Eu Sou Alice

Eu Sou Alice Melanie Benjamin




Resenhas - Eu Sou Alice


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Andrea 07/02/2011

Fiquei interessada nesse livro depois de ler algumas resenhas e a sinopse. Afinal, já estava mesmo numa vibe Alice no País das Maravilhas - por causa do filme e da edição fofinha da Zahar.
(Obrigada, Danni e Cau, pelo empréstimo! o/)

Eu não conhecia NADA da história da verdadeira Alice. Não sei se, alguma, vez parei pra pensar na menina que inspirou a famosa personagem. Aliás, eu nem sei se de fato estava ciente que houve uma Alice, uma inspiração!

O livro é meio perturbador. Mesmo que seja ficção. É impossível não ver maldade no tratamento do Sr. Dodgson com Alice e suas irmãs. (E outras crianças, futuramente.) É assustador. E cativante. Porque por mais que você desconfie, você quer acreditar que ele apenas gostava da menina.

Com certeza, o mérito vai todo pra narração da Melanie. Ela conseguiu criar uma biografia - porque é uma - das mais instigantes. Eu queria saber como terminaria. Eu queria saber o motivo da ruptura entre a família de Alice e o Sr. Dodgson (apesar de ter imaginado e acertado). E eu queria saber porque Alice vendeu o livro.

Outra coisa legal - além das 3 fotos espalhadas nas 3 partes do livro - é que no final a autora te mostra o que é fato e o que é ficção. O que pode ter acontecido e o que nunca saberemos. Bem sacado.


Ah, e ainda teve uma aparição do Peter Pan!
Danni 16/03/2011minha estante
Amei sua resenha Dee =)


Thais 26/01/2012minha estante
Fiquei com ainda mais vontade de ler o livro agora!




Beth 19/06/2011

Melancólico...
mas cheio de conteúdo e constatações de quem foi a musa
















































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































mas a-do-rei!!! Recomendo!


































































Marina Suassuna 24/01/2012minha estante
Chorei de rir com esse comentário!! kkkkkkkkk




Naty 09/03/2010

www.meninadabahia.com.br
Todos conhecem a pequena Alice que um dia caiu na toca do coelho e entrou no mundo das maravilhas. Mas quem foi Alice Liddell, a menina que aos 7 anos inspirou o Sr. Charles Dodgson a criar a história que depois assinou como Lewis Carroll? Esta Alice de carne e osso está aqui. Misturando ficção e realidade, Eu sou Alice reconstrói deliciosamente não apenas os bastidores da criação do livro Alice no país das maravilhas, mas a vida daquela menina travessa que no século XIX quase se casou com um príncipe de verdade. Sua biografia se mistura com o surgimento do clássico que encanta gerações até hoje. Por toda sua vida, ela carregou o peso de uma realidade que insiste em abafar a poesia. O romance eu sou Alice já nasceu um clássico e vai tocar o coração de todos com sua beleza. Entre nesse país das maravilhas.

"Ai, meu Deus, estou cansada de ser Alice no país das maravilhas. Será que estou parecendo ingrata? acho que sim, mas é que estou tão cansada... " Alice Liddell, por toda sua vida, viveu com o peso de ser uma eterna criança. E estava tão cansada disso. Cansada de ser lembrada como uma criança traquina, lembrada apenas por sua infância. Estava velha, enrugada, e não se sentia nada no país das maravilhas. A vida real não é um conto de fadas, a vida real é cruel, bombástica.

Alice era uma criança espevitada, com energia de sobra e o bondoso sr. Dodgson, professor de matemática da faculdade, da qual seu pai era reitor, era um amigo para todas as horas. Ele levava ela e suas irmãs pra passearem, contava histórias. O sr. Dodgson era um Deus para ela e suas irmãs. Numa das histórias contadas pelo sr. Dodgson, Alice pediu que ele a imortalizasse num livro.

O sr. Dodgson, pseudônimo Lewis Carrol, era um amante da juventude. Gostava de estar sempre rodeado por crianças, em especial Alice. E esse interesse todo fez com que os pais de Alice proibissem essa amizade. Mas o que Alice, não se recordava era que ela era apaixonada pelo sr. Dodgson, era ela quem o provocava.


