A Feira das Vaidades

A Feira das Vaidades William Makepeace Thackeray




Resenhas - A Feira das Vaidades volume I


14 encontrados | exibindo 1 a 14


Mari 04/03/2024

Eu gosto muito dessas histórias que são basicamente o retrato de uma época através da vida de alguns personagens, conhecendo a fundo seus caracteres e motivações. É uma crítica bem humorada da sociedade inglesa no século XIX.

Amélia é uma mártir, ingênua, boa e caridosa, a típica protagonista que de tão virtuosa beira a uma perfeição um tanto irritante, enquanto Becky é o oposto, é uma alpinista social sem nenhum escrúpulo, muito mais interessante de acompanhar obviamente. A Becky é uma anti-heroína, que não quer necessariamente prejudicar alguém de propósito, mas ela o faz mesmo assim para cuidar de si mesma e conquistar um espaço na sociedade. Sem rancor e sem remorsos.

Embora a leitura seja boa, também a achei muito cansativa. O autor opina demais, conversa demais com o leitor, o que particularmente não me agrada, pois acho que quebra o ritmo da narrativa.

É uma história para se ler com calma, aos poucos, já sabendo de antemão que não haverá nenhum grande acontecimento, revelação, mistério ou drama. Então se você curte esse tipo de história, recomendo a leitura!
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Karen 14/02/2024

Desejos&Satisfação
A máxima "cuidado com o que você deseja" é bem apropriada para ilustrar o romance.
Longo, mas longe de ser entediante traça a história de 2 mulheres de diferentes comportamentos e como conquistaram seus desejos e nenhum deles se mostrou a melhor escolha para suas vidas.
Sendo a felicidade e satisfação fora dos planos primeiros traçados.
Com algumas falhas de revisão de texto, é a única edição no mercado da obra e vale o investimento.
"As pessoas não são tão infelizes a menos que tenham algo do que se arrepender".
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Souza.Barbosa 29/11/2023

Doce falsidade.
A beleza deste livro e indiscutível.
A narração não lenta mas traz muita descrição da sociedade dos acontecimentos e curiosidades de caráter da época.
As duas "amigas" criam suas histórias baseadas na suas escolhas e simplicidade ou audácia.
Não se trata só de amor essa história mas a também de princípios por conta do status que se quer ter ou ao mundo que se quer pertencer.
Amélia de uma inocência fora de sério que chega cansa e de um egoismo incubado mas...
Rebeca a Rebeca que serpente nossa eu não sei se ela se perdeu ou era do seu próprio instinto enganar e trair e não amar mais ludibriar e continuar...
Mas o fim é muito bom
Recomendo a leitura!!!
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kiki.marino 16/10/2023

Entre "a sátira e o sentimento ",é um clássico de mais de 100 anos atrás, que posso dizer que ainda é, talvez longo e enfadonho para alguns leitores modernos, mais captura de forma novelesca o espírito da elite inglesa,mesquinhez &vaidade,também da pilantrice da classe baixa. Não há heróis nesta trama e sim a anti-heróina deliciosamente egoísta,uma mocinha quase perfeita irritante e homens como sempre previsíveis , desinteressantes e narcisistas. É um clássico que se inspirou em outros da mesma talha satírica, caótica, entre causos e também percebe-se a influência em outros livros da literatura inglesa com o narrador quebrando a quarta parede com o leitor. Bom.
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Dri 03/10/2023

O pior do ser humano
Foi uma leitura muito difícil pra mim. Parei por meses e quando voltei terminei em poucos dias. É genial a forma como Thackeray esmiuça a alta sociedade inglesa do início do século XIX. Nunca li nada escrito com tanta perspicácia, ironia e deboche. Fico me perguntando o que a sociedade da época pensou ao se ver retratada de forma tão crua. Becky e Amélia foram igualmente incapazes de me despertar empatia ou qualquer tipo de admiração. Confesso que Amélia me despertou mais desprezo do que Becky. O grande problema do livro é que não há heróis, você não torce nem se apega a nenhum dos personagens. Talvez ao pobre Dobbin, mas apenas no final consegui me apegar um pouco a ele. É um livro excessivamente realista, nele você encontra o pior do ser humano: egoísmo, vaidade, orgulho, infidelidade, manipulação, estupidez, falta de inteligência e por aí vai. Vale muito a leitura, mas tenha em mente que aqui não há romance (romântico).
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Nado 29/04/2023

