Antifa

Antifa Mark Bray




Resenhas - Antifa


23 encontrados | exibindo 16 a 23
1 | 2


bela 19/12/2020

É um livro BEM denso e com muita informação, mas também não teria como não ser pois trata de fascismo, algo complexo e difícil até de definir. Mas apesar disso, ao mesmo tempo é bem didático e explicativo. Aprendi muitas coisas que espero levar pra vida e colocar em prática no meu dia a dia. Infelizmente um livro que a cada dia se torna mais necessário por temos mundialmente governos simpatizantes do fascismo se elegendo. Se tem uma coisa que eu já sabia antes de ler, mas que internalizei após essa leitura e achei legitimidade no pensamento é que contra a intolerância não tem tolerância. E nem que precisemos partir pra violência, (algo que ao longo do livro você simplesmente entende que muitas vezes é necessário), fascistas não passarão!
comentários(0)comente



Zé Wellington 12/08/2020

Obrigatório nestes tempos de neofascismo
Se no auge da modinha do selo antifascista você recebeu este livro, faça um favor a si mesmo e o leia.
comentários(0)comente



Pedro Luiz da Cunha 03/08/2020

"Tem gente que só compreende a brasa quando ela entranha nas profundezas da carne."
Mark Bray, historiador norte-americano, escreve o "Manual Antifascista" em um contexto de avanço global da extrema-direita. Aqui, o antifascismo não é definido como mera negação do fascismo; o autor explora uma corrente existente da interação entre socialistas e anarquistas, que possui um horizonte maior, de superação da sociedade capitalista.

Partindo da constatação de que "desde que existe o fascismo, existe o antifascismo" o autor faz uma exposição sobre o período "clássico" do movimento na primeira metade do século XX na França, Alemanhã, Itália e Inglaterra. Depois, analisa as táticas antifascistas no período pós-guerra para chegar, finalmente, no movimento antifascista contemporâneo, fruto da resistência contra o avanço da extrema-direita, dos supremacistas brancos e da onda anti-imigratória na Europa e Estados Unidos.

Apesar de discordar de algumas análises do autor, o livro traz importantes reflexões sobre liberdade de expressão e "lições históricas para antifascistas". Uma dessas lições diz respeito a como os fascistas alcançaram o poder legamente, através das instituições: "historicamente o fascismo ganhou acesso aos corredores do poder não derrubando seus portões, mas convencendo seus porteiros gentilmente a abri-los" (p.252). A segunda lição chama a atenção para o fato de que o fascismo não foi levado a sério até que fosse tarde demais.

O livro, como um manual, serve para guiar a prática, e assim deve ser lido. O combate ao fascismo é um compromisso civilizatório. Interpreto o título dessa resenha, uma frase de Chico Buarque, como um alerta para que não aguardemos que o avanço da extrema-direita no Brasil - com elementos fascistas - entre nas profundezas de nossa carne e a reação seja tarde demais.
Decfalter 26/01/2024minha estante
AntiFa!




valentina 29/07/2020

bom livro introdutório para quem está começando estudos sobre política, bem didático e fácil de entender
comentários(0)comente



Nata 30/06/2020

Livro extremamente necessário em todas as épocas. Não trata do Brasil, porém fascista é fascista em qualquer lugar do mundo.
comentários(0)comente



Ari Phanie 29/06/2020

"Fascismo não se debate. Fascismo se destrói."
Mark Bray é um historiador que viu crescer na onda de ódio racista contra minorias nos Estados Unidos, e no resto do mundo, um alerta de que precisávamos estar preparados para o fascismo novamente. A maioria não leva à sério o fascismo nos dias de hoje, já que os grandes inimigos de outrora estão mortos. Mas os supremacistas brancos nunca deixaram de existir. E a luta contra esses supremacistas e a extrema-direita reside no movimento Antifa e como ele funciona.

" (...) a Antifa pode ser descrita como uma espécie de ideologia, uma tendência, ambiente, ou uma atividade de autodefesa. Apesar dos vários tons de interpretação, a Antifa não deve ser entendida como um movimento único. Em vez disso, é simplesmente uma das várias manifestações da política socialista revolucionária."

