On The Road

On The Road Jack Kerouac




Resenhas - On The Road


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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 22/08/2013

Uma viagem!
Peguei esse livro emprestado porque o nome do livro e do autor me chamaram atenção: "On the road - Jack Kerouac", achei a sonoridade interessante.
A história se passa nos Estados Unidos, na década de 40 (o livro foi publicado pela primeira vez na década de 50). Ela é contada por Sal Paradise, um jovem que mora com a tia, é escritor e tem vários amigos.
Como seus amigos fazem na primavera, Sal decide também tirar umas férias e cair na estrada, viajar pegando caronas, isso se repete durante os anos seguintes. Algumas vezes sozinho, outras em companhia dos amigos; cruzando todo o país, passando por perrengues, ficando sem grana, arrumando trabalhos temporários, encontrando paixões, buscando diversão e conhecendo lugares e pessoas novas.
"De repente, lá estava eu na Times Square. Tinha viajado doze mil quilômetros pelo continente americano e estava de volta à Times Square; e ainda por cima bem na hora do rush, observando com os meus inocentes olhos de estradeiro a loucura completa e o zunido fantástico de Nova York com seus milhões e milhões de habitantes"... (página 139)
Um de seus amigos e companheiro de viagens é Dean Moriarty: um jovem que passou algum tempo num reformatório, que gosta de dirigir a 120 km por hora e que não se prende a nada por muito tempo, um perfeito irresponsável. Ou, na visão de Sal Paradise, um anjo desamparado, a raiz e a alma da Beatitude.
Algumas palavras de Sal sobre Dean: "Amarguras, recriminações, moralidade, tristeza - tudo lhe pesava nas costas enquanto à sua frente descortinava-se a alegria esfarrapada e extasiante de simplesmente ser." (página 240)
No livro também é mostrado um outro lado dessa juventude: a falta de responsabilidade com a família e de consideração com o sentimento dos outros, o vício e a degradação causada pelo uso de drogas, a alegria falsa e passageira seguida por momentos de depressão (será que nos anos 40 eles não sabiam que drogas são realmente uma droga!?). Não é só diversão, é melancolia também.
Na contracapa do livro está escrito que ele foi "responsável por uma das maiores revoluções culturais do século XX", "um livro que transformaria milhares de cabeças, influenciando definitivamente todos os movimentos de vanguarda, do be pop ao rock, o pop, os hippies, o movimento punk e tudo o mais que sacudiu a arte e o comportamento da juventude na segunda meta do século XX". Isso não é incrível? Esse livro tem história! Dá pra entender; se até para mim foi impossível ler "On the road" sem ficar com um pouquinho de vontade de viajar, de viver aventuras e conhecer lugares novos, de experimentar a liberdade da estrada.
Sobre a parte visual: achei a capa bonita; é uma edição de bolso/pocket, o que facilita para segurar e carregar o livro; as folhas são brancas; o tamanho das margens é bom; a letra é pequena mas não minúscula, dá para ler confortavelmente.
Em resumo, "On the road" é uma viagem! Uma viagem incrível e alucinante, viagem para a década de 40 (faz tanto tempo e parece que muita coisa não mudou), viagem pelos Estados Unidos, viagem para dentro da cabeça dos jovens, viagem para dentro de si mesmo.
http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2013/08/resenha-on-road-pe-na-estrada-jack.html

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Edmundo 10/08/2013

A estrada
On the road, não mais que um grande livro, falo por mim quando digo que é um livro que muda vidas, por tudo que é exposto no romance de Kerouac,retrata os desejos e anseios de uma geração louca por liberdade. On the road é uma obra prima indispensável para quem aprecia uma boa leitura e ou mesmo para queles que estejam interessados em conhecer a literatura Beat.
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Tonný 19/07/2013

liberdade
Minha vibe atual meio hippie e a discussão em torno do popular do Kerouac me levaram a ler o On The Road. O prólogo do livro diz que quando Bob Dylan o leu fugiu de casa (vamos levar me consideração aquela época maravilhosa dos anos sessenta). Uns dizem que é a bíblia da geração beat, ou dos hippies, que chega a ser meio punk, porém é pop, junto com essas divergências do subgrupo da pra se ter noção do quanto essa obra não influenciou e continua a influenciar inúmeros jovens, independente de seus grupos ou turma

Tendo uma boa noção do mapa dos EUA, a leitura fica mais fácil, uma vez que o autor da uma grande ênfase para inúmeros estados que o Sal Paradise visita, pedindo carona, fazendo e reencontrando amigos, que basicamente põe o pé na estrada, sem saber aonde ir, ou como chegar lá, apenas que irá. O não saber o que vai acontecer no dia seguinte, as loucuras com drogas (que esperava eu, fossem maiores), sexo e jazz preenchem essa delícia de livro, que é no mínimo inspirador !

