Feminismo para os 99%

Feminismo para os 99% Nancy Fraser
Cinzia Arruzza
Tithi Bhattacharya




Resenhas - Feminismo para os 99%


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Rosangela Max 22/04/2021

Para refletir.
Leitura recomendada para quem quer conhecer um pouco sobre outras vertentes do feminismo.
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Charlene.Ximenes 16/06/2019

É fundamental compreender que o feminismo é uma urgência no mundo, na América Latina, no Brasil. Entretanto, precisamos nos conscientizar que nem todo feminismo liberta, acolhe e emancipa todas as mulheres. A maioria de nós precisa caber nele, não ignorando muitas das mulheres, sobretudo negras, que se encontram em estado de pobreza. Necessitamos de um feminismo anticapitalista, ecossocialista, que deve articular raça e etnia, gênero e classe. Ou seja, esse manifesto bate de frente com o feminismo liberal.

Reconhecendo a urgência de indagações diversas, é preciso romper com a lógica colonizadora, questionando a concepção universalista da mulher, tendo em vista que esse momento de crise capitalista e de ascensão internacional da extrema direita aprofunda o interesse por um feminismo compromissado com o direito à vida, com o bem viver e com a liberdade.

De acordo com a obra, o capitalismo se encontra na base de todas as crises e, para tal, é preciso utilizar várias formas de enfrentamento. Portanto, todas as relações de poder necessitam ser revistas. O livro apresenta 11 teses que dialogam com essas questões e, além do prefácio de Talita Perrone, possui um posfácio que conceitualiza o capitalismo e suas crises, enquanto sistema econômico e ordem social institucionalizada, bem como discute sobre reprodução social.

O manifesto faz parte de um movimento global que foi lançado em 8 de março desse ano em vários países, como Itália, França, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Argentina e Suécia. A edição que chegou ao Brasil possui um prefácio bem interessante da Talita Perrone, deputada federal e militante feminista negra, tem texto de Noêmia Wapichana, primeira mulher indígena eleita deputada federal, advogada e militante das causas indígenas e dos direitos humanos, no texto da orelha.

Algumas ideias podem parecer óbvias e repetitivas, até dentro do próprio texto. Mas, penso que é uma leitura interessante, didática e esclarecedora para quem busca compreender a lógica capitalista dentro dessa onda feminista atual e da crise profunda que estamos vivendo.
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Ana 01/07/2021

Recomendo!
Eu amei fazer essa leitura e ter aprendido mais sobre o feminismo marxista, recomendo super pra quem quer saber sobre esse assunto.
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Lais.Lagreca 18/04/2021

Se você acredita num mundo melhor, leia esse manifesto!
Esse manifesto, escrito com uma linguagem clara, quase didática, e sem se aprofundar em questões teóricas é uma excelente leitura para todos e todas nós que desejamos um mundo melhor, porque o temos, não sei se você tá reparando, mas não tá rolando!

Ao ler esse livro, entendemos que não basta simplesmente levantar “bandeiras” de “igualdade” quando essa igualdade serve apenas para determinada parcela da sociedade e exclui a maior parte.

Não basta somente termos igualdade salarial sem saber de que tipo de trabalhos estamos falando, de que tipo de condições de trabalho.

Quando as feministas liberais falam de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, elas estão falando de onde? De que posição? Para quem? De que classe?

O trabalho pelo trabalho simplesmente não emancipa ninguém. Já pensou pagar aluguel, fazer compra de mês, comprar remédios (o básico do básico) com salário mínimo? (e olhe lá!)

