O Anel Do Nibelungo - A Ópera

O Anel Do Nibelungo - A Ópera Richard Wagner




Resenhas - O Anel do Nibelungo - A Ópera


5 encontrados | exibindo 1 a 5


Alex 28/09/2022

Isso não é um livro, é uma ópera.
Por incrível que pareça, é uma ópera, mas funciona muito bem como livro.

Richard Wagner foi um gênio da música, com 13 anos escreveu sua primeira ópera. Mas sua obra prima é esta que vos apresento.

É um grande trabalho, que levou 26 anos para ser concluído, o autor faz um sincretismo de inúmeras histórias mitológicas. Estas formam um ciclo de 4 óperas, em que se conta de forma muito envolvente as peripécias de Odin, o Nibelungo traiçoeiro e um homem corajoso mas funestamente amaldiçoado.

É incrível a construção feita por Wagner, não apenas pela história (que funciona muito bem), é como ler uma das peças de Shakespeare. Mas também, pela ópera em si, que foi feita para uma apresentação única, que duraria 15 horas.

Para quem gosta de lendas germânicas e escandinavas, para quem leu a Edda, ou quem quiser conhecer uma das grandes inspirações para J. R. R. Tolkien, esta é uma obra imperdível.
Regis 28/09/2022minha estante
Pretendo ler com certeza Alex.
Maravilhosa sua resenha. Parabéns!???


caio.lobo. 29/09/2022minha estante
Acrescento que quem gosta de Schopenhauer, Budismo e conto de fadas (na ópera há referências que lembram o Gato de Botas e O garoto que não sabia o que era medo) a ópera será um prato cheio.
O ciclo do Anel é uma obra grandiosa, mas diria que a obra prima definitiva da vida de Wagner é Tristan und Isolde.


Alex 29/09/2022minha estante
Vale a pena Regis, gostei muito.


Regis 29/09/2022minha estante
Não tenho ainda O Anel do Nibelungo, mas tenho Parsival, começarei a ler Richard Wagner por ele. ?




Donatti 12/04/2021

Após a leitura da adaptação em quadrinhos, senti curiosidade em ler a ópera como ela de fato foi imaginada, e que grata surpresa ao ver que esta edição, com tradução independente, estava disponível no Kindle Unlimited.
Essa leitura foi curiosa, pois era um tanto quanto difícil pensar em uma encenação dessa ópera como teatro e não como cinema, devido aos diversos elementos fantásticos que possui. A história é envolvente e requer muita imaginação por parte do leitor, já que o texto não traz muitos detalhes da ambientação, apenas o básico para sua encenação em teatro. Leitura gostosa!
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Thaisliz 24/04/2020

My precious !!
O anel do Nibelungo é um ciclo de óperas de Richard Wagner inspirado na mitologia nórdica. Há quem diga que também serviu de inspiração para a obra literária O senhor dos anéis de J. R. R Tolkien. Na minha opinião, qualquer semelhança com as histórias de Tolkien não é mera coincidência! A ópera de Wagner é composta de quatro partes: O ouro do reno, A valquíria, Siegfriled e o Crepúsculo dos deuses. A história se inicia com o roubo do ouro do reno pelo anão da raça dos nibelungos chamado de Alberich, que usa o ouro para forjar o anel de grande poder e portador de uma maldição capaz de subjugar até o deus supremo Wotan (Odin). Não irei aprofundar mais a resenha para não correr o risco de soltar spoiler, mas sem dúvida é uma obra que merece ser lida. Sua riqueza de detalhes é um prato cheio para aqueles que desejam conhecer melhor os contos da mitologia nórdica e para os apreciadores de teatro.
Alison.Felipe 24/04/2020minha estante
Gostei bastante da resenha...




Senhorita Tom Tom 15/10/2019

Sobre o livro
Fiquei de queixo caído o tempo todo, parecia o roteiro de uma música clássica, desenrolando-se calmamente até atingir o ápice e então, repentinamente, voltando à calmaria. Ilustrações que salvei no computador para não perder de vista e histórias que levarei comigo por muito tempo. Recomendo essa leitura à todos, especialmente aos fãs de Tolkien ou de mitologia nórdica.
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Alan Martins 02/07/2019

Para quem não gosta de óperas passar a se interessar
Título: O anel do Nibelungo: A ópera
Autores: Richard Wagner
Editora: Ed. Barbudânia
Ano: 2019
Páginas: 400
Tradução: Artur Avelar

O leitor brasileiro agora pode apreciar uma das maiores óperas do século XIX, e de forma integral! Estou sobre o O anel do Nibelungo, um incrível feito, tanto musical, quanto teatral e literário. Pode ser que, a partir de hoje, você passe a se interessar por óperas!

“Apenas covardes temem um homem / Que, sem armas, caminha sozinho!” p. 108

Genialidade musical e literária
Richard Wagner [1813 – 1883] foi um compositor e diretor de teatro alemão. Seu início de carreira foi fortemente influenciado por Shakespeare e Goethe, mestres que despertaram nele o interesse pela música, teatro e poesia.

No ano de 1849 ele precisou deixar seu país por alguns longos anos, por conta de seu envolvimento com grupos políticos. Afinal estamos falando de um homem que viveu no século XIX, onde diversas ideias políticas e filosóficas surgiram, a Europa era um caldeirão borbulhante.