Eu sabia fazer tremer o sr. Dodgson. Sabia como fazê-lo ir devagar. Sabia como fazê-lo esperar.


Com a proibição da amizade, Alice passou a odiar o inevitável, o crescimento, ela queria ser sempre a Alice dele, a eterna criança. Mas com o passar dos anos e início de sua juventude aparece um príncipe em sua vida, príncipe Leopold. E como num conto de fadas eles se apaixonam. Mas a rainha mãe não pode permitir que seu filho se case com uma mulher passível de escândalo, mesmo que proveniente de uma abastada família. O relacionamento de Alice com o sr. Dodgson nunca explicado poderia ser um escândalo para a nobre família.

E separados restou Alice se casar com quem a pedisse em casamento primeiro. Casou e colocou o nome de seu primeiro filho de Leopold, em homenagem ao seu amor. E a primeira filha do príncipe se chamou Alice. Alice teve três filhos homens, dos quais dois morreram na guerra. Com uma vida marcada por tragédias e correndo o risco de ficar sozinha Alice, finalmente decide quem ela quer ser: A Alice do país das maravilhas.

Eu sou Alice (ed. Planeta, 347 p.) é um romance envolvente que mistura realidade e ficção daquela garotinha, conhecida em todo o mundo, que vivia no país das maravilhas. Ser Alice é o sonho de toda criança. Recomendo!

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Evy 20/01/2011

Encantador e Envolvente
Uma história linda e encantadora. Triste também. A narração em primeira pessoa, pela própria Alice, escolhida pela autora tornou tudo muito envolvente. Uma linda tarde de verão que escondia um segredo capaz de transformar a vida de duas pessoas de forma devastadora, cada uma a seu modo. A tênue linha entre o sonho e a realidade, a inocência e a ousadia, a infância e o amadurecimento, e a tristeza que permeou todos os episódios que no fim foram as peças que criaram "Alice no país das Maravilhas". Um clássico da literatura onde uma linda menina vive um lindo sonho. E como disse a própria Alice no livro:

"Talvez, de agora em diante, o livro fosse apenas uma lembrança feliz".
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Lorran 28/06/2010

WWW.SUBTITULO.COM.BR
Resenha publicada no blog Subtítulo - www.subtitulo.com.br

Quando falei aqui sobre Alice no País das Maravilhas, questionei sua complexidade e de como é difícil compreender a história por completo. Como já havia dito, o livro é muito bom. Faz uma crítica - através de uma visão infantil - do universo adulto e de seus modos aborrecidos e artificiais. Mas senti necessidade de procurar algo mais.

Encontrei algumas respostas no ótimo livro de Melanie Benjamin, Eu sou Alice. Trata-se de um romance baseado na biografia de Alice Liddell, a musa inspiradora de Charles Lutwidge Dodgson (Lewis Carroll) no livro que leva seu nome: Alice no País das Maravilhas.

O livro é narrado pela própria Alice e dividido em três fases: infância, adolescência/adulta e velhice. Acho que não preciso dizer que a primeira é a mais importante para entender a relação entre Alice e Dodgson. É de arrepiar a parte onde Dodgson conta a história que virá a se transformar no livro que conhecemos:

"Quem gostaria de ouvir uma história?" perguntou o Sr. Dodgson.[...]
"Eu! Eu!" Edith (irmã de alice) bateu palmas.[...]
"E você, Alice?" perguntou o Sr. Dodgson em voz baixa e gentil.
"Sim, por favor, conte-nos uma história", pedi.
E ele contou.
"Era uma vez uma menina chamada Alice." Foi assim que ele começou.

Preciso relembrar que o livro é apenas ficção, mas baseado na biografia de Alice Liddell, e que, de certa forma, nos proporciona um retrato da verdadeira Alice e de como sua amizade com Charles Dodgson inspirou o livro. Muitos dos fatos sobre a vida de Alice não são comprováveis, devido a falta de documentos - como o seu envolvimento com o príncipe Leopold, bastante explorado no romance.

Durante a maior parte de sua vida, Alice preferiu ficar à margem do sucesso do livro homônimo. Apenas no final de sua vida, quando precisou de dinheiro - após a morte de dois filhos na guerra e do marido, pouco tempo depois - e resolveu leiloar o manuscrito que o Charles Dodgson havia lhe dado é que resolveu assumir seu papel na criação do clássico.

Essa opção se explica devido ao fato de a família de Alice ter rompido com o Sr. Dodgson pouco tempo depois da criação do livro. O fatos não são claros, mas Melanie procura se apoiar no que há disponível sobre Alice e Lewis Carroll e, como romancista, dá uma floreada em tudo.

A Menina Cigana, como ficou conhecida a foto de Alice tirada por Lewis Carroll, quando a menina tinha apenas sete anos (mesma idade da garotinha que caiu no buraco do coelho) mostra uma menina com olhos de mulher. A menina que inspirou o autor.

É exatamente essa fase da vida de Alice que é explorada na primeira parte do livro, e que nos revela o espírito captado por Carroll para criar sua grande obra.

O livro é realmente muito bom e uma excelente oportunidade para conhecer melhor a trágica e maravilhosa experiência da mulher que inspirou Lewis Carroll.
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Regiane 30/06/2010

Mais que uma biografia!!!
"Ai, meu Deus, estou cansada de ser Alice no país das Maravilhas. Será que estou parecendo ingrata? Acho que sim, mas é que estou tão cansada... " Alice Liddell”

Quem foi Alice Liddell? Será que a maioria das pessoas que conhecem o famoso clássico “Alice no país das Maravilhas”, questiona isso? Ou a maioria das pessoas nunca soube que a incrível personagem de Lewis Carroll foi inspirada em uma pessoa, que realmente existiu?

Diferente do que muitos pensam, a vida de Alice não foi nada fácil. Grande parte achava que ela seria sempre como a menina da história, não aceitavam o fato dela ser uma pessoa normal e que com o tempo, envelheceu e nada sobrou daquele mundo fantasioso criado por Carroll.

Charles Dodgson – mais conhecido pelo seu pseudônimo Lewis Carroll – foi um professor de matemática, que lecionava em Oxford, na Universidade Christ College. O pai de Alice era o reitor na época. O professor tinha um fascínio pelas irmãs Liddell, e sempre que podia, passava tardes na companhia delas, contado histórias, fazendo passeios de barcos e piqueniques, tendo muitas vezes aproveitado esses momentos para fotografá-las – já que isso era um de seus hobbies.

Numa dessas tardes, Dodgson contou uma história, onde uma menina que chamava Alice caia em uma toca de um coelho e assim, encontrava um mundo mágico e surreal. A partir desse momento, a pequena Alice insistiu ao professor que escrevesse e publicasse sua história – era assim que ela desejava.

Aos 11 anos, a família de Alice rompeu sua amizade com Dodgson - se tornaram quase desconhecidos. Já em sua juventude, ela conheceu o príncipe Leopold, e eles se apaixonaram. Infelizmente por causa da antiga amizade com o professor - algo que incomodou os costumes da época - eles não puderam se casar. Frustrada e desiludida, mais tarde, Alice casou-se com o primeiro homem que lhe pediu sua mão, tornando-se a Sra. Hargreaves. Com ele, teve três filhos, onde o segundo foi homenageado com o nome do príncipe Leopold – curiosamente ele também colocou o seu nome em sua primeira filha.

Alice cresceu, envelheceu e aos 82 anos, ela já estava farta de tudo aquilo, queria ser vista de outro modo, mas sabendo que isso jamais aconteceria - diante de tanta melancolia, tristeza e solidão - a única coisa que lhe restou foi se contentar de que ela era, foi e sempre seria, Alice no país das Maravilhas. Que ironia, não?

