Resenhas -

Marjorie.Barticiotto 19/03/2021

Ahh que história mais linda!
Amei!! A arte é muito fofa, a história muito linda, confesso que me emocionei no final. Nem amo bicho né?! Não leio muitas HQs, quem sabe por falta de costume mesmo, mas essa me fez me abrir p novas leituras desse gênero.

Toni 26/08/2019

Dizem que os bichinhos de rua, cães e gatos abandonados ou em feiras de adoção, encontram e adotam seus cuidadores muito mais do que nós, humanos e supostamente "donos", conquistamos e adotamos cada um deles. Este quadrinho breve (muito breve) da mineira Ana Cardoso, fala precisamente dessas vidinhas peludas que nos escolhem, protegem e acalentam, donas de uma doce humildade que não se importa que digamos por aí que os resgatamos, salvamos, lhes demos um lar — eles bem sabem que são, na verdade, a casa inteira, e o coração do mundo.
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Em 'Quando você foi embora', a cadelinha Luma perde seu dono e acaba chegando aos cuidados de Luzia, uma jovem estudante que, infelizmente, não pode manter a cachorrinha sob sua guarda. Sem soluções fáceis ou maniqueísmos, vilões ou heróis, Ana Cardoso nos entrega uma história simples cheia de sensibilidade e respeito aos dilemas que a vida impõe, sem perder de vista o crescimento espiritual e o suporte psicológico que relações afetivas com animais de estimação podem trazer. Uma verdade, aqui, duplamente comprovada: por esta Panqueca que dorme e protege a casa ao mesmo tempo, e por nossa Café, que quando sapateia de alegria faz sorrir de cócegas o mundo inteiro.

Paulo 10/03/2019

Este é um lindo trabalho da autora Ana Cardoso sobre a relação que existe entre os animais de estimação e seus donos. Impossível não se apaixonar ou se relacionar com alguma das situações que a autora apresenta nesta HQ. A gente fica muito movido com a forma como a narrativa é contada e com o drama vivido pela pequena Luma.

Uma coisa sensacional que a autora fez foi criar uma narrativa com muito poucos diálogos. O apelo é muito mais visual do que escrito. E isso dá uma riqueza maior à narrativa. O roteiro se baseia na visão que Luma tem do mundo que a cerca. E ela não precisa expressar isso em palavras. A narrativa ficou mais enxuta e eficiente e permite ao leitor construir do seu jeito o que a cachorrinha está pensando ou sentindo naquele momento. A interação dela com os demais personagens parece muito mais real e palpável. Algumas cenas são tão bem colocadas que a gente sente o impacto dela em nossos corações.

Eu tenho um cãozinho e li o quadrinho justamente quando fui viajar ao lado de minha esposa. Ficou aquela sensação de preocupação com o meu filhote de patas que ficou em casa. A gente sempre procurava perguntar à minha sogra (que ficou responsável por cuidar do meu filhote) como ele estava e o que está sentindo. E a agitação da Luma quando o seu dono saiu de casa é muito verídica. Os cãezinhos sentem a falta de seus donos. Muitas vezes imaginamos que eles não teriam inteligência para discernir as pessoas, mas isso não é verdade. Ele constrói relações emocionais com o dono. Sim, eles sabem quando fomos embora, quando demoramos a retornar, quando querem carinho, com quem desejam sair. E a Ana Cardoso trabalha estes sentimentos muito bem ao longo da narrativa.

O sentimento de perda é complicado. Existem diversos relatos de cães que acabaram morrendo ou adoecendo devido à perda de seu dono. Outros donos não foram capazes de alimentar aquele amor que havia sido dedicado a uma pessoa. O leitor certamente vai derramar uma lágrima diante desta história tão tocante. Acho até que Luzia (a filha do antigo dono de Luma) foi extremamente corajosa ao tomar uma decisão importante. Alguns de vocês vão argumentar que ela precisava lidar com a felicidade de Luma, mas a vida não pode parar por conta de nossos filhos de patas. Posso imaginar o quanto a decisão doeu no coração de Luzia. Mas, foi a mais acertada diante daquele cenário. Recomendo esse quadrinho a todos!

site: www.ficcoeshumanas.com