site: http://psicoformacao.blogspot.com.br/
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VKotikoski 16/07/2013

Best seller? Onde??
Não é bem uma resenha, mas sim uma nota de indignação perante este livro. Sou apaixonada por viagens, principalmente as "road trips", que são o centro do livro, mas me decepcionei de forma extrema ao me deparar com um personagem que nada mais é do que um vagabundo, que usa gírias antiquadas e irritantes, e sequer mostra traços de sua personalidade para que se possa montar um personagem em nossas mentes. Eu sei que é um livro antigo, por isto das gírias, mas não justifica. Quando li resenhas e críticas referentes a ele, pensei que fosse o tipo de história onde um grupo de amigos decide dar um tempo e põe o pé na estrada, contando suas aventuras e fazendo com que o leitor tenha ainda mais vontade de fazer o mesmo. Mas não. O protagonista mais parece um surfista de 30 anos que não sabe nada da vida (muito menos o que quer dela), e fica rodando pelo país pedindo carona na estrada e deparando-se com personagens sem graça nenhuma. Não sei se depois a história muda, mas não faço questão de descobrir. Ler até este ponto (50 páginas) já fora um esforço sobre-humano para mim. A narrativa é maçante, as gírias confundem, os personagens e diálogos parecem estar sempre incompletos. Enfim, talvez seja um bom livro para esses adolescentes de hoje, que parecem ser basicamente a imagem do próprio protagonista, mas não para mim. Respeito quem gosta, respeito o fato de haver uns dois filmes baseados na obra. Respeito, mas não entendo.
Daniel Neves 23/08/2013minha estante
Adorei sua review. Sério.


Camila Barros 04/12/2014minha estante
Poxa, me senti assim também: entediada. Me forcei a ler até o capítulo 7 e depois abandonei. Achei vazio, sem conteúdo. Creio que meu gosto literário seja diferente, mas tem quem aprecie essa obra.




Samuel 10/07/2013

Geração coca - drive
Um clássico?
Um produto maravilhosamente made in USA, estradas que nunca visitei ou visitarei, velocidades que nunca atingirei em uma rodovia, cocas que nunca cafungarei ou beberei, mulheres que nunca pegaria como carona e as possuiria no drive-in, porradas em mulheres a ponto de me quebrar o polegar que nunca daria, a fome que não passaria... enfim nunca faria nada disso, mas o clímax da história ao terminar é como se eu tivesse feito isso desde minha adolescência.
Sal e Dean... o que falar? Cabeça e Tronco, Motorista e Passageiro? conclusão: a amizade pode destruir a vida de um homem, ou o fazer fazer viver experiências incríveis.
Uma coisa é certa, a vontade de viajar pelas BRS me aumentou muito, não estranhem se eu não aparecer para trabalhar nas próximas semanas.
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Fred Fontes 09/07/2013