Em vida, Wagner passou por muitas dificuldades, até mesmo financeiras. Porém seu legado é inegável. Sua influência está na música e teatro, e na literatura, em autores como Thomas Mann, Marcel Proust, Charles Baudelaire, entre outros. Além de um grande ícone da música, temos aqui um grande nome da literatura mundial.

“É necessário um herói que, / Desprovido de proteção divina, / Se liberte da lei dos Deuses.” p. 128

Um anel poderoso
Como o próprio título diz, o enredo da ópera gira em torno de um anel mágico, que garante a seu portador o poder de dominar o mundo. Trata-se de um anel guardado pelas Filhas do Reno, que, após ser roubado, passará por muitas mãos ao longo da história.

Wagner foi influenciado por diversos mitos e histórias antigas para compor O anel do Nibelungo. Uma dessas influências é a mitologia nórdica, com alguns deuses, como Odin, desempenhando papéis decisivos durante a narrativa.

Como é comum na mitologia nórdica, os deuses acabam entrando em apuros. Nesse caso em particular, o problema envolve o anel que foi roubado por um Nibelungo (seres humanoides de baixa estatura). Essa aventura apresentará diversas batalhas e nomes do folclore germânico, como Siegfried, o herói.

Tudo se desenrola de maneira crível e emocionante, claro que marcado por um belo drama teatral, personagens que cometem erros ingênuos e um final nada convencional.

“Porque o homem livre tem que mudar a si próprio […]” p. 140

Semelhanças com Tolkien
É inegável as semelhanças entre a obra de Tolkien e a ópera Richard Wagner que o leitor encontrará ao longo de sua jornada. Temos um anel que dá a seu portador a capacidade de ficar invisível, por exemplo, além de várias outras semelhanças (como o poder de dominar o mundo que esse mesmo anel garante).

Talvez Tolkien tenha lido Wagner, ou talvez ambos tenham bebido da mesma fonte, mitologias como a nórdica, a germânica e a eslava. Quem é fã do criador dos hobbits certamente irá apreciar a ópera wagneriana.

Por ser uma ópera, a escrita dá-se em forma de teatro, em versos. Wagner demorou cerca de vinte e seis anos para finalizar o libreto (o texto que lemos) e a música de O anel do Nibelungo, que é dividido em quatro partes. A ópera completa demora quatro noites para ser apresentada, com um total de quinze horas (seria muito legal assistir a essa apresentação)!

Leitura fácil, rítmica e cheia de surpresas. Conhecer essa bela composição vai agradar qualquer um que gosta de histórias fantásticas, além de aficionados por música clássica. É um kit completo!

“Um encantamento ardente / Cativa meu coração; / Trespassa meus olhos: / Meus sentidos cambaleiam e desfalecem!” p. 284

Sobre a edição
A Editora Barbudânia é independente e seu único funcionário é seu criador, Artur Avelar. Por isso só encontramos a obra na Amazon, já que se trata de uma publicação independente. A edição física, impressa pela própria Amazon, apresenta acabamento em brochura, capas sem orelhas, miolo em papel off-white e uma boa diagramação. Também é possível encontrar o livro em e-book.

Artur Avelar, além de ser o dono da editora, foi também o tradutor da ópera. Utilizou uma edição em inglês como base, fazendo cotejos com o original em alemão. Gostei da tradução, ficou bastante fluída. Avelar também foi o tradutor do Edda em prosa, livro que já resenhei aqui.

Para deixar o livro mais elegante, há a inclusão de sessenta e quatro ilustrações feitas por Arthur Rackham especialmente para a ópera. Essa é a chance do leitor brasileiro poder apreciar O anel do Nibelungo de forma integral.

“Deleitem seus olhos / Neste par abençoado! / Separados, quem nos dividiria? / Divididos, eles nunca vão se separar! p. 308

Conclusão
Uma ópera, acredito, não é elaborada para ser lida, ao menos não num primeiro momento. Seu compositor possui o desejo de apresentá-la, com atores e uma orquestra, uma grande produção (como também Wagner quis). Porém, existem certas óperas que se tornam grandes obras literárias.

É o caso de O anel do Nibelungo, que apresenta uma história fantástica, que gira em torno de um anel mágico e envolve heróis, monstros, deuses antigos e muitas batalhas e traições e cobiça.

Leitores de O Senhor dos anéis ficarão boquiabertos ao encontrar muitas semelhanças entre as obras. Claro que esse não é o ponto principal, estou falando sobre uma leitura rica e fluída, mas esse é um detalhe que não pode passar despercebido!

Se você gosta de fantasia, mitologia, poesia e música, não perca tempo é conheça logo essa incrível ópera de Richard Wagner!

Minha nota (de 0 a 5): 4,5

Acesse meu blog!

site: https://anatomiadapalavra.com/2019/07/02/resenha-o-anel-do-nibelungo/
Duda 24/08/2019minha estante
Que maravilha, fiz um trabalho sobre o leitmotiv de Wagner :)


Alan Martins 26/08/2019minha estante
Bacana isso! Essa ópera você já leu?


Duda 26/08/2019minha estante
Pra falar a verdade, eu nem pensei em ler, mas se você recomenda, posso procurar!


Alan Martins 27/08/2019minha estante
Recomendo sim! Essa edição que eu li você encontra na Amazon, em e-book também.




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