Melanie Benjamin, nessa grande obra, mescla a ficção com os fatos de uma forma poética e emocionante, levando-nos ao encontro da realidade dura e triste de Alice Liddell.
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Erika 07/11/2010

Logo quando acabei de le-lo fui ver o filme. E como já de esperado, tudo fez mais sentido do que antes. Percebi que "Alice nos País das Maravilhas" além de ser um belo "conto" infantil e muito colorido, faz todo o sentido.
Leiam e vocês entenderam o que estou falando.
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Paola 28/12/2010

Resenha aqui:
http://uma-leitora.blogspot.com/2010/12/eu-sou-alice.html
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Danni 11/12/2010

Fascinante
“Ai, meu Deus estou cansada de ser Alice no País das Maravilhas. Será que estou parecendo uma ingrata? Acho que sim. Mas é que estou tão cansada.”

Esse é o primeiro livro lançado pela autora Melanie Benjamin.A Autora se interessou pela verdadeira história de Alice Liddell,A Alice original de Alice,No País das Maravilhas e escreveu ou melhor, reescreveu um pouco a sua história. O livro é basicamente feito de memórias de uma Alice já senhora,nas quais demonstra o quanto pesou em sua vida o titulo de uma personagem universal.

Todos conhecem a pequena Alice que um dia caiu na toca de um coelho e entrou no mundo das maravilhas.Mas quem foi Alice Liddell, a menina que aos sete anos de idade inspirou o Sr.Charles Dodgson a criar a história que depois assinou com pseudônimo Lewis Carroll? Esta Alice de carne e osso esta nesse livro. Misturando ficção e realidade,Eu Sou Alice reconstrói não apenas os bastidores da criação do livro Alice nos País das Maravilhas, mas a vida daquela menina travessa que no secular XIX quase se casou com um príncipe de verdade.Sua biografia se mistura se mistura com gênero de clássico que encanta gerações até hoje.Por toda sua vida,ela carregou o peso de uma realidade que insiste em abafar a poesia.
Alice tinha 7 anos quando posou para uma foto feita pelo Sr.Dodgson. Trajando um simples vestido de babados e com os pés descalços tocando pela primeira vez o a grama da Universidade de Oxford,a imaginosa e espevitada menina rolava no chão aos olhos silenciosos do fotógrafo. Alguma coisa naquela cena,porém, incomodava os bons costumes da época. Mas os que as mentes adultas poderia considerar, mas que um atentado pudor,um ato de pedofilia, para pequena Alice, era apenas o encontro com a mais pura poesia.

O livro é simplesmente fantástico, vale muito apena ler!
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Tami 04/07/2011

Quem é Alice?
Começo dizendo que não tinha ideia que a Alice no País das Maravilhas era baseada em uma menina que Lewis Carroll (ou simplesmente o sr. Dogdson) conhecia.

É um livro de ficção que tenta juntar as partes não contadas da vida de Alice. A autora fez uma boa busca sobre fatos da vida de Alice Liddell - e os descreve no final do livro - e tenta recriar os momentos que nunca foram descobertos (o motivo do rompimento da amizade entre Lewis e a família de Alice, por exemplo).

A história mostra a protagonista em todas as fases da vida: criança, adolescente e adulta/idosa. É interessante ver que existem três fotos no livro, uma para cada parte dele, que reflete a Alice de cada época.

Mesmo sabendo que era ficção, foi praticamente impossível não acreditar em tudo que Melanie Benjamin escreveu. Tudo fez tanto sentido, se encaixou tão bem na história, mesmo aqueles pensamentos mais íntimos da protagonista. Saí acreditando que toda a história era real e dificilmente vou substituir isso na minha cabeça.

Além de tudo, é um livro emocionante. Impossível não compreender e sofrer com Alice durante sua vida, e todo o seu fardo por ter que ser uma eterna criança.

Falando em eterna criança, o livro narra o encontro entre "Alice" e "Peter Pan", que é algo que aconteceu. Duas pessoas com o destino de serem para sempre crianças. Será que vale a pena ser eternizado assim?

