As Confissões de Max Tivoli

As Confissões de Max Tivoli Andrew Sean Greer




Resenhas - As Confissões de Max Tivoli


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Demas 06/03/2009

Max Tivoli é melhor que Benjamin Button
Ao começar a ler o romance de Greer, a comparação com o conto de F. Scott Fitzgerald se estabelece de imediato, por causa da existência de protagonistas - em ambas as histórias - que nascem velhos e vão remoçando com o passar do tempo. Mas as semelhanças acabam aí. Qualquer outra comparação é injusta e acusar Greer de plágio é um grande equívoco. "As confissões..." é uma história de amor(es) muito envolvente e bem escrita. Impressiona a capacidade do autor de ir e voltar no tempo, antecipando acontecimentos, sem - no entanto - estragar as surpresas.

PS: Na verdade, o filme de David Fincher, adaptado (?) por Eric Roth e estrelado por Brad Pitt e Cate Blanchett, é uma outra coisa, uma outra história e, no meu entender, não tem nada a ver com o conto do Scott Fitzgerald (por isso a interrogação entre parênteses). Tampouco tem a ver com o romance do Greer, ainda que guarde mais semelhanças com "As confissões de Max Tivoli". Por que digo isso? Vamos aos fatos:

1) Em Fitzgerald, Benjamin nasce como um adulto idoso, experiente e inteligente; em Greer, Max vem ao mundo com um bebê, imaturo como qualquer criança, com aparência de velho.

2) Em Fitzgerald, o velho Benjamin tem 50 anos (já rejuvenescera duas décadas, então) quando se apaixona por uma jovem de 20 anos, que corresponde ao seu amor, o que leva os dois a se casarem logo depois; em Greer, Max é um adolescente de 17 anos com aparência de um senhor de 53 quando conhece Alice, de catorze anos, por quem se apaixona, embora a menina o veja como um avô, nada de paixão.

3) Em Fitzgerald, Benjamin vai deixando de amar a esposa à medida que ele rejuvenesce e ela vai ficando mais madura; em Greer, Max ama Alice por toda a vida, ainda que as circunstâncias o afastem dela por duas vezes.

4) Em Fitzgerald, não há insinuação de pedofilia, uma vez que a amada de Benjamin já tem 20 anos quando ele a conhece; em Greer, o amor de um senhor por uma garota de 14 anos leva a mãe da menina a sumir no mapa, levando a filha para longe do "pervertido" Max.
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Welll_Azevedo 29/07/2011minha estante
Perfeita análise.




Fabi Zucco 14/03/2010

uma agradavel surpresa
Ao me interessar por esta obra em uma biblioteca, não imaginei que agradavel surpresa, teria em ler esta história surpreendente.
Ao iniciar a leitura pensei que este livro teria sido a inspiração para o filme "o curioso caso de benjamin buttun", mas com o passar das páginas, percebi que apesar da história ter o mesmo eixo (o da vida correr ao contrario) esta era uma história mais apaixonante e arrebatadoramente triste e com pitadas de extremas alegrias. Adorei a forma do autor em viajar no tempo de uma forma tão simples e compreensivel. Foi um livro que mexeu com alguns conceitos que tenho, vou ver o nascer e o envelhecer de uma forma diferente, apartir deste momento. Muito obrigada Andrew Sean Greer, por escrever algo tão sensível.
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Welll_Azevedo 29/07/2011minha estante
Me sinto exatamente como você.




Luisa 06/02/2009

Achei esse livro numa feira de livros (claro) e me interessei muito pela história de um menino que nasceu velho e, ao invés de ficar mais velho com o tempo, rejuvenescia. Nasceu com catarata e problemas nos ossos e, com o tempo, perdia as rugas. Enfim, achei a criatividade do autor fascinante. Pobre ilusão que eu tive. Desinformada, não conhecia o conto do escritor Fitzgerald! Com o filme "O curioso caso de Benjamin Button" pude perceber que As Confissões de Max Tivoli não passam de um plágio!
Demas 01/03/2009minha estante
Luh, não conheço o conto do Fitzgerald, mas pelo que ando lendo por aí, o filme tem muito mais a ver com o livro do Greer. O ponto em comum é o fato do personagem nascer velho e rejuvenescer. Mas no conto do Fitzgerald, Button nasce velho e adulto, e não bebê como no romance do Greer. Ainda em Fitzgerald, Button se casa e tem um filho, o que não acontece no filme e nem no romance do Greer. Ainda não terminei de ler "As confissões...", mas acho que pode ser chamado de plágio não. Desculpe o pitaco, rsrs. Abração


Demas 05/03/2009minha estante
Luh, li o conto do Fitzgerald hoje e dele o roteirista do filme "O curioso caso de Benjamin Button" só pegou o personagem que nasce velho e vai rejuvenescendo; o resto é absolutamente diferente. Só para dar um exemplo, no filme, Button tem um amor (quase) impossível que dura a vida toda; no conto, ele conhece sua amada quando tem 50 anos e ela 20; casam-se logo depois e esse amor vai diminuindo com o passar do tempo. No filme, Button é um bebê que nasce com todas as características da senilidade; no conto, ele nasce um velho, alto e encarquilhado, barbudo, etc.´Tomando por base essas duas características, o roteiro adaptado tem mais a ver com "As confissões de Max Tivoli", do Andrew Sean Greer, do que com o F. Scott Fitzgerald.

Abração


Diegoprs 11/08/2016minha estante
Mas não é, mesmo! As semelhanças param no fato dos dois nascerem velhos e rejuvenescerem. Mas também não são os únicos livros com a temática.




Analu. 08/03/2010

cara eu amei amei amei *-*. a história é totalmente diferente do filme ' benjamin button' a unica coisa que os dois tem em comum é o jeito como nascem, mais o rumo que tomam é totalmente diferente, adorei ._.
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Paty 05/05/2012

Encontro com Max Tivoli
Passeando pela Feira do Livro de Florianópolis em dezembro de 2009 eis que me deparo com o Srº Max Tivoli.

Quem me conhece sabe que sou bibliomaníaca. O cheiro dos livros, as cores das capas, tudo me fascina! Ficar passeando entre estantes olhando as lombadas dos livros na eterna busca por aqueles que ganharão nosso coração e um espaço em nossa estante.

Feira do livro é uma oportunidade ótima para levar para casa muitos livros com pouca grana e foi assim que o livro de Andrew Sean Greer foi parar na minha estante.

Vários aspectos me chamaram a atenção no livro:
1º o título: As Confissões de Max Tivoli - tem um ar de mistério, afinal sugere o fim de um segredo;
2º o preço: R$ 7,00, baratinho, baratinho!
3º a capa: uma bola de beisebol em primeiro plano e ao fundo flores e um chapeú masculino – reforçando o ar de mistério e aguçando a minha curiosidade;
4º as criticas: “Andrew Sean Greer é um dos autores mais talentosos da atualidade, comovente e engraçado...”
“...uma verdadeira e original voz... uma história como nunca havíamos escutado antes. Andrew Sean Greer é um escritor devassador...” – precisa de mais?
5º a Sinopse:
“Quando Max nasceu, seu pai o declarou um Nisse, uma estranha figura da mitologia dinarmaquesa, pois tinha a aparência de um velho à beira da morte. Max evolui como uma criança qualquer, mas na aparência rejuvenesce – por fora um homem muito velho, por dentro uma criança amedrontada.
Mas, apesar desse problema, o verdadeiro dilema de Max é seu primeiro e único amor, Alice, por quem se apaixona ainda na adolescência.Com a fisionomia de um senhor de cerca de sessenta anos, a única coisa que consegue é tornar-se amante da mãe de Alice. Uma noite, Max resolve declarar seu amor a Alice e revela que é um garoto de dezessete anos. No dia seguinte, ela e sua mãe fogem, o que deixa Max arrasado. Mas o que ele não sabe é que uma manobra do destino o colocará novamente mais duas vezes cara a cara com a sua amada, que não o reconhecerá – então será dada a ele nova chance de amar, mesmo que para isso ele tenha de continuar escondendo sua verdadeira identidade.”
– A principio parece O Curioso Caso de Benjamin Button, de F. Scott Fitzgerald (não eu não li o livro, mas assisti o filme), quer dizer nasce velho, rejuvenesce, apaixona-se ainda jovem e tem um caso com a mãe da menina? Opa, ai já começa a mudar. Então ele se declara para Alice – um ‘senhor’ se declara para uma ‘garotinha’ e a família foge– opa, opa novamente: assédio, insinuação de pedofilia?! Anos depois eles se reencontram (ele mais jovem, ela mais velha) e Max não é reconhecido, será que vai viver contando mentiras? Como isso vai acontecer? Ok, fiquei curiosa, muito curiosa.

Mas o que me fez comprar o livro foi a primeira frase: “Somos, cada qual, o amor da vida de alguém.” Meu coração chegou a acelerar, quer dizer quem é que nunca amou? Quem é que não acha que já encontrou ou vai encontrar o amor da sua vida (por mais piegas que pareça)? Eu acho que é um dos melhores começos para um livro que eu já li na vida, não há questão, não há dúvida, só existe a certeza de que “Somos, cada qual, o amor da vida de alguém.”

Daí eu não resisti e li o parágrafo seguinte:

“Eu queria escrever isto aqui no caso de ser descoberto e não poder completar estas páginas, no caso de você ficar tão perturbado com os fatos de minha confissão que as jogasse no fogo antes de eu conseguir falar de grande amor e assassinato. Eu não o culparia. Há tantas coisas que ficam no caminho de quem ouve minha história. Há um corpo morto que pede explicação. Uma mulher que foi amada três vezes. Um amigo traído. E um garoto há muito procurado. Assim, vou começar pelo final e lhe dizer que somos, cada qual, o amor da vida de alguém.”

Pronto. Não haveria volta. Fechei o livro, me encaminhei ao caixa, paguei e levei-o para casa.

Reparem que trata-se de um diário, onde Max ‘confessa’ seus segredos a alguém. A narrativa mescla as histórias da vida de Max, do nascimento até o ‘quase fim’, com o período em que Max é uma criança com quase 70 anos e vive com Sammy, um garotinho com praticamente a mesma idade que Max aparenta ter e sua mãe Mrs. Ramsey. Max escreve o diário para contar sua vida, mas, sobretudo Max escreve para Sammy. Como Max Tivoli vai parar na casa de Mrs. Ramsey é um mistério que vai se revelando aos poucos.

Como viveu um homem que aparentava ser algo que estava longe de ser? Como as pessoas lidavam com isso? A verdade é que a vida de Max era conduzida pela regra de ouro: “seja aquilo que você aparenta ser: exatamente aquilo que pensam que você é”. Max, enquanto criança foi velho, enquanto velho foi criança, viveu uma vida de mentiras e enganos e só uma vez foi aquilo que aparentava ser: quando tinha 35 anos.

O livro é brilhante, impressionante. Max Tivoli não é nenhum herói, muito ao contrario o próprio se considera um monstro, mas a história é incrível, e vale – muito - a pena ler.

Eu super recomendo! : )

Publiquei esta reseha em: http://ummundodelivros.blogspot.com.br/2010/01/as-confissoes-de-max-tivoli-andrew-sean.html
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Diegoprs 27/08/2016

Surpreendente
Não dava nada por esse livro pescado em um sebo. Mas é muito bom. Romântico ao extremo, mas as metáforas são tão maravilhosas que o romantismo detalhadíssimo nem incomoda.
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