Mika 17/05/2020M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O (se você é do tipo que ama livos leves e divertidos)Charlotte Spencer tem apenas 31 anos e já é uma empresária de sucesso. Mas apesar do que todos acham, sua vida pessoal está longe de ser perfeita. Ela tem um casamento de fachada com o melhor amigo do irmão mais velho, Colin Walsh.
Há dez anos atras, Charlotte precisava se casar para conseguir botar as mãos na herança deixada pela avó, para se livrar das constantes cobranças dos pais, tradicionais e ricos do Upper East Side. E Colin precisava de um Green Card, já que é irlandês e queria abrir uma empresa na cidade que nunca dorme (tudo bem ser empregado nos EUA, mas não está bem se você for o empregador). Une o útil ao agradável e tcharam, temos um casamento!
Mas mesmo que sejam casados no papel, eles nunca viveram como um casal. Após a cerimônia no cartório, Charlotte partiu para San Francisco sem olhar para trás. Mas agora ela precisa voltar a cidade natal porque Colin deseja o divórcio. E existe uma grande surpresa no contrato de casamento: uma cláusula ridícula que estipula que eles devem viver juntos por 3 meses antes de poderem pedir o divórcio, presente do irmão mais velho de Charlotte.
A cláusula é ridícula mas totalmente legal. E é por isso que Charlotte se vê mudando para o apartamento de Colin durante esses três meses que eles precisam "fingir" que são um casal.
The Prenup tem a premissa mais clichê do mundo mas caramba, que livro maravilhoso! E ouso dizer que deve ser um dos melhores da autora, se você gosta de comédias românticas e chick-lit. Aqui temos Charlotte, uma personagem bem sucedida, de boa com a vida, que só tem um problema 9ou dois): um marido do outro lado do país e uma relação conturbada com os pais. Enquanto ela lida com a situação com Colin, vemos um vislumbre da fragilidade que é a relação com os pais, principalmente com a mãe. Ser moldada para ser uma coisa, mas acabar indo por outro caminho foi um duro golpe em pessoas tão tradicionais, mas se tem uma coisa que eu adorei em Charlotte foi ver sua ferocidade para conseguir provar um ponto, mas também humildade em admitir que errou, e que a culpa de dez anos de distância não foi somente deles, mas também dela.
E outra coisa que eu amei em Charlotte foi que ela é mimada e basicamente uma princesinha do Upper East Side, mas que não tem vergonha de admitir isso. Ok, talvez ela tenha um pouco, mas ela é tão de boa com a vida, divertida e leve, que suas características de mulher branca privilegiada são facilmente esquecidas. Charlotte é o tipo de personagem que a gente logo se identifica, se diverte, quer ser amiga. Do tipo ame ou ame. E o fato dela ser tão madura em certas situações me fez gostar mais ainda da forma como a autora a desenvolveu.
Colin já é mais taciturno e muito mais fechado. Essas excentricidades de Charlotte o assustam e o irritam, mas aos pouquinhos a garota vai conseguindo entrar nas barreiras que ele criou em relação a ela. Não se tornam amigos, longe disso, mas a convivência entre eles vai mudando gradualmente que se torna algo legal e gostoso de acompanhar.
É claro que rola um plot bem interessante na trama, o que deixa as coisas mais intensas. Charlotte consegue lidar com tudo isso muito bem e trazendo um show de maturidade que eu mesma não esperava. E gente, o livro é isso! Algo leve, revigorante, divertido e simples, que vai fazer você ler tudo muito rápido e te tirar de alguma leitura mais densa. Não espere mais do que isso da obra, porque não tem, e foi justamente isso que me cativou. Uma leitura tranquila, engraçada, que me deixou ansiosa para terminar mas com vontade de estender até não poder mais. Super recomendo!