Ofélia

Ofélia Lisa Klein




Resenhas -


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Eduardo1304 11/10/2022

Ofélia
Hamlet o príncipe da Dinamarca; ela é simplesmente Ofélia. E, se você pensa que conhece a história dos dois, pense melhor. Uma releitura da famosa tragédia de Shakespeare. Nesta releitura da inesquecível obra de Shakespeare.
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Ket 03/02/2021

Adoro releituras de obras famosas por outros pontos de vista, então estava ansiosa por ler Ofélia. Achei a escrita da autora agradável e fluída, mas tive a impressão de que as passagens de cena e de tempo foram abruptas e mal colocadas, como se a autora supusesse que o leitor tivesse lido Hamlet obrigatoriamente antes (que não foi o meu caso). Se a releitura depende da leitura prévia da obra original não faz muito sentido pra mim (e como eu havia acabado de ler "Circe" da Madeline Miller com a mesma proposta, mas feita de forma excepcional, foi impossível não notar isso).
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Queria Estar Lendo 02/07/2019

Resenha: Ofélia
Ofélia é uma releitura grandiosa do clássico Hamlet de William Shakespeare. Foi lançado aqui recentemente pela Editora Verus - que cedeu este exemplar em cortesia. Através das palavras de Lisa Klein, acompanhamos toda a história dramática do príncipe dinamarquês pelos olhos de sua amada; dando voz e força a personagem, Lisa mostra o outro lado dessa trama carregada em vingança e melancolia.

A história ainda é a mesma, mas a conhecemos através da simples e geniosa Ofélia. A famosa tragédia de Shakespeare é relatada desde os primórdios da vida da personagem, contando sobre sua infância solitária sem mãe e com um pai que pouco se importava com sua existência, sua mudança para a corte real - onde conheceu e se aproximou de Hamlet - até o estopim de todo o horror que cresceu sobre a Dinamarca.

"Todos os livros diziam que eu deveria me manter em silêncio, ser casta e obediente, do contrário o mundo viraria de ponta-cabeça. Eu zombava disso, suspeitando de que o autor não conhecia mulheres ou não gostava "

Lembro de ter lido Hamlet há muito tempo, então pouco ou quase nada da história ainda existia na minha cabeça. A famosa cena do fantasma de seu pai, Hamlet e sua loucura, as mortes trágicas ao fim. De Ofélia, pouco me lembrava - e aqui ela faz valer a sua presença, mostrando como sua voz e existência sempre tentaram ser apagadas pelo domínio dos homens ao seu redor.

Lisa Klein constrói uma narrativa enérgica e grandiosa, dando novos ares ao clássico. Sua forma de contar a história é mais suave e menos carregada, mais rápida.

Ofélia é uma personagem cheia de vida, de sonhos e medos. É uma garotinha assustada, mas curiosa. Uma jovem ansiosa pelo mundo, mas ciente de que sua voz não é tolerada nele. É uma estudiosa confrontadora, que não aceita simplesmente o quanto querem apagá-la e silenciá-la, fazendo o possível e o impossível para existir além dos desejos dos homens ao seu redor.

"Queria ter sido autora da minha própria história, não apenas uma atriz na peça de Hamlet ou um peão no jogo mortal de Cláudio."

Eu fiquei absolutamente encantada com a força que a narrativa deu para a voz de Ofélia. Como seus momentos mais marcantes são carregados em indignações pelo machismo ofensivo e perturbador da realidade em que vive, como ela quer ser mais do que a irmã, a filha ou a esposa de alguém. Como seus sonhos não são apagados pelo medo. Mesmo na corte real, confrontada com tantas adversidades ao seu nascimento e a tudo que conhecia na simplicidade do seu lar, Ofélia se impõe.

Ainda que os acontecimentos sejam familiares - ou até mesmo surpreendentes para quem não lembra tanto da obra, como eu - a narrativa consegue extrair novidades pelo olhar da protagonista. Hamlet e sua presença imperiosa e então enlouquecida são duas faces de uma moeda na qual Ofélia se agarra com todo seu coração; Horácio, doce e gentil, é um amigo para os momentos mais terríveis.

