As intermitências da morte

As intermitências da morte José Saramago




Resenhas - As Intermitências da Morte


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Marcinhow 16/05/2021

E se...?
José Saramago sem sombra de duvidas abrilhantou meu 2021 com esse livro.
Sempre tive muito receio de lê-lo, afinal, muito se fala sobre sua escrita singular, e vou confessar que isso dificultou um pouco a leitura, e ao contrário do que dizem, eu não consegui me acostumar até o final da leitura, mas o enredo e a forma como o autor nos guia por suas palavras me prenderam ao livro de forma única.
Na parte final do livro, quando temos a morte como uma personagem mais ativa, eu não conseguia largar o livro...
Apenas leiam!
É aquele tipo de livro que te ensina algo, ou, ao menos, te desperta algo.
@LuanLuan7 28/05/2021minha estante
O final é tão poético e bonito.
A própria morte (com letra minúscula) com seus medos e inseguranças. Hahah


Marcinhow 28/05/2021minha estante
Exato! O início e meio da narrativa não me prepararam pra esse final incrível.




FelCuesta 30/06/2022

Um dos meus Livros preferidos de Saramago
Saramago sendo Saramago. Livro do mês do clube de leitura que participo. ?As Intermitências da Morte?. Uma das leituras favoritas do ano. O autor português, com sua escrita castiça, conquanto lírica, brinca com as palavras de forma magistral, atributo próprio dos gênios, e nos coloca fora da zona de conforto, perplexos, refletindo sobre questões inerentes ao contexto sugerido, hilárias e dramáticas, como se fossem óbvias e estivessem sempre estado bem ali ao nosso alcance, apesar de nunca termos nos dado conta disso.

A premissa é propositalmente absurda e instigante. Apesar de encarada com naturalidade.


A Morte, cansada de ser tratada como vilã, personificada como protagonista do romance, resolve entrar em greve e deixar de matar por prazo indeterminado, na estrita esfera territorial de um país sem nome. A partir de então, surgem problemas das mais variadas ordens e o escritor, com sua maestria de prosador fora da curva, se incumbe do exame das consequências desse caos, articulando as angústias e ironias decorrentes desta situação hipotética, ao longo de um texto muito bem trabalhado e que causa reiterado deleite e entretenimento no âmago do leitor.

Mas é da segunda parte em diante que o livro levanta voo e ganha os céus do Olimpo literário, quando nos deparamos com a dificuldade da morte, apesar de ter restabelecido a normalidade das coisas, em cumprir o destino de um violoncelista pacato que, teimoso e aleatório, entre uma suite de Bach e sonatas de Chopin e Beethoven, insiste em se desviar do encontro com o fim, embora sua vida já esteja supostamente a termo. O cerco da protagonista a esse fugidio personagem vai se fechando na mesma medida em que vai sendo dado a ela, paradoxalmente, um aspecto cada vez mais humano, o que culmina num desfecho surpreendente, poético e inesperado!

O único prêmio nobel de literatura em língua portuguesa não se cansa de me surpreender. Dê um presente a si mesmo. Leia Saramago!
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Laura Lima 19/10/2021

Espetacular
Eu simplesmente não esperava por esse final, de forma alguma. Que livro fantástico.
No começo eu achei que não me acostumaria com o estilo de escrita do autor, mas quando vi, já estava completamente envolvida por toda a história, e quando dei por conta já tinha chegado ao fim. E QUE FIM!!!
LEIAM esse livro. Saramago me ganhou!
Silvio 19/10/2021minha estante
Eu também adorei e, já que gostou, recomendo "Ensaio sobre a Cegueira"!




Isis.Borges 16/03/2021

Live and let die
Numa virada de ano, chateada por ser detestada pela humanidade, a sra. morte fez uma greve. Somente num determinado país ela desapareceu. No primeiro dia do ano ninguém morreu nesse país e eles comemoraram a incrível coincidência ou benção.
Com o passar dos meses o sumiço da morte se revelou um grande problema. Crise nos serviços funerários e de pensões, congestionamento nos hospitais, pessoas levando enfermos e idosos pra morrer nas fronteiras, um caos moral, político e religioso.
As pessoas diziam "se não voltarmos a morrer não temos futuro".
Após 7 meses de greve, a morte escreveu uma carta que foi lida em rede nacional...

Interessante como o ser humano costuma enxergar a morte com péssimos olhos e não perceber o quanto ela é necessária e mais interessante ainda é ver o outro lado, como a morte nos enxerga.