“Ai, meu Deus estou cansada de ser Alice no País das Maravilhas. Será que estou parecendo uma ingrata? Acho que sim. Mas é que estou tão cansada...”

site: http://www.gavetaabandonada.com.br/2011/07/eu-sou-alice.html
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lesada 17/04/2012

Maravilhooooso! No começo confesso que achei meio cansativo, mas depois de um tempo voltei a ler, e apesar de ser grande, o fim é ainda melhor que o começo! LINDO LINDO LINDO! Quem tiver oportunidade leia, é demais! Cheio de misterio, amor, e confusão!
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Flah 31/08/2012

Eu Sou Alice - Melanie Benjamin
Era para essa resenha ter saído na semana dedicada a Lewis Carroll, mas, por motivos acadêmicos, não consegui ler a tempo. Aliás, até mesmo depois de tê-lo lido, ainda levei mais um tempo para escrever sobre ele.

Veja bem, eu detesto biografias ou histórias baseadas em fatos. Acho que isso tira toda a mágica da coisa. Porém, como se tratava da história de Alice, a mesma que inspirou Lewis Carroll e, consequentemente, o nosso querido blog, resolvi dar uma chance ao livro.

E é aí que eu digo que precisei de um tempo para digerir e escrever sobre ele. A experiência que eu tive com “Eu Sou Alice” foi inesperada e intrigante.

Alice Liddell é a filha do reitor de uma das mais renomadas faculdades da Inglaterra. Por ter o pai em uma posição tão privilegiada, ela vive uma vida luxuosa, quase que como se fosse uma princesa. Além de ter uma vida cheia de regalias, ainda conhece um monte de gente importante – o que inclui os afetos de um príncipe de verdade!

No entanto, o que Alice mais gostava era dos passeios que ela e suas irmãs davam com o senhor Dodgson, um simplório professor de matemática da faculdade. Ele lhes contava histórias maravilhosas, tirava-lhes fotos e sempre tinha um lugar interessante para levá-las em seus passeios. Aliás, foi em um desses passeios que ele lhes contou a que seria futuramente a famosa história de Alice no País das Maravilhas.

Mas, havia algo omitido em relação aos sentimentos de Alice para com ele e em relação à reciprocidade de tais sentimentos. Acontece que a diferença de idade e social entre os dois era monstruosa. Além do mais, a inveja e a mentira não estavam, definitivamente, a favor dos dois.

Bom, por onde devo começar? A história é uma maravilhosa mistura entre ficção e realidade. Em nenhum momento você tem plena certeza se aquilo realmente aconteceu, ou se é apenas especulação. A autora conseguiu incluir todos os mistérios e boatos que envolvem o polêmico Lewis Carroll e os colocou com maestria em uma história séria, coesa e perfeitamente possível.

O começo do livro é um pouco lento e acredito que em algumas passagens a autora focou nos pontos errados (E com errados eu quero dizer menos necessários, já que mesmo com os focos meio trocados, a história fez todo o sentido do início ao fim), mas, em geral, a história ficou na medida certa. Eu me sinto muito mais próxima dos livros de Lewis Carroll agora que, de certa forma, fiquei um pouco mais próxima de sua vida.

O clima da obra é bem tenso, também, às vezes pendendo perigosamente no limiar entre o imoral e o inocente. Durante todo o desenrolar da história, paira a dúvida, a incerteza sobre o que realmente aconteceu. Incerteza esta que permanece mesmo depois que tudo é esclarecido. Mas permanece de uma forma boa, como o gostinho de chocolate que fica na boca mesmo depois que o doce acaba.

Os personagens também ficaram muito bons, foram estruturados de forma condizente e dignos de uma biografia. Não há idealização, somente a retratação de seres humanos com muitos defeitos e pecados nas costas.

Outra coisa que me agradou bastante foi a mágica que esse ambiente vitoriano sempre traz, ainda mais quando é bem descrito. Os vestidos, os costumes, os lugares, as referências. É tudo muito incrível. Eu sempre gostei de livros que retratam essa época.

Portanto, aquilo que começou como uma obrigação incômoda, acabou por se tornar uma ótima experiência. Indico a leitura de “Eu Sou Alice” para todos os amantes da famosa história de “Alice no País das Maravilhas”, ou para todos aqueles que, assim como eu, sempre foram intrigados com os mistérios que envolve a relação entre Alice Liddell e Charles Dodgson, ou Lewis Carroll.
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