marcelo.batista.1428 03/10/2021
A minha vida de leitor começou há tempos idos (rs) através da Coleção Vaga Lume. Foi devorando O Mistério do Cinco Estrelas, numa tarde chuvosa, do começo ao fim (o que não é do meu costume, pois adoro prolongar uma leitura da qual estou gostando) que me ative ao autor (algo que ainda nem prestava atenção). Reparei que já havia lido dois outros livros dele da mesma Coleção (era a minha fonte de novas leituras na época): O Rapto do Garoto de Ouro e Um Cadáver Ouve Rádio. O que me levou a ler Bem-vindos ao Rio, também um livro de mistério, meu tema preferido da época.
Marcos Rey foi meu primeiro escritor favorito. E foi por ele que resolvi, na mesma época, sair dos livros de mistérios ou aventuras e ler Dinheiro do Céu, ao qual, acho que na contracapa, o próprio autor informava: “Não se trata de uma história policial, desculpa-se ele, mas atende a uma sugestão feita por professores – trata-se de um romance em que o personagem, um rapaz, já começa a viver no intrincado mundo dos adultos. Com isso, o escritor introduz seu leitor, público juvenil, na realidade do mundo” (Grupo Editorial Globo). Foi uma porta que se abriu. A partir dali, outros temas passaram a me interessar, e a Coleção Vaga Lume começou a ficar pequena para mim.
E foi assim que garimpei Malditos Paulistas no meio de uma banca de promoções no sebo, ao ver o nome do escritor na capa e sentir a curiosidade de reencontrá-lo na vida adulta com um romance adulto. O tema tem algo do policial, mas a narrativa caminha mais para uma crônica, de leitura com fácil fluência. Mas achei que com o decorrer do livro a narrativa perde força, e meu interesse foi diminuindo, também, eu acho, por eu não ter ficado tão empático com o personagem principal. Mas foi bom matar as saudades do autor e trazer algumas boas lembranças da minha pré adolescência.
Obrigado Marcos Rey.