Luiza Helena (@balaiodebabados) 03/03/2020Originalmente postada em https://www.balaiodebabados.com.br/Quando Em Queda Livre foi lançado, eu fiquei super apaixonada pela capa. Ao ler sinopse, eu esperava uma espécie de suspense, mas o que encontrei foi outra coisa. Inclusive, nunca uma capa foi tão enganadora como essa.
O livro já abre com um prólogo impactante e cheio de cenas fortes. Aos seis anos de idade, Brooklyn Turner viu sua mãe ser morta na sua frente e foi sequestrada por algumas horas pelo assassino. Quatorze anos depois, Brooklyn está na faculdade, vivendo uma vida que não inclui relacionamentos de qualquer forma e nem sentimentos. A única exceção é sua amiga de longa data, Lexi. Isso até que ela conhece Finn Chambers e, bem… sabemos o desenrolar da história.
Apesar do prólogo, o que temos aqui Em Queda Livre é uma história de amor e (de certa forma) superação do luto. Brooklyn foi muito marcada pela perda da mãe e ela vive nesse luto eterno. Apesar de cursar uma faculdade, sair com amigos e tudo mais, ainda paira essa sombra na sua vida. Sendo sincera, eu entendo bem a dor de Bee e o impacto do acontecimento na sua vida, mas não consegui me conectar com ela.
Finn Chambers é o típico mocinho de romance. Gostosão, tem todas as mulheres aos seus pés, mas seus olhos se voltam somente para Brooklyn. Ele se mostra uma pessoa bastante paciente com a moça, mas também foi outro personagem que não consegui me conectar.
Fora o casal, temos também participação de Lexi, amiga de Brooklyn, e foi uma personagem que me despertou um pouco de raiva. Em certos momentos ela beirava um pouco uma amizade tóxica. De início, ela até parece ser um tanto fútil, mas nos momentos necessários, ela está ao lado de Brooklyn.
De resto, vamos acompanhando a dança entre Brooklyn e Finn, até que finalmente ficam juntos. Foi nesse exato momento que eu decidi a nota do livro. Brooklyn descobre algo do passado de Finn e simplesmente SURTA. Conversando também com outra amiga, achamos que sua reação foi bastante exagerada. Entendo ela ficar magoada, mas não ao ponto de fazer dilúvio em tampinha de xarope.
Outro ponto negativo foi um certo mistério que a autora tentou inserir na história. Desde o início eu já sabia quem estava atrás de tudo, o que é bastante óbvio. Os últimos capítulos ela correu com essa resolução, o que fez ficar mal desenvolvido.
Se eu soubesse que Em Queda Livre seria uma história de amor, superação e reencontros, provavelmente minha experiência teria sido bem mais proveitosa. Infelizmente não foi o que aconteceu, mas fica aí a dica e o aviso para quem pretende ler.
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