - o primeiro contato se deu com a novela A morte de Ivan Ilitch. Propus-me a ler Anna Kariênina por dois motivos: (1) para mergulhar mais a fundo na obra de Tolstói, deste autor tão reverenciado e influente, principalmente por conta da marcante primeira impressão que Ivan Ilitch deixou em mim; e (2) por ter me deparado com um princípio homônimo (creio que filosófico ou estatístico) baseado na frase de abertura do romance, o qual me deixou, por óbvio, muito curioso acerca da temática do livro.

Nesse sentido, a trama de Anna Kariênina basicamente gira em torno de problemas familiares e conjugais, muitos dos quais são, antes, consequência de problemas internos dos próprios personagens. Entretanto, eu diria que não existe uma trama propriamente dita, mas apenas um encadeamento natural de eventos; ou pelo menos é esta a aparência que o livro dá, muito pelo mérito da prosa de Tolstói. A narrativa se preocupará, portanto, em acompanhar a vida dos personagens e os reflexos de suas decisões, instigando-nos a curiosidade na medida em que imaginamos como suas vidas se modificarão com cada escolha e situação.

Por falar nos personagens, é interessante como Tolstói preserva-lhes a singularidade em meio a um elenco tão grande. Cada personagem tem suas características, comportamentos e modos de pensar próprios que os distinguem dos demais. O leitor facilmente encontrará personagens com os quais irá simpatizar e outros com os quais nutrirá uma antipatia; mas como tratarei mais adiante, é bem possível que acabe, ao final, mudando a sua opinião acerca de cada um deles.

Muito se fala em dualidade quando se analisa esta obra e, de fato, ela está bastante presente em toda a narrativa, a começar pela memorável frase de abertura: "Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira." Alguns exemplos de dualidade contidos no livro: cidade e campo; homens práticos e homens teóricos; aristocratas e plebeus; casamentos felizes e casamentos infelizes; fidelidade e adultério; amor e ódio. Todos esses elementos dualísticos são representados pelos próprios personagens e o mais interessante é observar, como explicitado acima, a modificação do modo de ser de um personagem de uma ideia para outra, por assim dizer. Tomemos como exemplo Anna. No início ela representa uma mulher autoconfiante, autossuficiente e equilibrada. Entretanto, com o passar do tempo - e em decorrência de suas escolhas -, ela acaba se transformando em uma mulher muito insegura, emocionalmente dependente e psicologicamente desequilibrada. O mesmo se passa com Liévin, mas em sentido contrário. De início ele é muito inseguro, cético e passivo, mas com o desenrolar dos acontecimentos, com as escolhas que faz e com os pensamentos que passa a adotar, Liévin se transforma em um homem muito mais seguro de si, que toma atitudes mais proativas e que passa a ter algo no que acreditar, libertando-se da sua crise existencial que por muito tempo o atemorizava.

Anna e Liévin, por serem os protagonistas desta história, são os que mais sofrem mudanças, mas outros personagens também mudam drasticamente, como Alekséi e Kitty. Contudo, alguns personagens não mudam de forma alguma, mesmo quando a oportunidade afigura-se diante deles. Um exemplo seria o casal Oblónski composto por Stiépan e Dolly. Os dois se defrontam com situações que poderiam mudar por completo as suas vidas, mas eles acabam não abraçando a oportunidade de mudança. Dolly se contenta em preservar a sua vida tal como ela está mesmo depois de descobrir que o seu marido estava tendo um caso com uma de suas empregadas e mesmo depois de contemplar seguir uma vida "libertina" como a de Anna. Stiépan, por sua vez, arrepende-se do adultério (ou melhor, de não ter dissimulado melhor sua resposta quando confrontado sobre isso), mas continua mergulhando em relações extraconjugais; talvez muito em razão da condescendência de Dolly, mas isso é objeto de outra análise (o que eu já complemento argumentando que sua condescendência é produto da reflexão que ela teve com base nas impressões da vida de Anna após o adultério, ao que Dolly julgou ser uma vida muito infeliz; e que para ela, Dolly, bastava ocupar-se da criação dos filhos para derivar a sua felicidade).

