Mutações

Mutações Adauto Novaes




Resenhas - Mutações


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Daniel Moraes (Irmãos Livreiros) 09/10/2019

Mutações: dissonâncias do progresso
As Edições Sesc têm como compromisso com seu público leitor, publicar anualmente um livro que irá compor a série Mutações. Neste ano de 2019, lançou o décimo primeiro livro da série de ensaios organizados por Adaulto Novaes.

A obra literária traz em seu contexto, discussões, mudanças e crises sociais advindas das novas configurações da sociedade contemporânea e seus reflexos. Na reunião de ensaios abordados, o avanço da tecnologia e sua degradação social ou psicológica em diversas formas de acompanhar a evolução, bem como a economia do passado ante o progresso e em vários casos, o retrocesso torna referência para especialistas que trazem em seus ensaios, apontando caminhos e atalhos mediante o fato, para reflexão.

Vale destacar dentre diversos temas abordados nesse copilado, ao avança substancial da tecnologia e os meios de comunicação que nos rodeia. Mais precisamente, os celulares que por sua vez reúne todos e tudo ao nosso redor, ao nosso alcance, todavia dispersa-nos sobre a multidão que continua seguindo no mesmo caminho: o individualismo. É como se o progresso chegasse até nós, e nossa condição humana acelerasse o passo para tentar acompanhar a evolução do progresso a tal ponto de começar a correr para alcançar o progresso que caminha rapidamente – já – a nossa frente. Todavia, todos nós pensamos assim, da mesma maneira e todos seguem no mesmo pensamento, atropelando que para em nosso caminho, sem ao menos olhar para trás. E assim caminha a humanidade: atrasada, tentando acompanhar o progresso que já passou e nos deixou a deriva.

Em uma frase que faço questão de destacar, Adauto Novaes contextualiza:

“A tecnociência fez o que nenhuma predicação ou discurso ideológico conseguiu fazer: o celular reúne todos em torno de um só objeto; ao mesmo tempo, porém, dissolve-se na solidão individual, denotando um verdadeiro “egoísmo organizado”.

Não obstante a isso que vivemos avassaladoramente, as grandes cidades que vivem nesse frenesi constante em continuo progresso, se remodelou para receber as mutações impostas pelas mudanças econômicas e a remodelagem da sociedade. Entrepondo à essas dissonâncias, nos leva a acreditar que a liberdade de expressar democraticamente, dá liberdade ao indivíduo a tal ponto de conquistar seu lugar na sombra, saindo das regiões desprovidas de recursos, migrando para os centros cosmopolitos, alterando o modelo de sociedade: de padrão superior e refinado; intocável, para um modelo multifacetado e heterogêneo em seus padrões.

“Depois da Segunda Guerra Mundial, em boa parte das grandes cidades no mundo, desfez-se a clássica contraposição dual entre um centro urbano organizado e uma periférica entrópica. Ou seja, em muitos casos o que se vê é justamente uma situação em que os centros históricos se degradam à medida que os subúrbios se tornam afluentes, abrigando as classes médias e as elites que lá se refugiam em busca de maior tranquilidade e segurança.”

Em suma, os ensaios que compõe “Mutações: dissonâncias do progresso” tem como intuito, questionar, refletir e discutir o porquê do progresso nos campos governamentais e o existencialismo do progresso e o retrocesso na sociedade que busca a constante liberdade democrática e como exaurir da corrosão da era pós-verdade, principalmente na governança atual no Brasil. Vale a reflexão.

Resenha completa no Irmãos Livreiros.
Clique no link a seguir e confira:

site: http://bit.ly/2m1xu6f
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