A Igreja e o mercado

A Igreja e o mercado Thomas Woods Jr.




Resenhas - A Igreja e o mercado


3 encontrados | exibindo 1 a 3


Beto 10/04/2021

Esperava (muito) mais
A melhor definição pessoal que posso dar para o livro de Thomas Woods é: se eu tivesse lido há dois ou três anos, quando ainda era uma fã de carteirinha da Escola Austríaca, provavelmente teria achado o livro revolucionário; algum tempo depois, prestes a completar minha formação e mais cético com ideologias de mundo, tornou-se, a meu ver, um livro médio.

Se a Amazon permitisse avaliar com "estrelas e meia", a nota desse livro seria 3.5, sem dúvidas. Quando você começa a ler "A Igreja e o Mercado", espera que o autor lhe embarque no mundo de discussões que compuseram a história da Igreja ao longo dos séculos, aprofundando a relação entre o catolicismo e o livre-mercado. Não que Woods não faça isso, mas desde a primeira página você perceberá que ele está, na verdade, querendo escrever seu próprio tratado de Escola Austríaca, com nuances católicas no meio.

Não vou dizer que considero isso certo ou errado, mas é inegável que se torna absolutamente cansativo - até mesmo para uma pessoa que possui boa afinidade com as ideias austríacas, como é o meu caso. Um exemplo claro disso é visto quando Thomas gasta inúmeras páginas discutindo os motivos pelos quais as reservas fracionárias são imorais ao invés de se aprofundar na relação da Igreja com o sistema bancário. E o que me deixa mais incomodado ao longo disso é que se torna possível perceber que Woods possui muito conhecimento do que diz - com destaque para as suas explicações sobre a usura e no capítulo sobre o Distributismo -, porém, seu desejo em encaixar o catolicismo dentro da Escola Austríaca (mesmo que ele diga que não quer fazer isso) acaba prejudicando o andamento da obra.

"A Igreja e o Mercado" é um livro que poderia ter sido muito maior. Li ele de forma muito aprofundada, pois meu TCC trata sobre um assunto muito semelhante, e sentia a cada página que Thomas deixava de tocar em assuntos importantes. Ao contrário do que muito foi dito ao longo dos anos, a relação entre a Igreja e o capitalismo está longe de ser apenas desarmoniosa, mas na hora de tentar estabelecer uma linha de raciocínio, Woods se perde em sua própria ideologia. Uma pena
comentários(0)comente



Gran DBabú 14/01/2020

A liberdade e a fé católica podem andar juntas
O livro desmonta alguns dos espantalhos usados para atacar o livre mercado e mostra, com clareza, do que trata a ciência econômica neoclássica e, principalmente, da Escola Austríaca, demonstrando que não há nenhum entrave moral conflitando economia e moralidade católica.

Entre os apelos do livro consta que a ciência econômica seja levada a sério e apresenta alguns apontamentos de previsões em algumas encíclicas que se mostraram erradas (contraproducentes, até). Erros evidentemente além da alçada da infalibilidade papal, alguns dos quais, à época foram apontados como consequências naturais daquele curso de ação, contudo, rejeitados.
comentários(0)comente



Gabriel 20/09/2020

A compatibilidade entre a fé católica e o livre mercado
Thomas E. Woods Jr., membro do Mises Institute, é um defensor dos ensinamentos da Escola Austríaca e também, um católico apostólico romano.

A Doutrina Social da Igreja Católica não se limita a discorrer sobre questões morais, vai além, prescreve certas medidas econômicas a serem tomadas e de que forma a economia deve ser "controlada" pelo estado.

Neste livro o autor apresenta os erros econômicos incorridos pela Igreja Católica no último século, as consequências destas medidas e revive os valiosos trabalhos dos escolásticos.

O resultado é uma ampla argumentação em defesa da compatibilidade entre a fé católica e a defesa do livre mercado. Recomendo muito a leitura, especialmente para os cristãos católicos que se culpam por discordarem de alguns pontos da Doutrina Social da Igreja.
comentários(0)comente



3 encontrados | exibindo 1 a 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR