As Intermitências da Morte

As Intermitências da Morte José Saramago




Resenhas - As Intermitências da Morte


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paula_ti_na_mente 21/02/2024

Ciclo sem fim
As intermitências da morte é um livro genial! Não é a toa que Saramago é prêmio Nobel de literatura. Sua escrita contínua é sarcástica e erudita.
Nesse livro, conta a história de um local onde todos deixam de morrer? o que isso ocasiona nos homens e em suas famílias que agora tem de cuidar de seus vivos-mortos? a hipocrisia da sociedade humana que transforma tudo em dinheiro e capitalismo. A história vai por caminhos inesperados que nos levam à morte de forma mais íntima e humana e finaliza cíclica como deve ser para todos nós, um fim que é também começo.
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MichelleSN 20/02/2024

O encanto sedutor da morte
Esta é a minha segunda experiência com o Saramago, a primeira odiei com todas as minhas forças (Evangelho Segundo Jesus Cristo), mas esta me deixou extremamente apaixonada por ele e sua personagem morte.

Pode-se dizer que o livro tem duas partes:

A primeira é mais ácida, revoltante e pungente, temas como a corrupção de religiosos, políticos, eutanásia, o sofrimento, doenças e o mal estar que a velhice pode nos trazer são abordados de forma perspicaz. Ótimo, mas não é sublime como a segunda parte.

Na segunda parte acompanhamos a rotina da morte e sua foice, com diálogos sarcásticos e bem-humorados, que me arrancaram risadas genuínas.

A morte também tem momentos melancólicos que me remeteu ao fantasma do filme "A Ghost Story".

Mas é o encontro da morte com o violoncelista que a narrativa fica ainda mais existencial, poética e apaixonante.

Eu me apaixonei por cada aspecto da morte e com certeza receberia de bom grado qualquer carta que ela viesse me enviar.??
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spoiler visualizar
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Francisco 19/02/2024

No dia seguinte ninguém morreu
Gostei mais da segunda parte que da primeira. Com os dois personagens "principais" me interessei mais que com os governantes e a máphia. A pergunta que desenvolve o livro é muito interessante e poderia existir livros mais extensos em torno dela: e se parassem as mortes?
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Lívia 19/02/2024

Graças a Deus terminei esse livro (sim, Saramago, Deus com D maiúsculo).
Eu não meço a grandiosidade de uma obra pela sua dificuldade de leitura e compreensão. Então, para mim, o fato da escrita desse autor ser maçante e lenta é ponto negativo e não uma suposta característica da avassaladora capacidade de escrita. Quando as pessoas me falavam que ler Saramago seria difícil eu pensava que essa dificuldade seria decorrente do vocabulário erudito e antigo, mas me enganei. O vocábulo é diferente do que estamos acostumados na literatura contemporânea, porém, nada fora da compreensão, é perfeitamente ok. O que dificulta de fato é o seu ?lenga-lenga? para contar as coisas e suas longas descrições em cenas que poderiam ser tão simples. Resumindo: é chato.
A leitura só fluiu um pouquinho (e ainda assim acho que fluir seja um termo forte demais) a partir da metade da história, quando o autor sai da fase de situar o leitor no universo criado e passa a dar mais atenção à protagonista.
Saramago humaniza a morte em diversos aspectos e isso pareceu interessante a princípio, mas na prática dá para notar que ateus se sentiriam bem mais à vontade com os escritos desse homem.
Não vou me estender mais, até porque isso não é um debate e não me preocupo em argumentar meu ponto de vista, pois uma das coisas que pesou para minha experiência ser tão negativa foi o claro despeito para com a religião que, para mim, é um princípio importante e, portanto, pessoal :)
Pesquisei sobre outras obras de Saramago e vi que isso é bastante recorrente, por isso me manterei lendo outros autores.
Existe uma grande diferença entre ler autores não cristãos e autores anti-cristãos. Leio livremente a primeira classe, mas quanto à segunda deixo o mais longe possível de mim.
nay.gba 19/02/2024minha estante
Olha só, por causa da sua resenha agora fiquei com vontade de ler!! Curiosa aqui pra saber a heresia de Saramago




Brenoarf 19/02/2024

É na companhia da morte que se entende a vida?
A sentença que inaugura o livro é “No dia seguinte ninguém morreu.” Poucas coisas são mais provocativas que a pausa na ciranda na qual a morte anda de mãos dadas. O Mago não é inocente e é a partir dessa premissa que ele desvela um enredo fascinante acerca das consequências suscitadas pelo advento da imortalidade. Das problemáticas manifestadas pelos serviços funerários e da superlotação dos hospitais até a obsolescência das igrejas e a transfiguração da vida em fardo, José Saramago concebe ambiguidades e ironias características dos humanos, sobretudo quando estes confrontam o novo e o irreconciliável. O processo de humanização da morte remete bastante à abordagem de Tolstói, em “A morte de Ivan Ilitch”, traduzindo que essa figura tão emblemática também possui suas próprias questões existenciais. Não serei inocente em afirmar que se trata de uma leitura tranquila, pois, é evidente que, haja vista o fluxo de consciência, os parágrafos longos e a pouca pontuação, a linguagem é um tanto prolixa e arrastada, mas, de fato, isso não chega a ser um impediditivo ao aproveitamento da história. É um livro que faz jus à genialidade do autor português. Trata-se de um enredo cíclico, atemporal, de críticas e consolos, de risos e lágrimas, mas também de dúvidas, afinal, de deus e da morte não se tem contado senão histórias, e esta é mais uma delas.
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Nilzete 18/02/2024