“Ao infinito e além...”, ainda que em círculos!
Minha relação com a estrada sempre foi de paixão. Como todo menino, colecionava meus carrinhos de ferro. Ainda adolescente, partia em road trips de fim de semana com a prancha no teto do velho Passat, o carro cheio de amigos e daquela insensata alegria juvenil. Mais velho, troco as quatro rodas por duas e entro num motoclube. De moto, a estrada fica mais próxima, sente-se o asfalto correndo por baixo e o vento por cima. À frente, as linhas tracejadas hipnotizantes.
Tantas histórias foram contadas sobre a estrada que surgiu um novo gênero no cinema: o road movie. Pois bem, On The Road seria um road book? Era o que eu achava, mas há muito mais por trás das linhas do livro de Kerouac do que apenas as linhas tracejadas da estrada. A estrada de Kerouac é mais que a estrada do asfalto: é a estrada da vida. Nas entrelinhas da estrada de Kerouac vejo um debate profundo sobre a juventude, o conflito de gerações, o questionamento do que é ou não realmente importante, a adoração à música e às artes, a crítica ao vazio cultural, a abordagem de temas como sexualidade, solidariedade, amor, amizade, drogas, a relação entre pais e filhos, os traumas de infância, a busca pelo pai ausente, a felicidade real e a relação do ser humano com o dinheiro. Tudo isso não cabe entre as linhas de uma estrada, expande-se para além em todas as direções e acima, abaixo e para dentro de nós mesmos.
A profundidade do livro me impressionou. O tema da estrada é um disfarce para tudo isso e ao mesmo tempo uma metáfora brilhante. A estrada da vida é mesmo uma estrada, uma estrada vicinal e esburacada, com muitas curvas, desvios e retornos, e poucas retas. E a estrada só termina com a morte. “Ao infinito e além...”, ainda que em círculos! Esse é o movimento que se vê em “On The Road”.
O livro foi escrito em um parágrafo único com cerca de 125 mil palavras, num rolo de papel de 36 metros. A estrada de Kerouac estava não apenas no conteúdo, mas também na forma do próprio manuscrito. A propósito, Kerouac relutou em modificar a forma original do livro e apenas devido à enorme pressão do editor fez as modificações que tornariam o livro mais “digerível”.
Como nos mostrou a história da literatura, os escritores que ousaram na forma, e Kerouac não foi exceção, só tiveram suas obras reconhecidas e plenamente aceitas décadas depois. O estilo de grandes parágrafos e orações, sem quebras para diálogos, foi mais tarde copiado por autores como José Saramago (que foi além, suprimindo até mesmo as aspas).
On The Road não apenas agrada pelo conteúdo, mas também inova no formato, e tudo ali parece estar relacionado à idéia de velocidade, necessária à perfeita assimilação do que Kerouac queria dizer com a metáfora vida-estrada.
A história começa quando Jack e Neal se conhecem, logo após a morte do pai de Jack. Neal procura Jack, a princípio, numa tentativa de se tornar um escritor (como todo grande livro, On The Road é repleto de referências à literatura), mas Kerouac já induz a uma interpretação mais complexa dessa amizade: Jack diz a Neal: “Porra cara sei muito bem que você não me procurou porque tá a fim de virar escritor...” Neal passa a vida a procurar o pai ausente. A amizade dos dois apresenta esse elo de ligação importante, explorado ao longo de toda a narrativa. A ligação mental entre Jack e Neal é reforçada através de vários recursos do autor, como a repetição vista na frase final do livro (falo disso mais adiante). Jack é obcecado por Neal, e essa obsessão é recíproca. A história não é sobre Neal ou sobre Jack; é a história dos dois e da amizade entre eles, amizade essa que se manifesta sobre o asfalto, sobre quatro rodas.
Kerouac vê a estrada como um rumo à frente, uma direção inevitável e irretornável, onde tudo está à frente e nada resta atrás. Mas, se por um lado Kerouac aponta nossos narizes sempre para frente em passagens como no momento em que chega a Hollywood: “Nada atrás de mim, tudo à minha frente, como sempre acontece na estrada”; por outro, volta e meia insere obstáculo intransponíveis. O oceano é um deles e obriga ao fim e retorno do viajante. Kerouac planeja zarpar num navio, mas essa viagem nunca acontece. O bate-e-volta nas costas leste e oeste lembra uma versão motorizada de Forrest Gump. “Era o fim do continente, nada mais de terra.” A necessidade de retornar ou de desviar da rota é um elemento recorrente na história. A primeira viagem de Jack é planejada cuidadosamente sobre uma reta: a Rota 6, que nasce no Nordeste dos EUA e desce em diagonal até a Califórnia. Jack perde o mapa, o rumo e a esperança de uma execução conforme planejado logo no início da empreitada. Outra viagem, dessa vez ao México, começa dessa forma: “Ali estávamos nós a caminho das desconhecidas terras do sul e a apenas cinco quilômetros da nossa cidade natal, a velha e pobre cidade da nossa infância, quando um estranho e exótico inseto febril levantou-se de misteriosas corrupções para inocular o temor em nossos corações.” Jack refere-se a um inseto que pica o braço de Frank, um dos companheiros de viagem. Aqui mais um simbolismo que talvez represente a mensagem maior do livro: a vida é feita de ações e reações às circunstâncias e quase nunca seguimos pela trilha que marcamos previamente no mapa de nossas vidas. Ou nem sequer sabemos de antemão aonde queremos ir. Ao passarem por Chicago, Neal exclama, eufórico, “Uau! Jack temos que ir e não parar de ir até chegarmos lá.” Jack pergunta “Aonde vamos homem?”, e Neal responde “Não sei mas temos que ir.”
