Deserto Negro

Deserto Negro Jader Pires




Resenhas - Deserto Negro


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Mah 20/03/2022

É um livro pra ler em uma sentada. Literatura gostosa mas penso que queria ?um a mais? para a conclusão do enredo.
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João Vitor Schulte 15/04/2022

É bom mas prefiro os contos.
Sou super fã dos escritos do Jader, mas achei um pouco cansativo. Tenho os outros dois livros de contos e sempre acompanho suas estórias pelos sites mundo a fora. Vale muito a pena.
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filipetv 18/05/2022

Conheço o Jader Pires desde os tempos de Papo de Homem, quando ele foi o editor esporádico de uns textos que publiquei lá entre 2012 e 2014. Mas aí o tempo passou e acabei me afastando da escrita, me dedicando muito mais ao O Nome Disso É Mundo, meu ex-podcast de entrevistas. E foi justamente o podcast que me aproximou de novo do Jader. Então, passamos a nos seguir nas redes sociais e trocar umas figurinhas literárias, políticas e zuerísticas, até que fiz o curso de escrita com ele e, menos por coerência do que por vontade, comprei os livros que ele escreveu.

Virginianamente, só leio um conto por dia, por isso ainda não terminei o primeiro volume da coletânea "Do Amor", mas o "Deserto Negro", do qual vou falar aqui, li quase em um fôlego só. E fôlego é uma palavra fundamental pra imergir na história de Alice, já que a narrativa conduz nossa respiração, ora com frases longas, ora com frases curtíssimas - às vezes só com um substantivo -, sincopando o texto, o ritmo da leitura e provocando um sentimento de alteridade com a protagonista quando ela passa por momentos de angústia.

Mas a vida de Alice é povoada também de outras sensações, algumas boas, como a euforia e o entusiasmo provocados pela nova amiga Nina, outras nem tanto, como o tédio e o estranhamento provocados pelo namorado, sem falar na manipulação psicológica das irmãs. No fim das contas, Alice é uma pessoa solitária e triste, pois recebe o que há de negativo como natural e não se sente digna das coisas boas que podem lhe acontecer. E foi essa solidão o ponto que mais me chamou a atenção, porque ela parece autoimposta, como se fosse uma defesa contra a própria felicidade.

Os muros da grande cidade onde Alice vive são mais uma camada de pressão, além da que ela já sofre devido ao seu desencaixe no mundo e, por mais que a gente torça pra que ela supere o conflito que se impõe no início da narrativa, a resolução do livro parece até mais condizente com suas atitudes e sua personalidade apresentadas ao longo das páginas. Mesmo assim, entendi isso como um aviso para que nós, leitores, não alimentemos monstros invisíveis que podem eventualmente nos devorar.
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