Aventuras na História Nº 19 (Março de 2005)

Aventuras na História Nº 19 (Março de 2005) Editora Abril



Resenhas - Aventuras na História - nº 19


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z..... 27/01/2019

Março de 2005
"Poderosa Nefertiti" - Em seu contexto (Egito, no século 14 a.C) é considerada a mulher mais poderosa - como esposa influente do faraó Akhenaton (com quem revolucionou a cultura nacional no desapego ao politeísmo e valorização de nova religião, próxima ao monoteísmo) e pela discussão histórica de ter ou não assumido, ainda que por curto tempo, a posição de faraó após a morte do esposo.
Nos argumentos a favor, a visão de co-governo que desempenharia com Akhenaton e o nome do faraó seguinte (Nefernefruaton) ser uma extensão de seu nome.
Nos contras, o posicionamento contrário às realizações de Akhenaton, restituindo o politeísmo. O faraó havia estabelecido Aton como deus único (simbolizado pelo disco solar) e com Nefertiti seriam as únicas divindades a representá-lo na terra.

"A esquerda explosiva" - Reportagem interessante sobre a guerra, em termos práticos, que ditadura e movimentos esquerditas acirraram entre 1968 e 1972 no cenário brasileiro. O período é marcado pelo AI-5, que deu poderes em condições legais e arbitrárias ao militarismo (como cassação de direitos políticos, extinção de partidos, perseguições, censura, fechamento do congresso e outras instituições), gerando embate que passou do campo ideológico para ações de guerra, de ambos os lados, onde o objetivo era impactar e intimidar com a agressão e terror.
Foram citadas ações terroristas de movimentos de esquerda e deixo em registro:
- Operação em 1968 para assassinato de um dos responsáveis bolivianos pela captura e morte do Guevara (no ano anterior), que estaria em passagem pelo país. Acabaram metralhando alvo errado, um oficial do exército alemão. A retaliação da ditadura foi igualmente cruel.
- A explosão de carro-bomba em frente ao II exército em São Paulo (1968), que causou a morte de um soldado. Teria sido resposta a provocação e desafio de um general.
- Explosão de bomba no Aeroporto de Guararapes, no Recife (tentativa de morte ao sucessor de Castelo Branco como presidente, o general Costa e Silva). Deu em mortes, entre militares e civis.

"Páginas Amareladas" - A edição estreou uma das seções mais incríveis que a revista já teve, baseada nas páginas amarelas da Veja. A proposta era de inusitada e curiosa entrevista com personalidades históricas de todos os tempos. Alexandre, o Grande, foi o entrevistado da vez. Uma brincadeira com a história de maneira muito instigante. Imagine que o famoso general falou sobre o filme que estava em lançamento, o Iraque na situação de guerra na época e as polêmicas do homossexualismo. As respostas trazem o pensamento do contexto de Alexandre. Não deixa de ser uma forma de tentar entender a história. Gostava da seção e pena que não durou muito. Poderiam resgatar.

Entre as notas históricas:
- O infográfico sobre as minas de carvão inglesas na época da Revolução Industrial. Não é nenhum primor, mas as informações são surpreendentes, principalmente se colocarmos em paralelo ao glamour gerado pela revolução. Muita gente morreu em prol do carvão das máquinas, incluindo crianças de 5 a 7 anos, que desciam nas profundezas da terra (em torno de 300 metros) por serem as únicas que passavam em certas aberturas para coleta de material e inicio de novas galerias.
- O "Dito e feito" na origem da palavra "cascateiro". Remonta ao início do século 20, quando ocorreram construções de parques públicos, que incluíam reproduções de cascatas. Estas foram associadas, no saber popular, à percepção de falsidade.
- Na "Máquina do Tempo", considerações sobre a deusa Istar, da Mesopotâmia, que estimulava práticas sexuais pervertidas. Lembrei hoje da reportagem em nossa EBD, sobre a mulher de Ló. Quem sabe em Sodoma, nos lados de lá, não seria também uma entidade cultuada naquela sociedade.
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