Eu pretendia apontar aqui quais são os meus personagens favoritos, mas depois de muito refletir cheguei à conclusão de que todos os personagens são igualmente fascinantes para mim, justamente por todo o exposto acima; muito pelo mérito de Tolstói na construção de personagens tão singulares, cativantes e, acima de tudo, humanos. Pois é justamente a humanidade dos personagens de Anna Kariênina o que mais me cativou e também toda esta reflexão acerca da condição humana que a obra me proporcionou:

Na busca pela satisfação, muitos mudam suas vidas por completo. Alguns acabam almejando a satisfação, enquanto outros acabam se distanciando ainda mais dela. Por outro lado, alguns sequer buscam a satisfação, pois já se sentem satisfeitos, seja para o bem ou para o mal, deles próprios ou dos outros.

Qualquer livro que trata de temas tão complexos da condição humana de uma forma tão envolvente, peculiar e relativamente simples é leitura obrigatória na minha opinião; e Anna Kariênina é um desses livros.

Recomendadíssimo a todos os leitores!
Erika 25/03/2020minha estante
AK é incrível! Depois que você entra em contato com Tolstói, quer ler tudo desse senhorzinho!


Ari Phanie 25/03/2020minha estante
Ótimo resenha! Adorei teus pontos de vista.


Gustavo 26/03/2020minha estante
Realmente, Erika! Quero muito ler tudo dele, principalmente os contos. Pelo o que ouvi falar é nos contos que ele mais se destacou.

E obrigado, Ari! Que bom que gostou! Acabei de ler a sua resenha (muito boa, aliás) e gostei de ver os pontos comuns entre nossas impressões e principalmente os aspectos que passaram despercebidos por mim.


Erika 27/03/2020minha estante
Gustavo, já li os dois primeiros volumes dos Contos Completos, na edição da Cosac. Gostei bastante! Mas prefiro os romances! Guerra e Paz, e Ressurreição também são maravilhosos!




Nayzinha 06/12/2021

não tem como não se apaixonar por Ana Arcadievna. feliz por ter terminado esse livrinho. é, com certeza, um dos mais queridos.

ganhei essa edição aos 14, de presente. tentei por várias vezes, até estabelecer algum ritmo de agosto a dezembro deste ano, aos 23.

Tolstoi escreveu Ana para ser uma mulher incontornável, mesmo. todas as personagens que cruzam seu caminho se afetam por ela. e o que é repulsa, logo se entende, no decorrer da trama, que é inveja, ciúme ou outra insatisfação qualquer por coisa alheia à própria Ana.

?Se eu pudesse, procuraria ser para ele uma amiga sensata, e não uma amante apaixonada, cujos ardores lhe repugnam e que sofre por seu lado com a frieza dele. Mas eu não posso nem quero transformar-me.?. (Anna Kariênina, p. 612, 1997)
Danton 06/12/2021minha estante
tá aí um livro que quero muito ler. mas também acho que ainda não chegou a minha hora.


Nayzinha 06/12/2021minha estante
acredito mesmo nisso! estes livrões sempre possuem mensagens, conselhos, puxões de orelhas a seus leitores? penso que gostaria de ter a maturidade para alcançá-las todas, mas não é regra. algumas nuances ficam escondidinhas. de Anna Karenina com certeza. é preciso que eu também amadureça


Danton 07/12/2021minha estante
exatamente. o meu livro, favorito, por exemplo, eu levei uns dois anos na leitura. não era tão longo assim, eram cerca de 600 páginas. mas eu fui amadurecendo junto da leitura, fui ressignificando várias coisas. acabou sendo uma memória afetiva e marcante pra mim por causa desse tempo trabalhado em cima dele


