The Harp of Kings

The Harp of Kings Juliet Marillier




Resenhas - The harp of kings


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Naty 08/01/2022

Lento, mas tocante como uma harpa sendo dedilhada
Essa nova série da Juliet Marillier me deixou muito feliz. Já li grande parte dos livros da autora e, quando a gente pensa que ela não vai criar mais histórias ou que já tem livros de mais, ela nos felicita com outra obra.
Vamos à história. Acompanhamos o enredo sob a visão de 3 personagens (Liobhan, Brooc e Dau). Eles são guerreiros querendo passar no teste de admissão a Swan island. Para quem conhece os livros de Sevenwaters, talvez esse nome seja mais familiar.
Pois é. Ela conecta essa história com algumas outras séries dela. Para começar, Liobhan e Brooc são filhos de Blackthorn da série Blackthorn e Grim. Pois é. Não vou falar mais porque, se não, já é spoiler.
Swan island prepara guerreiros para missões especiais em reinos distantes, é uma terra que acolhe pessoas sem julgar pela história passada, uma terra de pessoas que querem se desprender do passado e alcançar um futuro melhor em comunidade. E assim começa nossa história. Os 3 personagens treinando e lutando para mostrar seu valor. No entanto, isso dura pouco. Logo são enviados em uma missão que irá mudar suas vidas em busca de uma harpa perdida que precisa ser tocada para a coroação do novo rei de uma terra distante.
Vamos lá, então. Direto ao ponto.
Achei os personagens muito bem desenvolvidos. Cada um tem sua personalidade própria, não dá para confundir quem está falando. Cada um com suas lutas interiores. Dau, com certeza, é quem tem a história mais tocante e que dá mais vontade de entender melhor. O problema é que ela demora para nos revelar o passado dos personagens melhor. Isso torna os questionamentos e visões deles um pouco difíceis de entender às vezes.
No entanto, na minha opinião, isso foi uma jogada da própria autora para nos sentirmos participantes do que estava ocorrendo. Não dá para entender plenamente os comportamentos atuais de uma pessoa sem conhecer seu passado. E isso ela vai desvendando aos poucos, o que deixou a história mais lenta.
Além disso, Brooc é um personagem muito para o lado místico. Já sabia que ele era diferente já no início do livro, pois já conheço bem a escrita da autora. Eram os capítulos mais chatos de ler. Com certeza, outros livros dela abordaram melhor a relação entre os humanos e o otherworld. Esse livro acabou me trazendo personagens míticos dos quais não me apeguei como em outras trilogias, como The Caller (da mesma autora).
Os capítulos de Liobhan eram bem fluidos. Com certeza os mais legais de ler. Ela é sincera, impulsiva, corajosa. O tipo de personagem que dá empatia. Mas às vezes me parecia forte demais para ser verdade. Ela me pareceu tranquila demais em algumas situações muito complexas. Tenho que dizer que ainda acho que ela dos três é a que precisa mais ser aprofundada.
Quanto á trama, ela demora a cativar. A busca por uma harpa que irá coroar um rei mal. kkkkkkk A harpa é importante para o ritual druida de aceite ao rei e tal, mas sério...pouco me importava com ela. O príncipe me parecia muito infantil e assim ele é tratado na história. É péssimo ver as ações dele. Também um personagem que merecia mais enfoque. Difícil entender como ele se tornou tão superficial, enquanto seu irmão e irmã tornaram-se boas pessoas.
Falando nisso, a trama, na verdade, gira em torno da descoberta da história pregressa de Dau e sua transformação de caráter; sobre como Brooc descobre suas origens e encontra seu lugar no mundo e como Liobhan desvenda tudo ao se esbarrar nas coisas erradas daquele lugar e não aceitá-las nem que isso lhe custe o que ela tanto almeja, um lugar na Swan island. Tem um certo romance que vai se desenvolvendo também. Fica claro. Embora nunca tão explícito.
Creio que ela seguiu nessa série uma fórmula parecida com a da Blackthorn e Grim. Um primeiro livro para se ambientar no local e conhecer os personagens. Um segundo livro de ação e aventura para testá-los até o limite e lincar tudo perfeitamente. E um terceiro livro para finalizar com chave de ouro e um final feliz.
Minha maior crítica ao livro com certeza é a trama. Apesar das poucas páginas não me prendeu muito. Eu me importava com os persongens, mas sentia que nada de ruim iria acontecer com eles e que eles alcançariam suas metas. Me pareceu um enredo bobo para o que ela pode criar. Considerei esse um livro de introdução de personagens mesmo. Já comecei o próximo e sinto que ele será bem melhor. Altas emoções.
A ambientação do livro e boa e a forma como a autora escreve é poética. Como ela envolveu a música em tudo isso é bem legal também, embora eu ache que ela poderia ter desenvolvido mais versos musicais em algumas partes. O livro termina com uma parte de uma música que eles cantavam muito bonita e que acaba se encaixando com a despedida final.
Amei apesar da lentidão do ritmo. Uma história que tem futuro. Uma autora que eu não me canso de ler.
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