Resenhas - Reformatório Nickel

giczytk 24/03/2024

"O Reformatório Nickel" conta a história de Elwood, um menino negro nos Estados Unidos na época das leis Jim Crow. Elwood foi criado pela avó, era um bom neto, aluno e funcionário.
Até ser preso injustamente. Por ser menor de idade vai para o reformatório. Um reformatório desumano com os "alunos", principalmente os negros.
Nessa narrativa acompanhamos a trajetória de Elwood para sair do reformatório e os maus tratos feitos pelos funcionários do local.

O autor descreve todos os acontecimentos de forma muito crua, com poucas metáforas e sentimentalismo, o que torna a história mais emocionante e devastadora.
É impossível não se apegar aos personagens e torcer para a sua liberdade e futuro.

Além disso, a história é baseada em um reformatório real, nos agradecimentos temos as referências de pesquisas do autor.

Me apeguei muito ao Elwood e seus amigos, todos são meninos adoráveis com vidas difíceis. Chorei muito com esse livro, e mesmo depois de dias de ter terminado a história ainda me pego querendo chorar ao lembrar dela.

Fernando.Hasil 24/03/2024

Dolorido
As dores de uma convivência de jovens desamparados num reformatório, sofrendo abusos e mal cuidados.

Juliana 06/03/2024

Avassalador
Que história bem escrita. Que história difícil de ler, difícil de absorver, porque faz doer.
O plot twist mais inesperado que vi em anos de leitura.
Mas é muito dolorido ver o que o ser humano é capaz de fazer quando ele tem vantagem e poder sobre outros e quando os subjuga menores. Triste parte da história americana. E terrível pensar que isso ainda se repete, mas de outras formas. Elwood, o personagem que jamais esquecerei.
Ao final do livro há várias indicações para que os leitores tenham acesso aos relatos dos meninos que realmente sobreviveram às atrocidades.
A escrita de Whitehead é brilhante. Mas preparem o coração. É doloroso.

Fabi 03/03/2024

Reformatório que é um show de horror: corrupção, tortura, maus tratos, politicagem, racismo.

Baseado em fatos reais e a gente bem sabe que isto aconteceu não só nos EUA.

Prepare o estômago, porque é pedrada.

Julio503 27/02/2024

Na Sombra do Nickel
"Até na morte os meninos eram um problema". Essa é uma das frases mais fortes que o livro tem, e ela vem logo no começo, como um soco na cara. "Quais meninos? O que eles fizeram? Para quem eles eram um problema?"; essas são akgumas das perguntas que correm a mente nas primeiras páginas e que, durante o livro, vamos descobrindo a base de dolorosas doses de realismo, um realismo seco e cruel, que não poupa a sua consciência.

Com tudo isso, algo me chama mais a atenção: por mais que tenhamos um protagonista na figura de Elwood Curtis, em momento algum ficamos presos a ele. Assim que o mesmo entra no reformatório e conhecemos um pouco mais desse ambiente tortuoso, com seus arrasados internos, vemos que os garotos do Nickel (que, segundo eles mesmos, assim eram chamados pois "não valiam nem um níquel") são parte de um corpo que protagoniza a violenta história da luta racial norte americana. Podemos até ter um nome que sobressai de maior forma, mas todos os garotos (negros, brancos ou latinos), são nosso Elwood, são o fruto do Nickel, são os lutadores num ringue onde, aparentemente, apenas tem o direito de apanhar.

O livro não é perfeito, de fato. Existem falhas quanto a ambientação (poderiam ter mais relatos de como a violência afetava os garotos e suas relações interpessoais), e também em relação ao seu final (toda a parte três está mergulhada num cinismo atípico em relação ao resto do livro, cinismo esse que é natural para um personagem específico, mas não para o nosso Elwood. Tal fato chega a atrapalhar por alguns momentos). Porém, tudo se resolve no epílogo, onde temos o refrigério de uma alma tortuosa (e torturada, assim como o seu corpo) na forma da verdade do Nickel que vem a tona.

Um ótimo livro!

Patricia 22/11/2023

Conhecendo o autor e já tendo lido a sinopse, eu sabia que a leitura do livro não seria fácil. Por isso mesmo acabei enrolando para ler, esperando por um momento apropriado. Pois bem, finalmente li. E como esperava, estou extremamente deprimida e furiosa ao terminar. O livro é maravilhoso, um soco na boca do estômago. Tenho certeza que a minha raiva não vai passar tão cedo, pq não só o reformatório do livro é baseado em um real, como porque facilmente podemos dizer que tudo que se passa no livro em algum momento se passou com alguém no mundo real. E ainda mais, que coisas ainda piores aconteceram com pessoais reais. E que ainda hoje existem "pessoas" racistas.
Sobre os personagens, embora fictícios, eles são extremamente reais, assim como suas histórias, como já mencionei.O final do livro foi bem surpreendente, pois não esperava algo desse tipo. A escrita do autor é maravilhosa, esse homem escreve divinamente, ele consegue te enredar na história de uma forma absurda. Um livro curto, porém necessário.

Jeferson.Alcantara 20/10/2023

Forte!
"O Reformatório Nickel", escrito por Colson Whitehead, é um romance que aborda a história de dois jovens, Elwood Curtis e Turner, que são enviados ao Reformatório Nickel, uma instituição corrupta e brutal para jovens infratores. O livro explora temas de injustiça racial, abuso de poder e o impacto de longo prazo de traumas infantis. A narrativa segue as experiências desses personagens enquanto lutam por justiça e liberdade em um ambiente opressivo. "O Reformatório Nickel" é uma obra que lança luz sobre questões sociais profundas e tem um impacto duradouro na perspectiva do leitor sobre o sistema de justiça juvenil.

