Imaginando o Reino

Imaginando o Reino James K. A. Smith




Resenhas - Imaginando o Reino


2 encontrados | exibindo 1 a 2


marcelinho 17/10/2022

Continuando essa série filosófica cristã sobre liturgias culturais e pedagogia cristã.

Enquanto no primeiro volume James Smith expõe seus contornos antropológicos para afirmar que o ser humano é, em essencial, um ser que adora. Ante de ser um ser que raciocina e um ser religioso (ambos reducionistas), um homem é um ser que adora. Levando isso em consideração, ele expõe que, pelas práticas liturgias (quer por bases religiosa ou não), o homem ele demonstra e faz tudo com a finalidade de alcançar o reino desejado, o reino do seu objeto de culto.

Nesse segundo volume, ele continua ampliando esses mesmos argumentos. Porém, agora ele da um foco na história. O quão a história é importantíssima para a formação cultural e litúrgica. O contar história move gerações inteiras. As histórias que nos formaram na infâncias comtinuam eficaz para vários fins práticos/litúrgicos que fazemos.

Claro, tudo esse argumento, no final de cada volume, ele torna complexo e aplica a educação cristã, mais precisa as universidades cristãs.
comentários(0)comente



Adriano 10/08/2020

A importância do corpo e da narrativa
Livro que transita tanto num teor acadêmico quanto teológico/prático.

Três são os grandes temas tratados: corpo, corpo social e narrativa. Partindo do livro anterior da trilogia, "Desejando o reino", mas ampliando muitos temas ali trabalhados, Smith defende a importância do corpo e da narrativa nas práticas cristãs.
Para isso, ele chama para conversa Merleau-Ponty e Bourdieu. A noção de que nossas ações ocorrem baseados em posições pré-teóricas, "sabemos mais do que conseguimos explicar", é muito tributária da ideia de Michael Polanyi de conhecimento tácito, apesar do autor não citá-lo. Veja essa citação: "Há todo tipo de jogador genial que se torna um técnico horrível justamente porque seu senso prático e sua intuição do jogo não se traduzem necessariamente na habilidade de comunicar e ensinar o que sabe. A expressão didática exigida de um técnico é de outra ordem, diferente da intuição que é necessária para jogar." (P. 108).
Também Smith aponta a importância da comunidade na formação do saber social cristão.
Outro ponto que é sensacional na discussão de Smith é a discussão das implicações destes conceitos de corpo e narrativa para a tecnologia.
Por fim, levando em consideração estes aspectos, o autor nos chama a não nos abstermos da vida em comunidade, optando por um distanciamento monástico do mundo. A cidade inteira deve se constituir um monastério.
Enfim, enquanto cristãos, devemos atentar para nossos corpos e sua inserção no mundo; devemos promover uma "paidéia" corporificada, uma educação cinestésica.
Leitura fundamental.
comentários(0)comente



2 encontrados | exibindo 1 a 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR