Resenhas - Divisadero

Solange 06/08/2023

Divisão
O livro de forma resumida aborda como um fato que incide ainda na infância das crianças ( os protagonistas principais) leva a divisão familiar, onde cada uma das crianças é levada para um caminho diferente na vida, o livro se divide em 3 partes, onde narram a vida dos mesmos, do fato, a vida adulta.
É escrito de uma forma poética e intensa, onde trás vários textos até reflexivos e intensos; mas, do meu ponto de vista pessoal a história não foi linear, eu alguns momentos me perdi durante a leitura, pra entender ao que o autor estava se referindo, acredito que faltou uma melhor conexão pra entrelaçar as histórias, mas não é um livro de todo ruim, vale a experiência.

CAMBARÃ 26/06/2023

Um romance escrito por Michael Ondaatje.
A história central do livro gira em torno de Anna e Claire, duas irmãs criadas no interior da Califórnia.
Após um evento traumático ocorrer em suas vidas, elas são separadas e seguem caminhos diferentes.
O livro é dividido em três partes distintas.
Na primeira parte, o leitor acompanha a infância de Anna e Claire e o relacionamento delas com seu pai adotivo, Coop.
No entanto, um trágico incidente acontece, levando à separação das irmãs.

Na segunda parte, a história se concentra em Coop, que se muda para a França e acaba vivendo um romance com uma mulher chamada Catherine.
Paralelamente, a narrativa explora o passado de Coop e sua relação com uma herança familiar.

A terceira parte do livro retoma a narrativa das irmãs Anna e Claire, agora adultas.
Anna se tornou uma escritora bem-sucedida e Claire é uma pesquisadora de música folclórica.
Suas vidas e os eventos do passado se entrelaçam quando Anna decide escrever um livro sobre a vida de um homem chamado Lucien Segura, que está conectado ao passado de Coop. é uma história complexa que explora temas como memória, identidade, amor e as consequências do passado.
Ondaatje usa uma narrativa não linear e habilmente revela segredos e conexões ao longo do livro, criando uma trama envolvente e reflexiva.

Gilda 09/06/2023

Divisadero
Divisadero é um romance de Michael Ondaatje, autor de O paciente inglês, ambientado na Califórnia e no sul da França, e dividida em partes interconectadas. A princípio conhecemos Anna, e seus irmãos adotivos, Claire e Coop. A mãe de Anna morreu no parto e seu pai leva para casa um outro bebê (Claire) cuja mãe morreu no parto também, no mesmo hospital. Coop perde os pais aos 4 anos em uma chacina na fazenda vizinha e é resgatado pelo pai de Anna e Claire.
Os irmãos são separados quando o pai descobre o romance entre Anna e Coop, onde ele espanca o rapaz quase ate a morte.
Anna vai embora e se torna especialista em literatura francesa. Ela estuda a vida do escritor Lucien Segura, que fará parte da segunda narrativa. Claire é pesquisadora de um defensor público e ela é essencial na compreensão do final da primeira narrativa.
Coop envereda pelo mundo da jogatina, torna-se jogador profissional de pôquer e passa pelas agruras da profissão até o encontro com Claire.

A narrativa fragmentada e não linear pode ser desafiadora em alguns momentos, mas a recompensa está na profundidade das emoções e ideias que o autor explora. Cheia de metáforas, essa é uma ficção que abençoa e atormenta o cotidiano em uma escrita lírica e poética que, apesar de irregular, nos absorve na sua simplicidade.
Não é uma leitura muito fluida, o autor exige um pouco mais com sua escrita subliminar, permitindo que o leitor "crie" sua própria versão a partir da compreensão sobre o que não foi dito claramente, transformando a história única para cada um que a interpreta.

Esse livro apareceu nas sugestões da Amazon e me surpreendeu. Uma obra complexa e profundamente envolvente que tece uma narrativa intricada de amor, perda, memória e identidade. Um mosaico com reviravoltas normais e personagens com decisões infelizes (como todos nós.).
um livro que exige a confiança, atenção e reflexão por parte do leitor, mas que o recompensa com um espetáculo no final.
Arrisquem-se! É um livraço!

Tah_baddauy 23/12/2022

Até empolguei uma hora, mas depois ficou arrastado de novo. Achei uma leitura confusa também, as relações não engrenam.

Keylla Luiza 16/04/2022

Resenha por @themagic_books
"Divisadero, da palavra espanhola para "divisão",[...] Ou pode ser derivada da palavra divisar, significando "olhar para algo à distância". [...] É o que eu faço com meu trabalho, acredito. Olho para a distância procurando aqueles que perdi, de modo que os vejo em toda parte."