Izabelle 04/10/2023

Chorei
Muito triste pelo amor de Deus. O livro inteiro vc fica tenso já esperando a próxima desgraça. E saber q foi baseado em fatos reais é mais horrível ainda (mas o livro vale mt a pena!!!!)

Luana 28/09/2023

Narrador sabe de tudo, mas não sabe contar
O problema desse livro, para mim, está no narrador. A história é incrível, mas o narrador se perde. Pula de um lado para o outro, não se aprofunda em quase nada. Então é como se ele não soubesse contar o que vê. Talvez seja alguma falha na tradução tbm, não sei. Mas acho que poderia ser muito melhor.

Cass 02/09/2023

Devastada
Essa é a palavra que melhor descreve como estou me sentindo agora.
Mesmo o livro possuindo uma escrita fluida foi difícil de terminar ele, principalmente por todos os momentos em que fiquei mal com as coisas que iam acontecendo.
O final foi totalmente inesperado para mim, incrível como um plot até que "comum" possa ter me pego tão desprevenida.
Um livro sensacional.

MaurAcio.Garrido 19/07/2023

Tristeza...
Uma história que me prendeu e que me deixou com o coração na mão em diversos momentos.

Me deu muita raiva em vários...

Pra mim foi o tipo de livro que dá mta raiva da capacidade humana...

Mari 17/07/2023

Maravilhoso
Não vejo a hora de ler outros livros do autor.
Um dos melhores livros que li esse ano, sem nenhuma dúvida

Rodrigo1001 16/07/2023

Título: O Reformatório Nickel
Título original: The Nickel Boys
Autor: Colson Whitehead
Editora: Harper Collins
Número de páginas: 240

A longa série de horrores ocorridos na Escola de Garotos Arthur G. Dozier não era segredo. Ex-alunos deste reformatório da Flórida falaram durante anos sobre os espancamentos brutais que sofreram nas mãos de funcionários sádicos. Foi só em 2012, porém, quando antropólogos da Universidade do Sul da Flórida começaram a descobrir sepulturas sem identificação no campus, que o mundo começou a se importar. Muitos deram o alarme por anos, mas seus testemunhos foram sistematicamente ignorados.

Inspirado pelas revelações sobre a Escola Dozier, "O Reformatório Nickel?” é ambientado no início dos anos 60 e segue Elwood Curtis, um jovem cujos sonhos de ir para a faculdade são frustrados quando ele é condenado a cumprir pena na escola.

Gente, o livro todo é um grito.

Tal como The Underground Railroad - o livro que me apresentou ao autor e que resenhei com a mesma energia que resenho este - O Reformatório Nickel aborda um assunto mais recente do que a escravidão, mas igualmente doloroso. Baseado em uma história real, é um relato assombroso de jovens vidas cruelmente interrompidas.

Veja bem, é um romance de ficção, mas é baseado em uma escola real e é tão bem contado que muitos vão esquecer que é uma obra de ficção.

Dividido em três partes, Colson Whitehead tece uma história contada em primeira pessoa, em tom íntimo, envolvente e muito bem escrita. Com dois eixos temporais, à medida que a narrativa vai e volta no tempo, ela nos dá um vislumbre do futuro, nos enchendo de uma esperança que nunca, nunca chega...

Com isso quero dizer que este não é, de forma alguma, um livro leve. É, antes de tudo, um abrir de olhos para alguns de nós que tiveram a imensa sorte de não serem expostos as atrocidades de uma época de segregação. É um grito que foi ignorado... é um grito que jamais deveria ter sido ignorado.

Enfim, embora eu tenha consciência de que essa resenha será prejudicada pela brevidade e superficialidade da minha crítica, qualquer informação adicional poderia diminuir a sua experiência de leitura. E eu realmente quero que esse livro te leve pro mesmo lugar que me levou.

Assim, paro por aqui e te deixo com um conselho: prepare o coração e meta o pé. A viagem será turbulenta, melancólica e difícil de encarar, mas te entregará toda a magia de um livro premiado pelo Pulitzer, merecidamente.

Leva 5 de 5 estrelas.

kunstsara 25/06/2023

Já fazia um tempo que queria ler esse livro e caramba, que livro. Na história, que é baseada em acontecimentos reais, Colson retrata a vivência de dois garotos que acabam em um reformatório de uma Flórida segregacionista.

Nem tenho muito o que falar, mesmo. Ainda tô tentando digerir - acho que nunca vou - mas o livro é realmente excelente. Me deixou pensando muito no quão próximo é da nossa realidade nos centros socioeducativos, na máquina imparável que é a violência. Senti raiva e tristeza durante cada página. Uma leitura que não tem como não recomendar.

Babi Nole 19/06/2023

O livro é muito bem escrito, bastante fluido apesar do conteúdo pesado, mas a escrita do autor é leve e bastante fluida. A obra traz diversos questionamentos e reflexões acerca do racismo e a que ponto ele pode chegar. A única coisa que não gostei foram as mudanças de tempo na narrativa da parte 2, ficou um pouco confuso de acompanhar, fora isso, eu amei e recomendo muito