Resenhas - Quem Tem Medo do Lobo Mau?

deborauni 05/02/2022

Relativizando o politicamente correto
Um escritor de literatura infantil original e consagrado dialoga com um filósofo sobre o politicamente correto e sua influência na formação das crianças.
Citam várias obras e autores, tanto da literatura infanto-juvenil quanto de outras áreas do saber e nos estimulam a separar ?o homem real do que ele faz?, p. 84
Valorizam uma ideia muito difundida em psicanálise sobre a importância da fantasia e do simbólico em nossas mentes: ?Crianças precisam de espaços onde o seu mundo simbólico possa se projetar. Se retiramos isso delas, sobram inquietude, revolta, indisciplina, angústia.? p. 93
Terminam com Amós Oz que diz: ?o grande antídoto contra o fanatismo são o humor e a curiosidade.?
Rápida leitura que suscita muitas reflexões!

Giovana.Lagranha 28/11/2021

Leitura interessante
Já queria ter lido há mais tempo. Gosto muito das falas do Ilan, mais do que as do Pondé.
O Ilan traz um bagagem cultural que envolve a literatura, com contexto histórico e muitos referenciais teóricos. Além da prática como contador de histórias para crianças.
Já o Pondé chama tudo de chato, relativiza alguns conceitos e vejo pouco (ou nenhuma) vivência com crianças. Ou seja, as vezes dá vontade de mandar ficar quieto ? embora seja inegável o seu conhecimento enquanto filósofo, acho difícil opinar acerca de pedagogas e cientistas da educação, se não estiver no chão da sala de aula.
Adorei a obra. Proporcionou ótimas reflexões.

Bruno 17/06/2021

Livre para todos os públicos
Breve e certeiro, Quem tem medo do lobo mau? é essencialmente um livro de Ilan Brenman com a participação do Pondé.
O formato do diálogo, que muito me agrada nestes temas, foi dominado pelo autor infantil, com contribuições pontuais de Pondé que age como facilitador do debate.
A posição dos autores é bem fundamentada na literatura e, mais importante, no cotidiano.
O livro é essencial para qualquer ser humano que tenha algum tipo de contato com crianças.
É leve, livre de amarras e de compromissos ideológicos.
Precisamos parar de estragar nossas crianças. O primeiro passo para isso é parar de tentar melhorá-las.

Bicalho 01/05/2021

Muito bom
Livro que questiona o politicamentecorreto em que vivemos e nos mostra como as crianças e os jovens estão frágeis por conta desta cultura

Daniel 06/04/2021

Simples e direto
O livro é bem simples e direto. Discute as principais questões sobre o politicamente correto sem fazer muita enrolação. A linguagem é simples também e a obra é de fácil leitura. Um livro que realmente abre nossa cabeça sobre como o politicamente correto pode afetar o desenvolvimento da criança.

Fernanda.Avila 13/01/2021

Um livro para quem tem filhos.
Eu ADORO o Ilan Brenman e todos os livros infantis que ele escreve e quando vi esse livro na livraria fiquei bem curiosa.
Até porque, embora discorde de boa parte(quase metade) do que o Pondé fala, eu concordo com todo o resto. E além disso ele tem um humor ácido que me arranca boas risadas.
O livro basicamente fala sobre o exagero de muitos pais dos dias de hoje que criam seus filhos cercados de tanta proteção e cuidado que não sobra espaço para tristeza e frustração, o que gera jovens adultos altamente medicados e cheios de problemas psicológicos.
Frustração e tristeza são fundamentais, na minha opinião, para que nossos filhos cresçam sabendo como é o mundo real. As coisas nem sempre acontecem como a gente deseja e a gente vai ter que saber lidar com isso, e é bem mais fácil quando a gente lida com isso desde cedo.
As vezes os dois falam algumas coisas que eu acho exageradas (especialmente para quem está condenando o exagero), outras vezes (poucas) eu não concordo com o ponto de vista dos dois.
Mas no geral concordo com diversos pontos e o livro é uma conversa entre os dois, fácil de ser lida, cheia de informações relevantes, e que faz a gente pensar sobre como criar nosso filhos. Além de deixar claro que não ser politicamente correto não significa ser incorreto.
Viva a ponderação e a realidade!

Diego 12/09/2020

Inclusivo!
Trata-se de um livro que traz a transcrição de uma conversa que serve como introdução a este assunto tão importante nos nossos dias.
Para lê-lo, a pessoa não precisa nem ter um grande repertório, pois todas as citações feitas são acompanhadas de pequenas explicações.
Realmente, um livro abrangente e inclusivo.

Elani Araújo 05/09/2020

Repetitivo.
Se você leu O julgamento de Emília, saiba que já foi o suficiente, pelo menos neste caso, esse livro que fora publicado de pois que parece ser complementei do anterior, na verdade é a mesma coisa, só que transcrita a conversa do Ilan com o filosofo. Nada demais mesmo.

Celia.Celinha 14/03/2020

O que eu procurava sobre o assunto
Senti uma sensação de alívio e, ao mesmo tempo, de preocupação ao ler este livro. Alívio por saber que algumas pessoas se preocupam ,de fato, com o assunto , e preocupação por perceber, com a leitura, que também estou sendo "politicamente correta" sem me dar conta disso. Como professora e mãe que sou, indico este livro que traduz esse sentimento de incômodo e exagero que temos em relação ao "politicamente correto" e, por vezes, não conseguimos expressar a indignação e preocupação sobre o assunto pelo receio da censura ou, como disse, porque estamos sendo levados por esta onda , sem querer, sem perceber. Aproveito para parabenizar os autores! RECOMENDADISSIMO!

Lêlivro@sêlivre 24/02/2020

O mundo está chato ou pouco empático?
Percebo no Pondé, em suas argumentações simplistas sobre o politicamente correto, uma tentativa de desligitimar algumas lutas importantes contra o racismo, a homofobia e tantas outras. As expressões racistas, por exemplo, que foram perpetradas ao longo dos anos e que muitas vezes nem ao menos sabemos o significado, precisam ser banidas para que o racismo estrutural comece a ser desmoronado. O filósofo reduz tudo ao politicamente correto como se a estrutura toda fosse tão simples assim. Pareceu-me mais uma daquelas pessoas que acham que tudo é mimimi e que o mundo está muito chato. Livro fraco, argumentações rasas com pouca ou nenhuma empatia com a luta de tantos. Algumas coisas (bem poucas) até concordo no livro, mas não rolou para mim.