NaiaraAimee 28/04/2020
Até Que a Morte Nos Separe
Quando Fernando reecontra um antigo amigo, dono de uma fábrica de tecidos que o convida para ir em sua casa e conhecer sua mulher, Fernando decide aceitar. Enquanto espera pelo amigo ele conhece a tímida e bela Corina.
Num primeiro momento, Corina parece a ele muito estranha com sua timidez excessiva, no entanto, ao reencontrá-la mais vezes, ele passa a notar a doçura e os encantos por trás de sua figura quieta que parece se abrir para ele quanto mais se aproximam. A partir daí surge um sentimento entre ambos, mas, para o desespero da alma de Fernando, Corina está decidida a honrar os votos de casamento até que a morte, o que trará sérias consequências para ambos.
O que dizer dessa grata surpresa? Estava louca para ler algo da Ana e procurando na Amazon me deparei com vários dos seus contos. Esse me chamou atenção pela capa e o ar meio gótico, então decidi pegá-lo e posso dizer de coração que amei!
O conto é narrado pelo Fernando e a autora soube inserir todo o ar de época, fazendo a gente sentir que está lendo mesmo algo escrito por um autor do século XIX. Isso não significa que o conto seja rebuscado ou difícil, na verdade, a linguagem é de fácil entendimento, ainda assim a Ana consegui o efeito com maestria.
Não posso falar muito da história para não dar spoiler, mas gostei de como tudo se desenvolveu e o desfecho para o amor que ambos os personagens sentiam um pelo outro, mas devido as circunstâncias era um sentimento simplesmente impossível de ser vivenciado.
Outra coisa que amei foram as referências que a Ana usou. Ela citou Jane Austen, Emily Brontë e seu livro de poemas, e achei que combinou demais com o ar de toda o conto, além do fato de que, embora sejam bem distintos, fez eu me recordar de O Morro dos Ventos Uivantes que é um livro que eu amo. Enfim, Corina é um conto rápido e intrigante, com uma narrativa fluida, que vale a pena ser lido.