Os gigantes da montanha

Os gigantes da montanha Pirandello...




Resenhas -


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Maria.Batagin 02/11/2023

Amantes de teatro
Uma obra extremamente famosa de Pirandello não foi finalizada devido a morte do seu autor. A cena final, onde a companhia apresentaria A Fábula do Filho Trocado para os gigantes não foi escrita: o fim foi apenas contado para o seu filho na véspera de sua morte. Sendo assim, o seu final aberto nos permite duas interpretações: a apresentação, de fato, onde os gigantes se curvariam ao grupo, ou uma enorme tragédia, resultado da fúria dos mesmos gigantes.
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Débora Bovetto 12/05/2023

Metateatro
Um metateateo lindo, simples apaixonada pelos desenhos e cores. Sou suspeita de falar sobre a história tento em vista q estou montando com uma das minhas turmas. Mas é linda, fala sobre arte de uma forma tão bonita com personagens tão gostosos de acompanhar. Evoer
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Claudia 06/12/2022

Que edição bonita!
Comprei para ler para minha filha, comecei a ler para ela mas ainda não é o tipo de texto ou se narrativa que a agrade.
Continuei a leitura é achei bem interessante
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Ana 15/12/2019

Os Gigantes da Montanha é uma fábula escrita por Luigi Pirandello na década de 30 e é um marco da dramaturgia do século XX. A peça é encenada pelo Grupo Galpão — que é mineiríssimo, graças a Deus — sob direção de Gabriel Villela desde 2013 e foi trazida para o mundo dos quadrinhos agora em 2019, pelas mãos dos artistas Carlos Avelino e Bruno Costa, com idealização de Inês Peixoto, que também faz parte do Grupo Galpão.

A história narra a chegada de uma companhia de teatro, que está arruinada economicamente, a uma vila onde a magia reina. O lugarzinho misterioso, isolado do resto do mundo, é comandando por um mago, Cotrone, que convence os atores a permanecerem na vila representando apenas para si mesmos. Porém, a Condessa Ilse, esposa do dono do grupo teatral, está tão obcecada por uma montagem chamada A Fábula do Filho Trocado que exige apresentá-la mundo afora. A solução encontrada pelo mago foi "convidar" seus companheiros gigantes da montanha, um povo que não só não valoriza a arte, como a odeia.

Apesar de ser extremamente famosa, a obra de Pirandello não foi finalizada devido a morte do seu autor. A cena final, onde a companhia apresentaria A Fábula do Filho Trocado para os gigantes não foi escrita: o fim foi apenas contado para o seu filho na véspera de sua morte. Sendo assim, o seu final aberto nos permite duas interpretações: a apresentação, de fato, onde os gigantes se curvariam ao grupo, ou uma enorme tragédia, resultado da fúria dos mesmos gigantes.

Os Gigantes da Montanha veio ao mundo com a intenção de firmar uma crítica sobre a desvalorização do teatro nos tempos de hoje, onde tudo é extremamente realista e objetivista. Tendo em vista os diálogos, os textos e ideia proposta pelo autor, que são bem intrincados, não sei consegui chegar, de fato, à essa moral da história. Acredito que o final, escrito de verdade, seria imprescindível para o total entendimento da obra.

Nunca tive a oportunidade de assistir à peça, mas pelas fotos, tenho certeza que Carlos Avelino conseguiu colocar no papel a essência da história, mostrando com riqueza de detalhes as maquiagens e os figurinos. Os diálogos foram condensados por Inês Peixoto, que interpreta a Condessa Ilse na versão teatral.

site: http://www.roendolivros.com.br
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Gramatura Alta 18/09/2019

http://gramaturaalta.com.br/2019/09/18/os-gigantes-da-montanha/
Luigi Pirandello nasceu na cidade de Agrigento, na Sicília, em 1867, e foi um dramaturgo e poeta, cujo trabalho foi de grande importância para a renovação do teatro. Sua primeira peça foi O TORNIQUETE, escrita em 1899 e encenada pela primeira vez em 1910. Em 1934, Pirandello recebeu o Prêmio Nobel da Literatura.