"- Eu também estou tomando gosto por essas histórias, pois me agrada ler sobre mulheres inteligentes que encontraram o amor."

As figuras femininas ao redor da personagem são as que mais rendem momentos marcantes, principalmente a rainha Gertrudes - sua guia em meio ao poder que ronda a corte e também ao mundo dos homens, dando-lhe compostura e ensinando-a a usar a voz nos momentos certos - e as freiras mais para o fim da trama.

É um livro rápido e apaixonante para quem gosta do clássico, mas também para quem tem curiosidade e ainda não se arriscou na leitura do original. Uma releitura bem-vinda para falar sobre a força feminina e para dar liberdade a uma personagem presa a uma trama melancólica e vingativa.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2019/07/resenha-ofelia.html
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Cintia295 01/02/2022

Como uma releitura de Hamlet ficou a desejar no meu ponto de vista, a personagem ficou muitooooo diferente. Se vc conseguir separar as obras pode gostar muito desse livro, eu não consigo pois li o outro recentemente. Li também Circe que é uma ótima releitura, aquele sim foi muito bem colocado e construído.
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Sthefany148 24/06/2023

Reconto de Hamlet pelos olhos de Ofelia
O machismo é algo palpável em todas as esferas e não seria diferente em romances. Nesse cenário, aconteceu a famosa tragedia shaksperiana, mas, a partir da 3 parte, é Ofelia que toma as rédeas da sua vida. Achei meio prolixo e maçante nesse ponto; parecia que não saia do lugar. Mas gostei do final, gostei da construção da protagonista e dos personagens secundários. É cansativo mas é bom. Adoro versões um tanto mais feministas de clássicos consagrados. Ofelia merece toda a atenção que já demos ao Hamlet.
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Márcia 16/04/2023

Ofélia - Lisa Klein
Ofélia é um romance que narra a tragédia Shakespereana de Hamlet pelo ponto de vista de Ofélia, que é a grande amada de Hamlet.
A narrativa do livro começa com uma carta que Ofélia recebe trazendo notícias devastadoras de pessoas de seu contato íntimo e de pessoas da corte. Ofélia diz que ela conhece a verdade e ela vai contar.
Ofélia começa narrando como o seu pai se torna influente na corte quando ela tinha por volta de 8 anos de idade, seu pai começa a trabalhar para o rei e eles (seu pai, seu irmão Laerte e ela) se mudam para a corte.
Quando Ofélia chega na corte de Elsinor da Dinamarca, ela começa a travar conhecimento e brincar com outras crianças , inclusive com Hamlet. Apesar, que na época, estudar era privilégio dos meninos, ela começa aprender com as lições aplicadas ao seu irmão. ela se mostra uma criança curiosa e inteligente.
Durante a infância na corte, Ofélia é muito próxima de Hamlet. Porém, o tempo passa, Hamlet vai estudar em outro país e Ofélia continua na corte e é percebida por Gertrudes, a rainha.
Gertrudes a convida para fazer parte das damas de companhia da rainha. Ofélia começa a ser treinada para se tornar uma verdadeira dama. A vida de Ofélia começa a mudar, as imposições da sociedade começam a fazer diferença em sua vida. E a partir desse momento que Ofélia começa a ter contato com ervas medicinais, esse aprendizado será primordial no seu futuro. Ela vai se tornar uma grande conhecedora das curas.
Através do conhecimento da cura, Ofélia se torna muito próxima da rainha, ao ponto dela ler romances para a rainha.
Com a volta de Hamlet para Dinamarca, a vida de Ofélia ganha novas cores. Eles iniciam um romance sem o conhecimento de ninguém da corte, exceto Horácio, um grande amigo de Hamlet.
Nesse meio tempo, o rei morre, no decorrer da história Hamlet descobre que ele foi assassinado pelo seu tio, Cláudio, que após a morte do rei, casa-se com Gertrudes.
No meio desses conflitos familiares e políticos, Hamlet se casa com Ofélia e , ao mesmo tempo, está perseguindo sua vingança contra seu tio assassino. Para concluir sua vingança, Hamlet se finge de louco e Ofélia já não sabe se tudo isso é uma armação de Hamlet para concluir sua vingança ou ele está realmente louco.
O pai de Ofélia é morto por Hamlet e isso desencadeia uma busca por vingança por Laertes, irmão de Ofélia. Para não ser morta no meio desses conflitos, Ofélia se finge de morta (usando seus conhecimentos em ervas) e foge disfarçada de homem para a França, para um convento.
Durante sua fuga, Ofélia descobre que está grávida de Hamlet. Ela é desmascarada no convento, mas com medo de ser assassinada por Cláudio, ela esconde sua história.
Após alguns meses, Ofélia recebe uma carta de Horácio revelando que Cláudio, Gertrudes, Hamlet e Laertes estão mortos e Fortinbrás é o novo rei da Dinamarca.
Não temendo mais ser morta por Claudio, Ofélia revela sua história e usa o seu conhecimento na cura para ajudar todos no convento e na vila ao redor. Seu filho nasce e ela o chama de Hamlet.