A partir de uma investigação bastante detalhada, Bray nos mostra que a luta antifa existe desde o século XIX e também apresenta o que ela é hoje. Para isso, ele fez uma pesquisa através de material de imprensa, e com entrevistas com antigos e atuais antifacistas de várias partes do mundo.

Esse apanhado de informações que ele traz de anos e anos de luta e lutadores contra nazistas e fascistas é muito extensa e muito densa, e no final de alguns capítulos focados nisso, eu fiquei espantada como tão pouco eu sabia sobre essas coisas. Na realidade, era quase nada. Percebi que a mídia tem uma culpa extrema nisso. Os antifas são sempre encarados como "agitadores", "subversivos", que provocam destruição e só. Nunca ouvem o lado deles, e a população acaba não entendendo ou ficando contra essas pessoas. No entanto, todo mundo ouve falar dos supremacistas, neonazistas, etc. A maioria não concorda com eles, felizmente. Mas a mídia costuma cobrir essas manifestações racistas, sem normalmente dar o mesmo foco ao outro lado de forma justa. E acho que isso cabe na teoria antifa de "não dar nenhum palanque" para fascistas. Mesmo que de forma negativa, é a eles que dão foco. E isso os alimenta e também a outros que pensam igual. A mídia sempre estar ouvindo-os. A exemplo disso são as reportagens com Richard Spencer, supremacista branco e apoiador do Trump que chegou até a falar em público "Hail Trump". Mark Bray fala e eu concordo, não existe liberdade de expressão quando se trata de nazistas e fascistas. Eles simplesmente não deveriam ser autorizados a discursar em público e ferir a liberdade e a existência de outros.

Depois da história de como grupos antifa foram formados em diferentes partes do mundo, normalmente em resposta a um grupo nazista/fascista, Mark Bray aponta como a xenofobia contra os imigrantes refugiados soou um novo alerta para a mais recente onda do fascismo. E nesse capítulo ele aborda como partidos de extrema-direita que pregavam o nacionalismo exacerbado e atacavam, e marginalizavam os refugiados fizeram crescer movimentos e grupos neonazistas. Mas para além do nacionalismo aliado a xenofobia, militarismo e machismo, está a supremacia branca. Quem não se lembra daquela horrenda manifestação de supremacistas e neonazistas em Charlottesville, Virgínia, nos Estados Unidos, em 2017? Eu lembro de que quando vi a reportagem e as fotos daqueles homens brancos com tanto ódio em seus rostos, fiquei chocada e com medo. Me pareceu cena de filme sobre a KKK ou o Nazismo. Foi bem ali que eu percebi que eles eram tão fortes como sempre foram, e ao contrário do que todo mundo falava, não tinham acabado.

Para finalizar, algo muito importante que o Bray nos lembra, é sobre fascistas e nazistas chegando ao poder de forma legal. Não precisaram de revoluções. As pessoas os colocaram lá. Exatamente como aconteceu aqui com o nosso fascistinha tupiniquim. E isso diz muito sobre o que estamos enfrentando. Ele também fala dos subgrupos dentro do movimento antifa, como o fantifa; grupos de antifas feministas.

O que fica ao fim da leitura é que o movimento antifa está aliado a todo movimento que luta pela existência e liberdade das consideradas minorias, e que o movimento é cada dia mais necessário, e não pode acabar mesmo quando não há ameaças fascistas. Sempre vai haver, e é preciso lutar contra essas ameaças do jeito que se pode. Que nunca mais se menospreze o fascismo e o nazismo de novo.
comentários(0)comente



Rafael.Almeida 22/06/2020

Manual Antifa
Livro muito bom e necessário pra épocas em que o fascismo está prestes a ressurgir. Embora seja restrito aos EUA, à Europa e Austrália, o livro apresenta táticas e experiências antifa que podem ser aplicadas na luta moderna na contenção da escalada do fascismo. Recomendo a todos os antifa e antirracistas do mundo.
comentários(0)comente



23 encontrados | exibindo 16 a 23
1 | 2