Leitura essencial para nós que desejamos um mundo melhor para todas e todos!
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Fernanda L. 22/09/2020

Relevante em alguns aspectos
Fiquei bastante dividida com esse livro. Por um lado é basicamente um manifesto anticapitalista que não apresenta soluções e alternativas para os problemas dos quais trata. De outro, traz questionamentos relevantes que eu, feminista, nunca havia pensado a respeito, principalmente sobre a reprodução social e a cadeia sistemática gerada por ela em razão do capitalismo. Todavia, encontrei algamas passagens das quais achei um pouco exageradas e fora de contexto como, por exemplo, quando as autoras justificam a violência de gênero (principalmente o estupro) como um produto puramente capitalista. Também rejeita o encarceramento dos abusadores justificando que a maioria dos encarceirados são das classes mais baixas, todavia, não é apresenta uma solução alternativa para essa questão, seja a curto, médio ou longo prazo.
O livro faz reflexões muito boas e pertinentes, nos retirando do lugar de conforto. Todavia não apresenta soluções específicas para os problemas pontua. Não traz alguma alternativa para o sistema capitalista opressor, que sim, é responsável por grande partes das maiores mazelas do mundo. Faz refletir mas não propõe. Ainda assim, acho uma obra relevante a ser lida.
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Giovanna 07/02/2022

É um bom livro para introduzir a teoria do feminismo marxista. Mostrando que um feminismo que luta pelos 99% deve ser: anticapitalista, antirracista, antiLGBTfobia e ecossocialista.
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Gabi 29/04/2021

Acessível
Leitura didática para quem ainda não tem contato com o tema
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lareS2 31/03/2023

Recomendação Maravilhosa
Li esse livro em razão do grupo de pesquisa do qual faço parte, o GGRC Grupo de Pesquisa em grupo, raça e classe, da FCHS, nesse sentido, foi uma leitura impar que me promoveu pensar e ampliar meu conhecimento, além de promover uma reflexão no campo do 1% do feminismo, afinal, a quem grande parte das lutas tem foco? Nas mulheres Brancas, Heteros, Cis, de Classe Média Alta, e isso precisa mudar.
lareS2 31/03/2023minha estante
genero*


Rodrigo007 31/03/2023minha estante
Sim. Deixem as mulheres brancas, héteros, cis, de classe média alta fora disso. ??


lareS2 31/03/2023minha estante
Real kkkkkkk, muitas pautas dos 99% nem passam pelas cabeças dos 1%. Não eh nem deixar de fora, mas minimamente conscientizar e promover a expansão das causas feministas




Vanessa Moreira 11/05/2020

O feminismo para os 99% é anticapitalista
Achei uma leitura muito importante nesse momento que estamos vivendo, de crise política, de crise capitalista, as autoras giram em torno do anticapitalismo, nos mostrando o quanto é necessário nosso feminismo ser anticapitalista, pois o capitalismo é a raiz de muitos males.
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Éder Machado 17/09/2020

Expandindo o pensamento
Sou fã da Nancy Fraser desde que comecei a procurar por feminismo na internet e perceber que ela é uma das principais personalidades para falar sobre esse tema. Voltado aos 99%, o livro apresenta vários pontos de vista das autoras, expandindo o movimento feminista de modo que saibamos que é muito mais do que igualdade. Dando indícios de como deveria ser esse feminismo para os 99%, as autoras conseguem, com muita clareza, transmitir seus pensamentos. Livro mais do que necessário para quem quiser conhecer mais sobre o movimento de maneira leve e rápida.
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Bruna Forte 19/07/2020

Feminismo popular e emancipador
Sheryl Sandberg, chefe operacional do Facebook, é uma expoente líder do feminismo corporativo. Autora da tese "lean in", traduzida como "faça acontecer", a norte-americana defende que a ascensão feminina aos cargos de liderança ainda tão dominados por homens levará a um tratamento mais justo de todas as mulheres. Em 2018, quando o nome da empresária figurou novamente na lista das mulheres mais poderosas do mundo da revista Forbes, uma greve feminista parou mais de cinco milhões de pessoas na Espanha durante 24 horas: entre as pautas da paralisação realizada no 8 de março, as organizadoras demarcaram uma "luta contra a aliança entre o patriarcado e o capitalismo que nos quer obedientes, submissas, caladas".

As vozes de Sandberg e da "huelga feminista", como foi chamado o movimento grevista espanhol, representam avanços na histórica luta por equidade de direitos - entretanto, divergências estruturais entre seus discursos suscitam questões urgentes ao movimento feminista contemporâneo:
com quais mulheres os plurais feminismos dialogam? Quais seguem ainda esmagadas nas margens do sistema, oprimidas por classes? Em março de 2019, a editora Boitempo lançou no Brasil o livro Feminismo para os 99%: um manifesto, uma contundente obra que apresenta 11 teses sobre a necessidade de um feminismo anticapitalista, antirracista, antiLGBTfóbico e compromissado com a perspectiva ecológica.