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queridasreticencias 11/05/2020

Lindo e interessante
Foi ótimo relembrar a história de Hamlet de uma forma bem fiel, mas pelo olhar e vida da querida Ofélia. Um amor proibido, com muitas emoções, mas destruído pela loucura e vingança de hamlet.
Apesar de ser um pouco ?viajado?, achei interessante o fim da personagem criado pela autora.
Quem gosta do original, com certeza deveria ler.
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Kath 14/05/2022

Não faz juz à personagem original, mas não é de todo ruim
"Queria ter sido autora de minha história, não apenas uma atriz na peça de Hamlet ou um peão no jogo mortal de Cláudio. Mas o que ganhei em conceber minha própria morte e escapar de Elsinor?"

E vamos falar de Ofélia!

Na corte de Elsinor, a pequena Ofélia nasce e sua mãe morre. Com a indiferença de seu pai e tendo por única companhia seu irmão mais velho, Laertes, ela cresce como uma criança cheia da liberdade que a pobreza proporciona e sem as correções que deveria ter uma dama. Já um pouco mais velha, na adolescência, seu pai contrata tutores para seu irmão e a coloca para ter aulas com ele. Ofélia, dona de uma mente curiosa e de fácil assimilação, se mostra uma aluna admirável e uma leitora ávida bem ao contrário do seu irmão. O pai de ambos, Polônio, só tem na cabeça conquistar seu espaço na corte e não liga para os filhos a menos quando estes se mostram uma ferramenta para alcançar seus objetivos. E, para bem — e mal — de Ofélia, ele consegue seu lugar ao sol na corte de Elsinor.

É lá que a jovem Ofélia conhece o príncipe Hamlet, um rapazote tanto quanto desinteressado em muitas coisas que não lhe dá qualquer bola, e também conhece Horácio, o silencioso e observador, mas gentil braço direito do príncipe. Não demora muito para que a jovem Ofélia ganhe a atenção de Gertrudes, a mãe de Hamlet, que a toma como uma dama. É na companhia da velha Elnora que Ofélia aprende como se comportar na corte dinamarquesa onde nada é o que parece. Gertrudes, inicialmente, não lhe dá muita atenção e ela se vê sozinha no meio de damas de companhia fúteis e bajuladoras além de receber o desprezo de Cristiana que faz de tudo para diminuí-la.

Todavia, apesar de não ser talentosa no bordado, na humildade ou na bajulação, Ofélia tem uma mente vivaz e conhecimento ao seu favor, podendo ler em Latim e francês com fluência e graças a essa inteligência ela conquista o afeto da rainha que começa a compartilhar com ela longas noites de leituras proibidas, assim, a jovem Ofélia fortalece mais sua mente através dos estudos e da leitura, se tornando não só muito inteligente, mas uma excelente e competente médica naturalista.

