Resenhas - Vazante

Alvaro 20/04/2024

Segundo livro que leio do autor
Não tão bom quanto o Meu Pé de Laranja Lima, mas envolvente igual a ele. O livro possui td um mistério em volta dos indivíduos da ilha e o suicídio do ex-delegado, mas apesar disso, não é o que se parece ser. Em um contexto geral é bom, com personagens q possuem personalidades envolventes e seus devaneios , mas na minha opinião poderia ter sido um livro com um enredo bem mais interessante e ter explorado mais os personagens. E é isto, faltou um negocio a mais, terminei a leitura com um gostinho de quero mais misturado com um pouco de frustração.
Enfim, ganhei de presente esse livro e adorei apesar de na minha tosca opinião faltar algo a mais.

Diego 07/01/2024

O livro se passa em uma ilha remota, no qual há uma prisão. O protagonista é um jovem delegado enviado à ilha para administrar o presídio. O povo da ilha pouco aparece, são vistos ao longe como pessoas que não gostam de forasteiros, são citados como seres quase malignos. A Ilha tampouco é hospitaleira. Seu clima sufocante é vez ou outra rompido por uma tempestade trazida pelo vento sudoeste. Nesses momentos o delegado precisa ficar atento, pois ocorrem fugas no presídio.

O foco narrativo está nos forasteiros: Diogo, o jovem delegado; Um médico já idoso, sempre de um branco impecável; Nina, uma bonita e jovem loira que vive bêbada; E a freira que mora nas ruínas do velho solar do Chico Rita. Há também Dauro, o caçador de presos fugitivos e César, o antagonista do delegado que nunca aparece, mas está presente em tudo, além de alguns trabalhadores que aparecem em uma cena ou outra.

Com exceção da freira, os forasteiros que foram à ilha possuem uma história mal resolvida e estão ali em uma espécie de autoexílio. A história vai aos poucos apresentando os conflitos de cada personagem. Começa devagar e aos poucos vai ganhando um ritmo de thriller. Com reviravoltas, situações aflitivas e um desfecho trágico.

A ilha pouco acolhedora é um dos ingredientes que dinamizam a trajetória do jovem advogado. Sua solidão é diminuída um pouco na relação com Nina, contudo Nina tem seus próprios demônios e a relação não prossegue.

César, está sempre a espreita, tentando enlouquecer o jovem delegado. Todos sabem que ele ajuda os presidiários a fugirem e que um delegado alerta estraga seus planos. É como um duelo mudo. Uma fuga irá desmoralizar o delegado e essa ameaça paira sobre Diogo na primeira parte do livro toda.

Na segunda parte é o naufrágio do jovem delegado. A fuga enfim consumada, em um dia claro, sem que ninguém saiba como se sucedeu, atira o jovem em uma espiral descendente. Antes sempre arrumado, passa a descuidar da aparência. Se antes não bebia, passa a cair bêbado pelas ruas. Nina não fala mais nada com ele, está fechada em sua própria desilusão, anunciando aos empregados que irá morrer.

O clímax do livro ocorre quando o sudoeste chega trazendo uma grande tempestade. O delegado irá juntamente com Dauro tentar impedir a fuga que César está organizando. Nesse ponto o livro assume um tom de thriller, de jogo de gato e rato, prendendo a atenção.

Biblioteca Álvaro Guerra 18/03/2022

Um delegado enviado a uma ilha com poucos moradores, descobre que solidão não é só uma palavra e sim uma vida.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788506084243

Gláucia 16/09/2018

Vazante - José Mauro de Vasconcelos
Diogo é o novo delegado que chega à ilha com o principal objetivo de impedir a fuga dos presos. Terá que enfrentar o preconceito e a hostilidade dos nativos, especialmente Cesário, homem misterioso e temido por todos, empenhado em facilitar a fuga de alguns a fim de prejudicar o trabalho de qualquer delegado que assuma o cargo. Para isso se utiliza de artifícios sutis que tentam desestabilizar psicologicamente o alvo explorando suas fraquezas.
Diogo se envolve com Nina, bela mulher alcólatra que também esconde seu passado. E percebe que está sozinho, não tem em quem confiar nem com quem contar. Nesse lugar todos parecem estar escondendo algo terrível, a ilha parece ser amaldiçoada.
O livro é interessante mas o autor não se aprofundou na caracterização de seus personagens, tudo é narrado de forma meio apressada e superficial.

Raquel Lima 30/07/2009

Falta enredo...
Gosto muito das obras do autor,mas confesso que o livro me pareceu incompleto, não somente o final, todo ele. Os personagens não possuem história ou não é contado A tristeza, a solidão é o enredo. A ilha da solidão, de pessoas solitárias, de pessoas que desejam e lutam pela morte. Uma ilha triste, má, confusa e doentia. Começa muito bem, mas segue, segue e segue...e por fim acaba. Nada mais.