O fim do império cognitivo

O fim do império cognitivo Boaventura de Sousa Santos




Resenhas - O Fim do Império Cognitivo


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douglaseralldo 04/09/2019

10 CONSIDERAÇÕES SOBRE O FIM DO IMPÉRIO COGNITIVO, DE BOAVENTURA DE SOUZA SANTOS OU A AFIRMAÇÃO DAS EPISTEMOLOGIAS DO SUL
1 - Energizado por desejos revolucionários e sonhos utópicos, O fim do império cognitivo , a afirmação das epistemologias do sul é um convite a pensarmos as soluções para o mundo sob novas óticas e perspectivas em que o cientista social Boaventura de Souza Santos argumenta acerca do que chama de epistemologias do sul, afirmando de sua necessidade e enquanto alternativa possível para um mundo complexo, carregado de problemas e de perspectivas temerárias de um lado. Todavia, conforme veremos, neste balaio de medos, o autor procura demonstrar que as soluções para vencê-los já nos estão dispostas, demandando que tenhamos compromissos e capacidades de pensar fora da "caixa" eurocêntrica que tem movido o mundo nos últimos séculos;

2 - O livro parte da ideia de que "a reinvenção ou a construção da política confrontacional exige uma transformação epistemológica" de modo que o livro vem "questionar os alicerces epistemológicos do pensamento crítico eurocêntrico e ir além dele, por mais brilhante e magnífico que seja o conjunto de teorias que ele gerou" sendo por isso livro de contestação, que terá como alvo em grande parte o capitalismo, o colonialismo e o patriarcalismo, mas também de proposição, esta justamente a opção por outros olhares que não o das epistemologias do norte;

3 - Assim, "o argumento deste livro é que essa mudança se encontra naquilo que chamo [, no caso ele, Boaventura de Souza Santos] de epistemologias do sul" a saber que "referem-se à produção e à validação de conhecimentos ancorados nas experiências de resistência de todos os grupos sociais que têm sido sistematicamente vítimas de injustiça, da opressão e da destruição causadas pelo capitalismo, pelo colonialismo e pelo patriarcado". Nesse sentido, o autor revela dentre os objetivos destas epistemologias seja "seja permitir que os grupos sociais oprimidos representem o mundo como seu e nos seus próprios termos";

site: http://www.listasliterarias.com/2019/09/10-consideracoes-sobre-o-fim-do-imperio.html
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beatrxste 10/05/2023

O fim do império cognitivo
(leitura acadêmica para seleção de mestrado)

O livro "O fim do império cognitivo" de Boaventura Santos pode ser visto como uma crítica severa à ideia de que há apenas uma forma de conhecimento válido e objeitvo (o eurocêntrico). Para isso, o autor apresenta o conceito de império cognitivo que seria justamente a imposição uma visão singular fundamentada nas concepções eurocentricas de verdade e conhecimento.
Com a finalidade de se contrapor a esse conceito, o autor discorrer acerca da epistemologias do Sul, que correspondem a valorização e ao respeito de todas as formas de conhecimentos já produzidos no mais diversos contextos, tanto geográficos quanto históricos, a exemplo da pedagogia decolonial, das lutas indígenas que ocorreram no continente americo-latino, da teoria do grio decolonial, do movimento zapatista do México, entre outros.
Tudo isso com o fito de superar o império cognitivo e estabelecer uma produção de conhecimento transformador e que potencialize uma visão crítica nos alunos, a qual vem a reconhecer a complexidade do mundo e sua diversidade.
Para tanto, seria necessário que a ciência baseada na neutralidade, na univerisadade e na objetividade seja superada, de mesmo modo com sua limitação que causa a exclução também seja. A partir disso, uma nova ciência fundamentada na pluriversidade, na criticidade e na responsabilidade iria possibilitar que os contextos sociais, culturais e políticos sejam reconhecidos.
Além disso, o autor também vem a pontuar sobre o conhecimento situado que seria um conhecimento produzido em contextos específicos, os quais levam en consideração as relaçÕes de poder e as formas de opressão que nele mesmo existem. Seguindo essa perspectiva, o autor também discorre acerca de como o poder, em determinados contextos (ou em sua maioria), vem a ser utilizado como um meio de legitimação da dominação e exclusão social.
Sendo assim, podemos inferir que o livro defende uma produção de conhecimento que abrace a diversidade cultural e universal, que reconheça sua complexidade e que se liberte da visão hegemônica eurocêntrica da educação.
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Geanne 27/11/2022

Um livro de incrível densidade teórica
Para quem busca investigações a partir do Sul-Global, Boaventura é referência, traça de forma extremamente didática suas percepções e alternativas ao sistema capitalista, colonialista, patriarcal vigente. Uma obra para ler aos poucos, absorvendo cada informação, expande horizontes!
Santos139 26/02/2023minha estante
alquem tem esse livro em pdf?




ephemelis 11/05/2023

Nao sei se comento, o autor está envolvido em polêmicas pesadas recentemente...
só quero contabilizar a leitura mesmo.
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