Pryh Santos 21/03/2017
Uma leitura muito boa, gostosa e distrativa. O texto flui fácil e tem uma linguagem desenrolada. Além disso, ao menos essa edição que peguei, tem um espaçamento de 1,5, sem contar com notas de rodapé que ajudam em algumas peculiaridades relatadas na trama.
Assim como em Assassin’s Creed a história se divide em dois tempos (quando peguei o livro achei que era só passado, porque tenho a mania de ler o prólogo ao invés da sinopse, quando estou garimpado na biblioteca). Ao contrário da famosa franquia, a maior parte de O Último Templário se passa no presente, conforme devem ter notado pela sinopse, e as alusões ao passado se dão por capítulos “flashback” relacionados ao seguimento da investigação.
O trabalho de Tess e Reilly, os protagonistas, no quesito investigação não é nada fenomenal ou que não tenhamos visto até o momento no gênero investigativo. Mas, eu particularmente, gostei das sacadas em relação a reflexão religião x terrorismo x política, através da história, as divergências entre as três principais religiões (cristianismo, judaísmo e Islã), e o papel geral da fé para o ser humano. As questões são trazidas de formas até despretensiosas, e não “doutrinativas”.
Os personagens no geral também seguem uma linha mais “cinza”, de modo que embora você possa não concordar com tudo que dizem ou façam, ainda assim entende sua lógica, e os gatilhos de suas ações. Por vezes sendo até simpático a eles.
A Ação na trama é bem balanceada, assim como o suspense. Além disse para quem anda enjoado de romance, vai ficar satisfeito em saber que ele não é forçado, flui no background, mas não nos satura. Como já era de se esperar, temos um final reflexivo, e para falar a verdade o epilogo me lembrou algumas cenas do meio de Assassin's Creed, o que no momento é só uma nova fonte de surto. E por sinal, acho que quem gosta dos jogos vai ser apreciar o livro também.
site: http://liriosaomar.blogspot.com.br/2017/02/o-ultimo-templario-raymond-khoury.html