Lira Juazeiro 09/04/2023minha estante
Também amei o livro. Mas tenho uma perspectiva completamente diferente em relação a Anna. Tive piedade dela sim, mas ela é uma personagem detestável, por seu egoísmo e pela busca em ser venerada por todos. É essa pura necessidade por veneração que a leva justamente as ações que lhe causarão ser rejeitada pelas pessoas que ela mais estima, aqueles com um alto status social. Como a veneração do ego é algo impossível de se obter, pois nunca será suficiente, especialmente na situação em que ela se colocou, a vida dela acabou. Levin, que é um ser tão passional e tão afetado por emoções quanto Anna, não tem essa mesma necessidade. Levin busca o sentido na vida que lhe fará últil para as pessoas de forma verdadeira. Um sentido que não seja o mesmo daqueles que fazem coisas vãs achando que estão sendo extremamente últil. Levin, cheio de defeitos como todos nós o somos, não sente a necessidade de ser adorado, mas sim de ser uma pessoa melhor. Anna inicia-se como alguém perfeita aos olhos da sociedade hipócrita que ela tanto ama. Porém, Anna mostrou-se desde a primeira aparição essa pessoa que tem todas as suas ações premeditadas para causar boas impressões. Ana foi falsa desde o início, por isso que a sociedade hipócrita a amou até o momento em que ela não mais se encaixou. Já Levin, nunca teve relações superficiais. Aqueles que o conhece profundamente jamais o rejeitaria. No entanto, aqueles que preferem a superficialidade têm dificuldade em aceitá-lo. Livro bastante complexo. Personagens muito bem construídos :)




Allana 20/05/2020

Impactante e atemporal
A gente se deixa levar pela condução do Tolstoi, o capitão de um navio, nos levando a um Iceberg? Uma terra-firme?
É um livro repleto de duos, opostos. Apesar do título, a história não é apenas sobre a Anna, ela é uma das personagens principais desse enredo, que trata principalmente sobre famílias. E o autor consegue resumir bem isso logo na sua primeira frase: Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira.

É um livro que nos deixa criar juízo de valor aos personagens sem o autor deixar claro suas opiniões, por isso se torna uma obra atemporal e impactante.
Mas Tolstoi também tem seus momentos de ironias, até certo ponto tragicômicas, mas que apetece a todos, são personagens imperfeitos, por isso apaixonantes e que se julgam ao longo da trama. Numa mesma cena para um pode ser um momento maravilhoso, e para o outro um pesadelo sem fim, e nessas horas vê-se que não é a voz do escritor que fala, é a Anna, o Liev, a Kitty, o Oblonski, Vronski são eles, e não o Tolstoi, os escritores e persongens dessa história.
Marcelo Rissi 20/05/2020minha estante
Uma das minhas obras favorita. Parabéns pela excelente resenha!


Lendocomfernanda 20/05/2020minha estante
A leitura é fluida?


Allana 20/05/2020minha estante
Sim! Agora, são diálogos longos, mas fluidos. Você fica preso nesses embates


Lendocomfernanda 20/05/2020minha estante
Obrigada




spoiler visualizar
Codinome.Beijaflor 07/02/2022minha estante
Tive essa impressão também, mas acho que talvez esse seja o pulo do gato.
Na época em que foi escrito as mulheres não tinham muita voz, então o livro se chama "Ana Karenina" para demonstrar a vida dela, mas e como se ela agisse como segundo plano na própria vida (pelo fato de ser mulher).Na real, ela não tinha poder nenhum, tudo foi tirado dela.
O livro todo me fez sentir uma bosta, pq teve homem que traiu no livro, mas isso não é aceito quando vindo de uma mulher.


Codinome.Beijaflor 07/02/2022minha estante
Ou talvez não, talvez eu esteja divagando demais.


Manu 07/02/2022minha estante
Também pensei bastante nesse negócio sobre a época que o livro foi escrito, mas o drama de Ana poderia ser tão bem tratado e descrito em todas as páginas que o Levin tá se perguntando o que ele deve fazer depois da Kittu rejeitar a proposta de casamento. Até a relação Ana-Vronsky poderia ter sido melhor explorada


Manu 07/02/2022minha estante
O livro começa com uma traição de um homem, 10 capítulos depois tá perdoado




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