Resenhas - Duplo eu

DAN LIMA 04/11/2020

Uma história comovente, emocionante e verídica. Deixou-me profundamente mergulhado na HQ. Impossível para de ler. Terminei numa tacada só.
É uma autobiografia. A protagonista estava passando por transtornos alimentares, que mexeu de uma forma visceral a sua vida. Abalando seu estado emocional, psicológico e pessoal.
Uma fase muito difícil para a personagem principal. Realmente impactante.
Só quem vive na pele essa dificuldade sabe o que é chegar na última etapa do peso: a obesidade mórbida.
A temática traz uma mensagem nas entrelinhas para todos que têm dificuldades de emagrecer: você, somente você é responsável por suas escolhas. É possível mudar, basta querer mudar de fato e fazer acontecer.
Recomendo a aquisição. ;-)

Cinara... 05/08/2021

"A vida não é uma trilha. É uma floresta densa que às vezes dá medo enquanto atravessamos.
Passamos por todo tipo de gente: assustadoras, acolhedores, amigáveis temorosas.
Vamos tateando com nossas forças nossas fraquezas, nossos demônios e nossos instintos.
Eu tenho uma clareira. Um lugar onde não sou gorda.
Um terreno onde o instinto animal me afasta das minhas preocupações morfológicas.
É maravilhoso fugir."


HQ autobiográfica onde a autora conta sua história com a obesidade.
Amei! Uma sensibilidade tremenda!

eveaguiar 28/02/2024

Uma leitura leve e fluída.
Uma autobiografia sobre uma mulher com obesidade, como ela se sente em relação a ela mesma e a sociedade. E o processo de aceitação de seu corpo.

Natham 18/06/2021

Uma HQ super importante...
Aqui nós temos uma protagonista super descontraída e apaixonante, temos um retrato bem desenhado sobre como nossa sociedade nos impõe padrões e como isso nos afeta psicologicamente, neste caso, a gordofobia está em pauta. Mas não só isso,temos também um retrato de uma certa normatização do "se vc se amar tá tudo certo". Até quando nos devemos nos amar como somos? Até quando nosso corpo está nos afetando na saúde? São questões respondidas aqui.

sadbroccolitree 09/06/2022

Um soco na cara
Um quadrinho espetacular e bem direto ao ponto. Para quem lida com questões de peso a vida toda (como a autora e eu também), tem momentos que a história de bate e momentos que acolhe hahaha. Chorei, ri e me enxerguei.

Ica 21/06/2020

Lindo e real
Que livro maravilhoso! Uma história simplesmente real, motivadora e de uma sensibilidade única.

mirella galdino 29/03/2020

A protagonista da HQ “Duplo Eu”, lançado no Brasil pela editora Nemo, sofre de um transtorno alimentar que a levou à obesidade mórbida.

Mesmo que não se sentisse doente, algo estava errado, pois ela tinha 1,54m e pesava 127kg. A personagem acreditava que havia um outro eu dentro de si mesma. Um duplo que a levava a comer compulsivamente.

“Duplo Eu” é uma HQ autobiográfica que parte da história de Navie, com arte incrível de Audrey Laine, para expor a saga de uma mulher que decide lutar contra a obesidade e a gordofobia. Naive é corajosa ao expor sua história. E não mede palavras ou esforços para atingir seu objetivo.

Evelyn Soares 26/01/2022

HQ maravilhosa sobre auto-imagem. A forma como a HQ aborda diversas questões referentes aos “padrões” impostos pela sociedade e como essa “padronização” é capaz de influenciar negativamente as nossas relações tanto com outras pessoas como conosco é maravilhosa.
O fato de ser uma HQ autobiográfica, faz com que tudo seja apresentado com um sentimentalismo muito real e torna as reflexões mais palpáveis. Também gostei bastante do estilo de ilustração.

@jaliagoraesuavez 03/09/2020

ME EMOCIONEI
Essa HQ conta a história da Navie, uma história real.
“Navie estava doente. Tinha obesidade mórbida e sofria todos os dias com um sorriso no rosto. Aceitar-se é sempre difícil, mas para Navie amar a si mesma era como amar um reflexo de seu sofrimento. Ela tinha um duplo, carregava o peso de uma segunda pessoa de quem ela tentou fugir, tentou amar e finalmente matar. Mas como você se mata sem morrer? Este é um testemunho raro e forte de uma luta que por vezes travamos com nós mesmos.”
Ler essa HQ foi real e cruel, pois eu me enxerguei a cada página, cada ilustração, cada frase escrita.
Eu já tive medo do olhar dos outros, eu como para me sentir melhor, já me calei quando quis gritar, já me enganei fingindo que estava tudo bem, já me olhei no espelho e desprezei o que vi e, infelizmente, isso as vezes ainda acontece. E eu sei que me saboto e que sou a única responsável pelos meus atos e escolhas.
Brigo com o meu peso desde que me entendo por gente, são batalhas diárias, por um tempo eu ganho, mas logo depois volto a perder.
A maturidade está me ajudando, estou me aceitando mais e entendendo as escolhas, mas ainda não é fácil.
Como disse a autora: “Não minto mais, só mudo de opinião. Me preocupo menos em manter as aparências. As montanhas-russas de emoções são cada vez menos vertiginosas... não luto mais contra mim mesma, luto por mim. Foi depois que entendi isso que fiquei melhor. Que fiquei bem.”
Não é fácil... é um processo diário. Tenho dias ótimos e outros nem tão bons. Esse livro me ajudou a perceber que não sou a única e não estou sozinha.
Excesso de peso envolve todo mundo, seja no corpo ou no coração.


site: @jaliagoraesuavez no Instagram

Mônica 29/03/2024

Muito identificável
A HQ mostra a história de Navie com os lindos traços de Audrey. Conta um período em que percebeu que o seu peso, classificado como obesidade mórbida, era um outro ser que morava junto dela. Era um ser com vontades próprias, que a induzia a ser sedentária e comer por impulso. E esse ser que ela carregava era armadura do mundo, mas também a atacava. Até que Navie decidiu correr atrás e mudar aquilo que a incomodava, encontrando outros problemas no caminho.

Impossível não se identificar com o livro se já teve que fazer dieta, se as pessoas te julgam pelo seu peso, ou simplesmente porque a autoestima não está das melhores. Em vários momentos eu lembrei que já tinha sentido as mesmas coisas que a personagem, me sentido a pior pessoa do mundo. E fica claro no livro, assim como depois percebemos na vida real, que muitas das coisas estão só nas nossas mentes.

Não chega a ser um tapa na cara, mas verdades são ditas. E isso é bom, pois abre nossos olhos para as coisas boas que somos, enquanto também somos gordas.

Fora que a ilustração é linda.

@somaisumparagrafo 09/02/2021

@somaisumparagrafo
Com 1,54 m e pesando 127 kg, Navie percebeu que estava doente e que emagrecer já não era somente uma questão de pressão social ou autoimagem, mas de saúde. Se enquadrando na obesidade mórbida, sentia que carregava nas costas o peso de uma segunda pessoa e que para sobreviver, precisava eliminar o seu ?eu duplo?. Mas ledo engano pensar que o emagrecimento seria a solução para todos os seus problemas.

???

?Decidi que meu problema principal era meu peso. Que todas as minhas inquietudes e angústias morreriam se eu perdesse peso. Fui de uma ingenuidade absurda. O peso era a árvore que escondia a floresta. E ao derrubá-la descobri problemas muito mais graves.?

Essa graphic vai muito além de uma história sobre obesidade e aceitação do corpo. Ela é uma confissão. Com um roteiro autobiográfico, acompanhamos a jornada de uma mulher que trava batalhas diárias contra si mesma e sua imagem corporal. Esse é o tipo de leitura que causa impacto, há muitas reflexões e representatividade a cada virar de páginas, com uma arte que foi feita para chocar e sensibilizar o leitor, onde trama e visual se complementam e se conectam.

Como não se sentir tocada por uma história que representa tantas mulheres mundo afora (e eu me incluo nisso). Foi extremamente doloroso acompanhar a trajetória de Navie rumo a aceitação. Uma mulher que durante o dia veste um personagem de fachada com um falso sorriso no rosto, mas que por dentro vem sendo consumida por suas frustrações e suas mentiras.

?Meu duplo, meu traficante. Mas quem é o culpado, o traficante ou o viciado??

Se você já olhou para um espelho e não gostou do que viu, se já passou o dia contando calorias dos alimentos ingeridos e tem a sensação de que engorda só de respirar... esse livro é para você. Fala sobre autoimagem, pressão social, distúrbio alimentar, depressão, assim como os medos e as angústias de uma pessoa que não se enquadra nos padrões impostos por essa cruel ditadura da beleza.

cass.luce 29/09/2022

Maravilhoso
Esse foi o meu primeiro contato com HQs. Lembro de ter pego ele por acaso na livraria, ter olhado a capa e ter me identificado apenas de ver o desenho. Agora ao terminar de lê-lo, o que levou cerca de 30min, tenho certeza que foi o destino mandando essa história pra mim.
Que incrível, simples e de rápido entendimento, mas bem profundo. Posso falar com tranquilidade que tocou a minha alma e me fez derrubar lágrimas. Acho fielmente que todos deveriam ler está HQ.

Camila.Gama 03/08/2023

Duas de mim
Navie tem obesidade mórbida, e no processo de aceitação ou de matar o eu que a faz comer e se satisfazer através da comida, ela descobre diversas camadas que precisam ser notadas; Questões que foram enterradas dentro de si. Esse quadrinho mexeu muito comigo, me trouxe vários gatilhos e em alguns momentos me identifiquei. Aborda a obsessão por comer como um escape para todos os problemas que a gente enfrenta na vida, mas qualquer um que possua algum vício, entenderá o que Navie passou.

Rafa 18/10/2022

Que livro honesto. Foi isso que eu senti. De maneira bem simbólica se tornou uma leitura importante. Já queria esse livro há um tempo e me faltava coragem pela relação familiar com a obesidade mórbida. Hoje quando li senti que entendi de um mundo que eu não hábito mas que pessoas que amo sim. Apesar de ser um relato doloroso da convivência com um duplo, também é linda a honestidade e a generosidade da autora ao compartilhar essa história.

Kiara | @livrosdakiara 03/04/2022

Muito bom
Acho que precisava ler isso. Me fez pensar muito sobre a batalha que travamos com nós mesmos!! Me fez pensar em empatia com o próximo e conosco! E que as vezes essa batalha pode durar muito tempo, um dia de cada vez! Amei, vale a pena a leitura. Amei os traços, a arte!