O subterrâneos da Liberdade

O subterrâneos da Liberdade Jorge Amado




Resenhas - Subterraneos da Liberdade (Vol.2)


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isababy 14/05/2024

Dor, lições, dor
Minha parte preferida deste volume foi quando gonçalo sem nenhum suporte percebeu que estava lidando com um traidor. Até o dia de hoje a razão da classe trabalhadora é anulada pela linguagem academica, muito dentro dos proprios meios marxistas e de esquerda, que dificultam a entrada de novos simpatizantes e confudem a cabeça daqueles com pouco estudo mas muita organização, que por si só são muito mais marxistas do que aqueles do tipo de Saquila e Heitor, que contaminam o partido com suas ideias trotskistas através de uma comunição inacessivel a realidade brasileira. O comunismo não está nas diversas analises intelectuais literarias, e sim no coração da classe trablhadora revolucionaria.
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Eliane406 01/01/2024

A verdade é necessária
?Um romance histórico que fala de opostos, que fala da dor e fala do amor que reside na simplicidade, de como seres humanos no geral, temos direitos de ser e ter em igualdade, em oportunidade. E além de tudo é um retrato fiel do referido período histórico do nosso país, os principais personagens também são reais. No sentido essencial, o livro é a expressão literária estruturante de uma cultura política revolucionária de esquerda. A mais didática, clara, popular, e a mais completa produzida sob nossos céus tropicais.
A canção do poeta Cazuza dizia "Eu vejo o futuro repetir o pasado, eu vejo o museu de grandes novidades", essa analogia em comparar o nosso país com um museu, mas, de fatos que sempre se repetem e nunca evoluem.
?O livro 3 é o mais difícil de ler pois contêm páginas e páginas de descrição das torturas contra os operários e tudo se repetiu na Ditadura de 60, e até hoje nenhuma Comissão da Verdade foi instaurada no Brasil.

?Livro 1. Se inicia em outubro de 1937 pouco antes da implantação do Estado Novo.A aliança Getúlio Vargas com a Ação Integralista, Forças Armada e outros setores conservadores. No outro a solidariedade e os ideais de justiça e respeito que imperavam entre trabalhadores e militantes do Partido Comunista.

?Livro 2. Acontecimentos de 1930 a 1940, como greves, manifestações contra o Estado Novo, a exploração dos camponeses nas fazendas e extração do manganês, produto estratégico para a nacionalização das indústrias. A região das jazidas, no romance, chama-se vale do rio Salgado alusão à empresa Vale do Rio Doce, criada por Getúlio Vargas em 1942.

?Livro 3.Segunda Guerra é o pano de fundo (1939-1945), são feitas menções à "política agressiva" de Hitler, chamado por um personagem de "fera sanguinolenta", o envio de militantes comunistas para lutar contra Franco na Espanha; a "política de boa vizinhança" de Roosevelt, que pregava a não intervenção militar, o medo de Getúlio Vargas se unindo a Hitler através do Ministério da Guerra, as torturas aos presos políticos, o julgamento de Prestes.
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Eduarda 17/09/2023

"Ninguém pode impedir o dia de amanhã..."
Uma ótima continuação. Gostei muito do desenvolvimento dos personagens (especialmente de Manuela) e foram muito interessantes os modos como seus caminhos se atravessavam. Uma ótima leitura que evoca reflexões sobre questões políticas do Brasil que claramente permanecem muito atuais. Assim, espero um ótimo fechamento da trilogia no próximo livro.
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Rodrigo 20/07/2023

Entendendo a política nacional
Impressionante como o autor nos apresenta fatos históricos que permearam o Brasil e o mundo com narrativas de luta, aventuras e romances.
Já quero iniciar o terceiro volume dessa trilogia.
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Aline.Armond 13/06/2023

Continuação incrível
Ainda melhor que o primeiro, esse segundo livro da trilogia traz mais sensibilidade às lutas dos personagens. Gostei muito, já considero uma série favorita mesmo ainda não tendo lido o último.
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Pedro3906 20/05/2023

Começo promissor, porém...
Agonia da Noite é o segundo volume da trilogia "Os Subterrâneos da Liberdade", continuação de Os ásperos tempos, livro ao qual li e favoritei, justamente por agraciado daquele momento de minha vida gozar de puro esplendor lendo-o, não só por seus causos fortemente desenvolvidos, também de espírito revolucionário gostoso, as penitências revoltosas e os assuntos e problemáticas sociais que, mesmo depois de dois golpes militares, instabilidade política e ascensão do neoliberalismo, ainda nos assombram, e a assombração é perceber o quanto somos retrógrados, degenerados de nossos direitos e capacidade de viver.

E daí veio a continuação, com esse título deveras forte e promissor. Mas... O livro inicia muito bem, Doroteu e Inácia são personagens ferozes e simbólicos, em seu folclore da baixada santista e seu amor. A escolha de tornar a greve o ponto chave da primeira parte é compreensível, destrinchando um mecanismo de luta da época, e afogado em vitórias e tragédias. Não creio, porém, que a greve tenha sido calorosa a mim como foi o início estranho e novo de OAT, inclusive os protagonistas antigos se perderam nessa confusão toda, mesmo com nomes bons surgindo, alguns inutilizados.

E aí entra a minha crítica principal a esse volume: o pedantismo. Durante vários capítulos e inúmeras linhas, Jorge Amado descreve a fervorosa dedicação dos homens pela luta, o quanto amam e batalham pelo futuro, para livrarem-se do imperialismo, dá gosto a seus feitos, humaniza-os, tudo daria certo não fosse a imensa chatice. O sabor gostoso torna-se insosso, já sei que Apolinário é um grande combatente, já sei que Gonçalo luta por justiça, já sei que o partido move céus e terras, repetir tantas e tantas vezes desse amor, sem entregar enredo, sem as tramóias e impasses que o Jorge desenvolve tão bem, serviu para que minha magia por esse livro se perdesse, a leitura ficasse arrastada e, igual a outros momentos de minha vida, esfriasse a chama que aquece meu corpo na luta por um mundo melhor. Essa mea culpa, que faço aqui para não ser tão duro ao livro e reconhecer meu percentual egoísta, reflete dias atuais, desconheço a situação que estarei daqui dias e semanas.

Por fim, elogio o desenvolvimento de Manuela, talvez o maior charme e surpresa máxima de Agonia da Noite, que foi alçada brilhantemente, de seus sentimentos e descrições saía algum sangue, alguma carne viva, e animo-me para ver no que sua aliança com Mariana possa resultar.

Desejo que A luz no túnel não seja tão doloroso para ler, e que até lá recupere um pouco do espírito popular em detrimento do marxista de porta de livraria.
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Murilo Martins 14/10/2022

Continução da trilogia de Jorge ( parte 2)
Segue uma das fases sombria do Brasil, destacando personagens mulheres fortes e conseguindo expor as diferenças de classes nas principais capitais do Brasil da época. Um livro político e partidário, face que o escritor nunca escondeu, uma forma de ver bem contada um dos lados da história.
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Rodolfo Vilar 14/08/2022

Continuando a trilogia "Os subterrâneos da liberdade", no segundo volume intitulado "Agonia da noite", Jorge Amado se embrenha num enredo repleto de dualidades para tratar as perspectivas do Brasil nas décadas de 30 e 40, assolado pelo início da Ditadura Militar e as contantes medidas cruéis do Governo Vargas. Numa primeira camada, essa mais sublime e bonita, conhecemos o drama da jovem Manuela, mulher singela e simples que pelas amarrações do destino se tornou dançarina num papel de cobrir a realidade da atualidade e sofre as consequências da paixão pelo jovem Paulo, um rapaz sórdido e horrendo que tenta ganhar a vida casando com a filha de uma família rica para dar o golpe do baú, além dos vários arranjos que mostram que a pobre Manuela não pertence ao mundo de Paulo e a toda encenação que a meteram. Além disso, Jorge Amado consegue muito bem criar as observações da classe média alta no Brasil, que vivem num nível intocável pela verdade que corrói a liberdade do momento e que fazem com que eles não enxerguem o verdadeiro Brasil dos panos de fundo da política nacional monstruosa, onde vivem de festas, comes e bebes e não querem abrir a cortina para a realidade triste e fugaz. Do outro lado vemos a movimentação do partido Comunista, a luta dos operários, da classe trabalhadora e daqueles que vivem as margens da pobreza na luta diária pela liberdade, pelo pão, pelo simples trabalho que a cada dia mais os afronta que os ajuda a serem humanos e terem o básico. Vemos dentro do próprio partido as sucessivas quedas de traidores e a movimentação para manter o partido unido e forte contra aqueles que o querem derrubar nas armadilhas da própria traição. Cada vez mais vemos um Brasil sombrio, que caminha para a extrema tortura, para a vandalização dos sonhos e a ruptura daqueles que acreditam num país igual para todos. Será que estamos tão distantes da nossa atual realidade? A próxima leitura já está engatada e já já finalizaremos umas das melhores trilogias a tratar sobre esse período tão sombrio de nosso país.
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Danilo Barbosa 13/07/2022

