jg 09/01/2015
O livro ficou parado na minha estante por muitos anos, acho que seis anos, até que decidi pegá-lo pra ler. Foi pouco depois de ter experienciado algum tempo na natureza, aprendendo algumas práticas de permacultura e também conhecendo um ritual indígena, então acho que o momento infuenciou a decisão.
É uma leitura que carrega muitas metáforas e conselhos para a vida. Mal sei julgar se são de fato bons ou ruins, acho que dependem muito mais do receptor do que do interlocutor. Porém, sem mitificar um conhecimento tido como "feitiçaria", que pode ou não ter sido realmente repassado a Castaneda, mas certamente muitos dos diálogos e histórias no livro trazem grandes reflexões sobre nossas posturas frente à vida.
Por mim, sei que dei novo valor e intenção a certas posturas, inclusive certos verbos: se alguém me fala, hoje, sobre "ver" ou "ouvir", no sentido mais coloquial possível, me vem à memória os ensinamentos de Dom Juan e o papel colocado para esses atos.
Como foi o primeiro livro de Castaneda que li, é difícil julgar a ordem, mas acredito que seja melhor começar pelo começo. Esse livro já se refere a muitos acontecimentos passados, que podem ter sido aludidos nos primeiros livros, mas não chega a dificultar a leitura.
Recomendo a experiência da leitura pra quem está aberto a novos conhecimentos e cosmovisões!