Resenhas - Dias e noites de amor e de guerra

Barbs 05/02/2024

É difícil falar sobre um livro com essa profundidade. Lindo e dolorido, forte, pesado e ao mesmo tempo poético, me incitou um sentimento que parecia ter estado adormecido. Maravilhoso.

mafe lacerda 08/10/2023

ó, tinha esquecido da resenha....
realmente galeano é foda
ano passado li o "livro dos abraços" e virou um favorito da vida né. quando comecei esse fiquei morrendo de medo de não gostar, mas 🤬 #$%!&
um livro com um tema tão pesado e que relata momentos horríveis, mas ao mesmo tempo uma escrita tão bonita e contagiante que é impossível não querer ler mais galeano.

giovanasilvx 27/09/2023

"Sonhos

Você queria fogo e os fósforos não acendiam. Nenhum fósforo dava fogo. Todos os fósforos estavam decapitados ou molhados."

bella 01/08/2023

Pode-se viver cada dia como se fosse o primeiro?
Impressionante como ler um livrinho do galeano te faz querer explorar toda a sua obra ─ quando li o livro dos abraços, gostei muito do ritmo e da temática e fui praticamente obrigada a saber mais sobre essa personalidade tão foda da nossa américa latina. essa obra em especial me deu certo quentinho no coração porque em algumas partes ele conta sobre suas vivências no brasil e eu achei muito bonito o jeito como ele enxergou a cultura daqui. espaço abaixo dedicado ao trecho que retirei o título.
𝘍𝘶𝘪 𝘧𝘦𝘪𝘵𝘰 𝘥𝘦 𝘣𝘢𝘳𝘳𝘰, 𝘮𝘢𝘴 𝘵𝘢𝘮𝘣é𝘮 𝘥𝘦 𝘵𝘦𝘮𝘱𝘰
𝘋𝘦𝘴𝘥𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘶 𝘦𝘳𝘢 𝘨𝘢𝘳𝘰𝘵𝘰 𝘴𝘰𝘶𝘣𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘰 𝘗𝘢𝘳𝘢í𝘴𝘰 𝘯ã𝘰 𝘦𝘹𝘪𝘴𝘵𝘪𝘢 𝘮𝘦𝘮ó𝘳𝘪𝘢. 𝘈𝘥ã𝘰 𝘦 𝘌𝘷𝘢 𝘯ã𝘰 𝘵𝘪𝘯𝘩𝘢𝘮 𝘱𝘢𝘴𝘴𝘢𝘥𝘰.
𝘗𝘰𝘥𝘦-𝘴𝘦 𝘷𝘪𝘷𝘦𝘳 𝘤𝘢𝘥𝘢 𝘥𝘪𝘢 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘴𝘦 𝘧𝘰𝘴𝘴𝘦 𝘰 𝘱𝘳𝘪𝘮𝘦𝘪𝘳𝘰?

paula_ti_na_mente 08/06/2023

Sou suspeita
Para falar de Eduardo Galeano pois acho sua escrita encantadora. Nesse livro agora, cheio de guerra, ódio e dor, ele consegue encontrar, ?nas ditaduras instauradas no Uruguai e na Argentina? momentos de ternura e felicidade, mas também de brutalidade extrema.
Tem poesia, crônica, essa fluidez que é tão característica de sua escrita, e que sempre surpreendendo e afaga meu coração.

pedro villar 04/05/2023

" Quantas vezes fui um ditador? Quantas vezes um inquisidor, um censor, um carcereiro? Quantas vezes proibi, aos que mais queria, a liberdade e a palavra? De quantas pessoas me senti dono? Quantas condenei pelo delito de não serem eu? Não é a propriedade privada das pessoas mais repugnante que a propriedade das coisas? A quanta gente usei, eu, que me acreditava tão à margem da sociedade de consumo? Não desejei ou celebrei, secretamente, a derrota dos outros, eu que em voz alta me cagava no valor do êxito? Quem não reproduz, dentro de si, o mundo que o gera? Quem está a salvo de confundir seu irmão com um rival, e a mulher que ama com a própria sombra ?"

nalumarx 16/03/2023

Cada uma de minhas metades não poderia existir sem a outra. pode-se amar a intempérie sem odiar a jaula? viver sem morrer, nascer sem matar?

