Pisando nos Sete Continentes

Pisando nos Sete Continentes Marisa Ferraz




Resenhas - Pisando nos Sete Continentes


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e-zamprogno 05/03/2024

Um guia de viagem mesclado com experiências pessoais
A autora diz que transformou seu diário de viagem em livro, mas o livro é muito mais que um diário de viagem, talvez um guia, muito detalhado, com informações turísticas mescladas com as impressões pessoais de cada momento do dia. Vamos aos números: o livro tem 331 páginas, que:
- Divididas pelas 21 cidades visitadas, dá em média 16 páginas por cidade.
- Divididas pelos 52 dias de viagem, dá na média 6 páginas por dia.
- O incrível número próximo de 11 mil quilômetros percorridos, dividido pelo total de páginas, por sua vez, dá apenas 33 km / página!
Há cidades em que ela passou vários dias e outras em que ela nem pernoitou, portanto quero deixar claro que estas médias, longe de serem números exatos, são apenas um indicador de quantas páginas ela investiu para detalhar sua aventura.
Da experiência pessoal, que é o que de fato diferencia o livro de um guia de viagem muito bem recheado, a narrativa é feita em tom de conversa franca, apontando sem pudor as pessoas que ela acha feia ou inconveniente e os lugares bregas, com a mesma desenvoltura que narra os encontros com as pessoas e lugares que a deixam encantada.
Por falar em pessoas, uma característica marcante desta aventura, além do fato dela ter sido feita pela Transiberiana e sempre que possível na terceira classe, é o meio de se hospedar através do "CouchSurfing", comunidade de pessoas que, através da Internet, se dispõem a receber viajantes para dormir em seus "sofás" ('couch' em inglês), ou, na prática, onde houver um cantinho disponível para passar a noite. Foi nos vagões da terceira classe e através dos "sofás" de seus anfitriões que aconteceram algumas das mais inusitadas experiências da viagem, que é algo, a propósito, que a autora deixa claro que antecipou e buscou no planejamento que fez.
Por fim, não poderia deixar de falar das fotos. Há pequenas fotos em preto e branco em algumas páginas, mas no início de cada capítulo, que corresponde sempre a uma cidade, há um código QR que leva para um álbum na Internet para ver as aquelas fotos e muitas outras coloridas e em tamanho maior: uma solução que adorei, pois sempre sinto necessidade de ver fotos quando leio relatos de viagem, possibilidade que é limitada num livro impresso, mas não on-line.
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