Lau 21/05/2024Do meu ponto de vista, este livro é essencialmente uma demonstração do eterno conflito entre história pessoal e história ancestral
Ambas são interdependentes. Não existe história pessoal sem que outras gerações influenciem sobre ela, não existe história ancestral se não for pelas ações individuais de cada personagem da nossa família. Mas também, são muito diferentes. Todas as pessoas querem tomar seus próprios caminhos e, mesmo que se queira muito preservar uma tradição, é impossível replicar o mesmo desenvolvimento, o mesmo pensamento - e o mesmo destino - em seus descendentes, ainda que certos ciclos se repitam
A família inteira é protagonista deste livro, cada um com sua maneira de enxergar a vida, as relações, cada um com suas dores. No fim, eles sofrem por razões muito parecidas, quase como uma ferida em comum, transmitida geracionalmente, que para a matriarca é o passado de Tulsa, mas também poderia ser a doença do câncer ou o medo da solidão, que também tem suas origens remotas
Todos sentem, porém de formas diferentes. E o interessante dessas histórias é poder ver como cada um lida à sua maneira com as circunstâncias adversas e o significado particular que dão a elas, em suas várias fases da vida