Outra recorrência é a casa de Jack (a casa de sua mãe, em Nova York), seu porto seguro. Em cada viagem, o carro utilizado era parcial ou totalmente destruído, e ao fim de cada viagem sempre se voltava ao ponto de origem sem se saber ao certo o que foi ganho ou por que se fez a viagem. As peças e parachoques que caiam pelo meio do caminho eram os pedaços do próprio Jack: “Onde é que estava a vida? Eu tinha minha casa para ir, meu lugar para descansar a cabeça e calcular as perdas que havia sofrido e calcular o ganho que sabia estar também em algum lugar.”
E Jack queria mesmo parar em algum lugar: “Quero me casar”, ele diz a Neal e Louanne, “e assim poderei descansar meu espírito ao lado de uma garota até que nós dois fiquemos velhos. As coisas não podem continuar assim indefinidamente... todo esse frenesi e essa agitação toda. Temos que chegar a algum lugar, encontrar alguma coisa.” Aliás, a vida familiar é enaltecida por Kerouac em outras passagens, como, por exemplo, quando diz que a paz desceria à terra quando os homens voltassem para casa e pedissem perdão às suas mulheres. Em outro momento, Kerouac eleva a família como objetivo maior da vida: “Toda minha vida arruinada girou diante de meus olhos fatigados, e percebi que não importa o que você faça está fadado a ser uma perda de tempo no fim das contas e você pode muito bem ficar doido. Tudo o que eu queria era afogar minha alma na alma de minha mulher e alcançá-la por meio do emaranhado de mantos que é a carne no leito.” A busca pelo amor aparece também no momento em que, parado numa estação rodoviária, Jack vê passar uma mexicana linda: “Uma dor apunhalou meu coração, como acontecia sempre que via uma garota que eu amava indo na direção oposta nesse nosso mundo grande demais.”
Ao falar de buscas, de amor e de amizade, Kerouac critica os valores da sociedade americana da década de 1940. Vemos Kerouac ironizar a intelectualidade. Também o vemos falar da facilidade da nova geração em fazer novas amizades, obviamente como contraponto à visão hermética e alterofóbica da geração anterior: Jack está “preparado para qualquer espécie de amizade humana” e, de fato, se relaciona com bêbados, prostitutas e vagabundos com a mesma naturalidade com que o faz com intelectuais e famílias “tradicionais”. O conflito entre vagabundos e “cidadãos normais” é colocado com humor. Big Slim Hubbard (segundo Kerouac, um “vagabundo por opção”) é introduzido na história dessa maneira: “quando criança [Big Slim Hubbard] tinha visto um vagabundo se aproximar e pedir um pedaço de torta à sua mãe, e ela lhe deu, e quando o vagabundo sumiu na estrada o garotinho perguntou, “Mãe quem era esse homem?” “Ora é um vagabundo.” “Mãe, quero ser vagabundo um dia.” “Cale a boca, isso não é coisa para os Hubbards.”
A vida segundo Kerouac é uma vida sem mapas, sem bússolas e sem navegadores GPS. É uma vida sem rumo. Não se sabe direito o que se busca, ou se busca o amor mas não se sabe onde ele está e qual a sua forma. E estamos todos conectados. Não somos indivíduos sozinhos no mundo, ainda que sejamos solitários. Estamos conectados à família, aos amigos, ao passado, ao pai ausente, aos bêbados desconhecidos com os quais esbarramos nas sarjetas. Neal representa essa conexão de Jack com o mundo, e esse é o elemento fundamental do livro, sua linha narrativa essencial. O livro começa falando de Neal Cassady: “Encontrei Neal pela primeira vez não muito depois que meu pai morreu...”. E termina no triste último encontro entre os dois amigos-irmãos, encontro no qual há o desencontro espiritual, o rompimento fatal que reinsere Jack em sua própria vida individual. Jack finalmente se liberta de Neal, mas seu pensamento não abandona jamais o amigo, cuja imagem deverá martelar em sua mente para sempre, ressonância simbolizada pela repetição da última frase do livro: “[...] eu penso em Neal Cassady, eu penso até no Velho Neal Cassady o pai que jamais encontramos, eu penso em Neal Cassady, eu penso em Neal Cassady.”
Tal como Jack e Neal, indo e voltando, batendo e rebatendo, esse livro é para ser lido e relido, e ele pulsará na mente do leitor para sempre. Desde que o li, eu penso em Neal Cassady, eu penso em Neal Cassady...
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Giselle.Zart 18/05/2013