  Finalmente, depois de alguns meses, terminei o livro Divisadero de Michael Ondaatje, sempre colocava outros livros como preferência e deixava esse de lado, mas estou satisfeita com a leitura, me deixou bem reflexiva.
  Foi uma experiência interessante, ao contrário dos livros de ficção fantástica que costumo ler, aqui nós vamos conhecer a vida de personagens comuns, lidando com todos os  relacionamentos, enfrentando as consequências de suas escolhas ou fugindo delas, buscando novos caminhos a seguir ou voltando para o lugar de onde saíram há muito tempo, esses elementos trouxeram a história para a realidade.
   A narrativa de Divisadero não é linear, ao longo das páginas vamos nos encontrando com alguns personagens e nos perdendo de outros, a história não tem essa preocupação com um começo, meio e fim, gostei bastante desta dinâmica, pois o enredo simplesmente vai seguindo o rumo que ele quiser.
    Enfim, foi uma leitura gratificante, o desenvolvimento do enredo, os personagens e a narrativa foram coisas que me agradaram muito, pretendo reler o livro e ler outras obras do autor.

  
 

Ariane.Monteiro 06/02/2022

Um livro muito poético na forma de descrever personagens, cenários e fatos. Porém me perdi no fato de que as histórias vão numa crescente até que o autor apresenta outro grupo de personagens. Senti falta de maior profundidade no enredo inicial, que pra mim foi o mais envolvente.

Karen 10/12/2021

A deriva
Amo O PACIENTE INGLÊS e investi no título do mesmo autor na expectativa de algo tão incrível quanto; não.
Livro com várias narrativas que se entrelaçam e não chegam a lugar nenhum. Não há propósito, direção ou conclusão.
Fiquei sem entender o porque da publicação do livro.
"Naquele noite, qualquer que fosse o frágil vínculo existente entre eles, foi ridicularizado...".

Ana.Isabel 18/08/2021

Divisadero - Michael Ondaatje
?Quando chego para me deitar em seus braços, você às vezes me pergunta em que época eu gostaria de ter vivido. E eu respondo, Paris, na semana em que Colette morreu... Paris, 3 de agosto de 1954. Dentro de alguns dias, em sua cerimônia fúnebre, mil lírios serão depositados em sua sepultura, e eu quero estar lá...?

Mesmo muito poético e sensível, o livro me deixou uma sensação de mal finalizavas histórias, apesar de costuradas entre si.
Mesmo autor de O paciente Inglês, e um trecho entre Anna e Rafael, me lembraram muito uma cena do filme, o que me incomodou um pouco.
Mas é uma escrita primorosa, com personagens muito bem construídos e definidos.
Me animei inclusive, a retomar a leitura de O paciente inglês, um dos poucos livros abandonados na vida.
????

moacircaetano 15/04/2021

Não conhecia o autor. Grande livro. Um dos melhores que já li. Delicado, ao mesmo tempo intenso. Muita poesia em cada página. Ótimo ritmo.
O que me deixou atônito foi, nas dedicatórias, o autor dizer que uma música de Lupicinio Rodrigues inspirou o livro.

jessyhehe 01/11/2020

;)
O livro é simplesmente poético,muito bem escrito e que fala principalmente de sentimentos.
Nessa obra não há personagens principais, cada ser tem sua vivência, seu olhar e seus temores que são descritos com muita simplicidade. O escritor alterna a escrita entre terceira pessoa e primeira pessoa. E ele não mantem foco em ninguém, apenas nos sentimentos.
Acredito que não serão todas as pessoas que irão curtir esse livro. O livro é bem diferente, quem curte livros que fala sobre a sofrida vivência e que busca belas palavras para refletir sobre a vida recomendo que leia.
Enfim, amei a obra. Só não dei 5 estrelas pq senti que faltou algo, talvez seja minha falta de compreensão, não sei.

