Resenhas -

Aly 30/12/2020

O Capitão América Vive
Fazia tempo, muito, muito tempo mesmo, que eu não lia uma história do Capitão América assim, genuinamente boa, genuinamente patriótica sem ser apelativa, cheia de sentimento e reviravoltas que deixariam Steve orgulhoso. E o próprio Steve nem mesmo está fisicamente na história. Só sua sombra paira insistentemente acima e ao redor dos personagens, seus descendentes, que agora vivem no século 24, numa América utópica, em que todos têm em suas veias o soro do supersoldado. Tudo lindo, até a gente descobrir que o tataratataraneto de Steve, seu xará, inclusive, rejeita o soro. E na tentiva de entender o motivo, seu pai, Jack Rogers, descobre um plano de dominação dos Kree, que implantaram um vírus dormente que transformaria os americanos em soldados letais quando acionados.

Assim, na tentativa de fugir e ainda salvar o filho, Jack Rogers descobre que Steve Rogers ainda pode estar vivo. Mas, na verdade, quem ele acaba libertando é o Caveira Vermelha, que agora possui o poder do Cubo Cósmico e acaba ajudando os americanos a se livrarem dos Kree, afinal, só ele pode governar o território sagrado de Rogers.

(Nunca, nem em um milhão de anos, eu imaginaria ver o Caveira Vermelha lutando ao lado dos americanos, mesmo que só para alcançar seus objetivos. Loucura, mas extremamente crível e sensacional.)

O final dessa história é surpreendente. Porque eu realmente duvidei de Jack Rogers (desculpa mesmo, querido.) Achei que ele mancharia o legado de Steve Rogers e seria aquele que sucumbiria ao Caveira Vermelha. Mas ele me surpreendeu e da melhor maneira, provando que os genes Rogers são poderosos. E esse poder não tem nada a ver com o soro.

Que maravilha que história. Uma bela maneira de terminar esse 2020 que foi só golpe atrás de golpe do Caveira Vermelha. Eu estava precisando me lembrar porque o Capitão América é o meu herói. Pronto. Lembrei!