Bom
No segundo volume da série a história continua super interessante, mas dessa vez um pouco mais triste. De toda forma a escrita do Jorge Amado prende o leitor e faz a gente criar conexões com os personagens. Não vejo a hora de terminar a trilogia
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Cat 30/04/2022

"Eles não sabem que são miseráveis. A consciência, o conhecimento da miséria é que traz a infelicidade. É o que acontece com os operários. Eles são infelizes porque a agitação revolucionária lhes dá o conhecimento da exploração em que vivem. Sem isso, estariam conformados e, por consequência, felizes. É o que acontece com os trabalhadores rurais. Estão perfeitamente conformados, não almejam nada melhor são os únicos seres felizes desse país... Invejáveis na sua miséria... É como um marido enganado pela esposa: ele só começa a ser infeliz quando toma conhecimento da traição. Não é mesmo?" (p.38)

Quem mais conhece, mais sofre e mais se insere na luta.

Me lembrei um tanto de Brecht e sua intenção ao construir o teatro épico, exigindo ao expectador uma posição crítica diante da obra apresentada. Infelizmente, sua expectativa não fora muito concreta, pela forma como o teatro expôs sua obra. Porém, fazendo uma analogia entre artes, a intenção do poeta e dramaturgo alemão, na minha mera opinião, cabe por encaixar perfeitamente na obra trabalhada por Jorge Amado, pelo simples fato da narração dar cor e vida às visões críticas dos que lêem. Há algo em sua literatura que causa revolta, que nos faz querer lutar contra os burgueses aristocratas e se inclinar às lutas dos operários. Política e partidária, uma obra que deveria ser mais valorizada nos tempos de hoje, diante de um Brasil tão pobre de políticas justas.
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Julia Moraes 31/10/2021

No segundo volume da série a história continua super interessante, mas dessa vez um pouco mais triste. De toda forma a escrita do Jorge Amado prende o leitor e faz a gente criar conexões com os personagens. Não vejo a hora de terminar a trilogia.
Gustavo.Rubim 31/10/2021minha estante
Jorge Amado nos faz ler um livro inteiro com lágrimas nos olhos. Essa obra ainda me falta




Chozas 18/07/2020

Feito por Amado Jorge
Jorge Amado possui uma força incrível nas palavras, consegue ao mesmo tempo colocar você dentro do passado e fazer uma ponte com o presente/futuro.
Segundo livro da trilogia finalizado
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Rafa - @espaco_dos_livros 05/06/2020

AGORA O BICHO VAI PEGAR
Jorge Amado nunca escondeu suas ideologias políticas, e é possível notar, mesmo nas obras de sua fase modernista, a crítica ferrenha as desigualdades sociais, principalmente ao que tange os trabalhadores sem terra.

Os subterrâneos da Liberdade, trilogia que se inicia com Os Ásperos Tempos, segue em Agonia da Noite e se finaliza em A Luz do Túnel, vai contar a história do Brasil na Ditadura de Getúlio Vargas, em especial, durante o Estado Novo, que antecedeu a Segunda Guerra Mundial.

São obras completas, que mostram vários núcleos e POV's; desde a burguesia paulista até a luta do Partido Comunista do Brasil, muito perseguido por Vargas.

É um livro extremamente político e partidário, e SIM meus amigos, Jorge Amado era um dos intelectuais que compunham o PCB, ao lado de Graciliano Ramos e o arquiteto Óscar Niemeyer (inclusive, tem um personagem que foi inspirado nele nos livros). Mas o fato de não ser um livro "neutro", não o torna MENTIROSO, apenas um pouquinho tendencioso.

De qualquer forma, compramos muito a imagem de Getúlio "pai dos pobres", criador da CLT e do Ministério do Trabalho, mas em um dia o Presidente jantava com líderes sindicais, no outro entregava nossas riquezas aos americanos e no outro, saudava Hitler, Franco e Mussolini... Uma verdadeira contradição, para dizer o mínimo.

Um dos pontos que aplaudi de pé, foi Amado ter trazidos personagens femininas extremamente importantes para o enredo; Manuela e Mariana. Manuela, uma moça simples de família humilde mas que em uma determinada fase de sua vida, se envolveu com a elite paulista e teve seu coração partido pelo irmão e homem que amou, já Mariana, sempre viveu em meio a luta operária e com a morte do pai, assumiu seu lugar no PCB se tornando peça chave para os planos e decisões do partido. Duas mulheres incríveis e que em meio a dor da perda, o destino as uniu, as tornando grandes amigas!

Uma visão interessante, do outro lado da história, que foi brutalmente reprimida e que teve que se esconder, nos Subterrâneos da Liberdade.


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