Romance clássico de William Makepeace Thackeray, publicado em 1847. A história se passa na Inglaterra do século XIX e segue a vida de Rebecca Sharp (uma querida aprendiz de Nazaré Tedesco) e Amelia Sedley.
Rebecca é ambiciosa e que cresceu em um internato com outras órfãs. Logo percebe que pode se aproveitar da amizade de Amelia e usá-la como degrau para subir na sociedade.
Thackeray satiriza a sociedade britânica daquela época, retratando as pessoas como vaidosas, hipócritas e obcecadas por status social, o que não deixa de ser muito atual.
O livro é bem escrito e tem personagens interessantes, mas possui uns trechos que vão de nada a lugar nenhum, o que dá uma desanimada em mais ou menos em 1/3 final da obra. No entanto, considero um texto importante da literatura inglesa que oferece uma boa visão única da sociedade daquele século.
Em resumo, achei uma leitura desafiadora e recompensadora, recomendo para aqueles que buscam um romance clássico rico em personagens e críticas sociais.
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Claire Scorzi 16/03/2023

Problema não resolvido
Feira das Vaidades foi publicado em 1847 na Inglaterra. É um romance gigantesco, que pretende apresentar um painel da sociedade Inglesa de então - a " feira das vaidades".
O título é retirado de um episódio da famosa novela alegórica O Peregrino de John Bunyan. Uma das numerosas etapas da viagem de Cristão, o peregrino, e um de seus muitos perigos?
A feira é a sociedade londrina; as vaidades são, como diz a Bíblia , o final de tudo neste mundo: " Vaidade das Vaidades! Tudo é vaidade". Pois é. Thackeray concorda.
O senão está em que, no empenho em criticar satiricamente tudo que vê, o autor se esquece de criar empatia com seu público leitor; seu olhar feroz nada poupa, e assim não nos deixa sequer um personagem para admirar - ou melhor, faz isso obliquamente, mostrando virtudes opressivas e que tornam seus modelos curtos de inteligência. E exemplos de determinação e coragem mesclados com desonestidade. Em especial com as figuras femininas, Thackeray não resolve o problema de criar uma mulher que seja virtuosa sem ser uma imbecil, e outra que é inteligente e interessante, contudo inescrupulosa. Será que no universo de Thackeray só havia esses dois modelos de mulher?
Eu dispenso, obrigada.
O romance é hábil, com ritmo e sempre interessante. Mas podia ser mais.
Ah, é bom que se diga: a desonesta porém esperta Becky Sharp possuí uma virtude rara: ela não guarda rancor.
Alessandro232 18/03/2023minha estante
Olá, Claire. Eu também tenho essa edição. Eu vou ler. Na verdade estou pensando em fazer um projeto sobre clássicos da literatura inglesa. Acho que vou começar por "Tom Jones". O que acha da ideia?


Claire Scorzi 25/04/2023minha estante
Alessandro: acho que não vi seu comentário antes, o skoob não deve ter me avisado. Sobre sua pergunta, sou suspeita para opinar, pois não gosto de Fielding.


Andressa Bufulin 31/03/2024minha estante
? já li e adorei, preciso reler, assisti também ao filme e série.




Lohan Pedro 15/03/2023

Tinha tudo para ser 5/5, mas...
? Feira das Vaidades, de William Makepeace Thackeray.

Vocês sabem que me adoram...Xoxo Vanity Fair ? (eu não podia deixar de fazer essa referência)

É inegável que Feira das Vaidades é um Gossip Girl de época. É uma leitura que te prende do começo ao fim. Apesar de algumas questões me incomodarem, como o fato do autor explicitamente não gostar de mulheres (e isso é visível em suas personagens femininas), não estraga a obra.

Apesar de muita fofoca, intriga e babados. A história perpassa pela vida de Becky (minha preferida, passo todos os panos possíveis, afinal não é crime se comportar como um homem) e Amélia. Enquanto uma tem que lutar para sobreviver a outra não precisa medir muitos esforços para conseguir as coisas. Amélia é a preferida do autor, isso fica bem claro. Enquanto Becky é preferida pela galera descolada ?. Podem falar o que for, se não houvesse a personagem Becky nesse livro, todos iríamos dormir ao ler. Becky era uma menina órfã e pobre, então tudo que ela faz é correr atrás de uma vida melhor não só para si, mas para sua família e, quem não consegue enxergar isso, meu amor, lê de novo e não se deixe levar pelo autor. ? E Amélia, é Amélia gente, a heroína (como o autor mesmo chama, apesar de dizer que não tem heroína no livro), a perfeita, e é só isso.