Quando o príncipe Hamlet retorna à corte após longo período estudando fora e viajando, ele encontra uma Ofélia bem diferente do que deixou para trás, a jovem menina descabelada e rebelde agora é uma jovem mulher de mente afiada e modos delicados. Ela conquista a atenção do príncipe por sua beleza sem retorques ou subterfúgios, mas, sobretudo, por ter uma mente tão vívida e incisiva quanto a dele próprio, uma jovem capaz de rebater suas críticas duras e posições inflexíveis com bons argumentos e embasamentos firmes. A paixão, dessa forma, é o curso natural de ambos, mesmo Ofélia sabendo que, na posição de príncipe, Hamlet é proibido para ela.

Tudo muda, entretanto, quando o rei Hamlet é assassinado e Cláudio sobre o trono casando-se quase imediatamente com Gertrudes para revolta do príncipe Hamlet. Sem mais impedimentos, ele pede Ofélia em casamento realizando uma cerimônia secreta. Por um momento, a jovem Ofélia acredita que tudo ficará bem, mas os augúrios do mal já se prenunciam na sua noite de núpcias quando o príncipe deixa o leito afoito em busca de alguém. Logo, as marcas da loucura começam a turvar a mente de Hamlet que conta à sua jovem esposa sobre a aparição do espírito de seu pai e a revelação de que foi assassinado pelo irmão, Cláudio, que usurpou seu lugar.

Ofélia se assusta com a condição de seu marido e tenta dissuadi-lo de todas as formas a abandonar a vingança, mas Hamlet está cego pelo ódio e abandona tudo, incluindo ela, em nome de vingar o assassinato do pai. Assim, vendo-se perdida, não resta à Ofélia outra saída senão escolher sua própria vida, ameaçada dentro do palácio e em um lugar onde não pode confiar em ninguém, apenas Horácio se mostra seu alento e chave para a fuga. Escondendo segredos e tendo de deixar para trás seu coração, ela vai precisar renunciar à vida que conheceu já que seu marido está perdido para ela. No triste desfecho da Dinamarca, Ofélia não vai ter outra saída além de reescrever sua própria história.

Quando li Hamlet, influenciada, como já mencionei na resenha da peça, pela ópera de Ambroise Thomas, já tinha em mente ler essa adaptação cuja existência conheci em uma resenha no youtube. Antes de falar sobre meu pequeno problema com esse livro, deixe-me discorrer brevemente sobre meu posicionamento com a personagem Ofélia criada por Shakespeare. Podemos dizer que, tal como Julieta, Ofélia é uma personagem feminina apaixonada ao ponto de ser levada a extremos em nome desse sentimento, contudo, apesar de ter uma presença pontual e importante na trama, ela difere de Julieta em vários pontos, não somente por não ser uma personagem principal, por assim dizer, mas por não partilhar da completa ingenuidade de Julieta em relação à vida. Ofélia era mais madura e infinitamente mais inteligente.

Veja, o que estou dizendo aqui exprime apenas minhas impressões a respeito da personagem de acordo com a peça de Shakespeare. Ofélia é o contraponto de Hamlet, ela surge como uma forma de completá-lo, enquanto Shakespeare criou Hamlet como a razão, Ofélia é o sentimento. Poderia dizer que ela é a humanidade que o ódio e a sede de vingança tiraram dele. Na peça, ele se apaixona por ela e promete coisas que não é capaz de cumprir, mas, cegado pela loucura da vingança, acaba causando feridas profundas em seu coração que findam por levá-la à loucura e ao suicídio. Morrendo Ofélia, morre qualquer resquício de amor e humanidade no coração do príncipe que, entregue ao mal, leva até as últimas consequências sua vingança e, dessa forma, tem seu trágico desfecho.

