spoiler visualizarMarcos 06/07/2021
Um marido que perdeu o amor da esposa e do filho
Não estava conseguindo postar o histórico de leitura devido há um erro, então farei minhas colocações nessa resenha. Foi uma obra enfadonha para mim, diferente de Otelo que foi enganado, Bentinho acreditou na própria enganação. Era um filho que não faria as vontades da mãe (e até aí não lhe julgo, poucos são os filhos que fazem as vontades de suas mães e estou incluso nisso mas para quem amava sua mãe o que dizia que amava, sua solução para escapar do desejo desta foi de adotar um outro para fazer as vontades dela), um marido ciumento (tinha ciúmes até da própria sombra e sabia que estava errado em seus ciúmes, tanto que citou Otelo e Desdemona), um péssimo pai (abandonou o filho e a esposa porque via o melhor amigo morto no filho, sendo que o filho morreu de febre tifóide e, como pai desnaturado que era, deu graça), um amigo que ninguém deveria ter (não só colocou nas costas do amigo já morto uma traição constatada pelos olhos que não via, pela voz que não mais ouvia e pelo rosto que não mais vislumbrava, como ainda colocou na responsabilidade deste a própria honra perdida). Bentinho foi um péssimo filho, um péssimo esposo, um péssimo pai e um péssimo amigo e esses são os fatos. A narração partir de um narrador em primeira pessoa só demonstra como um desnaturado pode deixar qualquer pessoa em dúvida sobre seus pecados e crimes se somente este narrar uma versão da história.