Uma viagem em 2009+uma livraria de rodoviária = o livro comprado na hora certa. Recebi este livro como uma lâmina, cortante e afiada. Ia anotando meus pensamentos enquanto lia, e a vontade era pegar a estrada, literalmente. O livro capta a essência de Dean Moriarty e Sal Paradise, (que era o próprio Kerouak e seu amigo Neal Cassady), mostra o seu amor por literatura e boa música e a vontade de correr o mundo inteiro, mesmo que fosse dentro de suas próprias mentes. É um clássico da geração Beat e percursor de um movimento. Inspirou outros escritores, músicas, livros e outros movimentos de contra cultura. Comprei o livro em 2009, e algumas trechos me marcaram muito, sempre volto ao livro para relê-lo. Infelizmente assisti ao filme este ano, mas foi muito decepcionante, ficou muito diferente da imagem que o livro passou para mim. Tenho várias considerações, mas recomendo como leitura essencial. É uma viagem por um país, uma geração e principalmente uma viagem de autoconhecimento.
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Sidney Matias 18/04/2013

Jack Kerouac - ON THE ROAD
Jack Kerouac - ON THE ROAD

Tive o prazer de ler a versão da L&PM que contém o manuscrito original de On The Road e mais quatro ensaios sobre o livro. Nessa versão os nomes dos personagens são os nomes reais das figuras que passaram pela vida de Jack Kerouac, autor e narrador-personagem da história. É Importante ressaltar que muitas situações são autobiográficas.
A quem diga que não justifica a metade de empolgação cult que existe acerca de On The Road, outrora encontrará aqueles que dizem que a sua vida mudou após a leitura, bem como aqueles em que seu estado de espírito se manteve inalterado.
Mas sim, o livro é um cult de grande valor, e para mim a adaptação cinematográfica também carrega esse valor.
O livro realmente é incrível, apesar de ruim de ritmo e não ser bom para uma leitura casual é uma aventura e tanto, e em muitos momentos uma aventura que parece não ter fim.
A obra em diversos momentos leva o leitor ao ápice de suas loucuras, ignorando suas faculdades mentais, e trazendo aquela vontade de largar tudo e cair na estrada, conhecendo cada canto e cada ser existente nesse mundo. É uma excelente fonte de pesquisa para interessados em estudar o movimento beat, nesse quesito o livro é perfeito.
Os quatros estudos que acompanham essa versão são excelentes, vale cada palavra, é uma boa aula de literatura, obrigatória a você amante de livros.

As viagens são incríveis, as loucuras, experiências sexuais e abuso de tóxicos acontecem em incontáveis oportunidades durante as aventuras, com pouco dinheiro, sempre no limite da vida, nunca sabendo o que pode acontecer, os personagens dividem com o leitor suas experiências, angústias e prazeres, sempre ao extremo.
Jack conta as viagens feitas entre ele e os amigos, principalmente Neal Cassady. Eles eram jovens sem muitas responsabilidades e viviam entre farras regadas a sexo, drogas e jazz. Retrata a época em que viviam é uma viagem no tempo.
Para entender On The Road, portanto, primeiro é preciso conhecer um pouco de Jack Kerouac. Em 1957, com o lançamento deste livro, Jack se tornaria numa das principais figuras da geração beat. Para quem não conhece, o movimento beat tem como base o manifesto que rompeu com o american way of life (estilo americano de vida), esse que se pode relacionar com o American dream (sonho americano). Assim sendo, sugeria a busca por experiências genuínas, que levassem a uma vida descompromissada e até mesmo selvagem. Tendo em vista que, naquela época, o sujeito era sufocado por sua sociedade, os beatniks como eram chamados os membros do movimento beat, desenvolveram um novo pensamento. Entre outros fatores, este pensamento determinava uma vida voltada à liberdade, o que, em muitos casos, resultava em indivíduos marginalizados.
Com essas informações, podemos então analisar a magnitude da obra mais famosa de Jack Kerouac. Ele, bem como outros, decidiu aventurar-se pelas estradas na companhia de alguns amigos. Em On The Road, o leitor é conduzido às mais frenéticas e impensadas viagens pela Rota 66. Kerouac mostra sua trajetória neste novo estilo de vida, o beat, e mergulha de cabeça na ideia de liberdade. E leva os leitores às aventuras, sejam elas desde a costa oeste dos Estados Unidos até o México ou, também, desde o mais entusiasta show de jazz às mais modestas plantações de algodão.
E não é apenas pelas experiências entre as rodovias que o livro é marcado. Toda essa autenticidade do livro e a sua essência é de fato, as relações humanas. A amizade de Neal Cassady e Jack Kerouac por exemplo, é algo que perdura mesmo existindo problemas. E isto é louvável, porque, entre tantas cenas do livro que hoje não são possíveis de se realizar, ele tem o aspecto que representa uma unidade que transporta o leitor às mais comuns situações de modo simples, mesmo depois de ter sido lançado há mais de meia década, é algo que encaixa em muitos aspectos atuais.
Os pensamentos de Jack Kerouac são tão persuasivos, que, imperceptivelmente, o leitor é seduzido. O livro mexe com a cabeça, indicando uma profunda reflexão sobre o real valor e motivo da vida, as prioridades de cada um e as consequências de qualquer escolha que o ser humano venha ter. Desta forma, trazendo ao leitor uma forte vontade de jogar tudo para o alto e, simplesmente, fazer como nossos protagonistas e viver na estrada.
Após ler o livro, você terá a impressão de que se trata de algo muito autobiográfico. Porém, é errado dizer isto com todas as letras, pois, embora a história seja inspirada nas viagens de Jack Kerouac e seus amigos, que na grande maioria são escritores, existe certamente, uma dose de ficção presente nas páginas. A única razão que leva o leitor a pensar sobre Jack ser aquele a quem a obra se refere, é a de que o autor nos traz diversos sentimentos e facetas bem delineadas, sejam elas de paisagens ou dos personagens. E o interessante de On The Road é exatamente o questionamento sobre o que, de fato, ocorreu e sobre o que é meramente ficção.
Jack Kerouac escreveu sua obra-prima On The Road, livro que seria consagrado mais tarde como a “Bíblia Hippie”, em apenas três semanas. Frenéticamente dosado com seu fôlego narrativo alucinante, o escritor impressionou bastante seus editores. Jack usava uma máquina de escrever e uma série de grandes folhas de papel manteiga, que cortou para servirem na máquina e juntou com fita para não ter de trocar de folha a todo momento. Redigia de forma ininterrupta, invariavelmente sem se preocupar com o fluxo de palavras e parágrafos.
O material bruto que chegou às mãos de Malcom Cowley, da editora Viking Press, em 1957, deu trabalho. Os rolos quilométricos de texto tiveram de ser revisados, foram inseridos pontos e vírgulas e praticamente 120 páginas do original foram eliminadas. O estilo-avalanche de Jack tinha ainda um elemento intensificador. Ao contrário às idéias correntes, segundo as quais trabalhou em cima do livro sob o efeito de benzedrina, uma droga estimulante; Kerouac, em admissão própria, abasteceu seu trabalho com nada mais que café.
Jack Kerouac foi um escritor um clássico e contemporâneo, que merece ser lido não só pelo que apresenta em sua obra literalmente, mas pelo que representa a todas as gerações que nasceram na sequência, tendo influenciado desde famosos, como Bob Dylan e Jim Morrison, até o que viria a ser o movimento hippie.
O blog teve a oportunidade de apreciar a versão cinematográfica, dirigida pelo brasileiro Walter Salles, tendo como resultado uma boa adaptação, o grande mérito de Salles em On The Road foi exatamnente compreender a realidade daqueles jovens que estavam em busca de algo, sem saber direito o quê, Sua equipe percorreram milhares de quilômetros pelo interior dos Estados Unidos, no intuito de compreender o estado de espírito dos personagens principais do livro e apesar de perfeccionista foi de grande valia e gratificante, vale a pena conferir. Belas interpretações, ótima fotografia, e aquele toque nostálgico embriagador.