Para mim, Ofélia tanto na ópera quanto na peça de Shakespeare, é uma personagem étéra e tão fascinante quanto seu personagem título. Embora represente a fragilidade e a doçura femininas, ela também é a representação da força e da piedade filial, do bom senso e da coragem. Foi por essas razões que a personagem recriada por Lisa Klein, em alguns pontos, me decepcionou tanto.

Se concordo em parte quando a autora diz no final que "Ofélia merecia sua vingança", é porque gostaria que a personagem tivesse um desfecho mais favorável na peça original, todavia, observando toda a situação criada pelo dramaturgo inglês, fica claro que a felicidade de Ofélia se tivesse permanecido viva seria impossível. Ela não tinha ninguém para zelar por ela, perdera seus familiares e o amor da sua vida, não tinha mais a proteção da rainha que também morrera e se veria como uma estranha na corte de Fortimbrás, o príncipe da Noruega que tomou posse da Dinamarca.

Todavia, no percurso repensado da personagem, Lisa Klein nos oferece uma Ofélia inicialmente segura de si e inteligente, mas essas características se atenuam — para não dizer desaparecem — no momento que ela se entrega ao amor de Hamlet. Parece que, a partir do momento que se apaixona pelo príncipe, Ofélia se torna uma garota tola cujo mundo gira somente em torno do objeto de sua devoção. Os poucos sinais de lucidez que ela parece ter ao longo do percurso vêm de forma fraca o bastante para considerarmos ela uma grande tola. Além disso, a reconstrução das personagens fez com que o rumo da história apontasse — e não sei ao certo se de forma intencional ou não — a que a personagem tivesse pouca ou nenhuma afinidade com seu par romântico.

Sério, desde o começo do livro você é imediatamente direcionado a torcer que Ofélia fique com Horácio, mesmo nas poucas interações entre eles, fica claro como água que esse personagem é muito mais compatível com ela que Hamlet. E, se isso foi feito de propósito pela autora para justificar o final do livro ou para dar uma saída para o trágico desfecho, funcionou para mim como uma faca de dois gumes. Primeiro, porque o final tornou esse acontecimento um tanto forçado, já que a construção desse caminho foi muito rasa, segundo porque a própria personalidade instável da personagem de Klein quase invalidou esse caminho.

Talvez por ter lido a peça primeiro, essa releitura não funcionou tão bem para mim. Primeiro porque as personalidades e as relações das personagens diferem muito do original — o que é bom, porque torna o material original, e ruim para os saudositas que amam a peça de Shakespeare — a fidelidade com um livro histórico, quando vista como um material desvinculado da peça, torna a leitura interessante e instigante, que foi o que aconteceu com a menina que fez a resenha no youtube, mas a partir do momento que você conhece a peça e toda a sua complexidade, poesia e dualidade, a profundidade de suas personagens e as nuances equilibradas entre as camadas do ser humano, a releitura parece se tornar um romance aguado para adolescentes.

Não quero, claro, dizer que o livro é ruim, de forma alguma. Como um material isolado é uma leitura interessante. Mas senti que as questões principais da peça e o cerne da própria Ofélia foi deixado de lado para construir um romance bem Romeu e Julieta com um final que tenta passar uma imagem de personagem empoderada e à frente do seu tempo, mas que é na verdade algo bem açucaradinho. E, infelizmente, não consegui ler o livro como um material isolado, então as comparações com a peça seguiam cada vez mais intensas e diminuíam um pouco o prazer da leitura em si. Ler Hamlet, para mim, foi arrebatador. Das poucas peças que conheço de Shakespeare, ela é sem dúvida a melhor. Mas Ofélia realmente me deu a sensação daqueles livros históricos de banca, só que com um desenvolvimento um tanto mais bem feito.

É um livro bom, mas não fantástico ao ponto de você querer reler diversas vezes. E, se me trouxe alguma alegria real, foi o excelente material de referência e o final feliz para a personagem, embora não atenue, de nenhuma forma, a tristeza pela morte poética da personagem original pela sua grande desconexão com esta. A meu ver, ambas compartilham apenas o nome. Contudo, indico o livro, para quem procura um bom romance histórico sem muitas pretensões, é uma leitura aprazível.

