spoiler visualizarYuriAnna.Shey 30/07/2023
A ideia foi boa, mas a execução deixou a desejar.
Malorie é uma mulher forte que teve que aprender de uma forma muito difícil como criar crianças e superar seus traumas ao mesmo tempo, teve que se forçar a acreditar que sofrer não era importante porque ela tinha responsabilidades maiores e apesar de tudo ela conseguiu fazer um trabalho muito bom criando os filhos, com tudo isso suas paranoia são até compreensível no mundo em que ela vive tento passado pelo que ela passou. Tom é um típico adolescente assustado que pensa que os pais estão errados e que ele é quem sabe das coisas, mas ele sabe que não entende o suficiente sobre nada. A Olympia que é a personificação de “a filha que não deu trabalho”, ela é inteligente, madura e responsável, não parece nada com sua mãe biológica.
Um dos principais pontos que mais me incomodou foi a “não escassez” de comida, medicamentos e coisas essenciais, mesmo após 16 anos ainda existe uma reserva assustadoramente grande o suficiente para manter os três vivos e nenhum enlatado nunca estraga, inacreditavel, mas acredito que esse seja um ponto fraco na maioria das histórias pós-apocalíptica.
Sobre a motivação usada para continuar a história, eu achei válida, não é muito empolgante e é mal apresentada, mas havia potencial.
Há, o final, vamos fingir que ele não existiu? Nesse último arco o autor meio que “largou de mão” o sentido e a coerência, tudo começa a acontecer rápido demais e as informações são jogadas de qualquer jeito, sem muito cuidado. Olympia pode ver criaturas; Gary está vivo, os óculos do Tom são de fato eficazes, os pais da Malorie estão vivos, mas não os dois,
Foi dado sinais de que a Olympia conseguia ver sem problemas as criaturas, mas a forma como ela revelou e a zero importância que deram a esse fato foi ridículo, o que soma com o fato de ser improvável que ninguém nunca pensou na mesma ideia que Tom teve para criar os óculos e só piora com “Como Gary ainda estava vivo?”. Ok, a mãe da Malorie morreu e só sobrou o pai, reunião de família, muito bonito. Terminamos com a morte mais feia e xoxa que eu já li.
A história é boa, poderia ter sido muito melhor, tinha muito potencial e para mim o livro acaba na página 218.