A falência

A falência Júlia Lopes de Almeida




Resenhas - A Falência


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Magda14 17/05/2021

Choque de cultura
No começo eu estava um pouco reticente quanto ao livro, mas a escrita de Júlia Lopes de Almeida ajuda MUITO a sempre querer ler "só mais um capítulo". Mais que uma falência financeira (que nomeia o livro) vemos a falência sob diversos viéses.
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gabrielareislr 09/08/2020

A mulher
'' Cumpria a sua missão de mulher, adoçando sofrimentos, serenando tempestades e conservando-se na meia sombra de papel secundário. '' A falência, de Julia Lopes de Almeida, não é apenas um livro sobre traição, muito alem de um romance sobre Camila, a protagonista apaixonada pelo médico de confiança da família o Dr.Gervásio, que a '' todos '' já é como alguém da família, onde os dois nutrem um relacionamento extraconjugal porque Camila é casada com Francisco Teodoro, um comerciante influente no Rio de Janeiro.
A narrativa do ponto de vista da protagonista, e escritora como mulher é muito presente na obra, diferente de outras pela escrita de autores com a sua visão sobre o adultério feminino. Exemplos são Madame Bovary e Anna Karenina.
'' Os senhores romancistas não perdoam as mulheres; fazem -nos responsáveis por tudo como se não pagássemos caro a felicidade que fruímos! Nesses livros tenho sempre medo do fim; revolta-me contra os castigos que eles infligem ás nossas culpas, e desespero-me não poder gritarlhos: HIPÓCRITAS! HIPÓCRITAS! ''
Em trechos como este, é a presença muito mais fluente da autora do que Camila, por conta dela ser muito passiva a todos os acontecimentos, tanto em sua casa pelo Dr. Gervásio, ter o papel de tratar de tudo que por ser um '' intelectual '' assim como ela deve se vestir e comporta-se.
O titulo, é atribuído não somente a falência matrimonial, mas outras como econômica se tratando do contexto do Brasil República, e os lucros gerados pelo café.
Julia Lopes de Almeida, assim como escritoras mulheres, são apagadas, e esse livro mostra como sua historia sendo uma contribuidora na fundação da Academia das Letras, e não tendo uma cadeira por ser mulher, seu marido assume '' sua cadeira '' na época. Tanto o livro, como sua vida são atuais pela ainda desigualdade de gênero.
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gcpina 31/05/2020

Num primeiro momento a leitura se arrasta, mas logo flui como poesia em prosa narrando o cotidiano de uma família abastada nos idos de 1891, porém, sem grandes sobressaltos, chega a ficar monótona. Há muito não me deprava com tantas palavras ignoradas, principalmente em razão do desuso, sendo necessário recorrer ao dicionário.... o que foi bom! Apenas no quarto final, voltou a despertar entusiasmo! Tenho a impressão de que a ausência de curiosidade quanto ao desfecho, pois já o conhecia, prejudicou meu interesse.
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Jéssica 09/11/2020

A Falência
Júlia Lopes de Almeida narra a vida de uma família burguesa do Rio de Janeiro, no final do século XIX (início da República).
A autora escreve de uma forma muito tocante, exprimindo os sentimentos dos diferentes personagens, o que torna a leitura muito rica e o texto muito bonito.
Isso, porém, não significa que seja uma leitura fácil ou leve. É um texto realista.
Além disso, há bastante crítica social, especialmente voltada à desigualdade de gênero. Ao expor o quanto as mulheres e os homens são oprimidos pelos papéis sociais que tem que desempenhar, a autora mostra como o machismo leva a própria sociedade conservadora que o defende à falência.
Muito bom! Recomendo!
A obra da autora está em domínio público e há livros gratuitos disponíveis para kindle.
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Rafa 24/03/2022

Que livro!!
Confesso que não sou uma pessoa que gosta de ler livros clássicos, porém esse foi com certeza um dos melhores livro de literatura nacional que eu já li.

A história é cativante e te prende do início ao fim, com personagens bem desenvolvidos, posso me dizer que me apeguei a muitos deles, querendo ler sobre as ideias inspiradoras de Ruth, as brincadeiras de Lia e Rachel, com um conclusão dos investimentos de Francisco Teodoro e se alguém algum dia valorizaria a meiga Nina.

Livro espetacular, definitivamente lerei outros livros da autora!
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Michele 17/08/2020

Um olhar feminino
A obra, "A Falência",de Júlia Lopes de Almeida, traz um retrato do Rio de Janeiro de sua época: uma cidade que enriquecia às custas da exploração do café.

A trama apresenta personagens muito diversificados em sua classe social, visão de mundo e comportamento, mas se centra na família de Francisco Teodoro, um português, comerciante de café, representante da classe exploradora, casado com Camila e pai de quatro filhos.

Ricos e opulentos - podem comprar tudo, dar festas maravilhosas, reunir amigos... São, afinal, a família perfeita, você não acha?

Mas nem tudo é maravilhoso como parece e não vão ser só os negócios de Francisco Teodoro que estão em vias de falência.

O romance de Júlia Lopes de Almeida apresenta uma característica que amo e que tenho percebido com frequência nas obras escritas por mulheres: o olhar abrangente que contempla todos os personagens - da criadagem às crianças, passando pelos mais esquecidos como os idosos, os negros e os empregados mais humildes - e entra com certa profundidade nos seus pensamentos e questionamentos sobre a vida.

