Amanda 30/03/2019
Esperava muito mais !
Com uma premissa interessantíssima, "Paixões rebeldes" tinha tudo para ser um livro maravilhoso. E assim, não é que foi um livro ruim, mas tambem não foi um livro bom. Em vários momentos senti raiva da mocinha que na minha opinião era uma mimada que queria ter tudo sem abrir mão de nada, em outros senti raiva do Cain que era imaturo e inseguro que fazia as merdas e se arrependia depois e mais raiva ainda eu sentia do Woodsman, que era tão bom e sem nenhum pingo de autoestima que me irritou profundamente.
Aqui temos um trio de amigos: Ginger, a princesinha da cidade, Woodsman, o príncipe e Cain, o demônio. Desde a mais tenra infância Ginger sempre foi apaixonada por Cain, apesar de todos sempre forçarem uma barra que ela deveria namorar e se casar com Josiah. Este era apaixonado por ela desde sempre e quando eles tinham 12 anos "reivindicou" sua chance com ela (coisa de menino, affs), já Cain sentia algo diferente por ela, mas não assumia e como sabia que seu primo era apaixonado por Gin desde sempre, não queria ser aquele que estragaria as chances. Com isso, ele rejeitou a Gin tantas vezes que na última ele acabou perdendo-a de vez.
Ginger apesar de apaixonada por Cain sempre deixava Josiah na reserva, dando esperanças mesmo quando não queria (muito disso pela falta de autoestima dele). Quando Cain a rejeita na última vez, ela resolve dar uma chance a Josiah e eles engatam um namorico morno que ela empurra com a barriga, enquanto Josiah se sente o homem mais feliz do mundo.
Woodsman sempre soube que queria Ginger, e sinceramente, era uma obsessão meio doentia (apesar de ele não forçar nenhuma barra e ser o perfeito cavalheiro). Seus planos de infância eram simples, se formar, ir para a Marinha como oficial, voltar, casar com Ginger, 2 filhos e seguir a vida, mas tudo começou a dar errado quando ele lesionou o joelho no futebol e não pode ir para a escola de oficiais, então ele foi para a Marinha como soldado mesmo, chegando lá sofreu um acidente e quase perdeu o pé, sendo aposentado aos 21 anos, então ele entrou no corpo de bombeiros da cidade deles para ajudar no que desse. Mas ele era tão teimoso que insistiu até ficar bom e ir combater incêndios. Ele aceitou o relacionamento morno com Ginger, achando que estava tudo as mil maravilhas e quando viu como Ginger reagia ao retorno de Cain, que ele entendeu que ela era uma casca com ele.
Cain é um personagem complexo, durante a infância foi rejeitado e rebaixado o tempo todo em prol do menino de ouro, pior é que ele não podia sentir raiva desse menino, pois ele era Josiah, seu primo e melhor amigo e ele realmente acreditava que era inferior a Woodsman. Na adolescência abriu mão de Ginger por Josiah, apesar de ter sentimentos por ela e depois quando voltou atrás já era muito tarde. Entretando, entrar na marinha foi uma descoberta para ele, que se achou, educou e controlou, voltando para cidade não mais como o garoto problema, mas como um militar americano dos bons.
O relacionamento dos três é muito bonito, pois praticamente nada pode acabar com a amizade deles. Mas sinceramente, eu senti raiva dos personagens em vários momentos, escolhas ruins, pensamentos medíocres e não gostei do caminho que a autora escolheu para definir o final, senti que ela precisou "tirar a pedra do sapato" para eles ficarem juntos e isso ficou muito mal, fora que foi triste, preferia que tivesse tido uma quarta parte, mas enfim... O livro é longo e em alguns momentos meio cansativo, não é tão bom como os dois primeiros, mas vale a leitura.