O beijo no asfalto

O beijo no asfalto Nelson Rodrigues




Resenhas -


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helenaslodk 27/01/2022

É uma peça de teatro super rápida de se ler (cerca de 1h) com assuntos fortes e impactantes. O plano de fundo é o subúrbio do Rio de Janeiro e mostra como "fake news" + abuso de poder podem arruinar a vida de uma pessoa. Daria tudo pra assistir Fernanda Montenegro nessa peça. Tem temas tabús e também homofobia, sendo essa parte um preconceito dos personagens que me incomodou bastante.
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Elvis 13/12/2023

O próprio beijo do dementador
O pobre do Arandir mal sabia que um simples beijo por pena poderia levar a um fim tão drástico. Essa foi minha primeiras experiência com o autor, que não poderia ter sido mais positiva. Que peça curta mas ao mesmo tempo tão bem desenvolvida e intima na profundidade de seus personagens.

Fiquei ansioso pra conhecer outras obras deste e encontrar mais enredos impactantes.
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Nayana 07/10/2022

~ Peça "O beijo no asfalto"
~ Primeira leitura de Nelson Rodrigues
~ Li que essa peça foi encomendada a ele por Fernanda Montenegro :)
~ É considerada uma "tragédia carioca", gira em torno de um possível beijo entre homens, um deles a beira da morte num acidente
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beatriz3345 02/10/2021

peguei esse livro pelo kindle unlimited porque lembro da minha época de cursinho da professora de literatura comentando sobre autor! o assunto mesmo era ?a cabra [*****]?, mas ela disse que preferia ?o beijo no asfalto?. aí quando achei no k.u. decidi ler e não me arrependi! a leitura é excelente e o preconceito, repugnante. maravilhoso!
beatriz3345 02/10/2021minha estante
o skoob me censurandoooo!!! é só o nome do livro! a cabra v4d14




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Ruannita 07/06/2021

O Beijo no asfalto: Tragédia carioca em três atos.
- Quando li o título jamais cheguei a imaginar uma história tão angustiante e passional.

- Essa peça deve ser lida levando em conta o contexto da época em que foi escrita.

- É absurdo a corrupção da mídia e da polícia nessa peça.

- Uma Fake News é o estopim de uma crise familiar.

- É muito irônico que o personagem mais odiado se chama Amado.

- Essa é uma peça genial que me fez sentir vontade de ler mais livros de peças de teatro.

Essa edição possui um brilhante posfácio escrito por Gustavo Bernardo Krause, professor associado de teoria da literatura na UERJ e diretor do Departamento de Seleção Acadêmica da mesma instituição.

"A ficção, para ser purificadora, precisa ser atroz. O personagem é vil, para que não o sejamos. Ele realiza a miséria inconfessa de cada um de nós. Para salvar a plateia, é preciso encher o palco de assassinos, de adúlteros, de insanos, em suma, de uma rajada de monstros. São os nossos monstros, dos quais eventualmente nos libertamos, para depois recriá-los".
(Nelson Rodrigues)
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[k] 12/12/2022

o beijo é crime
Nunca tinha lido uma peça brasileira e particularmente adorei o estilo. Além de ter um enredo incrível e crítico teve boas adaptações cinematográficas e valeu a leitura.
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Helison.Fortunato 19/12/2021

A fake news do " Beijo no asfalto"
Facilmente poderíamos trocar o título do livro por essa expressão tão usual nós últimos tempos. A leitura da peça si carrega uma história bem popular, que têm tramas que são agonizantes por causa da conjuntura, e com um desfecho trágico. Porém com a leitura do posfácio um novo mundo se abre, surgindo discussões acerca da finitude do ato do beijo, de uma resignificação do mesmo, e de um ato desprendido de culpa ou remorso. É uma excelente leitura, rápida e muito boa pra um debate, tem uma alma brasileira viva nessa história.
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rglacerdaBR 31/08/2021

Grande Nelson Rodrigues
Peça sensacional de N.R. com o final que todos já esperam mas devoram as páginas para confirmar, o Posfácio vale a pena também, soma consideravelmente ao entendimento desta obra
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Karoline67 20/04/2021

Desconfortável
Nunca tinha lido Nelson Rodrigues. Agora que li, acho que só consigo caracterizá-lo em: desconforto. O livro é muito bom, mas você sai perturbado dele com certeza. Se tem uma coisa que eu sei, é de que não vou esquecer esse livro nunca mais.
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Sadraque 20/02/2021

Sobre a influência da mídia
A peça inicia com Arandir que, ao ver um homem atropelado no asfalto, beija-o na boca e em seguida o homem morre. Um jornalista vê tudo. A partir daí a vida de Arandir entra em decadência a partir da reação das outras pessoas frente a notícia do jornal, que é manipulada para que mais pessoas comprem. Todos ao redor de Arandir passam a acreditar nas mentiras noticiaras no jornal e a jornada de Arandir vai sendo cada vez mais aterradora por ele se manter fiel a si mesmo.
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Carol 28/05/2022

Desde aquela época as fake news já fazendo estrago. Ninguém quer saber do morto, só da suposta fofoca.
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Carol Bazanini 12/06/2022

Adorei conhecer a literatura com Nelson Rodrigues, foi meu primeiro contato com o autor e eu já quero continuar a lê-lo.