Thalita Prado 24/02/2023

Sempre Galeano
Histórias que aquecem e cortam o coração, não teria autor melhor se não Galeano para isso. Leitura rápida, mas que demanda atenção pra entender o amor e guerra.

JAQUELINE.ARGOLO 21/02/2023

Memórias de tempos difíceis
Melhor definição para finalizar o livro e o Sistema:
"A máquina acossa os jovens: os tranca, tortura, mata. Eles são a prova viva de sua impotência. Os expulsa: os vende, carne humana, braços baratos, ao estrangeiro.
A máquina, estéril, odeia tudo que cresce e se move. Só é capaz de multiplicar as prisões e os cemitérios. Não pode produzir outra coisa que presos e cadáveres, espiões e policiais, mendigos e desterrados.
Ser jovem é um delito. A realidade comete esse delito todos os dias, na hora da alvorada; e também a História, que cada manda nasce de novo.
Por isso a realidade e a História estão proibidas." (p. 126)
Recomendo esse livro de memórias de um período trágico na América-Latina.

Kethilyn 09/01/2023

Eduardo Galeano parece estar sempre pronto para te dar um soco no estômago metafórico, e ele nunca o faz inventando universos, ele mostra a verdade das ditaduras na América Latina.
Intercalando histórias, algumas leves, outras que mostram que a democracia que temos hoje, foi conquistada com muita luta e sangue.
Um livro dinâmico e essencial.

Marianne Freire 28/12/2022

A ditadura na América Latina não impede Galeano de poetizar através de histórias e relatos, a oralidade história e as vivências fazem do livro um primor, ?uma festa da memória.? Poetizar em meio a violência requer muita serenidade e concentração sensível. Poesias, contos, narrações, ensaios fazem da obra de Galeano uma resistência a intolerância e a guerra. Alegrias, amores e humor também sobrevivem ao terror, fazendo uma literatura latino-americana histórica marcante e historiográfica.

?Mas eu prefiro os resplendores da gente? (p.61) A humanização em Galeano é muito forte.

?No país do silêncio, pode-se terminar em um campo de concentração por conta do brilho do olhar?. (p.88). A guerra pode destruir a íris e a retina mais bonita.

?É livre um homem condenado a viver perseguindo o trabalho e a comida?? (p. 107)

Político e falando de sistemas, o livro se passa em Montevidéu, Buenos Aires e Uruguai, denunciando a guerra e a violência através de histórias e relatos onde Galeano usa a memória para sobreviver ao terror.

BJekyll0 16/05/2022

Sempre um aperto no peito
Ler Galeano é ter o peito apertado, o estômago revirado, a cabeça pendendo do pescoço e a grande sensação de que sempre repetimos os mesmos erros. E que a expressão "cada povo tem o governo que merece" é um absurdo tatuado em nossa língua. Todo povo tem um governo que deturpa nossas liberdades e nossa voz.
Ao mesmo tempo é sentir uma leve carícia depois de um soco na goela.

thami 16/04/2022

"Se são enfermos os torturadores, o que dizer do sistema que os fez necessários?"

Um livro incrível, triste, brilhante e doloroso, onde descreve as vivências e histórias do autor e de pessoas que viveram terríveis anos em meio as ditaduras na América latina.

Marcos Toledo 28/02/2022

Muito bom
Fazendo essa resenha com deley, mas eu curti muito o livro. Super indico.

Ele é fácil de ler é muito rico.

Nós temos trechos muito importante da vivência do autor. Temos aqui uma crítica a ditadura, denúncia os horrores e a violência.

É um livro bonito, triste, tenso, duro e divertido ao mesmo tempo.