Tema surpreendente
Apesar do estilo de escrita do autor ser um pouco mais complexa do que o habitual, achei a história diferente, divertida em alguns trechos e com várias reflexões interessantes sobre a morte e a sociedade. No entanto, tive a sensação de ler dois livros sobre um mesmo tema, a partir da metade, a história muda e se torna outra. Alguns personagens poderiam ter sido inseridos desde o início para dar a sensação de continuidade à história que foi contada.
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Jai 18/02/2024

Meu primeiro livro do Saramago
Achei incrível! Minha avaliação é basicamente o tanto que eu gostei e eu amei. Então são cinco estrelas. Eu estou apaixonada por Saramago, quero ler mais sobre ele, os livros dele, e tudo que estiver disponível e é isso.
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Jeff_Rodrigo 16/02/2024

Tive várias sensações ao ler esse livro. Em alguns momentos, ri. Já em outros, fiquei melancólico.
No fundo, também fiquei com vontade de que a morte faça greve na minha hora derradeira.
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Bela 15/02/2024

Intermitências
?Compreende-se facilmente, um pouco de imaginação bastará, que o posto de trabalho da morte seja porventura o mais monótono de todos quantos foram criados desde que, por exclusiva culpa de deus, caim matou a abel. Depois de tão deplorável acontecimento, que logo no princípio do mundo veio mostrar como é difícil viver em família, e até aos nossos dias, a cousa tinha vindo por aí fora, séculos, séculos e mais séculos, repetitiva, sem pausa, sem interrupções, sem soluções de continui-dade, diferente nas múltiplas formas de passar da vida à não-vida, mas no fundo sempre igual a si mesma porque sempre igual foi também o resultado. Na verdade, nunca se viu que não morresse quem tivesse de morrer.?

Esse é o segundo livro que leio do Saramago, muito motivada pela primeira leitura que foi O Homem Duplicado, da qual gostei muito. O mote de As Intermitências da Morte eu já conhecia pela fama do livro e do autor, mas o desenrolar da história não era o que eu esperava, superou minhas expectativas.
O que eu mais gostei da história é que ela parece ter sido escrita em duas partes: primeiro o acontecimento e suas consequências; depois a motivação da morte. Quando li a primeira página, não pensei em metade das complicações que a ausência da morte traria, e a cada uma que o autor incluiu na narrativa, eu ficava mais e mais interessada pela leitura. A construção da personagem morte também é incrível. A descrição varia entre rasa e profunda, sendo o suficiente para deixar a imaginação trabalhar.
A única coisa que eu não achei excelente foi o recurso utilizado para finalizar o livro, que achei muito similar ao de O Homem Duplicado. Mesmo assim, recomendo demais a leitura!
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Marina 15/02/2024

Conto bem-humorado sobre a morte
Humanizar a morte e nos fazer rir com ela é um desafio que poucos conseguiriam superar com tanta facilidade quanto Saramago.

Não foi meu preferido dele, achei um pouco longo para o tema, caberia melhor em um conto. Vale a pena ler pela escrita, mas se fosse escolher um, leria ensaio sobre a cegueira ou sobre a lucidez.
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Lê Paiva 10/02/2024

As intermitências da morte
É um livro muito bom, mas a estrutura é um pouco diferente. Ele não tem travessão nas falas, então você tem que prestar bem atenção para entender quem está falando com quem.
O tema é muito bom e com certeza daria uma série de umas 3 temporadas muito boa!!
Black mirror está perdendo de fazer pelo menos um episódio inspirado nesse livro.
E o plot twist final é incrível, fiquei chocada!
Minhas 3 estrelas são mais por conta da estrutura que achei um pouco difícil por não ter sinalizações de diálogos clara
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Poliana 10/02/2024

As facetas da morte
Amei como esse livro começou e também de como terminou, eu nunquinha imaginei que as coisas fossem se encaminhar para esse tipo de final então acabou deixando a jornada ainda mais fascinante. O livro é muito divertido e fiquei admirada de como o autor teve trunfos para expandir o assunto da morte ou da falta dela, e de como tudo isso implicaria nas nossas instituições terrenas e também nas espirituais.
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Andréia 10/02/2024

As intermitências da morte realmente são fatos que não paramos para pensar em tudo que poderia acontecer se a morte não mais existisse. Excelente escrita, bem humorada e irônica da forma de se reinventar das pessoas da comunidade.
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LorenaFontes 10/02/2024

Saramago tem uma forma única de escrever sobre a sociedade, os temas são únicos, e deles Saramago transcreve tão bem como a sociedade se portaria a cada condição imposta. Apesar de cru, me senti menos desconfortável com esse tema. Mesmo assim não deixa de ser uma leitura que requer mais atenção e jamais indicaria para uma pessoa que quer conhecer as obras de Saramago. Senti bastante dificuldades em alguns pontos da leitura, principalmente na segunda parte.
O final também não me deixou muito satisfeita, mas no todo é uma obra brilhante e original.
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