Dar corpo ao impossível

Dar corpo ao impossível Vladimir Safatle




Resenhas - Dar corpo ao impossível


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Lista de Livros 06/06/2020

Lista de Livros: Dar corpo ao impossível, de Vladimir Safatle
Parte I:

“A possibilidade não é apenas mera possibilidade que aparece como ideal irrealizado. Ela é a latência do existente que nos esclarece de onde a existência retira sua força para se mover. Esta é a dimensão irredutivelmente revolucionária da dialética.”
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“Liberdade não é algo que se predica de um sujeito sem que tal predicação não acabe por nos levar a um processo contraditório com a situação atual e suas relações de reconhecimento e trabalho, a uma desarticulação do próprio campo dos predicados, a um estado impossível de ser determinado a partir das potencialidades de determinação vigentes no aqui e agora.”
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Parte II:

“A experiência do campo de concentração não é, para Adorno, puro apanágio do nazismo. Uma história do campo de concentração nos levaria ao colonialismo (como os campos de reconcentración criados pelos espanhóis em Cuba no final do século XIX ou os campos britânicos contra os afrikaners na Segunda Guerra dos Boers, no início do século XX, no quais foram mortos em torno de 26.000 pessoas). Ou seja, a experiência do campo de concentração é a expressão mais bem-acabada da forma colonial própria ao desenvolvimento do capitalismo monopolista e suas estruturas de controle e exclusão em relação à “humanidade”. Isso talvez possa nos permitir contextualizar melhor o imperativo moral fundado na interdição de que Auschwitz se repita, de que uma forma fascista de vida não se imponha sob suas múltiplas formas.”
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Parte III:

“Não há ação de transformação social sem a contraprodução de modelos de recuperação conservadora da revolta e é dessa forma que o nazismo será compreendido. Como dirão Adorno e Horkheimer: “O fascismo é totalitário na medida em que se esforça por colocar diretamente a serviço da dominação a própria rebelião da natureza reprimida contra a dominação”. Ou seja, há uma rebelião na base do fascismo, há uma revolta cuja energia é desviada de sua força transformadora para colocar-se a serviço do recrudescimento da dominação. Há uma rebelião que se transforma em reação.”
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“Há situações em que a colisão é uma forma de encontro. A forma mais bela e misteriosa de todas.”
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“Complicar sua própria vida é toda uma arte.”
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douglaseralldo 15/08/2019

10 CONSIDERAÇÕES SOBRE DAR CORPO AO IMPOSSÍVEL, O SENTIDO DA DIALÉTICA PARTIR DE THEODOR ADORNO, DE VLADIMIR SAFATLE
1 - Frutos de tempos urgentes, os pensadores da Escola de Frankfurt nos legaram análises duras de sociedades em ruínas que testemunharam o auge da barbárie e a ascensão dos mais tenebrosos projetos de poder. Em razão disso e da elevação da urgência do presente, que,cada vez mais apresenta-se como simulacro desse passado sombrio, o conhecimento e a discussão dos estudos e debates promovidos pelos frankfurtianos é de extrema relevância, podendo colaborar com a compreensão de lógicas a serem combatidas através da argumentação e pela exposição de suas estruturas internas. Nesse sentido, a presente obra apresenta-se como ótima oportunidade para a discussão sobre o trabalho de um dos principais nomes da Escola de Frankfurt, Theodor Adorno, que neste trabalho de Vladimir Safatle tem sua dialética negativa posta em análise;

2 - Como foco dos artigos apresentados, a aproximação entre Adorno e Hegel, que conforme o prefácio de Peter Drews "ao pacientemente explorar como Adorno se imerge no pensamento de Hegel, e ao focar na não identidade que é repetidamente revelada por meio de seu movimento dialético, Vladimir Safatle demonstra toda a relevância contemporânea e a radicalidade da filosofia de Hegel". Para Andrews "ele [Safatle] faz isso com muito mais sucesso do que qualquer outra tentativa de transformar Hegel em um "naturalista pós-metafísico" ou no expoente de uma metafísica racionalista orientada epistemologicamente";

3 - Neste espírito, Safatle propõe que "Adorno sabia do passo que dava ao afirmar que a dialética não deveria ser compreendida como dialética idealista, nem como materialismo dialético, mas com esta estranha alcunha de dialética negativa" procurando demonstrar ao longo de sua argumentação como "dialética negativa será indissociável da tarefa de pensar as condições para experiências que assuma como modos de desabamento do horizonte metafísico no qual o capitalismo se assenta e reconstrói";

site: http://www.listasliterarias.com/2019/08/10-consideracoes-sobre-dar-corpo-ao.html
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