Lusia.Nicolino 25/10/2020

Não divida sua atenção: Leia!
“... rua Divisadero. Divisadero, da palavra espanhola para 'divisão', a rua que certa época foi a linha divisória entre San Francisco e os campos de Presidio. Ou pode ser derivada da palavra divisar, significando 'olhar para algo à distância'.”
Quando vi esse título, sabia que precisava ler e intuí que iria gostar.
E gostei muito porque me fez experimentar um jeito diferente de explorar a leitura. Quando pensei que tinha encontrado a trilha da trama tudo se embaralhou, o mato cresceu, os espinhos arranharam e tive que abrir uma picada porque a trilha, ah, a trilha não existia mais.
Temos dois centros de atenção em relação aos personagens. O primeiro sobre três irmãos de criação – Anna, Clair e Coop – cada um com sua história de chegada e partida, cada um com sua bagagem e os diferentes pesos de cada uma delas.
Depois, o segundo centro de atenção com Rafael e Lucien Segura, com Marie-Neige. Parece que estamos em outro livro, que enquanto líamos alguém substituiu o livro que tínhamos em mãos.
Depois da última página fica a sensação de que transitamos por histórias independentes, mas no fundo sabemos que estão magistralmente conectadas. Inquietantemente conectadas porque não concluídas. Merece sua atenção!

site: https://www.facebook.com/lunicolinole

Rafael 05/08/2020

Intrigante
Difícil dizer sobre o que exatamente se trata o livro, chega a ser difícil categoriza-lo, entretanto é fácil se prender a cada uma das histórias contadas nele. Cada personagem, apesar de suas ligações entre si, tem uma história interessante para contar, o que sem dúvida, deixa o leitor curioso para saber mais a respeito disso ou daquilo. Muito boa leitura.

Túlio 23/10/2014

mto bom!
Adoro esse livro! Os primeiros capítulos são ótimos. A trama vai se movendo, de um lugar para o outro. E em determinado momento você olha para trás e "caramba!" como vim parar aqui! Personagens mto bem construídos. Ótima escrita!

San... 11/07/2014

Partindo de uma ruptura familiar o livro percorre seus caminhos contando a vida dos personagens, ora de forma crua, mundana, ora num arroubo poético pouco usual, dando leveza à leitura. Basicamente são reminiscências de vidas separadas e de outras vidas que se entrelaçam às dos personagens ao longo da narrativa. Atento aos detalhes, situa o leitor como se o mesmo fosse presença física nos locais descritos, sem no entanto se tornar cansativo e prolixo. Se, por um lado, a trama não era o que eu esperava, por outro lado a riqueza da narrativa prendeu suficientemente minha atenção e trouxe-me o desejo de seguir até o final da leitura. Não fosse a maestria do autor, usando as palavras para tecer com delicadeza e colorido a trama de certo modo banal, seria apenas uma história comum. Excelente contador de história, preciso conhecer outras obras suas.

Lori 12/08/2011

É difícil definir que Divisadero seja sobre três irmãos de criação, o livro não acompanha somente a história dos três. Embora seja boa parte do livro, não fica preso aos três personagens contando a história de diferentes famílias em diferentes momentos e lugares. Talvez um dos comentaristas esteja certo, chega a ser difícil considerar o livro como um romance, contudo também não se pode definir simplesmente como um punhado de histórias divididas. Eu disse que era difícil definir esse livro. Não importa definir bem e não conseguir construir uma história. Ondaatje pode não deixar claro qual o propósito de seu livro, contudo isso não significa que não saiba escrever. Com uma escrita que alia objetividade com poesia, se cria personagens ricos com passados complexos que se encontram e desencontram em diversos momentos.

Embora tenha me interessado muito pelos três primeiros personagens, Anna, Clair e Coop, as histórias que vêem em seguida talvez sejam as mais fortes. Raf”ael e Lucien trazem histórias familiares e românticas completas com toques de fantasia, afinal estamos falando de um filho de ciganos e a paixão de décadas de um garoto pela vizinha. Talvez o fato que faça dessas histórias mais fortes no final, é que como foram um relato como se fosse algo já decorrido, sabemos o final desses personagens, como isso os atingiu e como deve ser daqui para frente. Com os três primeiros, Anna até menos, ficou um sentimento de incompletude. Como se não tivesse chegado ao fim das histórias deles, embora saiba do passado e atual, não dá para sentir que o ciclo foi fechado completamente (embora eu goste da idéia do fim de Coop e Claire).

No fim o que importa é se eu indicaria esse livro, e a resposta é positiva. Os personagens cativam e a história embora às vezes pareça meio aleatória (principalmente do Cooper) te prende para saber onde levará esses personagens. É sempre bom conhecer um novo estilo de escrita e Ondaatje não cai na mesmice, conseguindo juntar dois elementos de uma forma orgânica. Pode não sero livro mais fantástico que você encontrará, contudo é um livro que te prende querendo saber o que acontecerá a esses personagens. E inicialmente esse não é um dos elementos fundamentais de um livro?


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