OS GIGANTES DA MONTANHA foi escrita e reescrita ao longo da década de 1930, mas ficou inacabada devido à morte de Pirandello em 1936. Entretanto, antes de falecer, o autor chegou a contar para seu filho como ela terminava. A edição da Nemo, convertida para os quadrinhos, traz esse final devidamente adaptado, sem acréscimo de diálogos, apenas seguindo a descrição original de Pirandello.

Esta edição é baseada na montagem realizada pelo Grupo Balcão, companhia de teatro originária do teatro de rua de Belo Horizonte, que foi fundada em 1982, e que é mundialmente conhecida e respeitada. Idealizada e roteirizada por Inês Peixoto, que atuou na peça, ela condensou os diálogos do espetáculo, criando uma fusão da montagem do Grupo Galpão com o texto de Pirandello.

OS GIGANTES DA MONTANHA é uma fábula surrealista sobre o teatro, onde a companhia da Condessa Ilse, arruinada economicamente, chega a uma vila mágica, povoada por fantasmas e governada pelo Mago Cotrone. Ele avisa a Condessa de que o teatro precisa se reinventar pelos prodígios da poesia e da imaginação, mas ela se recusa a seguir conselho e insiste em prosseguir com suas apresentações pelo mundo afora. Mas o destino é trágico, quando eles chegam até os gigantes, um povo empreendedor, mas brutalizado pela força do pragmatismo.

As ilustrações de Carlos Avelino e Bruno Costa são de uma beleza incrível, com traços compridos, de contornos redondos e cortes bruscos,com a adição de cores fortes, que variam entre o lúgubre e o carnavalesco, mas em perfeita harmonia com os personagens e com a história. As expressões são desenhadas com a teatralidade de uma peça, com aquele exagero comedido, necessário para que a platéia consiga ver o que cada um dos atores representa sentir. Até mesmo os gestos são perfeitamente desenhados, com braços levantados além do normal, mãos na frente, a sensação dos gestos rápidos comuns no teatro.

A leitura da obra de Pirandello, mesmo sendo uma HQ, não é fácil. O texto é repleto de críticas, não apenas à sociedade, mas principalmente à visão que a maioria tem do teatro. Os diálogos são extensos e as atitudes de vários personagens parecem confusas em um primeiro momento, como sem uma lógica precisa, o que exige uma pausa para reflexão e uma posterior releitura para conseguir compreender o verdadeiro significado.

Acrescido, existe todo o tom fantástico e fantasioso, sendo os gigantes a alegoria mais direta, a representação de uma sociedade cada vez mais maniqueísta, mas industrializada, mais moderna, que exige a adaptação do teatro, uma renovação, mesmo que as raízes fiquem para trás. A companhia que não consegue enxergar essa mudança, é destruída.

OS GIGANTES DA MONTANHA é um quadrinho diferenciado, recheado de cultura teatral, rodeado pelo fantástico, com uma história importante sobre o teatro e sobre como é necessário mudar, evoluir, para conseguir prevalecer. A obra demonstra que certas batalhas já nascem perdidas, ou se tornam desnecessárias diante do inevitável. Para os amantes da arte teatral, é uma edição imperdível!

site: http://gramaturaalta.com.br/2019/09/18/os-gigantes-da-montanha/
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Rod 17/09/2019

Arte, pura e simplesmente.
Em algum momento na vida, alguns artistas já devem ter reservado um tempo para pensar que a arte poderia ser uma coisa viva, uma pessoa ou talvez uma entidade fantasmagórica que embala indivíduos mais sensíveis… Pensar nessas coisas parece produto de uma mente febril, mas Os Gigantes da Montanha vai revelar que é tudo verdade. A arte, meus caros, é viva.

Já na premissa introdutória da HQ, o livro avisa ao leitor que a peça possui muitas interpretações, e talvez por isso seja tão rica, mas fica um tanto evidente o sincretismo entre os atores e os personagens, a arte e a magia, o palco e a imaginação. O enredo é como um grande simulacro fantástico da concepção final de uma obra cênica: o invisível que é visto.

Continue lendo a resenha no site do Cabana do Leitor.

site: https://cabanadoleitor.com.br/resenha-os-gigantes-da-montanha/
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