O meu destaque vai para as personagens femininas. Camila é uma mulher já de meia idade que quer se certificar de que ainda é bela e atraente. Ela não tem um caráter condizente com os padrões da época, mas a exploração da sua personalidade pela narradora justifica as suas atitudes.

Já Rute, a filha de treze anos do casal, foi a minha personagem preferida. Ela toca violino e gosta de ficar sozinha contemplando as coisas belas como o mar. O seu olhar diverge do restante da família.
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Lusia.Nicolino 12/12/2020

Longe de ser tedioso
Eu ainda me espanto com o quanto gosto da escrita de Júlia – leia a pequena bio dela no fim dessa resenha antes de seguir! No começo da pandemia baixei A falência, sem custo, que foi ficando para o fim da fila, mas, eis que chegou sua vez. Gosto de como “meu queixo cai” com algumas descobertas – que talvez sejam surpreendentes apenas para mim – já que o título entrega o enredo e pode sugerir uma leitura tediosa. Não é, é bastante envolvente. Júlia relata a ruína da família de Teodoro e Camila, depois de terem vivido a opulência gerada pelo comércio de café. Estamos no Rio de Janeiro, entre 1891 e 1893, o período republicano ainda se desgarrando do Império.
O trabalho duro de Francisco Teodoro, imigrante português, pobre, é praticamente pano de fundo para fazer brilhar Camila. As personagens femininas de Júlia sempre prontas a provocar reflexões sobre os costumes, em seu contexto histórico ou já distante dele. Como enfrentam o momento em que a fortuna é engolida por especulações financeiras? Que papel tem os filhos do casal e que desfecho encontram nos desencontros? É preciso descobrir porquê uma pergunta foi respondida com outra pergunta: “– Para quê?...”

Quote 1: “Pouco a pouco outros grilos cantaram aos seus ouvidos de ambicioso. O som do dinheiro é música; viera para o ganhar, atirou-se ao seu destino, tolerando todas as opressões, dobrando-se a todas as exigências brutais, numa resignação de cachorro.”


site: https://www.facebook.com/lunicolinole
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Evellin35 17/04/2024

A falência
Um dos livros mais difíceis que eu já,de primeira impressão odiei cada palavra e lia por obrigação. Mas do meio para o final me surpreendi e me prendi em casa página
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Isabela.Cruz 03/09/2022

.
Primeiro clássico que eu leio. Achei que seria mais chato ou difícil, mas depois de pegar o gancho, a leitura me prendeu bastante.

O livro tem críticas e reflexões muito interessantes.
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Alice 27/08/2023

A Falência
A obra explora, não só a falência monetária de uma família burguesa do século XIX, mas a falência moral, monárquica e patriarcal da época. Júlia Lopes de Almeida fala sobre adultério, arte, racismo e pobreza, mas a crítica mais marcante nessa leitura é referente ao papel da mulher na sociedade.
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isa 23/03/2021

mas o capitalismo.....
novamente adormecida em 70% do tempo de leitura. final bom ? única coisa que me importa ultimamente...
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Manuela.Sampaio 20/03/2023

Que obra!
Entendi por que se é pedido este livro em vestibulares, retratando a crise do café em uma perspectiva diferente e também do papel da mulher na sociedade e o racismo. A autora deixa sutilmente uma crítica à escravidão, mas que as vezes é questionável. A cena só suicídio de Teodoro é impactante e os acontecimentos após vão fazendo a Mila perceber que elas estão sozinhas e não poderão depender de ninguém. Também achei que no final o Rino ia voltar e dar o ar da graça, mas para mim ficou entendido que ele não está interessado mais, uma vez que a Mila não performa mais a graça e sutileza de antes.
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elen5 11/12/2022

Gostei da escrita, fluiu demais. As críticas da autora para a sociedade são simplesmente atemporais, não importa em que cenário, sempre vai ter alguma que se encaixa. A Falência não se refere somente ao material, e sim a tudo o que se liga nisso, sentimentos, comportamentos, etc. Fiquei muito feliz que Camila acaba entendendo que ninguém vai salvá-la e que isso depende totalmente dela, a autora foi muito perspicaz em não colocar ela como alguém a ser salva por um homem no fim de tudo. Se bem que o final, onde Rino aparece, dá a entender alguma coisa, mas espero que não.
A falência de Teodoro veio por conta da crise do café, um cenário muito importante no Brasil e creio que é por isso que o livro é pedido no vestibular. Foi bom entender o contexto de um outro jeito.
É um livro que em alguns momentos tem termos bem racistas na minha opinião, o que era extremamente comum quando foi escrito, mas não quer dizer que vá me incomodar menos. A autora em alguns momentos tem posicionamentos contra a escravidão, e isso é bom, mas é bem controverso nesse quesito.
Gostei do livro e do desfecho, os sentimentos dos personagens foram muito bem escritos e construídos, me apaixonei pela escrita
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Tiii 07/08/2022

Primeira leitura da Unicamp
Comecei esperando não muita coisa. Mas, apesar de ter achado a leitura um pouco parada, a análise da importância e mensagem da obra faz toda a diferença. É uma leitura que mostra todo o machismo dessa sociedade extremamente patriarcal brasileira. Júlia Lopes de Almeida estava sim a frente de seu tempo.
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