MariMeireles14 15/01/2023
Muito bom!
Quando comecei a pesquisar esse livro, apesar de saber sobre o que se tratava, não sabia que as páginas dele não se limitariam ao cotidiano sofrido e desumano de Auschwitz.
Dividido em quatro seções, Edith Eva Eger fala sobre sua trajetória a partir do que sofreu em campos de concentração nazistas: o luta diária pela sobrevivência, a luta diária para encontrar pertencimento, a luta diária para fugir de todas as memórias do evento traumático pelo qual passara, a luta diária para achar um lugar seguro em si mesma.
Esse livro é sobre a jornada de uma mulher que não apenas sobreviveu ao antissemitismo, mas que também lutou pela sua liberdade interna, que enfrentou problemas conjugais, que criou filhos, que deu origem a quatro gerações, sendo essa a sua maior vingança contra Hitler, e que ajudou inúmeras pessoas a encontrar a cura.
Que os danos dos Regimes Totalitários sejam sempre lembrados pela humanidade, a fim de que não estejamos fadados a repetir tamanha crueldade.
?Posso perdoar os nazistas, mas como posso me perdoar? Eu viveria tudo de novo, cada linha de seleção, cada banho, cada noite congelante e cada chamada mortal, cada refeição assombrada, cada momento respirando o ar enfumaçado, cada vez que quase morri ou que quis morrer, se ao menos pudesse reviver esse momento, esse momento e aquele logo antes desse, quando eu podia ter dado uma resposta diferente à pergunta de Mengele. Quando eu podia salvar, mesmo que por um dia, a vida da minha mãe.? (Página 260)