Alison 22/10/2021
Reflexões filosóficas sobre o nosso lugar no universo
Mais uma vez Carl Sagan nos faz refletir sobre a imensidão do universo, o quanto somos insignificantes em uma perspectiva não muito distante da terra: "uma película fina de vida sobre um bloco obscuro e solitário de rocha e metal". Essa é apenas uma entre diversas reflexões filosóficas que a obra nos proporciona.
O autor nos faz viajar pelo sistema solar e muito além, fazendo um resumo da história das descobertas científicas realizadas pela humanidade a respeito dos demais mundos que nos cercam e as conquistas realizadas até então (metade dos anos 90 quando o livro foi publicado) para explorar esses mundos. Comentando também sobre os impactos de cada conquista, na visão que temos do nosso mundo, qual nosso lugar no universo e quais são as perspectivas para o futuro das explorações espaciais.
Gostei muito de um capítulo chamado O pântano de Camarina, onde Sagan faz uma analogia muito interessante. Ele comenta sobre uma cidade chamada Camarina, a qual sua população sofria com uma peste causada, embora não se suspeitasse incialmente, por existir um pântano adjacente. Após a pântano ser drenado o número de doentes foi reduzido. Porém, sem o pântano a entrada de inimigos foi facilitada e a cidade foi atacada, tendo seu povo massacrado. A mensagem que a história nos deixa é que podemos nos livrar de um problema e criarmos outro pior. Assim como na história de Camarina, Sagan comenta sobre os riscos em desenvolver certas tecnologias, as quais podem nos ajudar em certos aspectos, mas se tornar um grande problema caso sejam aplicadas de forma mal intencionada. Como exemplo, entramos em um debate sobre uma possível colisão de um corpo celeste com a Terra, são levantadas alternativas e riscos que teríamos ao desenvolver as tecnologias necessárias para lidar com essa situação.
Tenho tido experiências muito boas com leituras das obras do autor, com essa não foi diferente, recomendo muito a leitura.