Para considerações da adaptação, clique no link do blog :)

site: https://myrefuge-katharynny.blogspot.com/2022/05/livro-ofelia-filme.html
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Ivy (De repente, no último livro) 05/08/2019

Resenha do blog "De repente no último livro..."
Eu gostei dessa nova narrativa dada por Lisa Klein. O ponto de vista de Ofélia é algo novo e a personagem no geral conquista o leitor. Ofélia é determinada, inteligente, ambiciosa e cheia de opiniões fortes. Eu gostei que apesar de ter uma personalidade livre e destemida, Ofélia todavia ainda é um personagem adequado para sua época. A autora conseguiu trazer um equilíbrio permitindo que Ofélia seja crível. Além disso, a corte da Dinamarca, com suas intrigas todas, também fica bem ilustrada na obra de Lisa Klein, como leitora me senti bem imersa naquela realidade de Ofélia.

Hamlet, por outro lado, é um personagem que nunca gostei nem na obra original (confesso). Acho ele chato, dramático demais e nunca consegui entender sua obsessão e loucura. Seu melhor amigo, Horácio, aqui nesta obra se torna alguém tão mais leve e carismático que, ao meu ver, em muitos momentos rouba a cena do próprio protagonista masculino.

A narrativa de Klein é elegante, clássica, sem ser rebuscada demais. A maneira como Klein nos conta a história, através de Ofelia, é bem marcante e vívida.

O livro me surpreendeu. Eu leio pouco romance histórico, e Shakespeare e suas histórias nem nunca estiveram na minha meta de leitura, suas histórias simplesmente não me atraem, mas decidi dar uma oportunidade a esta releitura de Klein e me vi surpreendida. É um livro curto, delicado e trágico que a gente lê em nada.

No geral, Ofélia é uma história cheia de emoção e dor, trazendo o ponto de vista de uma heroína clássica que consegue cativar o leitor por ser corajosa, determinada e decidida, em tempos sempre difíceis para as mulheres. O bacana é que além de ter se mantido fiel à obra original, Klein usa de uma narrativa atual, simples e marcante que permite que todos possam enxergar a tragédia shakesperiana de Hamlet com um novo olhar, mais acessível e compreensível. Pra quem pouco conhece de hamlet ou simplesmente, como eu, não conseguiu conectar com a narrativa do clássico original, essa releitura vibrante de Lisa Klein é uma ótima pedida.

site: www.derepentenoultimolivro.com
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brendinha 03/01/2022

Foi o primeiro livro que me trouxe a esse mundo fantástico, faz muito tempo que li então lembro de poucos detalhes.
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Victoria.Salvini 29/06/2020

Ótima releitura
Comprei o livro Ofélia de Lisa Klein com muitas expectativas..e devo admitir que a maioria delas eram expectativas erradas. Talvez isso seja o motivo de uma pequena parcela de decepção ao decorrer da leitura, o que acredito ser total culpa da minha vontade absurda de ler um romance de época, menos formal e com um toque clássico. Na verdade, o livro pode sim se encaixar nesses tópicos, porém quem espera um romance mais água com açúcar e pé no chão, pode se decepcionar com a rapidez com que tudo acontece e a forma mais "fantasiosa" e intensa que os sentimentos são retratados (parecendo até forçado em alguns momentos). Devido à isso, não consegui me conectar com a leitura da forma que imaginei. Alguns personagens ficaram um pouco distantes e mal desenvolvidos.

No entanto, para quem busca exclusivamente uma releitura moderna e mais acessível do clássico Hamlet, acredito que seja uma boa escolha, não deixando também de mencionar a forma incrível com que a autora coloca Ofélia como protagonista. Alinhando a leitura com a sua proposta real e deixando de lado o que eu imaginei ser, considerei uma leitura agradável, de uma escrita fácil, que flui, de fácil compreensão e até instigante em seus momentos finais, por isso as 4 estrelas.
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