Ao menos o final não é ruim, concordo com ele? Jamais. Porém não é ruim.

Uma curiosidade logo que descobri o nome do livro originalmente (Vanity Fair), me veio em mente a revista de moda extremamente concorrente da Vogue, a revista Vanity Fair. E para meu deleite sobre minha imaginação, eu estava certo, a revista historicamente levou esse nome por influência do livro. Fiquei bem contente com a pesquisa, pois consegui achar primeiras edições onde na época nem havia foto. Talvez vale a pena pesquisar você também.

Não esperem moralidade, mas esperem o julgamento do moral de forma beeeem explícito para as mulheres, pois aparentemente um homem pode fazer o que quer e ainda ser adorado.

A Feira das Vaidades não é o lugar para o moral, tão pouco acolhedor. Quer saber o que acontece e como? Leia, pois é imperdível.

Xoxo, Vanity Fair ?
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Mii 14/03/2023

Um clássico com certeza
William Makepeace Thackeray é um contemporâneo de Charles Dickens, e seu rival. Eu particularmente gosto dos livros de Dickens, e por isso me interessei pelo seu rival.

Bom, Thackeray tem um foco maior em retratar e satirizar a aristocracia britânica da época. O que o diferencia de Dickens.

Basicamente o livro descreve como duas mulheres de origens distintas decidiram viver na sociedade britânica do século XIX, e quais foram as consequências de suas escolhas. Além de mostrar como homens e mulheres da aristocracia tratavam mulheres de origem plebeia ou que tiveram a sua riqueza arruinada ou chamavam muita atenção por serem delicada demais.

Durante a descrição da vida dessas duas mulheres, o autor critica algumas questões morais, que também são muito recorrentes até os dias de hoje, como por exemplo, a ganância, o egoísmo, a hipocrisia, a vaidade e a ostentação.

A edição da Pedra Azul, que conta com a tradução de Maria Aparecida Mello Fontes, também contribuiu bastante para o entendimento da história, uma vez que a tradutora colocou muitas notas de rodapé sobre alguns nomes, curiosidades de alguns costumes da época e descrição de alguns locais.

Apesar de muitos pontos positivos, algo que me incomodou na escrita de Thackeray foi a inconstância do nome de alguns personagens. Em alguns trechos ele chama um determinado personagem pelo apelido, e no momento seguinte pelo sobrenome de casada ou pelo seu primeiro nome. Isso fez com que eu precisasse voltar na leitura algumas vezes para saber a quem estava se referindo.

Mas de um modo geral, indico está leitura para todos aqueles que desejam conhecer os costumes da Inglaterra no século XIX e adoram um clássico com muita sátira.
Cidinha.Mello 08/08/2023minha estante
Que bom que você gostou das notas de rodapé. Eu realmente senti que se o leitor não conhecesse o significado dos nomes, perderia a essência de muitos diálogos e a descrição dos locais me pareceu fundamental. A ideia de adicionar um mapa no final do livro foi minha.




_bbrcam 22/02/2023

Se tivessem me falado que esse livro é uma biografia, eu teria acreditado
Os relatos e os personagens são tão bem construídos e tão bem trabalhados que parecem pessoas reais. Quando comecei a ler, o que me passaram foi a mensagem de que em Feira não há heróis. E realmente não há. Você acaba compreendendo cada um descrito como pessoas e não como ações, embora alguns sejam realmente cativantes. Uma leitura muito boa!
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Jenni.Castro 26/01/2023

Realmente o livro é fiel ao título kkk
Foi meu primeiro contato com o autor e eu gostei muito, apesar de passar raiva com a maioria dos personagens, muito burros.
É um livro bem gigante, poderia ser simplificado e assim ele ficaria mais interessante.
Mas a história em si te prende em algumas partes, não em todas.
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Julinho 11/01/2023

Mesmo com a lindíssima edição da editora Pedrazul, minha experiência de leitura de "Feira das vaidades" foi decepcionante. O romance histórico vitoriano, ambientado no período regencial, segue o típico modelo narrativo do século XIX: um narrador em primeiro pessoa, intrometido e sarcástico, interrompe constantemente a narração para despejar opiniões, preconceitos e julgamentos sobre os personagens.

O moralismo do narrador soa muito indigesto ao leitor moderno: Rebecca, a personagem mais interessante do romance (para não dizer a única), é julgada e espezinhada; enquanto a insuportável e insípida Amélia, o modelo de virtude da época é excessivamente louvada.

