naclaxvz 07/01/2022
Durante os livros anteriores, sempre achei a leitura muito cansativa e o que me trazia um gás para continuar, era o final. As batalhas no finais para encerrar com chave de ouro, sempre cheias de emoções e revelações, me fizeram ansiar pela experiências e por isso sempre cheguei concluí a leitura. Dessa vez, algo diferente aconteceu. O livro seguiu o mesmo ritmo de antes, apesar de notar que a cada volume a história fica menos cansativa e mais interessante e, nesse, eu particularmente depositei muitas expectativas, até que cheguei ao final...
Vamos apontar aqui os dois acontecimentos que encerram esse volume (spoiler a partir de agora), morte de cavaleiro e dragão & luta contra o novo espectro. Começando pelo primeiro, os dois personagens super queridos pelos leitores, tiveram mesmo aquele fim??? o autor resolver matar ambos como se fosse nada, eles morreram sem sequer ter um último ato significativo. O cristal na espada do foi diariamente abastecido de energia por dezenas de elfos todos os dias durante 100 anos não serviu pra nada?? nos capítulos anteriores o autor nos encheu de esperança para uma batalha épica dando essas informações a respeito do poder dele. Eu esperava ver a fúria de um elfo que se escondeu por 100 anos e finalmente teria seu acerto de contas. Esperava ver em ação o uso da energia acumulada, que como ele bem, era capaz de mover uma montanha. Mas ele simplesmente deixou a espada cair e morreu apunhalado, logo depois o dragão também morreu. Tudo descrito em apenas um capítulo narradando em curtos parágrafos, as imagens que apareciam para Saphira e Eragon enquanto eles estavam lutando em outro lugar.
Ai vem o outro ponto, o pior de tudo foi a incoerência. Os magos de Galbatorix conseguem invocar um espectro, Eragon e Arya tentam impedir a todo custo pois foi muito bem ressaltado o quão difícil é matar um espectro e em toda a história somente três pessoas haviam conseguido, sendo a terceira o próprio Eragon, e mesmo assim, Arya que estava sendo estrangulada pelo espectro, consegue se soltar e rapidamente enfia uma espada no coração dele. Simples assim, como se fosse nada. Como se fizesse parte ds rotina dela.
Saphira durante esses cenas ficou sendo uma planta, aparecendo apenas para a anunciar a morte do dragão dourado e logo após, todos se reúnem com os líderes e começam a fofocar sobre o que aconteceu... COMO SE NÃO FOSSE NADA!!!
Sinceramente, não esperava que Christopher Paolini fosse fazer algo tão medíocre quando isso. É estranho porque foge dos padrões dele. Não sei o que houve para ele fazer uma narração tão preguiça, mas não vou pagar para ver se o mesmo acontece no último livro da saga, não vale a pena ler mais de 700 páginas pra receber um final não desleixado quando esse. Infelizmente, o amor que sinto pelo resto da história não compensa a decepção pelo que eu tive que ler. Para mim, Christopher Paolini cagou em cima da sua obra de arte que estava pronta e só faltava emoldurar.