Meu Saramago de 2021, reflexivo e bem humorado, amei.
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Gabi Sagaz 03/08/2020

A morte hoje não apareceu.
O livro é riquíssimo em reflexões sobre o morrer e a morte, um livro essencial para esses momentos mórbidos.
Existe mortes diferentes? O que fazer caso ela não venha mais? É bom não haver mais mortes? Ou pode ser algo muito ruim? Um país fictício recebe o "privilégio" de não ter mais nenhuma pessoa morta por um tempo e aí está o desfecho do livro.

Mas o que isso causa? O que nos faz pensar sobre morrer?
Saramago é sensacional como sempre e me fez ver o quanto a morte faz parte da vida. O quanto ela é sinônimo de vida mesmo sendo recebida como antônimo.
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Marcia 26/03/2021

As Intermitências da Morte
Este foi o meu primeiro Saramago.
Antes de qualquer coisa tive que tirar uma dúvida com amigos: "estou lendo esse livro em formato digital e gostaria de saber se é isso mesmo, o texto é corrido sem pontos finais e interrogações". A resposta: Esse é o jeito Saramago de escrever.
Uau! [1]
Imagina você em um país onde ninguém morre. Você definha de velhice ou doença, mas não morre. Pode imaginar isso? Sem contar os inúmeros problemas em decorrência com a não morte das pessoas.
Uau! [2]
E você devora o livro num crescente, estilo thriller de suspense.
Ahhhhhhh
E termina o livro com um gostinho de: poxa, é isso?!
Gostei do meu primeiro (de muitos, certamente) Saramago.
@pedacosdeu
Edu 26/03/2021minha estante
Não sei se eu leria, mas gostei da sua resenha


Marcia 27/03/2021minha estante
Obrigada! ? Mas leia sim, vc vai gostar.




Breno 28/07/2021

"No dia seguinte ninguém morreu"
Eis o meu primeiro contato com o autor e sua escrita, que sem exageros, é única. Pensar sobre a morte o ou melhor, sobre a AUSÊNCIA dela nas nossas vidas, por mais irônico que seja a frase, não é o paraíso que parece, não morrer trás problemas inimagináveis, e o Saramago via bem o quão estúpida a humanidade é em momentos de crise. (A pandemia do corona vírus prova tudo isso)
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Dani 21/12/2021

Divertidíssimo
Quem diria que um livro sobre a morte fosse tão engraçado?
Ele te faz refletir muito mas sempre com um sorriso na boca (e as vezes até uma gargalhada confesso!)
Kênia 21/12/2021minha estante
É muito engraçado! ??


Dani 22/12/2021minha estante
Aiiii gostei demmmmmaaaais




Lysa 16/01/2023

Espetacular é pouco!
Espetacular é pouco, o que eu penso sobre essa leitura ainda não tem nome!
Essa é a primeira vez que leio José Saramago, e me amarga um ressentimento e uma pergunta; porque não li antes? O encontro com a obra as Intermitências da morte foi demais postergado e confesso que só sei que já deveria ter lido , pq ele é Maravilhoso.
Mas, sem mais delongas vamos à resenha:
Se a morte pudesse ser definida e personificada, com certeza seria a pessoa de uma mulher jovem, bela, atraente e misteriosa. Inteligente, perspicaz e emocionalmente lábil, daquelas que por coisa qualquer se melindram e é difícil reverter o seu humor.
Nesta obra, a morte cansada de ser injustiçada , indesejada e malquista, resolve privar um pais inteiro de seus ?serviços? . Ao início de um ano, tal qual uma mãe ressentida, a morte resolve dar as costas a um país inteiro, de modo que se instala um verdadeiro caos social , muito pior que a morte. Ao longo do enredo, munido de seu brilhantismo singular Saramago nos mostra as consequências da falta de morte em todas as áreas da sociedade. É curioso como todos logo constatam que ? antes a morte, antes a morte do que tal sorte? , pois a vida a qualquer custo está longe de ser um sortilégio e , pior que isso tem seus ônus implacável. Mas, como toda jovem mulher , a morte tem suas paixões? leia e se delicie com a escrita irretocável desse autor, merecidamente premiado!
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Ramiro.ag 20/03/2023

Antes a morte, antes a morte que tal sorte
E se a morte deixasse de matar? Cansada do descaso, ódio e aversão pela sua figura, a mais natural desde que o mundo é mundo, a morte (com m minúsculo), decide parar com as suas atividades.
A obra de Saramago nos diz muito sobre o comportamento do homem em relação ao outro, muito mais do que em relação a morte, mostrando o quão tênue é a linha que leva o homem à corrupção e baixeza moral.

"[...] dizíamos, que já não seriam possíveis maiores baixezas morais. Infelizmente, quando se avança às cegas pelos pantanosos terrenos da realpolitik, quando o pragmatismo toma conta da batuta e dirige o concerto sem atender ao que está escrito na pauta, o mais certo é que a lógica imperativa do aviltamento venha a demonstrar, afinal, que ainda havia uns quantos degraus para descer."

O livro traz críticas sobre as grandes instituições que controlam a sociedade; o governo, cuja principal preocupação são resoluções rápidas para não atrapalhar o funcionamento do sistema e não interferir na situação econômica; a religião, que, sem a presença da morte, perdeu toda a sua base e sentindo, se vendo obrigada a lançar filosofias rasas e neutralizar o espírito curioso dos fiéis; a mídia, que sugou até a última gota possível da situação.
Além disso, a moral foi completamente posta de cabeça pra baixo, haja vista que, o respeito pelos "entes queridos" foi completamente substituído pela necessidade de se livrar de um problema eterno.

Quando a morte volta, o foco da narrativa vai para suas ações, e ela acaba ganhando uma identidade humana para resolver um problema de "logística". No entanto, exposta aos sentimentos e convivência humana, ela, declarada maior inimiga da humanidade, se apaixona, e em um ato "egoísta", a morte para com as suas atividades novamente.

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Alan.Schecter 23/06/2020

Saramago é muito doido.
Meu primeiro contato com o autor. Confesso que não foi uma leitura fluída, dado a escrita dele sem pontuações nos diálogos, mas de extrema inteligência e sensibilidade. A primeira parte do livro é bem densa. A partir do meio já começa a ficar mais cômica e suave. E o final é simplesmente lindo. Me peguei devorando o livro nas últimas páginas. Pretendo com certeza ler mais do autor. Merece destaque.
MatheusA 10/08/2020minha estante
Os diálogos tem pontuações. Só não são as convencionais.




Helena 16/08/2020

Saramago foi um gênio, e ninguém pode negar
Com "As Intermitências da Morte", 6o livro de Saramago que li, ele continua cravando seu posto como meu escritor favorito. Esta obra configurou o primeiro lugar em minha predileção, ganhando dos clássicos, famosos e consagrados "Ensaio sobre a Cegueira", "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" e "Memorial do Convento". Por que demorei tanto para ler esse? Para quem nunca leu Saramago, comece por aqui!

Nesta obra, Saramago faz um estudo de sociedade: como nos comportaríamos caso ninguém mais morresse? Como seriam as estruturas sociais, como agiria a política, a economia, o sistema de saúde, a religião, a filosofia? Em uma país sem morte, o caos se instaura em todas as esferas! Saramago é genial e traz tudo de forma natural e convincente. Cada página é aflitiva, pois reconhecemos as possibilidades acontecendo exatamente como ele previu. O que seria macabro, Saramago transforma em humor e sarcasmo. Ele traz uma mistura de sentimentos pavorosos (mas muito jocosos!). Chega a nos fazer pensar, de fato, o quanto a humanidade precisa da morte para mantermos nossos equilíbrio como sociedade?
Esteja preparado (a) para uma mudança de tom e dinâmica a partir da segunda metade.

Ler uma obra dessa em tempos de pandemia é certamente provocativo. Oras, afinal, temos aqui uma realidade tão oposta daquela em que infelizmente estamos vivendo...

O que dizer do melhor escritor em língua portuguesa? Um mestre.
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Ri :) 31/01/2022

-,-
O Saramago que menos empolguei. :( O enredo é excepcional, como sempre, mas não curti tanto o desenrolar.
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Pdrosaleitor 21/07/2021

Morte: ruim com ela, pior sem ela?
Porque a filosofia precisa tanto da morte como as religiões, se filosofamos é por saber que morreremos, monsieur de montaigne já tinha dito que filosofar é aprender a morrer.
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Karina Paidosz 22/06/2021

Genial
Uma grata surpresa!! Primeira leitura de Saramago!! E vou abusar dos pontos de exclamação e interrogação...hahahaha

Gostei de tudo um pouco neste livro, porquê??
Gostei da história e como nunca havia pensado na morte dessa forma.

O excesso de morte e a sua ausência nos trazem um bocado de transtornos.

Adorei as reflexões a que me trouxe e me sinto órfã!!! Quero um pouco mais dessa história ?
Em busca de um novo livro de Saramago.

Perfeito??? Achei que sim!!!
?
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