Falta delicadeza a "Feira das vaidades", alguma sutileza à ironia que tenta parecer inteligente, mas soa grosseira na maioria das vezes.

Becky, mesmo sendo a personagem que mais encanta o leitor contemporâneo, não convence como tão inteligente e manipuladora quando os personagens e o narrador dão a entender. Durante toda a história, Rebecca Sharp bota os pés pelas mãos constantemente: casa com um pobretão antes dele ganhar a herança, perdendo a oportunidade de se tornar uma lady; é pega no flagra em sua traição, só por ser sovina; abandona o filho e herdeiro do título de baronete que no futuro seria sua salvação; Becky me parece no mínimo, muito imprudente

Outra coisa que não convence o leitor, é a devoção sem limites do Major Dobbin pela songa-monga da Amélia. O que diabos, ele viu em alguém sem nenhuma personalidade e que o desprezava?

George, amor de Amélia, era um personagem mutante: num momento capaz de um grande heroísmo casando com Amélia contra a vontade do pai, em outro a traí levianamente com a sua melhor amiga. Faltou habilidade na narrativa, para acrescentar complexidade ao personagem.

Pelo menos o amor de Rawdon pelo filho, é comovente de verdade. Achei muito fofas as cenas entre ambos.

Mas por fim, o filme me parece melhor acabado que o livro. Pelo menos me diverti mais com ele.
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Corinne 01/12/2022

Incrível
Livro muito bom...a diferença entre as personalidades de Amélia e Rebeca são a chave central do livro na minha opinião. E a forma como o autor "puxa" o leitor para dentro da história é muito boa. Através de conversas diretas é incrível.
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07/09/2020

O Machado de Assis inglês.
Embora não seja tão conhecido quanto Jane Austen e Charles Dickens, William Makepeace Thackeray é considerado um dos grandes gigantes do romance inglês. "Vanity Fair", publicado em 1848, é sua obra-prima. Ambientado do começo dos anos 1810, cobrindo a batalha de Waterloo, até meados dos anos 1830, o prelúdio da era vitoriana, o romance narra a história de duas jovens amigas: Rebecca Sharpy e Amélia Sedley. A primeira, órfã, filha de um pobre pintor e de uma emigrante francesa, é notável por sua astúcia, encanto e sagacidade, que a levarão, pouco a pouco, a ascender socialmente, fazendo jus ao próprio sobrenome: "Sharpy" . A segunda, filha de comerciantes ricos, representa, ao contrário de sua amiga, a inocência e a pureza. Tais qualidades, embora louváveis, a levarão a atravessar grandes provações durante o curso da narrativa.

Thackeray, como um bom romancista inglês, abusa do humor e da ironia. Seu estilo pode ser comparado com o de Machado de Assis, embora o inglês seja mais prolixo, mais verborrágico e menos econômico que o brasileiro. Para além do estilo, assim como Machado, Thackeray consegue descrever com maestria como o orgulho, o egoísmo, a ambição e a vaidade podem arruinar a alma do ser humano e afetar, negativamente, a vida das pessoas a sua volta.

Sem embargo, para além de ser um grande romancista verbal e moral, Thackeray também se destaca como contador de histórias. Seu estilo narrativo, em alguns momentos, é parecido com o de Gabriel Garcia Márquez no que tanje aos saltos temporais, ocorridos nos capítulos, de modo a deixar a sensação de que a história avança rapidamente, de um acontecimento para o outro, sem longas descrições e sem enchimento de linguiça (no tocante a cenas e diálogos).

Pessoalmente, Thackeray causou-me maior impressão do que seu contemporâneo Charles Dickens. Todavia, talvez essa seja apenas uma questão de gosto pessoal.
Monique 16/05/2021minha estante
Fiquei com mais vontade de ler. A própria Charlotte Brontë elogia esse autor e fez uma dedicatória a ele em seu livro Jane Eyre. Pena que não tem uma edição nova em português.


maa 27/09/2021minha estante
Onde foi que você leu esse livro? Foi por pdf? Pq eu n consegui achar e quero muito ler e o livro físico eh caro


27/09/2021minha estante
Eu li em espanhol e em inglês. As duas versões podem ser encontradas online para leitura. Abaixo estarão os links.
https://www.ellibrototal.com/ltotal/?t=1&d=10084
https://www.gutenberg.org/ebooks/599




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