Acho que o maior mérito dessa peça é mostrar de modo brutalmente real como se dá as relações sociais no Brasil, sem idealizações. São abordados temas extremamente complicados, como o machismo e a homofobia, com extrema verossimilhança, retratando o pensamento coletivo na geração na qual a peça foi escrita.

Gostaria muito de poder assistir a apresentação com Fernanda Montenegro um dia, tenho certeza de que ela brilhou no papel, assim como todos os atores, e consegui transmitir toda a potência narrativa dessa estória.
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Diego Rodrigues 01/03/2020

Curto, rápido e impactante
"O Beijo No Asfalto" é uma peça teatral encomendada por Fernanda Montenegro e escrita por Nelson Rodrigues, foi encenada pela primeira vez no ano de 1961. A obra conta a história de Arandir, um homem casado que presencia um atropelamento e, atendendo ao último desejo da vítima agonizante, beija na boca o homem que vem a morrer logo em seguida. O repórter Amado é um espectador da cena e, sensacionalista e oportunista como é, decide unir forças ao corrupto delegado Cunha para tirar proveito da situação transformando o acontecimento em um grande escândalo e posteriormente em um crime.

É muito interessante a forma como Nelson Rodrigues, através das personagens do repórter e do delegado, começa a tecer suas teias em torno de Arandir. Tudo começa com a publicação de uma sensacionalista manchete de jornal, a partir de então vamos acompanhar as consequências que a mesma tem na vida do protagonista. É assustador perceber que já naquela época, muito antes do termo "fake news" surgir, o poder que a imprensa e a mídia exercia sobre as grandes massas não era tão diferente de hoje. O efeito cascata que se forma em torno de Arandir, que atinge seus vizinhos, colegas de trabalho e por fim sua família, é um claro resultado do que acontece quando deixamos de pensar por nós mesmos e passamos a nos deixar influenciar, permitindo que outros pensem por nós. É muito mais cômodo ser manipulado, uma vez que teoricamente não precisamos lidar com as consequências das nossas escolhas e assim se torna muito mais fácil sustentar a ilusão de que não temos que carregar nenhum peso em nossos ombros, já que podemos jogar esse peso nos ombros de outra pessoa. Algumas personagens em torno do protagonista são levadas por esse pensamento e, amparados pelas massas, se sentem a vontade para se aproveitar da situação para mostrar suas verdadeiras faces, como é o caso do sogro Aprígio.

A leitura da obra teve algo de agoniante e claustrofóbica. Arandir se vê preso em um labirinto social do qual não consegue mais sair, seus amigos e familiares vão deixando de acreditar nele um a um e a situação vai se tornando cada vez mais desesperadora. A obra explora diferentes lados obscuros da alma humana e vai levantar discussões sobre sexualidade, intrigas familiares e ciúmes. Além de trazer, é claro, críticas a respeito da imprensa e da polícia. Apesar de ter sido escrita no início dos anos 60 a obra permanece atual, muito problemas relatados aqui ainda podem ser vistos na nossa sociedade hoje. "O Beijo No Asfalto" foi uma leitura curta e rápida, mas de muito impacto. Ao ler as primeiras páginas fui totalmente fisgado e não consegui mais largar o livro até saber qual seria o desfecho da peça. Essa foi minha primeira leitura em formato de teatro e também do autor, com certeza irei atrás de outras obras do mesmo.

site: https://discolivro.blogspot.com/
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Herley 25/02/2023

A paranoia e o sublime
Na vida absolutamente normal (no sentido de conforme à norma) de Arandir, o sublime irrompe na forma de uma vítima de acidente automobilístico estendida sobre o asfalto, sob o olhar da cidade inteira, e na súplica do último desejo: um beijo de despedida da vida. Esse evento intempestivo, incompreensível para todos, desencadeia um vórtice asfixiante de eventos, acusações, reações violentas, perseguições e desperta o vil e o assombroso que há de potencial na experiência humana -- verve reconhecidamente característica da escrita de Nelson Rodrigues. O texto é dinâmico, cheio de cortes abruptos, explosões.
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