Marco118 22/06/2022
Bocage – Sonetos
Quando peguei este livro na biblioteca, só por distração, não achava que ele me surpreenderia como surpreendeu.
Eu, às vezes, ouvia falar de Bocage, indistintamente: um certo poeta, antigo, lusitano... Já havia até lido um verso ou outro... mas não fazia ideia do seu gênio.
Foi uma surpresa para mim. Como é que esse gigante me passava desapercebido?
Vou colocar aqui os sonetos de que mais gostei. Estão na ordem do livro. Se vocês puderem, leiam-nos também, que são muito bons!
1. Apenas vi do dia a luz brilhante
2. Chorosos versos meus desentoados
3. Em que estado, meu bem, por ti me vejo
4. A frouxidão no amor é uma ofensa
5. Fiei-me nos sorrisos da ventura
6. Deixar, amado bem, teu rosto lindo
7. Vai-te, fera cruel, vai-te, inimiga
8. Há um medonho abismo onde baqueia
9. Minha alma se reparte em pensamentos
10. Aquela, que na esfera luminosa
11. Magro, de olhos azuis, carão moreno
12. Nascemos para amar; a humanidade
13. Sobre estas duras, cavernosas fragas
14. De radiosas virtudes escondida
15. Tu és meu coração, tu és meu nume
16. Já no calados monumento escuro
17. Quando na rósea nuvem sobe o dia
18. Meu ser evaporei na noite insana
19. Já Bocage não sou!... À cova escura
20. Os suaves eflúvios, que respira
21. Neste horrível sepulcro da existência
22. Distrai, meu coração, tua amargura
23. Ó retrato da morte, ó noite amiga
24. Do vasto abismo (Odes - A Amarílis)