Boa Leitura

Sidney Matias

Titulo: Na Estrada
Titulo Original: On The Road ( Manuscrito Original )
Autora: Jack Kerouac
Ano: 1957
Páginas: 461
Editora:L&M Pocket
Nota: 4

"E percebo que não importa onde eu esteja, seja em um quartinho repleto de idéias ou nesse universo infinito de estrelas e montanhas, tudo está na minha mente. Não há necessidade de solidão. Por isso, ame a vida como ela é e não forme idéias preconcebidas de espécie alguma em sua mente".
Jack Kerouac
Jack e Neal
"(...) porque, para mim, pessoas mesmo são os loucos, os que estão loucos para viver, loucos para falar, loucos para serem salvos, que querem tudo ao mesmo tempo agora, aqueles que nunca bocejam e jamais falam chavões, mas queimam, queimam, queimam como fabulosos fogos de artifício explodindo como constelações em cujo centro fervilhante - pop! - pode-se ver um brilho azul e intenso até que todos 'aaaaaaah!'. Como é mesmo que eles chamavam esses garotos na Alemanha de Goethe?"
Jack Kerouac
Não é verdade que você começa a vida como uma criancinha crédula sob a proteção paterna? E então chega o dia da indiferença, em que o cara descobre que é um desgraçado, um miserável, fraco, cego e nu, e com a aparência de um fantasma fatigado e fatídico avança trêmulo por uma vida de pesadelo."
Jack Kerouac
Qual é a sua estrada, homem? - a estrada do místico, a estrada do louco, a estrada do arco-íris, a estrada dos peixes, qualquer estrada... Há sempre uma estrada em qualquer lugar, para qualquer pessoa, em qualquer circunstância. Como, onde, por quê?"
Jack Kerouac

Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam
Jack Kerouac
'Homens e mulheres cometem errores - erros, falhas, pecados, faltas - seres humanos semeiam com problemas suas própria terra, e tropeçam nas pedras de sua imaginação falsa e errada, e a vida é dura.'
Jack Kerouac

Um dia hei de renascer numa grande cidade de outro sistema planetário, no passado ou no futuro, onde uma única montanha de 5 quilômetros de altitude se recorta no céu azul - com toda a compaixão que sinto dentro de mim, a única coisa que vou precisar é da sabedoria da terra."
Jack Kerouac
Assim, na América, quando o sol se põe, eu me sento no velho e arruinado cais do rio olhando os longos, longos céus acima de Nova Jersey, e consigo sentir toda aquela terra crua e rude se derramando numa única, inacreditável e elevada vastidão, até a costa oeste, e a estrada seguindo em frente, todas as pessoas sonhando naquela imensidão, e em Iowa eu sei que agora as crianças
devem estar chorando na terra onde deixam as crianças chorar, e você não sabe que Deus é a Ursa Maior? A estrela do entardecer deve estar morrendo e irradiando sua pálida cintilância sobre a pradaria, reluzindo pela última vez antes da chegada da noite completa, que abençoa a terra, escurece todos os rios, recobre os picos e oculta a última praia, e ninguém, ninguém sabe o que vai
acontecer a qualquer pessoa, além dos desamparados andrajos da velhice. Penso então em Dean Moriarty, penso no velho Dean Moriarty, o pai que jamais encontramos, penso em Dean Moriarty.
Jack Kerouac

"Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam.
Jack Kerouac
E a estrela do entardecer deve estar morrendo e irradiando sua completa cintilância sobre a pradaria antes da chegada da noite completa que abençoa a terra, escrurece todos os rios, recobre os picos e oculta a última praia e ninguém, ninguém sabe o que vai acontecer a qualquer pessoa, além dos desamparados andrajos da velhice, eu penso em Dean Moriarty; penso até no velho Dean Moriarty, o pai que jamais encontramos; eu penso em Dean Moriarty.
Jack Kerouac
"Jack sempre foi muito tímido, ainda que parecesse durão, era doce, sensível, passional. Neal era mais espontâneo, machão sem fazer esforço, mas também se interessava muito pelas palavras. Ele esperava que Jack o ensinasse a ser do seu jeito. Eles eram opostos e muita gente pensava que se pareciam. Neal era rude, Jack era mais introvertido e gostaria de ter a mesma iniciativa com as mulheres. Ele gostava de ver Neal fazer isso".
Ofereça a eles aquilo que mais desejam secretamente; é claro que entrarão em pânico imediatamente.
Máquina de escrever de Jack exposta em Lowell, escola onde o escritor fez o equivalente a nosso Ensino Médio
Nossa bagagem maltratada fora empilhada na calçada novamente; nós tínhamos mais caminhos para percorrer. Mas não importa, a estrada é a vida.
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Dose Literária 06/03/2013

O livro que mudou a minha vida
Neste livro Kerouac é Sal Paradise, e ele nos conta como viver intensamente, pulando de emprego para emprego, conhecendo pessoas e sua relação principalmente com Neal Cassady, no livro chamado de Dean Moriarty. É um livro sobre liberdade, amizade, amor, excessos e tudo mais que a vida pode nos mostrar. Não é um livro para qualquer um, mas mudou a minha vida. Ele tem o poder de te mostrar que algumas certezas da sua vida não são tão certas assim.

O original foi escrito de uma vez só, sem parágrafos (saiu aqui numa forma "editada", mas já algum tempo a L&PM lançou uma versão original), durante 3 semanas. Kerouac usou um rolo de papel para que não tivesse que parar de escrever para trocar de folha. Truman Capote disse que a escrita dele não passava de datilografia. Eu amo Capote, mas tenho que discordar completamente dessa afirmação.

Continue lendo... http://www.doseliteraria.com.br/2012/03/1001-livros-on-road.html#more
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Heloisa 06/03/2013

Desmentindo Cervantes
Primeiro livro que encontrei na vida que desmente a conhecida citação de Cervantes: "Não há livro tão mau que não tenha algo de bom."
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Daniel Teixeira 02/03/2013

A obra que mais definiu a segunda metade do século XX
A geração beat, da qual fizeram parte autores como William S. Burroughs, Allen Ginsberg e, é claro, Jack Kerouac, tem muito mais a contar sobre a sua importância do que imaginamos.

Quando pensamos nas revoltas estudantis, na Revolução Sexual, no "sexo, drogas e rock'n'roll" e na afirmação da importância da juventude na sociedade contemporânea, grande parte das pessoas afirma que tudo isso se iniciou em meados da década de 1960. Estão errados. Os verdadeiros revolucionários; os idealizadores dessa "libertação dos jovens", estavam escrevendo suas visões de mundo em textos sem pretensões de enredo, clímax ou desfecho já nos idos dos anos 40 e 50. Um desses textos, hoje conhecido por ter sido originalmente concebido de uma vez só em um imenso rolo de papel contínuo numa máquina de escrever, foi 'On The Road'.

Apesar de realmente ter sido publicado em 1960 - tornando Jack Kerouac um fenômeno instantâneo - 'On The Road' foi escrito mais de dez anos antes, e contava com relatos sobre a gigantesca viagem do autor pelos EUA e, posteriormente, também pelo México. Na obra, que não tem um início propriamente dito, nem um fim, conhecemos o alterego de Kerouac, Sal Paradise, em companhia de seu amigo Dean Moriarty, também um alterego de seu amigo Neal Cassady. E a história é essa. Não acontece nada de conflitante. Não há um clímax. Não há um gancho para lermos o que vai acontecer a seguir. A obra é simplesmente um relato divertido e descontraído da viagem.

E ainda assim, nós lemos 'On The Road' do início ao fim com tanta curiosidade e interesse quanto qualquer outro bom livro.