Em uma leitura dinâmica proporcionada pelos textos curtos, simples e bem distribuídos ao longo das breves 128 páginas, a obra apresenta um panorama da conjuntura global a partir da crise financeira iniciada ainda em 2008 e as greves feministas protagonizadas pelas trabalhadoras ao redor do mundo. Nessa encruzilhada entre um feminismo liberal - que, na visão das autoras, busca homogeneizar pautas e atua "como serviçal do capitalismo" - na manutenção do status quo e um feminismo atento aos recortes sociais, o tempo de ficar em cima do muro acabou.
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Elida Kassia 21/03/2023

Interessante
O livro não traz grandes novidades ou considerações em relação ao feminismo e a luta anti-capitalista. Acho que a leitura pode ser bem positiva para quem nunca teve nenhum contato com esse tipo de leitura antes. No geral, achei interessante.

A leitura é bem fluida também, esse ponto é positivo.
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Bianca 02/08/2021

Nosso feminismo é anticapitalista.
Feminismo para os 99% é - como o próprio subtítulo diz -, um manifesto, que é realmente estruturado como tal. Inspirada no Manifesto Comunista de Marx e Engels, a presente obra é composta por 11 teses, além de contar com um prefácio e um posfácio, no qual ambos estão de parabéns.

É um livro curto, mas que não precisa de pressa para ler. Uma leitura essencial para introduzir de modo geral a luta do feminismo marxista contra o capitalismo nos tempos atuais.

Como brinde, encontra-se diversas críticas negativas ao feminismo liberal, a praga do movimento.

Porém, por mais que não seja uma leitura complexa, ainda não acho a escrita muito acessível. Isso é um problema ao se tratar de um manifesto.
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Renata (@renatac.arruda) 27/01/2021

As criadoras da Greve Internacional de Mulheres nos EUA formularam esse manifesto com o objetivo de conscientizar as mulheres de que o feminismo, enquanto movimento político, não pode se contentar com quebrar telhados de vidro, alcançar altos postos hierárquicos e equiparar salários entre homens e mulheres: ele deve se articular de forma interseccional com outros movimentos para abolir as estruturas hierárquicas promovidas tanto pelo neoliberaismo reacionário, aquele de direita, quanto o neoliberalismo progressista, com o qual parte da esquerda passou a se associar.

O raciocínio é o seguinte: mais do que um sistema econômico, o capitalismo é uma ordem social institucionalizada, que precisa de determinados suportes para se manter, que seriam as famílias e comunidades, a natureza (de onde explorando seus recursos ilimitadamente), organizações políticas e inúmeras formas de trabalho não assalariado, como o trabalho de cuidado não remunerado feito majoritariamente por mulheres.

No entanto, ao mesmo tempo que o capitalismo precisa desses suportes para existir, ele explora e esgota as condições de existência de cada um deles. E é por isso que estamos em uma crise capitalista, na qual a maior parte das pessoas afetadas são as mulheres periféricas, que não têm acesso a moradia de qualidade, convivem com a violência, trabalham em subempregos, não soberania alimentar para si e seus filhos. A situação é ainda pior quando se pensa nas mulheres não brancas, LGBTQ+, imigrantes, com deficiência. Que fazem parte dos 99% da população sem acesso à riqueza acumulada pelo 1%.

Por isso, as autoras entendem que o feminismo precisa, necessariamente, ser antirracista, anticapitalista, ecossocialista e defender os direitos LGBTQ+, de pessoas com deficiência e imigrantes. Isso porque os movimentos não são dissociados, e o fim de uma opressão não vai significar o fim de outra enquanto a sociedade estiver estruturada em valores capitalistas e neoliberais.

Não é que o fim do capitalismo vá libertar todo mundo, mas o fim do capialismo abre espaço para que outras mentalidades e outras formas de viver sejam possíveis, principalmente se construídas coletivamente.

@renatac.arruda
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