Talvez a chave para o sucesso de Kerouac seja a sua habilidade de relatar a viagem com uma intensidade tão interessante nas palavras que o próprio leitor sente-se estar no banco traseiro do carro, percorrendo aquelas estradas. Sentindo-se livre. Tentando fugir de uma sociedade onde os indivíduos de sua idade são reprimidos como marginais e criminosos simplesmente por não estarem trabalhando ou estudando. E, no meio desta viagem de auto-descobrimento, as questões fundamentais e existenciais tornam-se inevitáveis: "Por que nos sentimos vazios?", "Por que fazemos isto?" "O que estamos ganhando com isto?"... Ou ainda "O que estamos deixando de perder, afinal?"

A carreira de Bob Dylan se iniciou após ele fugir de casa, inspirado pela obra. Tudo o que ele escreveu e compôs é fortemente baseado nos ideias de auto-afirmação e busca pessoal iniciados pelas viagens de Kerouac. Uma das mais famosas canções do dueto americano Simon & Garfunkel chama-se "America", e é óbvia em sua letra a influência não só de 'On The Road', mas também do pensamento Beatnik - outro nome para a geração beat. Road movies, como "Easy Riders - Sem Destino" são representações visuais daquilo que Kerouac detalhou em seu próprio livro. Ray Manzarek, do The Doors, afirmou que, não fosse Jack Kerouac ter escrito 'On The Road', a banda jamais teria existido.
O "New Journalism", concebido por publicações consagradas como as revistas Rolling Stone e Esquire, possui forte influência do estilo literário beatnik. Francis Ford Coppola, diretor de 'O Poderoso Chefão' e 'Apocalypse Now', havia comprado os direitos para transformar a obra em filme, feito realizado pelo diretor brasileiro Walter Salles - fortemente conhecido por seus Road Movies - em 2012.

E é engraçado como Kerouac depois se mostrou arrependido do movimento cultural que ele mesmo começou. Declarando-se conservador, ele passou os últimos anos de sua vida com depressão e frustração sozinho. "O que aconteceu com a juventude?", perguntou o homem que um dia deu o pontapé para essa mesma juventude "acontecer".

Seja como for, 'On The Road' é uma leitura obrigatória. Não só para entretenimento, mas também para melhor compreendermos que o Rock, as roupas, as drogas, a liberdade sexual e social e todas essas mudanças posteriores aos anos 60 não foram uma causa.

Foram uma consequência.
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Felipe 01/03/2013

Leitura On the Road
Trata-se de um livro muito dinâmico, talvez este motivo justifique o título da obra. Uma aventura de jovens numa época pré-hippie que deram início que viria a ser a geração beat. Rebeldia, contra-cultura e infrações definem as aventuras vividas por Kerouac.
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Ananda 11/02/2013

Kerouac o que fazer com você?
Foi um dos poucos livros que me deixou totalmente dividida. Como quase todas as pessoas que quando leem um livro da Geração Beat mergulhei nesse livro há um bom tempo com toda a expectativa do mundo, sendo frustrada nas primeiras páginas totalmente decepcionada com o grande "mito". Pensava insistentemente "superestimado, apenas superestimado".
Ler o manuscrito original não foi fácil, não existem parágrafos, as idéias pareciam atrapalhadas, apressadas, massantes e monótonas, uma grande confusão. E é disso que se trata! Uma grande confusão, Kerouac escreve o livro como a estrada, como ele e Neal andava pela estrada acelerados, intensos e selvagens. Os fatos vem de uma forma afobada como aconteceram e ele se atrapalha na ordem de contá-los, mas isso nos traz durante o enredo uma atmosfera louca dos anos 40/50 nos EUA. A obsessão pelo Oeste, a mistériosa Denver onde tudo se volta em algum momento da trama é totalmente viciante, sendo completamente impossível não se apaixonar por Neal e tentar decifrá-lo mesmo o achando um babaca.
Com uma estética ousada e uma história que não tem um grande ápice, o livro retrada apenas o que aconteceram naquela estrada de forma despreocupada e livre.
Não existe livro que retrate tão bem o espírito desenfreado dessa geração.


"Qual é a sua estrada, homem? - a estrada do místico, a estrada do louco, a estrada do arco-íris, a estrada dos peixes, qualquer estrada... Há sempre uma estrada em qualquer lugar, para qualquer pessoa, em qualquer circunstância. Como, onde, por quê?" - Jack Kerouac.

Totalmente Amável.
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Tati 04/02/2013

Por que abandonei
Ao longo da leitura, descobri que esse livro foi censurado e editado em muitas partes. Achei que perdeu a graça e estou atrás da edição original.
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Davi1135 29/01/2013

"(...) porque, para mim, pessoas mesmo são os loucos, os que estão loucos para viver, loucos para falar, loucos para serem salvos, que querem tudo ao mesmo tempo agora, aqueles que nunca bocejam e jamais falam chavões, mas queimam, queimam, queimam como fabulosos fogos de artifício explodindo como constelações em cujo centro fervilhante - pop! - pode-se ver um brilho azul e intenso até que todos 'aaaaaaah!'. (...)
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